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História A Profecia Perdida - Draco Malfoy - Livro 1 - Concluída - Capítulo 31


Escrita por: TatiHufflepuff

Notas do Autor


N/A: Oi gente! De volta com mais um capítulo de APP. Passando pra avisar tb que a partir da semana que vem os dias de postagem de APP serão às quintas (dia de folga em casa, marido chega tarde... fica mais tranquilo postar)
Espero que gostem!
:****

Capítulo 31 - Capítulo 31


Fanfic / Fanfiction A Profecia Perdida - Draco Malfoy - Livro 1 - Concluída - Capítulo 31

Adam se encontrava absorto em seu livro quando percebeu que estava sendo observado. Levantou o olhar e descobriu que quem o encarava era Draco. Curioso, ele deixou sua leitura de lado para dar atenção ao loiro que parecia ansioso.

— Posso ajudar em alguma coisa? - Adam perguntou depois de alguns segundos de silêncio.

Draco se arrependera no instante em que avistou Walsh sentado no banco. Pouco importava o motivo de Sarah estar tão esquisita, provavelmente não era nada de tão interessante.

— Do que está falando, Walsh? - Indagou com frieza — Não posso mais andar pelo corredor, por acaso?

Adam ajeitou os óculo por um momento tentando entender o que estava acontecendo ali. Percebendo que não entenderia, retomou a palavra.

— Pensei que quisesse alguma coisa, afinal, quem está parado igual a uma estátua na minha frente é você. - Deu de ombros tomando o livro na mão novamente.

Draco tentou permanecer impassível, mas se sentiu incomodado. Quem ele achava que era pra falar daquela forma com ele? A irritação tomou conta de seu corpo quando percebeu que Adam havia retomado sua leitura prontamente.

O moreno tentou se concentrar no livro novamente, mas não obteve sucesso. O que o sonserino queria, afinal?

Impulsivamente, Draco tomou o livro das mãos de Adam, teria a atenção do lufano de qualquer maneira.

— Malfoy, vai me dizer o que quer de uma vez? - O moreno indagou cruzando os braços.

Se rendendo a sua curiosidade súbita, o loiro resolveu começar seu interrogatório.

— Escuta aqui, Walsh… - Começou sem devolver o livro para o outro rapaz — Qual é o problema com a sua amiga?

Adam o encarou sem entender realmente o que estava acontecendo. Se antes estava confuso, agora havia se perdido completamente.

— Acredito que você precisa ser mais específico, Malfoy… - Pediu o moreno — O que aconteceu entre você e a Sarah dessa vez?

“Dessa vez?”, o loiro se perguntou. Foi então que recordou de todas as vezes que havia se desentendido com Standish apenas naquele ano. Obviamente Walsh sabia de tudo, afinal, os dois não se desgrudavam nunca.

— Eu não sei o que a Standish fala pra você, Walsh… - Draco disse irritado — E... sinceramente pouco me importa. Não sei por que vim atrás de você. - O loiro comentou jogando o livro no banco.

Draco virou de costas para Adam e tentou retomar seu caminho até as masmorras. Adam observou o loiro ainda sem compreender o que havia acontecido. O lufano não conhecia Draco, pouco haviam interagido nos últimos anos, mas ele pôde perceber que algo perturbava o loiro.

O moreno deu um longo suspiro antes de se levantar e seguir a passos rápidos o sonserino.

— Resolveu me seguir, Walsh? - Draco indagou tentando parecer desinteressado.

— Me conta de uma vez o que aconteceu, Malfoy. - Disse Adam calmo, mas com firmeza no momento em que se pôs na frente do loiro e cruzou os braços.

— Quem você pensa que é pra me dizer o que vou ou não fazer? - Perguntou cheio de arrogância.

Adam arrumou os óculos e se aproximou de Draco calmamente. O olhar que o lufano lançava incomodava o loiro de tal forma que ele não conseguiu sustentá-lo por muito tempo. Ele já tinha recebido um olhar parecido outras vezes, Standish tinha uma forma de olhar semelhante ao lufano parado em frente a ele.

