Jornal de National City.
“Nove meses se passaram desde o sumiço da super-heroína kryptoniana: Supergirl. Na internet, os fãs-clube imploram pelo seu retorno. A Catco está à beira do desespero em busca de outra inspiração em suas revistas e jornais.”
Folha de Central City.
“Desde a revolta da heroína Supergirl, grupos Anti-Aliens ganharam força e a criminalidade aumentou 200% com relação ao ano passado, vários grupos na internet estão em debate constante e protestos a favor e contra o retorno da Supergirl acontecem a todo momento.”
Trending Topics, Twitter.
JVerusca_Supergirl: Isso é culpa de vocês ingratos, que não estão satisfeitos com o sucesso dela!
SuperBitch: Finalmente estamos livres daquela mulher, não temos do que reclamar.
Fuckingirl: A polícia de National City é que deveria ser prestigiada dessa forma, não a SuperGirl.
Help!SuperDVD: Os pôsteres da Supergirl estão ficando velhos e empoeirados!
GirlCatQueen: Volta, Supergirl! A Cat precisa de você!
Anti El’s House: Espero que ela já esteja morta!
JackBoco-El: Daria tudo para ver vocês calarem a boca quando ela votar!
TeenCool-Super: Nós, do fã-clube Teen Cool sempre apoiamos a Supergirl, e acabamos de saber na Folha de Natrional City que os crimes aumentaram 200%! A quem entregamos o troféu de MINORIA MAIS INGRATA DE NATIONAL CITY?
Terra-Flash.
Casa dos West / Allen / Danvers.
Barry Allen.
— Socorro! Socorro! Barry me solte! — Kara se debatia aos berros, aqueles olhos vermelhos apenas serviam para me deixar mais assustado. Ela se movimentava com violência por entre meus braços, que já estavam prestes a ceder a sua força.
— Kara, não vá. Se controle. Não se entregue a isso! — tentei alertá-la, mas já era tarde.
Ela se vira em minha direção, tomando fôlego. — Me larga! — seu grito soa numa frequência totalmente anormal, os meus ouvidos começam a zumbir e sinto um líquido escorrer sobre eles segundos depois. Esse grito acabou me fazendo lembrar a Banshee Prateada (Ou Siobhan Smythe). Revirei os olhos, levemente tonto, minhas mãos repousaram sobre os ouvidos, algumas gotas de sangue se espalharam por eles. Ouço a porta da casa se bater com violência na parede, seguido da forte corrente de vento que a Kara provoca ao levantar voo.
Em poucos segundos, me recuperei do grito e corri atrás dela, tentando seguir o rastro de vento que o corte de ar deixa no céu como uma trilha. Corri pelos prédios olhando ao redor, não tinha nenhuma ideia por onde ela pode ter ido e meus ouvidos ainda zumbiam.
Eu sei onde isso vai acabar, pensei exibindo um rápido sorriso no rosto que se murcha à medida que percebo todo o estrago que a Kara é capaz de causar.
Liguei o comunicador do traje — GPS, Cisco! — falei enquanto ainda tentava achá-la. Nenhuma resposta. — Cisco! O GPS! — chamei novamente, ouvindo um suspiro rápido.
— Estou aqui! Barry. GPS ligado e operando. — ele ofegava. — Estou... Bem... Aqui.
— Rápido Cisco, eu perdi ela. — tentei apressar, evitando pensar no que ele poderia estar fazendo para estar ofegante.
— Eu sou um só, Barry. — o som dos seus dedos digitando tomaram conta dos meus ouvidos. — Achei. Ela está... Barry. Ela está bem aí.
— Onde? — andei até a beirada do prédio, olhando pela pista. Sem sinal dela. — Eu não a vejo.
— Vou tentar uma imagem de satélite. — explicou, eu estava na cobertura de uma fábrica comercial. — Barry! Se abaixa! — gritou desesperado.
Num vulto, meu corpo se vira para trás. Tudo parece correr em câmera lenta enquanto um carrinho de pipoca está em pleno voo, em rota de colisão com a minha cabeça. Arregalo os olhos surpreso e flexiono os joelhos para frente e não demora a minhas costas se chocarem contra o chão após conseguir desviar do carrinho. Num baque, ouço o estrondo do carrinho colidir no meio da pista, vinte metros abaixo. Suspirei aliviado, observando a silhueta da Kara com um barrigão de oito meses e meio em evidência na sombra. O luar a deixa mais graciosa aos meus olhos, porém, me assusto em seguida com sua expressão e suas pupilas avermelhadas, ela parece encarar aquilo como uma brincadeira.
Ela gargalha.
— Seus reflexos melhoraram meu amor. — elogiou em verdade, mas num tom sarcástico. — Peguei leve, mas foi só dessa vez. O que prefere que eu jogue da próxima vez? Um caminhão de sorvete? Talvez uma carreta cheia de granito. — ela fingia pensar em confusão mental.
— Se controle Kara. — pedi me levantando do chão em recuo.
