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História A Quinta geração de Harry Potter (Interativa) - O pesadelo


Escrita por: Laura-Higurashi e Suspenso

Capítulo 59 - O pesadelo


Ainda sentia o cansaço que dominava seu corpo. Sua vontade era apagar novamente, descansar por um longo tempo, porém sabia que devia despertar. Ouvia vozes que pareciam vir de um lugar muito distante. Tentou apurar os ouvidos, para entender o que elas diziam.

– Bom, agora só falta ela acordar – uma voz masculina ecoou.

– Acho que ela tá acordando – outra voz, feminina, soou.

Abriu os olhos lentamente. Um homem alto e loiro, uma mulher com cabelos platinados formando uma longa trança e uma outra, com os cabelos escuros presos em um coque, entraram em foco. Olhavam para ela com curiosidade.

– Ela tá acordando mesmo! – a mulher que tinha os cabelos presos em um coque exclamou e saiu apressada.

– Onde é que eu tô? – a pergunta saiu automaticamente.

– Ala hospitalar – ela reconheceu a voz da mãe. – Os aurores trouxeram vocês para cá.

A garota olhou para o lado e viu Rick sorrindo, deitado na cama vizinha. Mais adiante, Sorcha a encarava, deitada em uma das camas; na cama seguinte, estava Snow, que comia uma enorme barra de chocolate; depois, viu Oliver e Elizabeth, bebendo chá; e nas últimas camas, estavam Tiago e Liliana, comendo muitos doces. A mulher com o coque voltou trazendo uma garrafa e um copo.

– Beba! – ela ordenou, enchendo o copo com um líquido roxo e oferecendo para a garota – Essa poção vai restaurar sua energia.

– Vocês se arriscaram muito esta noite – o homem falou para eles, enquanto ela bebia a poção. – Enfrentar um exército de dementadores!

– Foi preciso, tio – ela respondeu, repousando o copo vazio na mesinha ao lado. – Não dava para esperar que os aurores chegassem.

– Sofia, eu entendo que a atitude de vocês foi corajosa e nobre – Pietro Malfoy replicou – mas foi perigoso. Tenho que dizer que estou impressionado em ver que seis estudantes conseguiram sobreviver...

– Não tivemos problemas para vencer os dementadores, Sr. Ministro – Tiago disse, com os olhos fixos no seu sorvete de chocolate. – Foram eles que tiveram problemas.

– O Ministério já sabe o que fez os dementadores invadirem Maguille, senhor? – Rick perguntou.

– Estamos investigando o caso – o ministro respondeu, pensativo. – Mas, por enquanto, ainda é um mistério. Há muito tempo que não se ouvia falar em ataque de dementadores...

– Duvido que eles queiram voltar – Liliana falou, depois de engolir um bom pedaço da sua torta de morango.

– Bem, eu já estou de saída – Pietro avisou. – Fico feliz por saber que todos estão bem.

Sofia abriu um sorriso.

– Pietro, antes que você vá, eu gostaria de conversar sobre um assunto com você – a diretora disse para o irmão. – Mas, antes, eu quero falar com eles.

– Tudo bem – Ele assentiu. – Vou te esperar lá no seu escritório.

O ministro acenou para eles e se virou para sair, acompanhado pela diretora. Contudo, ao se aproximar da porta da enfermaria, girou nos calcanhares.

– Ah, antes de ir, eu quero falar uma coisa para vocês – o ministro exclamou, sorridente.

Todos o olhavam, atentos.

– Os moradores de Maguille me pediram para agradecê-los, já que foram vocês que salvaram o vilarejo.

Os amigos se entreolharam, contentes. A diretora e o ministro foram até a porta da Ala hospitalar.

– Eu irei num minuto – a diretora se despediu brevemente do irmão e ele saiu.

– Podem entrar – a diretora ordenou, olhando para o lado de fora.

Começou a entrar muita gente: Michael, Stars, Luke, Hanna, Miguel e os alunos de Hogwarts. A Srta. Nouveaux ficou boquiaberta.

– Desculpe, Sra. Diretora – ela argumentou, receosa – mas a senhora sabe que não é permitido que mais de oito pessoas permaneçam...

– Sim, eu sei, mas creio que a senhorita abrirá uma exceção neste caso, não? – a diretora falou delicadamente.

– Ah, tudo bem – a Srta. Nouveaux assentiu, deslocada. – Se precisarem de alguma coisa, estarei na minha sala.

A enfermeira se retirou. A diretora trancou a porta da enfermaria e se virou para encará-los.

