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História A protegida - O começo - Novos caminhos


Escrita por: NaniSenpai e Amara_Sakurai

Notas do Autor


NOTA ~linaSakurai89: Meus amores me perdoe pelo atraso, sei que tive várias mensagem pedindo atualização, mas como expliquei estou numa cidade pequena a Internet é uma porcaria e cuido da minha avó que está adoentada, a minha amiga nanisempai está também num lugar bem pequeno então já viu duas autoras na meleca kkkkk
Espero que gostem
Boa leitura

NOTA ~NaniSenpai: ~*Yo, Minna!
Kami do céu! A culpa desse atraso enorme nesse capítulo foi toda minha de novo, me perdoem! Sinceramente eu não tenho nem dedos mais para contar todos os motivos que me impediram de fazer minha parte desse capítulo antes, mas o mais importante é que finalmente consegui e o resultado do que fiz junto do que a Sakurai havia me mandado e foi esse! Espero que gostem tanto quanto gostei! #spoiler Contém alto nível de drama, sofrimento e de certa forma fofura no final envolvendo o primeiro contato entre nossos pequeninos Sasuke e Sakura! '-'
Ahhhh e né, eu ainda não consegui vir responder os comentários, mas vou respondê-los o mais breve possível! Ou seja, vocês terão respostas da Sakurai e minhas! Então continuem comentando e para quem não comentou, comentem! Kkkkkkk
Saber a opinião de vocês é o que há o/
Obs: Para quem quiser saber meus motivos pode vir falar comigo que conto todos eles! kkkkkkk
Por enquanto é isso! Boa leitura!*~
Obs: Capítulo revisado.

Capítulo 2 - O começo - Novos caminhos


Fanfic / Fanfiction A protegida - O começo - Novos caminhos

“A força não está apenas nos braços que carregam objetos. Está nos olhos de quem segura o choro, nos lábios de quem mantém um sorriso para calar a dor, nas costas de quem carrega o mundo para proteger aqueles que ama.”

[...]

Depois de se reconstruir após muitas lágrimas, Mebuki descia a escada de sua casa lentamente. Anestesiada, limitou-se a esboçar um pequeno sorriso encorajador aos filhos que lhe esperavam no pé da escada de mãos dadas. Pequenos olhos marejados, narizes avermelhados e rostos úmidos procuravam em si força e coragem para seguir em frente.

Sentindo lágrimas brotarem nos próprios olhos desviou daqueles dois pares de olhos e respirou fundo. Não choraria na frente dos filhos, nunca mais choraria na frente deles.

Ao chegar aos seus pequenos, os abraçou individualmente e depois os puxou para um abraço coletivo onde sua irmã, sobrinha e sogra se juntaram. A garganta fechara, os olhos ardiam como o inferno, no peito havia uma dor dilacerante destruindo seu coração, mas não deixaria um som sequer sair de seus lábios, uma lágrima escapar por seus olhos determinados e não se entregou a dor, não lhe deu espaço, porque não havia. Só havia espaço para seu papel de mãe e o recém-adquirido de pai, homem da casa, ao menos até seu primogênito atingir a maioridade, e o mais pesado dos recém-blocos que a vida lhe deu para carregar, um pilar, um dos pilares que estabilizava a família Haruno que Kizashi levou consigo.

Abraçou ainda mais forte os que estavam em seus braços, lamentando tal perda. Como poderia substituir o homem forte e protetor, esposo maravilhoso, pai atencioso e filho exemplar que Kizashi era?

Mordeu o lábio inferior, lágrimas ameaçando transbordar de seus olhos.

Força.

Perseverança.

Esperança.

Amor.

Podia ouvir as palavras serem ditas no timbre de seu amado confidente que estaria eternamente em sua vida e em seu coração. Respirou fundo e ergueu o olhar ao teto, a fim de secar lágrimas que não poderiam escorrer por sua face, não mais.