— Mas eu estou completamente sã. — ela sorriu e flutuou, metros acima do chão. Seus punhos fechados e seus joelhos flexionados a faziam parecer a heroína mais linda do mundo. — Não vem atrás de mim? — perguntou, provocante. — Pode vir! Vou tentar não jogar poeira na sua cara. — ela decolou a toda velocidade, virando minha direita, em direção à uma pista com alguns carros parados no semáforo.
— Essa sua mulher é louca. — comentou Cisco.
— Não enche Cisco. — o ignorei e segui em frente, já percebendo uma explosão no meio de uma pista. Por sorte, era tarde da noite e não havia muitos civis na rua.
Ao chegar, vi dois carros batidos e a Kara carregando um terceiro com duas pessoas dentro. Chego a pensar como esse desejo consegue possuí-la por completo. Tanta doçura, sutileza, delicadeza e amor se resumem a isso. Um desejo súbito por caos e destruição. Ouvi o choro de um bebê vir de um dos carros, o corpo da Kara flutuava enquanto eu colocava os civis em um local seguro.
— Kara! Solte esse carro! — ordenei.
Ela olhou para mim e sorriu maliciosamente. — Está bem. — ela lançou o carro para frente, em minha direção. O teto da máquina curvou-se em direção ao chão. Novamente, tudo em câmera lenta. Podia sentir os raios saírem do meu corpo e minha pele se movimentar a medida que corro. Enquanto o carro está no ar, consigo abrir a porta e tirar o casal de dentro, deixando-os numa calçada. A Kara se vira para mim, seus olhos estão perdendo a coloração quando ela observa o bebê em prantos no colo de sua mãe machucada. Uma lágrima escorre em seu rosto, aos poucos, ela retorna ao chão. Já me preparo para segurá-la. Ela cai em meus braços
O som da sua respiração se mistura com os berros. — Desculpe. — diz ela. — Aconteceu de novo.
— São seus desejos súbitos de grávida. — expliquei. — Já é a quinta vez. E depois de um ataque desses, sempre acabamos fazendo... — fui interrompido por um beijo, ela entrelaçou seus dedos entre meu ouvido direito. Me senti leve. Uma corrente de ar me faz abrir os olhos e interromper o beijo. Quase grito ao perceber que estamos flutuando. — O que está fazendo? — perguntei, me afastando rapidamente sem me soltar dela. Olho rapidamente para baixo, observando os prédios ficarem cada vez menores.
— Tentando uma coisa diferente. — ela segurou o cós da minha calça. — Já tentou uma penetração aérea? — ela sorriu maliciosamente.
Arregalei os olhos. — M-mas o quê? Como... — foi interrompido novamente. Seu braço direito segura minha cintura, meus pés estão pendurados e meus braços estão envoltos em seu pescoço. — Kara. Espere. — falei ofegante. Ela seguiu com atitude afundando toda a sua mão dentro do traje, acariciando minha virilha. Reviro os olhos e tiro a máscara com uma das mãos.
O vento começa a se intensificar, os cabelos da Kara começam a se movimentar cada vez mais rapidamente, se pondo entre nossos lábios e umidecendo com nossa saliva. Ela interrompe o beijo, mordendo o lóbulo da minha orelha rapidamente, o que me faz estremecer ainda mais. Tento ignorar o fato de a gente estar no mínimo há uns cinquenta metros do chão. Sua barriga me faz distanciar.
— Kara, você tem um barrigão de quase quarenta centímetros me deixando longe. Isso não é nem um pouco seguro. — alertei. — E também não deve ser muito fácil manter o desempenho... Aqui.
Ela sorri. — Não finja que está preocupado com o Marcos.
— Não chame ele de Marcos. Se colocarmos esse nome, ele se tornará um monstro.
— Que droga, Barry! — retrucou, ainda me acariciando.
— Que tal a gente descer? — falei. — Eu não estou conseguindo... — me interrompi quando ela aperta meu membro com intensidade. Ele dá sinal de vida quase que de imediato. Ela sorriu e distribuiu beijos pelo meu pescoço. — Que se dane.
Kara começou os movimentos de vai e vem ainda com a mão dentro da calça, o vento gélido diminui e começamos a suar. — Quero começar com um aquecimento. — disse ela. Dando-me um último selinho antes de me virar de cabeça para baixo num 69. Meu coração parece que vai pular para fora do peito. Sinto todo o sangue ir para o cérebro.
Começamos a virar na horizontal, me dando mais liberdade para trabalhar em suas pernas. Ela usa uma calça jeans levemente apertada, ao tirar o botão, vi o zíper se abrir sozinho. Ela gemeu quando abaixei a calça até a altura dos seus joelhos, suas pernas se apertaram uma contra a outra e eu pus minha cabeça sobre elas. Senti o calor de suas cochas em minhas bochechas, minha língua passeava sobre sua entrada recém-depilada. Sua pele é macia lá em baixo, é como se eu estivesse beijando uma gelatina ou algo do tipo. Coloco minha língua para fora aos poucos, deixando a saliva lubrificar bem sua entrada. Ela segura minha cintura e geme alto, a intensidade do vento diminui. Sinto ela se retrair e começar a se mexer. Introduzo o primeiro dedo com rapidez, começando movimentos de vai e vem com minha velocidade. Ela suspira sem gemer, provavelmente deve estar mordendo o lábio inferior. Coloquei o segundo e o terceiro dedo de vez, fazendo a apertar minha cintura com mais força. Voltamos á posição papai e mamãe. E comecei a penetração segurando em sua cintura com o tronco pouco separado dela. Comecei a me movimentar, esperando que ela se conforte. Ela não é apertada e sim forte. Parece que ela vai arrancar meu pau fora, a pele que cobre sua vagina parece ter músculos.