– Certo, vamos começar – ela olhou para a turma com uma expressão séria.

O grupo pareceu prender a respiração.

– Em primeiro lugar, quero dar os parabéns. Vocês conseguiram evitar uma enorme tragédia – ela disse, observando os rostos atentos dos alunos.

Todos relaxaram ao escutarem aquelas palavras.

– Nesse exato momento, está acontecendo uma festa no vilarejo, em homenagem a vocês – ela contou para eles.

– Uma festa?! – Stars indagou, surpresa.

– Em nossa homenagem? – Sorcha achou que não tinha escutado direito.

– Claro, vocês foram os heróis que os salvaram – a diretora explicou, com um leve sorriso.

– Heróis? – Oliver perguntou, constrangido.

– Naturalmente, meu caro. E foi graças à sua informação, que seus amigos puderam evitar esta catástrofe.

Oliver corou, quando todos o parabenizaram.

– Em segundo lugar – a diretora voltou a falar e a turma ficou tensa outra vez – quero dizer que estou alegre por ver que vocês evoluíram tanto nesses últimos anos.

Eles relaxaram novamente.

– Vejo que o Clube de duelos realmente fez bem a vocês – ela comentou, pensativa. – Poucos conseguiriam fazer o que vocês fizeram hoje.

Foi impossível não abrir um sorriso com um elogio desses.

– Mas quero lembrar que, provavelmente, iremos enfrentar batalhas mais duras, mais cruéis daqui pra frente – a diretora lançou um olhar incisivo sobre eles.

Os sorrisos desapareceram instantaneamente. O clima de seriedade se apoderou do lugar.

– Devo alertar vocês, para que se mantenham com os pés no chão – ela continuou. – Não deixem essa vitória subir a cabeça.

Houve um momento de silêncio, em que todos se entreolharam.

– Creio que essa invasão é mais um sinal de que coisas terríveis estão para acontecer – ela os preveniu. – Devemos nos preparar para esses momentos.

Ninguém mexia um músculo, todos estavam muito atentos às palavras da diretora.

– Agora eu quero que ouçam com bastante atenção – ela avisou.

Todos concordaram.

– Aconselho que não repitam mais esses passeios que vocês costumam dar pelo vilarejo – ela os encarou com uma expressão indecifrável em seu rosto. – Não é mais seguro lá fora.

Eles se entreolharam pela terceira vez, nervosos.

– A senhora sabe sobre os passeios?! – Elizabeth perguntou, seus cabelos mudando de cor por causa do nervosismo.

– Ora, mas é claro que eu sei – a diretora falou, com um sorriso enigmático. – Eu sei de cada coisinha que acontece neste lugar.

Ela olhou para cada um. No entanto, seu olhar se demorou em Sofia, Rick, Tiago, Liliana e Sorcha.

– Então, a senhora sempre soube que saíamos escondidos da escola? – Michael perguntou, desconcertado.

– Sim, sempre.

– E por que nunca nos chamou a atenção ou nos castigou? – Hanna quis saber.

– Vocês só saíam quando não havia aula e, além disso, são ótimos alunos – a diretora explicou. – Sinceramente, não via necessidade de castigo.

A turma ainda estava em choque com aquela revelação.

– Mas as coisas mudaram. Portanto – ela prosseguiu, impassível – se eu pegar mais alguém saindo escondido da escola, esse alguém será automaticamente expulso. Entenderam?

Todos estavam paralisados. Tiago Severo deixou cair uma bola do sorvete que estava tomando em cima dos lençóis.

– Eu não ouvi, vocês entenderam? – ela repetiu a pergunta, séria.

– Sim, senhora! – eles responderam em uníssono, como uma tropa que responde ao líder.

– Muito bem, espero que entendam que isso é para a segurança de vocês – seu rosto se abrandou. – Aqui dentro estarão protegidos; lá fora, eu já não posso garantir. Ah, e se alguém tentar, eu saberei – ela ressaltou.

Ninguém ousou falar qualquer coisa que fosse.

– Ok, eu sei que vocês já tomaram a poção para restaurar energia, mas aproveitem para descansar mais – a diretora recomendou, antes de sair. – Vocês fizeram um enorme esforço para derrotar os dementadores.

Ninguém se mexia.

– Eu vou deixar que aproveitem o descanso. Boa noite.

Assim que a diretora saiu, eles pareceram despertar do choque e começaram a discutir sobre o que ela dissera.


Os garotos e as garotas foram liberados na manhã seguinte e retornaram aos seus afazeres. Eventualmente, o resto dos alunos ficou sabendo do que aconteceu em Maguille e, na ausência do quadribol, o sexteto se tornou o alvo das conversas e dos olhares curiosos nos corredores.