— Vamos ficar bem. — Sua voz soou grave e exausta, mas o sorriso distorcia a real gravidade daquelas palavras e o que sua voz traidora tentou passar — Vamos, meus queridos? — olhou profundamente no par de olhos castanhos, transbordando a dor mútua, mas fortalecedora, depois no par de olhos esverdeados.

Sorriu levemente, acariciando as duas faces mais lindas que já vira em sua vida, antes de endireitar-se e num comprimento mudo sinalizar aos demais que estava bem.

Em meio ao silêncio cúmplice batidas soaram na porta. Era seu cunhado, pronto para levá-los ao velório de seu falecido esposo. O agradeceu verdadeiramente com o olhar por ter ido em seu lugar reconhecer o corpo e resolver a burocracia para sua liberação. Não seria capaz de fazê-los, nem se tivesse anos para poder se preparar. Como poderia preparar uma mulher, que passou mais tempo de sua vida na companhia do esposo do que sozinha, para perdê-lo e ainda reconhecê-lo, ali, imóvel, gélido, sem vida? Nenhuma mulher ou homem deveria passar por aquilo.

[...]

Cada passo que dava afundava-se em sua própria melancolia. De repente, enxergara tudo em preto e branco com apenas duas cores vívidas em seu campo de visão, vermelho e rosa. Sasori andava a frente, nem desviava sua atenção do caminho, segurando a pequena mão de Sakura, que olhava a sua volta com curiosidade.

Era uma imagem triste de se ver: duas crianças cheias de vida em roupas pretas, num clima fúnebre, ainda que inocente e ingênuo.

Haviam muitas pessoas conhecidas como também desconhecidas a observando silenciosamente passar com seus filhos. Posteriormente soube que eram as famílias dos homens que trabalhavam com seu falecido esposo e que ainda estavam hospitalizados. Depositavam toda compaixão e apoio em palavras de condolências e conforto. Assentia e expressava pelo olhar o quão agradecida estava, no entanto, era impossível alguma palavra sair de sua boca; não havia voz para aquela fachada.

— Senhora Haruno? — ouviu num tom ameno e gentil e levou seu olhar triste a uma mulher com longos cabelos e olhos igualmente negros destacando-se em sua pele impecavelmente pálida. Sorria-lhe na pretensão de oferecer-lhe algum conforto e assentiu, tocada por aqueles lindos orbes negros tão expressivos como os de seu falecido marido — Sou Mikoto e este é meu marido Fugaku. Somos os donos da empresa onde houve o acidente e viemos prestar nossas condolências.

Assentiu nervosamente, sentindo os finos lábios tremerem prévio ao choro preso na garganta. De repente ouvir sobre o acidente a fez fraquejar, se sentir impotente e odiar a si mesma por não ter dito a seu falecido esposo todas as palavras que guardava para seu retorno, todos os sentimentos que transbordavam de seu coração, todos os gestos e provas de seu amor.

— Mãe. — Sasori pegou sua mão e apertou, lhe lembrando de que não estava sozinha.

Era um menino tão forte e gentil, como o pai. Os traços faciais também não enganavam, era inteiramente Kizashi na aparência e isso aliviou um pouco sua dor. Ainda teria parte de Kizashi em sua vida para alegrá-la. O olhou por um pouco mais e diante da firmeza de seu primogênito, um pequeno sorriso sincero se formou em seus lábios. Pigarreou, limpando a garganta seca, como se houvessem pregos rasgando-a, e respirou fundo, assumindo uma postura imponente diante daquela tragédia.

Tentava com todas as suas forças ser forte, mas era realmente difícil. Como criaria suas duas crianças, duas crianças que Kizashi sempre desejou e planejou toda a infância, juventude e maturidade, sem ele? Era injusto, tão injusto.

Sentiu Sakura pegar sua outra mão trêmula e apertá-la, a olhando receosa com olhinhos lacrimejados. Era como se ela sentisse o turbilhão de sentimentos que aprisionava em sua fachada.