Me movimento com mais rapidez e ela fecha os olhos, deixando marcas em seu lábio inferior enquanto rebola para os lados. Estou por cima dela e ela dá um último gemido antes de começarmos a cair. Cair muito rápido.
— Kara! O que está fazendo? — indaguei.
— Confie em mim! Vá! Continue! — ela se mexe.
Estava difícil continuar duro naquela situação, mas eu me mantive firme. Poucos metros antes de atingirmos o chão ela se inclinou, se pondo acima de mim. Começamos a subir enquanto ela fazia todo o trabalho.
— Pode relaxar que eu me viro. — suas pernas estavam envoltas abaixo da minha bunda e ela rebolava com rapidez. Suas mãos seguravam meus ombros. Pus os braços atrás da cabeça. Minhas mãos se remexiam enquanto ela olhava de forma provocante para mim.
Ela atingiu o ápice pouco antes de mim, soltando um último gemido. Paramos num beco em seguida. Como sempre, ela acabou dormindo.
— Er... Barry? — ouvi a voz do Cisco pelo comunicador do traje.
— Cisco!? — exclamei, já corado. — Você ouviu tudo?
— Graças a Deus só deu para ouvir o vento.
— O que diabos estava fazendo aí? — perguntei.
— Eu praticamente moro no S.T.A.R Labs, Barry. Você esqueceu de desligar. — explicou.
— Mas você poderia ter desligado por aí.
Ele ficou alguns segundos em silêncio. — Não me julgue! Não tenho nada para fazer aqui além de olhar para o computador.
— Você é lamentável. — desliguei em seguida. Olhei de relance para Kara. — Vamos lá, bomba ambulante. — falei, carregando-a com dificuldade em meus braços. Ela está duas vezes mais pesada. — Eu te amo. Merda. — sussurro, dando um selinho em sua testa. Seu rosto desacordado me é agradável.
***
— Então você caiu no meio de um palácio? — perguntou Caitlin.
— Era um enorme prédio quase todo de vidro. Tinham várias estátuas.
— Você falava brasileiro? — perguntou Cisco, com os braços cruzados.
— Não, idiota, falava português. — retruquei.
— Eu era um político? — perguntou novamente.
— Sim.
— Corrupto?
— Talvez.
— No Brasil?
— Sim.
— Eu era rico?
— Sim.
— Importante?
Suspirei. — Onde você quer chegar Cisco? — indaguei.
— Só queria saber mesmo. — falou, virando-se de costas, checando algo no seu tablet.
— Não pense que eu me esqueci do que fez ontem. — falei, andando pelos corredores.
Em meio ao Córtex dos Laboratórios S.T.A.R, todos se entreolhavam tentando entender o que eu passei quando estive naquela versão desenvolvida do Brasil. O dia já estava no fim, fazem cinco meses que o Marcos não aparece. Embora isso me preocupe, eu tento ignorar o fato ao máximo. Kara pôs na cabeça que quer visitar sua irmã hoje, então, estamos à sua espera para viajar até a Terra-38.
— Sinto falta da Liv para me fazer companhia. — lamenta Caitlin enquanto observa a ficha de uma meta-humana.
— Digamos que ela tem sua própria vida na terra dela cheia de zumbis. — falei. — Aliás, eu estava vasculhando alguma terra e vi algo sobre um ataque de zumbis numa boate na terra-451. Talvez tenha sido ela.
— Poderíamos ter ido ajudar. — intrometeu-se Cisco. — Sou um ótimo caçador de Zumbis... Eu acho.
— Você não duraria nem cinco minutos num ataque zumbi. — disse Kara, assim que chegou ao córtex. — Eu assisto The Wanderers e também li algumas HQ’s.
— Os o quê? — Cisco parou, franzindo o cenho.
— The Wanderers.
— Com o Rick, Carl, Michonne...
— Sim.
— Os Andarilhos? — ele riu em deboche. — Aqui chamamos de The Walking Dead.
— Os Mortos Que Andam soa menos assustador. — comenta.
Cisco se aproximou dela com uma caneta em mão e apontou em direção a seu rosto.
— Nunca. Insulte. The Walking Dead. Na minha frente.
Decidi interromper antes que o Cisco surte. — Está pronta? — perguntei, me aproximando. Ela assentiu com a cabeça e me deu um selinho rápido. — Tudo pronto para a viagem, Caitlin?
— Sim, o portal já está aberto para a Terra-38. — respondeu.
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