— Standish estava mais estranha que o normal hoje. - Disse por fim — Eu só…

— Você ficou preocupado com ela… - Adam o interrompeu dando uma pequena risada pelo nariz.

— Eu preocupado com ela? Não seja patético, claro que não. - Afirmou o loiro irritado — Eu só queria entender por que ela passou a tarde inteira olhando pro nada enquanto eu me esforçava pra resolver aqueles malditos exercícios sozinho! - Dramatizou.

As palavras de Draco deram um estalo imediato em Adam. A reação do moreno não passou despercebida pelo sonserino. Ele estava certo então, havia algo por trás do comportamento estranho de Standish.

— Sarah comentou que hoje é aniversário dela? - Adam indagou encarando o loiro.

— Acho que ela mencionou isso sim. - Draco fingiu puxar pela memória — O que isso tem a ver com o mau humor dela?

— É o primeiro aniversário que ela passa sem o pai. - O moreno respondeu sem rodeios.

A frase de Adam fez com que um grande peso caísse no estômago de Draco. A menção de Fharell Standish fazia com que ele se consumisse em grande culpa, e aquele era um sentimento que o loiro não sabia lidar. Se mexeu desconfortavelmente ao receber outro olhar incisivo do lufano que retomou a fala.

— Acho que é uma boa justificativa para o mau humor, não? - Adam indagou calmamente.

Draco queria responder alguma coisa, mostrar que não ligava para o que havia acabado de ouvir, mas por mais que tentasse, a única coisa que conseguia sentir era a garganta secando aos poucos.

— Entenda… - O lufano prosseguiu. Ignorando o fato de que falava da amiga com Draco Malfoy — Sarah era extremamente ligada ao pai. Mesmo que não se encontrassem com frequência durante as aulas, estavam sempre se comunicando por meio de cartas.

— Cartas? - Foi a única coisa que Draco conseguiu falar, o estômago afundando cada vez mais.

— Sim. - Adam respondeu simplesmente. Sabia que não devia estar falando sobre aquilo, mas já havia começado o assunto — Eles se falavam semanalmente… E no aniversário dela não era diferente. - Recordou o moreno — Fharell escrevia algo especial nessa data… E ela recebia depois do jantar, no horário em que ela nasceu.

Draco continuou sem dizer uma só palavra. Absorvia as palavras de Adam com atenção e tentava pensar em algum comentário sarcástico para fazer, algo que fizesse com que o lufano pensasse que o que Draco sentia era apenas curiosidade.

— Acho que é a primeira vez que vejo você calado por tanto tempo… - Adam ponderou.

— Cale a boca, Walsh! - Exclamou o loiro cruzando os braços e respirando pesadamente.

— Olha… Você não precisa fingir que não ficou preocupado com ela.

— Eu não fiquei preocupado, Walsh. - Tentou reforçar de forma convincente — Fiquei curioso… Standish passou o dia com aquela cara azeda… E agora que eu já sei o motivo, minha curiosidade já passou e eu posso me arrumar pro jantar. - Concluiu enquanto virava de costas para o moreno e rumava para a sala da sonserina.

— Não estava preocupado… Sei… - Adam riu pelo nariz no momento em que sentou novamente no banco para retomar sua leitura.

[...]

Sarah jantou ao lado dos amigos de casa após dar um beijo em Adam e Betsy na mesa da lufa-lufa.

Enquanto jantavam, a morena agradeceu pelos presentes que havia ganho mais uma vez. Subiu para a sala comunal acompanhada de Harry e Hermione, uma vez que Rony jantou ao lado de Lilá que encarava Sarah com cara de poucos amigos.

Pediu licença aos dois e se recolheu para o dormitório. Entrou no banheiro e ligou a água quente no momento em que sentiu a melancolia crescendo em seu peito. Pela primeira vez depois de algum tempo, chorou de saudades do pai.