Abaixou a cabeça e a encarou por algum tempo, vagamente lembrando-se de seu nascimento e de como seu falecido esposo a olhava maravilhado para os grandes olhos verdes.

O sorriso construído com tanto amor cresceu levemente, antes de voltar a olhar o casal a sua frente, assentindo respeitosamente.

— Obrigada. — Fora a única palavra que conseguira proferir.

Mikoto sorriu. Manteve o olhar preso ao dela, sentindo sua dor, e virou-se, procurando por seus dois filhos.

— Itachi, Sasuke, venham, meus amores. — Os empurrou gentilmente para que ficassem a frente de si e abaixou-se, na altura de Sasori e Sakura. Com delicadeza, pegou suas mãos da mãe — Esses são meus filhos, Itachi… — o mostrou colocando a mão sobre o ombro do mais velho, de 11 anos, cabelos até os ombros presos em um rabo de cavalo frouxo e olhos igualmente negros — …e Sasuke. — Fez o mesmo com um garoto de 5 anos, com o estereótipo quase idêntico ao irmão mais velho, só que com cabelos curtos e arrepiados atrás. Virou para seus filhos — Esses são Sasori e Sakura… por que não os levam para olhar o jardim? — sugeriu, sorrindo e assentindo de forma cúmplice e ambos corresponderam.

Itachi tomou a frente, acenando com a cabeça para que Sasori o seguisse, vendo o ruivo buscar autorização no olhar da mãe, que observava calada e assentira.

Sasuke encarou a pequena menina de olhos esverdeados levemente avermelhados e marejados, de fios róseos curtos. Nunca havia visto alguém com cabelos como algodão-doce. Percebera que ela estava assustada, pois se escondia atrás das pernas da mãe, que lhe afagava levemente os cabelos.

— Sou Sasuke. — O menino disse, sendo observado atentamente pelos adultos. Estendeu a mão em um cumprimento formal e timidamente foi correspondido por uma pequena mão trêmula.

— Sakura. — Sussurrou, ainda envergonhada. Sempre buscando o olhar terno de sua mãe, que ainda lhe sorria para incentivá-la.

A pequena pretendia recolher a mão, mas o menino não deixou, a apertou um pouco mais, sem desviar seu olhar em nenhum momento — Vamos.

— Vá, querida. — Mebuki incentivou, lhe dando um pequeno empurrão para que se movesse.

As crianças os deixaram, indo na direção do jardim do lado de fora. Mebuki os observou por mais alguns minutos antes de voltar sua atenção ao caixão onde seu falecido esposo estava. Desde que chegara não fora até lá e realmente não fazia questão de ir. Gostaria de preservar a imagem dele de como ele era quando deixou a casa ao sair para trabalhar. Se desmancharia em lágrimas se o visse de outra forma.

— Tem certeza de que é melhor não a levar até lá? — Jiraya sussurrou a esposa, Tsunade.

— Sim. Se minha irmã não quer vê-lo lá, ela não verá. — Afirmou e se pôs ao lado dela, afagando seus pequenos ombros.

Sentia o quão duro era se manter naquela falsa calmaria, completamente oposta de como estava verdadeiramente. Mebuki nunca fora uma mulher de neutralidade, sempre havia seu gênio forte, sua transparência sob qualquer situação, apesar de haver muita maturidade vinda dos anos sofridos desde sua infância.

Percebera que a esposa do dono da empresa em que o cunhado trabalhava não tirava os olhos de sua irmã e se aproximou – Sou Tsunade. Irmã de Mebuki.

— Mikoto e este é meu esposo Fugaku. — Apresentou-se, a cumprimentando formalmente.

— Obrigada pela presença. Sei o quão ocupados são-…

— É o mínimo que poderíamos fazer. Haruno Kizashi foi um grande homem e amigo. — Fugaku assumiu a conversa. Os ônix presos ao caixão onde um dos homens mais honrosos que conheceu estava.

— Era realmente um grande homem. — Tsunade concordou, virando-se brevemente para conferir o estado de Mebuki, que ainda se mantinha em estado catatônico, o olhar perdido e a face desprovida de expressão.

