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História A proposta - Um pedido e tanto


Escrita por: islesidlexz

Notas do Autor


Um pouco atrasado, mas aqui estamos!

Boa leitura a todos! ❤

Capítulo 5 - Um pedido e tanto


"Ana Paula e eu vamos nos casar!"


 A editora pega totalmente de surpresa, ao ouvir aquelas palavras acaba cuspindo e todo o líquido que havia bebido anteriormente manchou a camisa branca do homem à sua frente. O garçom, gentilmente lhe oferece um guardanapo e ela rapidamente limpa os resquícios da bebida vermelha no canto de sua boca.

_ Eu sinto muitíssimo por isso…

_ Fique tranquila. Eu iria pôr essa camisa para lavar depois mesmo.

 Brincou e a morena sorriu amarelo, envergonhada. Enquanto isso, no outro lado da sala, todos os presentes ficaram chocados e surpresos com a notícia dada por Paola, principalmente sua família, mas não tanto quanto a própria outra noiva. A editora com certeza não esperava que a assistente anunciaria o noivado delas naquele momento, principalmente depois de ter dito que escolheria o momento certo.

_ Pois é, yo vou casar! Amor? Onde você está?

 Ana Paula ouviu ser chamada e respirou fundo antes de seguir até a Argentina. Com um sorriso amarelo e um tanto acanhada por ter a atenção de todos para si, a editora de aproximou de Paola, que rodeou sua cintura com a mão e a puxou para mais perto ainda, enquanto elas recebiam as felicitações pelo casamento dos convidados. 

 Em seguida abriram um champanhe para comemorar e a editora aproveitou que todos estavam distraídos conseguindo entre si, e puxou sua noiva de canto.

_ Jura que essa foi sua ideia de "momento perfeito" para contar sobre nosso noivado? 

 Ana Paula fez aspas com as mãos utilizando do seu mais ácido tom de voz, mas Paola não se deixaria abalar.

_ Sim, foi exatamente assim que pensei em fazer a anunciação.

_ Ótimo, foi realmente brilhante.

 Mais uma vez o sarcasmo se fez presente na fala da editora e ela levou a boca a sua taça de champanhe, tomando um gole da bebida. Paola estava prestes a lhe responder, quando uma moça de cabelos dourados, olhos tão azuis quanto o céu e sorriso largo se aproximou delas.

_ Paola, hola

_ Luna? ¡Dios mio hola!

 As duas trocam um abraço apertado enquanto eram observadas atentamente por uma Ana Paula descontente.

_ Como você está? Não esperava te ver aqui.

_ Provavelmente sua mãe queria lhe fazer uma surpresa. Então… Surpresa!

 A loira abriu os braços receptivos e elas então trocaram mais um abraço caloroso. Assim que se afastaram, mantiveram os olhos conectados um no outro por alguns segundos, mas aí Luna percebeu o olhar da outra mulher ali e sorriu um pouco sem graça, desviando os olhos de Paola e enquanto dava um passo para trás, colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha. 

_ Acho que estamos sendo mal-educadas…

_ Por que? Oh, certo… Ana Paula, está é minha… hãn…

_ Sou Luna. Oi.

 Elas se comprimentam com um formal aperto de mãos. 

_ Parabéns pelo noivado.

_ Obrigada.

_ É, gracias...

_ Então, conta a história!

_ Que história?

_ Sobre como você a pediu em casamento. 

_ Como um pedido é feito diz muito sobre o seu caráter.

 A senhora avó da assistente se pronúncia, chamando a atenção das mulheres para si. Ela estava sentada no sofá ao lado de sua nora, mãe de Paola, que também diz que adoraria ouvir a história do pedido.

_ Bom… Sabe o que é? Na verdade, Ana Paula ama contar essa história, então vou deixá-la fazer isso.

 Paola praticamente jogou a bomba para cima de Ana e correu para se sentar junto de sua mãe e avó, enquanto sentia o olhar fuzilador que a editora lhe lançava.

_ Nossa, nem sei por onde começar essa história… Então… Certo, Paola e eu estávamos para comemorar nosso primeiro ano juntas e eu sabia que ela estava louca para pedir minha mão. Mas ela estava tão apavorada… Então, eu comecei a dar umas dicas aqui e ali, porque sabia que ela não teria coragem de pedir, mas…

_ Não foi bem assim que aconteceu.