Tirando isso, aquele tinha sido um domingo tranquilo e, na opinião de alguns, monótono.


Naquela noite, Tiago Severo observava os jardins pela janela do dormitório, como sempre fazia quando estava entediado. Tentou dormir, mas o sono parecia escapar-lhe por entre os dedos. Decidiu abrir a janela, para sentir o vento noturno e esperar que o cansaço lhe atingisse.

Então, viu a raposa branca cruzando os jardins e um sorriso surgiu em seu rosto.

"Talvez não seja má ideia, se..."

Ele fechou a janela rapidamente e esgueirou-se, indo para a sala comunal, que estava vazia. Caminhou pelos corredores, tentando evitar os monitores, principalmente Clarisse. Ficou contente ao pular para dentro da passagem secreta que existia no segundo andar.


Sorcha se virou, quando percebeu a chegada do garoto.

– Olha, eu estou desarma... – ele disse, com as mãos para cima, se aproximando dela.

A garota correu ao seu encontro e lhe deu um abraço muito apertado.

– Huh, o que é isso? – ele estava surpreso com a atitude da garota.

Ela desfez o abraço e se afastou, visivelmente constrangida.

– Desculpe, é que eu não levo muito jeito com agradecimentos – ela sibilou.

– Eh, não tem problema – ele a tranquilizou, sorrindo. – Eu gostei.

– Eu queria te agradecer por, você sabe, ter salvado a minha pele – ela falou, sem jeito.

– Ah, estou sempre à disposição – Tiago pôs as mãos nos bolsos do pijama. – Vou gostar muito de receber outros abraços como esse.

– Sem essa, Potter! – ela exclamou, num misto de indignação e riso – Eu também não sou nenhuma donzela indefesa. Só tenho problemas com esse feitiço.

– Fica tranquila. Vamos encontrar uma solução para esse probleminha.

– Eh... Obrigada... – a garota disse, rouca.

O garoto riu.

– Não ri de mim, seu idiota! – a garota começou a estapear o braço dele – Você sabe que eu tenho dificuldade para agradecer!

– Eu sei, eu sei – ele se defendeu, rindo. – Mas é que você fica muito linda, quando está com vergonha...

Sorcha paralisou, corando violentamente.

– Sem sono? – o garoto perguntou e ela gostou que o assunto tivesse mudado.

– Sim – respondeu, indo para o balanço na árvore.

– Está pensando no que a professora Malfoy nos falou ontem? – ele continuou perguntando.

– Eu não ligo para o que ela diz – a garota respondeu, indiferente. – Só que ela nos olhou de um jeito esquisito. Será que é verdade mesmo que ela sabe de tudo o que acontece aqui?

– Eu não sei – o garoto respondeu, levantando os ombros. – Mas, se ela soube dos passeios do pessoal, é provável que seja mesmo.

– Como será que ela descobre as coisas? Será que ela sabe o que somos?! – Sorcha pareceu preocupada, de repente.

– Não faço ideia de como ela faz isso – ele falou, pensativo – Mas, se disse aquilo e nos olhou daquele jeito, é possível que ela saiba.

Os dois refletiram sobre aquela possibilidade em silêncio.

– Bom, vamos pensar em uma forma de resolver esse problema com o patrono – Tiago sugeriu.

– É, vamos sim...


Os dois ficaram entretidos, conversando, e não sentiram as horas passando. Eram quase três da madrugada quando voltaram para dentro do palácio. Ao entrarem, o garoto se despediu dela e ambos retornaram às suas respectivas salas comunais.

Quando Tiago entrou na sala comunal da Noble, ele notou que havia mais alguém, uma pessoa sentada em uma poltrona, de frente para a lareira. Liliana tinha um olhar vago, ao fitar as chamas que pareciam dançar diante dela.

– Lili? – ele a olhou, curioso.

– Ti? – ela virou a cabeça na direção dele – De onde você está vindo?

– Hum, é que eu estava sem sono e resolvi dar umas voltas pelo jardim – ele respondeu.

– Sei – ela falou, parecendo distante.

O rapaz estranhou. Tinha algo esquisito no comportamento de sua irmã. Em uma situação normal, a garota tiraria sarro dele, por ter ido atrás da "raposinha". No entanto, a garota nem aparentava estar ali. O garoto fez um movimento com a varinha e trouxe outra poltrona para perto da lareira.

– Também não conseguiu dormir? – ele inquiriu, observando as chamas brincarem.