— Conte conosco para o que precisar. Estaremos à disposição. — Fugaku entregou a mulher seu cartão pessoal e a loira aceitou de bom grado.

— Tsunade, é agora. — Jiraya anunciou, olhando-a pesarosamente.

A parte mais difícil estava próxima.

— Deem-me licença, por favor. — Despediu-se do casal e junto do esposo seguiu atrás da filha – Shizune. — A chamou e a garota se aproximou — Vá atrás de Sasori e Sakura e os leve para a sorveteria, será melhor para Mebuki.

— Sim, mãe.

Viu a filha obedecê-la e voltou para o lado de Mebuki – O enterro será agora, irmã. — Pegou na mão fria dela e afagou, observando homens se aproximarem para carregar o caixão já fechado desde o início da cerimônia.

— Onde estão Sasori e Sakura? — ouviu na voz cansada e rouca dela e se virou para vê-la com os olhos presos onde seu falecido esposo estava.

— Com Shizune indo para a sorveteria.

Mal acabou de responder e ouviu gritos vindos da porta.

— Eu não vou para lugar algum sem minha mãe, Shizune! Pare de insistir! — Sasori bradou, andando a passos apressados arrastando Sakura consigo.

— Saso! — a garota gritou, sem saber o que fazer. Recorreu a mãe e ao pai, que apenas deram de ombros observando o garoto se aproximar de Mebuki, a abraçando junto da pequena irmã, assustada demais para fazer qualquer coisa que não fosse abraçar sua mãe.

— Ele não quis se afastar. — Itachi se explicou para Mikoto, que apenas sorriu, compreendendo-o.

— Mãe. — Sasuke a chamou e a mulher de longos cabelos negros abaixou-se na altura do menino — Aquela menina está triste.

— Eu sei, querido, é porque ela perdeu uma pessoa muito importante. — Terna, acariciou a bochecha pálida do menino, sorrindo para confortá-lo da frustração de ver uma pessoa sofrer; — Tive uma ideia. — Ajeitou o pequeno paletó do filho — Lembra quando lhe disse que flores espanta qualquer tipo de dor? — viu o menino assentir, curioso, — Por que não vai com Itachi comprar algumas flores para dar a ela?

— Hn. — Concordou seriamente, olhando para o irmão mais velho que de prontidão o levou.

Mebuki abraçava os filhos fortemente, orando silenciosamente para que seu falecido esposo lhe dê forças para superar a perda.

— Obrigada por ficar ao meu lado, querido. — Agradeceu ao primogênito que lhe sorriu para confortá-la e a abraçou forte mais uma vez.

— Nunca vou deixá-la, mãe. — Beijou a bochecha sem cor de sua mãe e deu espaço para Sakura fazer o mesmo.

A menina apenas a abraçou e Mebuki se levantou com ela em seu colo. Rodeou com a outra mão o ombro de seu filho e juntos, observaram em silêncio a pequena cerimônia.

Depois de buscar as flores encomendadas, Tsunade voltou para seu posto ao lado da irmã, aguardando o momento final daquela despedida trágica. Desejava força para a irmã, perseverança para cada integrante daquela família e união, eles vão precisar. Por mais que Sasori tivesse se mostrado forte e maduro, sabia que ainda era uma criança e que estava sendo muito difícil para ele. Teria de amadurecer mais cedo e ocupar o lugar do pai como um homem de família e Sakura, tão nova já sentindo o impacto da vida e da morte, da ausência, da saudade. Mebuki trilharia um caminho árduo até conseguir alcançar a paz novamente.

Os homens começaram os procedimentos para o enterro e Mebuki sentiu pela primeira vez que aquela perda era real e irreversível. Somente naquele momento ela se deu conta do que havia acontecido e o desespero se pôs a crescer em seu peito de forma arrebatadora e o mesmo acontecia com Sasori, que observava em choque os homens colocando sobre os ombros o caixão que levava seu pai. Lágrimas escorriam pelas bochechas coradas do ruivo, num choro mudo. A pequena mão apertou a da mãe, buscando alguma força para ajudá-lo a enfrentar o medo de perder aquele que sempre foi sua inspiração e seu espelho.