As lágrimas caíam sem dar trégua, fazendo com que o peso que ela sentia diminuísse de pouco em pouco.

Não sabia dizer a quanto tempo estava debaixo do chuveiro, mas sabia que não podia ficar ali o resto da noite. Finalizou seu banho, limpou o rosto mais uma vez e terminou de se arrumar.

Olhou para a janela do quarto e soltou um suspiro sentido antes de se jogar em sua cama. Desceria para a sala comunal em alguns minutos, mas precisava daquele momento consigo mesma.

Prendeu os cabelo em um rabo de cavalo e passou os dedos pela grande cicatriz em seu pescoço. Sabia que teria que contar aos amigos cedo ou tarde, e que ouviria um grande sermão de Adam e Hermione sobre a demora da revelação.

Estava completamente perdida em seus pensamentos, quando ouviu o barulho que vinha da janela. Ao ver que o mesmo era originado das bicadas de uma coruja, Sarah sentiu o coração afundar no peito.

Abriu a janela e a coruja pulou para dentro estendendo uma das patas. Assim que Sarah pegou o que a ave trazia, a mesma voou em direção a noite, deixando a morena com uma carta nas mãos e o coração palpitando rapidamente.

Ainda sem conseguir respirar direito, a morena abriu o envelope. Ponderou se queria ler o que tinha no pergaminho em suas mãos. Não poderia ser algo de seu pai, poderia?

— Ele morreu, Sarah. - Repetiu em voz alta — Pessoas mortas não escrevem cartas.

Colocou a carta sobre o colchão e a encarou por alguns instantes. Respirou fundo e, finalmente, abriu o pergaminho para ler seu conteúdo. 

Reconheceu rapidamente a caligrafia e prendeu a respiração mais uma vez. O que diabos significava aquilo?

[...]

Draco mal conseguia tocar na comida. As palavras de Adam ecoavam em sua mente a todo momento o incomodando enormemente, o que não era comum acontecer.

Olhou discretamente para a mesa da Grifinória e percebeu que a morena sorria para Potter e Granger. Por algum motivo oculto, se sentiu sozinho. Mais uma vez se lembrou das palavras de Adam e tentou, mesmo que fosse estranho para ele, se colocar no lugar de Standish naquele momento.

Foi então que algo veio em sua mente. Não esperou o horário do jantar terminar. Sem falar com os colegas de casa, se levantou e foi em direção às masmorras. Entrou no dormitório, pegou o que queria e sentou em uma mesa no canto da mesa comunal.

Encarou o pergaminho a sua frente como se estivesse prestes a fazer a prova mais difícil de toda a sua vida. O que escrever ali?

Draco recordou do momento em que invadiu a mente de Sarah sem sua permissão. Passeou pelas emoções que ela sentiu na noite em que perdeu seu pai. Lembrou também do dia em que a encontrou no Expresso tantos meses atrás. A expressão nos olhos dela e forma como ela o tratou.

Draco continuou viajando em sua mente até  finalmente começar a riscar o pergaminho. Já sabia o que tinha que colocar naquele pedaço de papel. Se ela ficasse irritada com ele, não havia nada a fazer a respeito.

“Sarah,

Sei que provavelmente você esperava que outra pessoa lhe escrevesse hoje, mas não largue a carta ainda.

Não vou enrolar pra dizer o que quero. Eu sei que o que aconteceu com o seu pai foi culpa do meu pai.

Espero que considere essa confissão como um presente de aniversário...

Acho que além disso devo te desejar um feliz aniversário também.

Sinceramente, D.”

O loiro releu a carta algumas vezes e, depois de alguns segundos, foi em direção ao corujal. Sabia que ela ficaria irritada. Mas aborrecer Sarah Standish era algo que ele sabia que fazia apenas por estar respirando naquele momento.



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