– Mais ou menos – ela respondeu, pensativa. – Eu tive aquele pesadelo outra vez – disse, depois de um tempo.

– Você sonhou com o Elijah de novo? – Tiago ainda fixava as chamas.

– Hum hum – ela confirmou.

Houve uma pausa, onde somente os ruídos da lareira eram audíveis.

– Você tem que deixá-lo partir – o garoto aconselhou, reflexivo.

Liliana se virou para encarar o irmão.

– Está me dizendo para esquecê-lo? – a garota pareceu ligeiramente ofendida.

– Não – o irmão explicou calmamente. – Não dá para esquecer. Mas é algo que somos obrigados a aceitar. Não dá para trazê-lo de volta.

– Mas eu... – ela tentou retrucar, mas foi impedida.

– Eu sei que você ainda sente, mesmo depois de todos esses anos – Tiago começou – mas o importante é que estamos juntos. Eu estou aqui com você e não vou te deixar. Nunca.

Uma lágrima escorreu pelo rosto dela.

– Esse pesadelo que eu tive hoje não foi como nas outras vezes – ela contou, preocupada. – Tinha um detalhe diferente.

– Diferente? – Tiago ficou curioso – Como assim?

– Em todas as vezes, eu sonho que estou com ele em meus braços, você sabe – a garota começou a explicar. – Aí aparece uma sombra que o arranca de mim e o carrega para longe. Eu tento alcançá-los, mas não consigo.

– Certo, isso eu já sei – Tiago disse, analítico. – Mas o que teve de diferente dessa vez?

– Você estava lá – ela falou, receosa.

– Eu? – ele arqueou a sobrancelha – Eu estava... O que eu estava fazendo?

– Dessa vez, ele estava em seus braços – Liliana contou, voltando a olhar para o fogo.

– E você? – o garoto interpelou.

– Eu estava ao seu lado, brincando com ele – ela respondeu. – Nós estávamos felizes... Mas aí, a sombra apareceu, como sempre, e...

– E então o levou – Tiago completou.

– Levou os dois – a garota corrigiu, nervosa. – Você e ele... Levou... 

– A mim?! – o garoto ficou surpreso – Me levou também?!

– Eu não quero que você se vá também! – outra lágrima rolou em seu rosto.

– Olha, eu não pretendo ir a lugar algum – Tiago brincou, com um sorriso nos lábios.

– Para, Ti! – um sorriso se formou no rosto dela também – Isso é sério!

– Sabe, eu acho que esse pesadelo é apenas fruto das preocupações que andamos tendo ultimamente – o garoto falou, se levantando da poltrona. – Com todas essas coisas que têm acontecido e ainda tem aquela profecia que deixou todo mundo perturbado...

– Mas, e se for verdade? – ela questionou – E se um de nós tiver realmente que ir? E se for você?

– Não se importe com essas coisas – o irmão disse. – Haja o que houver, estaremos juntos. Sempre.

Liliana olhou para o irmão, pensativa.

– Vamos – ele a chamou – é melhor a gente subir e tentar dormir um pouco. Daqui a pouco, as aulas e os treinos vão recomeçar e vamos precisar de um bom descanso para aguentar.

Ela se levantou também.

– E não se preocupe – ele abraçou a irmã – nada vai nos separar, nem essa sombra besta. Entendeu?

A garota parecia estar mais calma, quando subiu as escadas que levavam ao dormitório feminino.


A semana foi marcada pela volta do quadribol. Os alunos tinham grandes expectativas em relação ao jogo que decidiria quem levaria o terceiro lugar. Sage e Justé se preparavam com afinco e as duas equipes treinaram bastante durante esse tempo.

Entretanto, a equipe da Justé sofreu um grande desfalque: a próxima lua cheia seria na noite daquele sábado e Snow Hot não teria condições de jogar; há dias que sua aparência não era das melhores. Michael foi obrigado a convocar um substituto e o escolhido foi François Bardin, um garoto magro, do quinto ano.

– E aí, o que você acha? – John indagou, durante o jantar, na sexta.

– O Bardin é um bom goleiro, espero que consiga fazer um bom jogo – Michael comentou. – Mas o Snow vai fazer muita falta. É mais experiente.

Snow não apareceu para jantar naquela noite.


Aquele sábado tinha um clima agradável. Os alunos estavam animados e esperavam ansiosamente pelo início da partida. Os times entraram mais cedo nos vestiários, para terem tempo de repassar, pela milésima vez, os esquemas táticos.