 A assistente lhe interrompeu. Ana Paula cruzou os braços na altura de seu peito e arqueou uma sobrancelha olhando para Paola.

_ Ah, não?

_ Não, cariño… Eu percebi todas as dicas porque esta mulher é sutil como uma bazuca. Apenas estavmna preocupada porque não queria que ela achasse a caixinha...

_ Oh, a caixinha que ela fez com vários recortes de fotos lindas nossas forradas. Tão bonito! Então quando eu abri aquela linda caixinha, saltaram vários confetes de pequenos corações de papel, e embaixo dos de todos os confetes, eu vi a coisa mais bonita e enorme…

_ Enorme nada! 

 As duas mulheres contavam, ou melhor, tentavam contar uma história coerente para convencer os convidados mas sempre interrompiam uma a outra para deixar seu lado mais favorável.

_ Não tinha aliança.

_ Como assim? Sem anel?

_ Pois é, mas dentro daquela caixa, embaixo de toda a palhaçada, havia um bilhetinho escrito à mão o endereço de um hotel, a data e hora… Naturalmente, Ana Paula a achou.

_ Naquele momento achei que ela tinha outra. Foi horrível para mim, mas eu fui ao hotel assim mesmo, fui até lá e bati na porta, mas a mesma já estava destrancada. E assim que abri a porta, lá estava ela...

_ Parada.

_ De joelhos. Cercadas por muitas pétalas de rosas… Ela chorava, bem baixinho… E quando ela finalmente conseguiu prender as lágrimas e depois de respirar fundo, ela disse…

_ "Quer se casar comigo?". Ela ela disse sim. Fim.

 Seria impossível descrever perfeitamente bem a reação das pessoas ao escutarem o desenrolar e o fim daquela história. Estavam perplexos, talvez?

_ É… Uma história e tanto, mi hija.

_ Ay Flor, você é tão romântica.

_ Queremos ver um beijo de vocês duas! Dê um beijo nela, Paola.

_ Ah no...

_ Vai, mi hija! ¡Un beso solo!

 Os presentes na sala começaram a insistir veemente para ver um beijo do casal. As mulheres envolvidas nisso não sabiam o que fazer para sair daquela situação sem terem que se beijar.

_ Vocês querem um beijo? 

 A assistente questionou alto enquanto se levantava e ia em direção a editora que a olhava confusa.

_ Ok, aqui vai.

 Paola pega a mão direita de Ana Paula e deposita um beijo curto no dorso da mesma, mas obviamente, aquilo não foi suficiente para ninguém ali. Segundo as pessoas, eles queriam ver um "beijo de verdade". Um uníssono "beija, beija, beija" foi proferido pelos presentes.

_ Vai, me beija logo…

 Ana Paula disse baixo, incentivando Paola acabar logo com aquilo e beijar-lhe logo. A assistente se aproxima e une rapidamente os seus lábios nos da editora mas logo se afasta novamente. 

_ Florência, dê um beijo de verdade.

 De maneira acanhada e desconfortável, por fim vencida Paola volta a se aproximar de Ana Paula e coloca suas mãos na cintura da mulher, puxando-a contra seu corpo. Seus olhos se fecharam antes de encostar sua boca na da mulher. 

 Elas se mantiveram estáticas nos primeiros momentos, mas logo o que era para ser apenas um roçar de lábios, tornou-se algo mais profundo. Era calmo, porém profundo. Era tão intenso e inexplicavelmente, não mais estranho para as mulheres. 

 Paola sentiu como se o mundo tivesse parado e só estivessem elas ali. Enquanto Ana Paula estava completamente desconexa, estranhamente aproveitando cada segundo daquele momento em que suas bocas estavam unidas.

  O momento é quebrado pela salva de palmas que as trouxeram de volta ao mundo. Elas rapidamente se afastaram, entreolhando-se envergonhadas.

 Mais tarde naquele mesmo dia, os convidados já haviam ido embora, então a mãe de Paola decide levá-las até o quarto onde dormiram durante sua estadia ali.

 Assim que entraram, Ana Paula caminhou até a enorme janela e observou encantada a bela vista do céu alaranjado em contraste com a água cristalina do lago bem em frente. O quarto se tratava de uma suíte de casal com um banheiro, a decoração era rústica, porém era bem aconchegante. 

_ Bem, este é o quarto de vocês.

_ É muito bonito e a vista é maravilhosa.