Sakura observava assustada o grande caixão fechado que alguns homens desconhecidos, junto de seu tio, carregavam. Sabia vagamente que seu pai estava lá, pois Sasori, quando saíram com Itachi e Sasuke, explicou ao ser questionado por ela que ele estava dormindo naquela grande caixa de madeira e que ficaria lá para sempre para descansar.

— Eu quero ir com o papai, mamãe. — Sussurrou manhosa e para o desespero de sua mãe, começou a chorar, aflita com a dor no peito que surgira.

Mebuki caiu de joelhos no chão com Sakura ainda em seu colo e Sasori reagiu de imediato pegando Sakura de seu colo. Estava preocupado com sua mãe, porque sabia que ela estava se fazendo de forte por eles, mas que estava tão desolada quanto eles.

— Se acalme, Sakura. — O menino exigiu, enxugando as lágrimas da irmã caçula – Já conversamos sobre isso.

— Mas eu não quero que ele vá!

— Ele precisa descansar. — Insistiu, a aninhando em seu peito.

Um garoto carregando uma menina, tão grande e pequeno ao mesmo tempo.

Mebuki desmanchou-se em lágrimas observando aquela cena tão tocante. Sabia que seu primogênito estava poupando-a de mais dor e por isso se sobrecarregava. Era seu garoto de ouro, eterno menino.

— Vamos buscar água para a mãe. — disse, descendo Sakura de seu colo e pegando sua mão para levá-la sem que resistisse — Já voltamos, mãe. — Anunciou e sorriu para a mulher.

[...]

O enterro havia acabado e todos estavam indo embora, mesmo que Mebuki não se movesse um centímetro sequer, ainda observando a terra recém-colocada à frente da lápide com a foto de seu falecido esposo, contendo abaixo suas datas de nascimento e falecimento, com uma frase gravada abaixo, frase essa que escolhera no dia anterior com seus filhos.

“Foi com você que descobrimos como ser felizes e agora seremos por você.”

Com amor, sua Família.

Sasori estava ao seu lado, segurando sua mão e Sakura estava sentada no jardim com Shizune, até um pequeno menino de cabelos e olhos negros se aproximar e se sentar ao seu lado.

A pequenina olhou-o pelo canto dos olhos, porém manteve-se abraçada as pernas com a cabeça apoiada nos joelhos. Os olhos inchados e nariz avermelhado denunciava o choro, apesar de estar mais calma depois da conversa que teve com o irmão.

[...]

— Mamãe está triste como nós por não ver mais o pai. — Sasori disse, sentando-a na cadeira e ajoelhando-se a sua frente, afastando os fios róseos de seu rosto — Precisamos ser fortes.

— Por quê? — perguntou, ingênua.

O garoto sentiu a garganta e os olhos arderem. Era difícil falar sobre aquilo, principalmente porque não conversara com ninguém sobre o que realmente estava sentindo — Porque a mãe não vai aguentar a dor por ela e por nós. Temos que dividir para ser mais fácil.

— Mas eu não quero dividir.

— Mas tem. Você não ama a mãe também?

— Amo.

— Então temos que ajudá-la para não perder ela também. — O garoto instruiu, deixando um cafuné sobre a cabeça rósea — Vamos… — puxou suas bochechas coradas, forçando-a a sorrir — Você consegue fazer melhor que isso. Desfaça esse bico e sorria para mim, Sakura.

— Irmão mau! — gritou e mostrou-lhe a língua, antes de sorrir e abraçá-lo, enxugando as próprias lágrimas.

Combinaram que a noite ele dormiria com ela e antes de dormirem, fariam uma carta contando como havia sido o primeiro dia sem o pai e depois Sasori enviaria para o lugar onde o pai descansava. Seria uma boa menina por todos, principalmente para sua mãe não sofrer mais.