– Parece ser um bom dia para se ver uma bela partida de quadribol, vocês não acham? – o locutor comentou, empolgado.

As torcidas faziam alvoroço nas arquibancadas.

– E que jogo, senhoras e senhores, que jogo! – o locutor exclamou, dramático – A decisão do terceiro lugar!

Ele parou para escutar a festa das torcidas.

– É isso aí, pessoal – o locutor recomeçou – Vamos dar o pontapé inicial! Vem aí o time da Sage com Sângster, Lestrange, Haakonsson, Beatow, Sarcostin, Marcheski e Beacourt!

As torcidas aplaudiram.

– E agora vem a Justé, que fez uma alteração na equipe – o locutor anunciou. – Bardin (substituindo Corvuz Lane), Shaw, Fantoni, Smith, Souza, Mager e Potter!

Mais aplausos. Os capitães se cumprimentaram, como mandava o regulamento. Quando todos estavam preparados, o jogo começou.

A partida estava bem equilibrada no início, embora o setor ofensivo da Sage fosse melhor: o trio de artilheiras da Sage jogava de forma incrível, enquanto que na Justé, dos três artilheiros, somente Michael jogava de maneira equiparável. O problema era o desfalque.

François Bardin era, de fato, um bom goleiro e fez boas defesas. Contudo, o poder de ataque da equipe adversária era implacável. Para piorar, André Souza foi tirado da partida, acertado por um balaço rebatido por Rick, o que fez a média de pontos marcados cair de modo significativo.

– John, vê se acha logo esse pomo! – Michael berrou para o apanhador.

John se concentrou em achar o pomo, mas nem sinal da bolinha voadora.

– É, minha gente, Souza está fazendo falta na Justé! – o locutor comentou, atento ao jogo – Setenta a trinta!

Minutos depois, Catarinha marcou.

– Oitenta a trinta! A Sage tá dando um show, hein?!

Os minutos foram se passando. Uma hora e meia de jogo e nada de pomo. Alguns pontos foram marcados, em ambos os lados.

– Duzentos a quarenta! – guinchou o locutor, embasbacado, ao ver Tainá marcar o vigésimo ponto da Sage.

Michael apanhou a goles e partiu em direção aos aros defendidos por Hugo. John torceu para que o amigo conseguisse marcar. Foi aí que finalmente vislumbrou a pequena esfera alada, passando alguns metros abaixo e se distanciando com grande velocidade. Ele disparou, em busca do pomo e Joseph Beacourt veio em seu encalço.

"Se o Michael marcar e eu capturar o pomo, empatamos! Empatar... Melhor que perder..."

– Potter com a goles – o locutor narrou – Sarcostin dá o combate, mas Potter passa para Mager, Mager devolve para Potter, ele passa por Beatow... WOW!

Um balaço quase o atingiu.

– Potter consegue escapar do balaço de Haakonsson! Oh não, lá vem outro!

O balaço de Rick passou a centímetros dele. Catarinha tentou perseguir Michael, porém foi obrigada a desviar do balaço rebatido por Sílvio Fantoni. Do outro lado, John estava cada vez mais próximo de apanhar o pomo. No entanto, Joseph Beacourt continuava a caçá-lo. Mas Luke arremessou um balaço que atingiu o cabo da vassoura de Joseph, que se desequilibrou e por pouco não caiu.

A torcida da Sage berrou, comemorando como loucos, assim que John capturou a bolinha fugitiva; Hugo Sângster agarrara o arremesso de Michael. A Justé não conseguiu marcar o ponto decisivo.

– Smith captura o pomo de ouro, mas a vitória é da Sage! – o locutor confirmou o fim da partida – Duzentos a cento e noventa! A Sage fica com a terceira colocação!

– Sempre criando dificuldades, hein, Potter – Joseph Beacourt falou para Michael, assim que desceram das vassouras – É bem complicado jogar contra vocês. Por um segundo, pensei que a partida fosse terminar empatada...

– Bem, a gente tinha que tentar, não é? – Michael respondeu, com um sorriso fraco.

– Foi uma honra tê-lo como oponente, Potter – Joseph estendeu a mão para ele. – Você é um grande jogador.

– Idem – Michael apertou a mão estendida de Joseph.

– Vamos, pessoal – Anelô chamou os companheiros – Vamos começar a festança!

A torcida da Sage conduziu os jogadores até a sala comunal, onde iriam comemorar durante a noite inteira.



Notas Finais


* Nota: A poção que a Sofia bebeu é a poção de restauração de energia (no original: Wiggenweld potion). Aparece com frequência nos jogos da franquia Harry Potter.


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