 A editora disse enquanto admirava mais um pouquinho da paisagem, depois se virou e andou até um pouco mais perto da assistente.

_ Mas, onde fica o quarto da Paola?

_ Oh querida, não temos a ilusão de que vocês não dormem juntas. Ela vai dormir aqui com você.

_ Ah… Isso é ótimo. Adoramos dormir juntinhas, né amor?

_ É, amamos ficar juntinhas.

 O silêncio que se fizera em seguida é interrompido com um latido agudo e um pequeno cachorrinho peludo da raça cavalier king invade o quarto e pula nas pernas de Ana Paula. A editora se assusta com o "ataque" do animal e corre para se esconder atrás do corpo da assistente que estava ao seu lado. 

_ Hey, quem é esse garotão aqui?

 Pergunta alheia ao medo da editora e se inclina para pegar o cachorro em seus braços.

_ Esse é o Mané. Acabamos de tirá-lo de um abrigo e ainda está sendo treinado. Desculpe, Ana Paula.  

_ Ele é tão bonitinho.

 Paola se divertia com a felicidade que o cachorro estava em seu colo. Ela dá uns beijos em seu pelo cheiroso e o carinho é retribuído recebendo lambidas do cachorro em sua bochecha. 

_ Tomem cuidado para que ele não saia ou as águias podem pegá-lo. 

_ Não, não ouça o que ela diz. Ela só está caçando de você, ela está.

 A jovem continuava brincando com o cachorro e o jeito que ela fez uma voz toda bobinha para falar com o animal fez a editora deixar escapar um sorriso de lado. 

 Por ser muito agitado, não demorou muito para o animal ficar incomodado por ficar no colo e então Paola o colocou de volta no chão. Hirma aproveitou para explicar onde ficava cada coisa que elas pudessem precisar, como toalhas, roupa de cama extra e também edredom caso esfriasse durante a noite. A senhora avó de Paola vai até o armaria onde ficavam os enxovais de cama e tira de lá uma manta antiga da família, entregando para as mulheres. 

_ Usem isso. Tem poderes especiais.

_ Que tipo de poderes?

_ Eu o chamo de "fazedores de bebês".

 Paola e Ana Paula ficam rubras pela bela indireta bem direta da senhora.

_ É melhor deixarmos vocês sozinhas. Foi um dia e tanto, então boa noite, meninas. 

 As senhoras finalmente saem do quarto, deixando Ana Paula e Paola sozinhas. 

Em hipótese alguma elas dividiriam a mesma cama, então enquanto a editora desfrutava de um bom e relaxante banho quente, a assistente ficou com a tarefa de arrumar uma cama para si no chão, usando alguns cobertores que havia pego no armário. Ela já usando seu pijama, tratou logo de se deitar e esperando até Ana saísse do banheiro.

_ Então, faz tempo que você não vem para cá?

 A editora puxa um assunto ainda dentro do cômodo.

_ Não tive muito tempo de folga nos últimos três anos.

_ Você só sabe reclamar? Hum… Não olhe, está bem?

_ Não vou olhar.

_ Está de olhos fechados?

_ Totalmente.

_ Tem certeza?

_ Absoluta.

 Confiando na palavra da jovem, Ana Paula finalmente sai do banheiro, descalças e usando apenas um conjuntinho de baby doll na cor rosa claro, motivo de seu receio em sair na frente de Paola usando-o.

 Paola não acatou o pedido da mulher, ficou com os olhos bem abertos e a vou correr para cama, escondendo-se embaixo do edredom. 

_ Esse é mesmo o pijama que decidiu trazer?

_ É sim, porque era para eu estar sozinha em um hotel, lembra?!

_ Será que podemos dormir?

_ Está bem, boa noite!

 Ana prende seus cabelos em um coque e se deita melhor na cama. O sol ainda não havia se posto totalmente e com as persianas abertas, a luz vinha direto no rosto da editora. Ela retruca, então Paola aperto um botão do controle das persianas e as fecha.

_ Obrigada…

O silêncio se faz presente, cada um presa em seus próprios pensamentos mas como estavam cansadas da longa viagem e do resto dia, logo pegam no sono.


Notas Finais


Gentyyy! E essa Luna, heiiin? Falo nada!

Manézinho presente na fic, amoo! Kk ❤

E o beijo? Inexplicável? Huuum...

Beijos e até o próximo ❤☇


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