[...]

Uma linda flor branca apareceu a sua frente e assustou-se levemente. Levou o olhar perdido novamente ao menino de cabelos e olhos negros; aquele que segurara sua mão num momento difícil.

— Toma. — O garoto emburrado disse, entregando-lhe aquela flor que parecia um copo de leite.

Surpreendida e envergonhada pegou a flor, esquecendo-se de tudo a sua volta. Ele havia sido gentil. Quando se conheceram e foram para o jardim, ele não havia tentado brincar e nem conversar com ela. Havia apenas ficado emburrado, apesar de não soltar sua mão para nada. Não entendia o motivo de ele agir daquela forma, principalmente porque a única coisa que queria era voltar para sua mãe e seu irmão.

— Minha mãe disse que espanta qualquer tipo de dor. — Sasuke disse, virando o rosto para o outro lado quando ela o encarou. Suspirou e manteve-se em silêncio novamente. Não havia muito o que dizer, porque ele não entendia o que ela estava sentindo, só entendia que ela não estava bem, já que só chorava.

— Cansaço dói? — ela perguntou, o surpreendendo.

Ele se virou para olhá-la, chocado por ela finalmente ter dito algo, só não sabia o que responder. Pensou algum tempo, lembrando-se de quando ficava cansado depois de brincar com seu irmão — Acho que sim. — respondeu, por fim, ainda sim meio incerto, a vendo assentir, parecia pensar em algo enquanto encarava a flor. De repente, a menina ficou com os olhos cheios de lágrimas e ele sentiu-se incomodado — O que foi?

— Eu queria dar para o meu papai essa flor, porque ele está cansado, mas minha mamãe e meu irmão também estão com dor porque estamos dividindo… não tenho flor para todo mundo.

O menino emburrado sorriu travesso e se levantou, deixando-a sozinha. Ela o viu correr para perto do irmão, conversar algo com ele e depois voltar.

— Toma. — Lhe entregou mais três flores — Agora além de ter para o seu pai, também tem para sua mãe, para seu irmão e para você.

Feliz, a menina pegou e sorriu, fechando os olhos brevemente de tão largo que era seu sorriso – Obrigada!

Sasuke arregalou os olhos inconscientemente e corou ao vê-la sorrir daquela maneira para ele. Sentira o coração acelerar e o aquecer do peito pelo modo como ela ficou feliz por tão pouco e acima disso, sentiu-se envolvido e feliz por ela, por ter feito algo que a tirou daquela tristeza.


Notas Finais


NOTA ~linaSakurai89: foi de partir o coração 😢 .
Espero que tenham gostado ..
Bjs
Até breve
Sakurai

NOTA ~NaniSenpai: Poxa vida, ô sofrimento, hein! Sério mesmo... Minha TPM está me matando de novo, mas esse capítulo me ajudou a ficar desidratada! É super difícil criar uma cena de luto assim, imagine quando envolve crianças?! Meu Kami do céu! Não há coração que aguente! Mas né... Vocês viram? Sasori está se saindo um ótimo irmãozão e filhão! Mebuki como sempre uma ótima mãe apesar de tudo e Sakura uma boa menina!
E quanto aos momentos ingênuos SasuSaku? Oh, Kami! Sasuke emburradinho, mas preocupado com a menina triste! sI2. Meu coração quebrou, mas logo voltou mais forte do que nunca com a Sakura sorrindo para ele e ele ficando feliz por isso! E o de vocês?
Bate aqui quem gostou! o/
Comentem aqui em baixo o que acharam! Críticas desde que sejam construtivas, sugestões e obviamente elogios, esses principalmente serão muito bem-vindos porque a Sakurai e eu estamos numa TPM! kkkkkkkkkkkkk
Obrigada por tudo, minna! Logo logo vejo vocês nas respostas dos comentários!
Até a próxima!*~


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