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História A Quinta geração de Harry Potter (Interativa) - A última semana de férias


Escrita por: Laura-Higurashi e Suspenso

Capítulo 71 - A última semana de férias


A segunda semana das férias já tinha começado e isso fez com que os alunos e funcionários de Beauxbatons valorizassem ainda mais o tempo livre que lhes restava. Cada um aproveitava esse tempo da forma que mais lhe agradava, se dedicando a algum hobbie ou simplesmente descansando. Porém, era difícil não imaginar, de vez em quando, como seria estar de volta à escola. Embora nada tivesse sido confirmado, os rumores de que aconteceria um Torneio Tribruxo fizeram com que muitos criassem grandes expectativas.

Tirando o incidente com os dementadores, as férias de Elizabeth foram tranquilas. Ela passou a maior parte dos dias ajudando a mãe nas tarefas domésticas e ouvindo as histórias divertidas que o pai contava na hora do jantar. Quando não tinha nada para fazer, ia para a casa de Rachel e as duas passavam a tarde toda conversando e escutando música. Agora podia chegar um pouco mais tarde em casa, uma vez que os dementadores desapareceram.

Na quinta-feira, como prometido, Oliver regressou à casa dos Tonks, para apanhar a namorada e levá-la para conhecer sua família.

– Cuide bem da minha garotinha, rapaz – o Sr. Tonks recomendou, sorridente.

– Pai! – Elizabeth guinchou, corando.

– E seja paciente – o homem de olhos verdes falou baixinho. – Ela dá tanto trabalho quanto a mãe dela...

– Mas o quê...? – Elizabeth ficou sem palavras.

– Eu ouvi isso – a Sra. Tonks ralhou, fingindo irritação.

– Mas elas são os amores da minha vida! – o Sr. Tonks exclamou, dando um beijo estalado na bochecha da esposa.

– Hum... – a Sra. Tonks resmungou, reprimindo um sorriso.

– Vamos logo, antes que o papai fale coisa pior! – a garota puxou o namorado, seu cabelo ficando avermelhado.

– Vou cuidar bem dela, sim senhor – Oliver prometeu, sorrindo. – Voltamos no sábado, certo?

– Tudo bem – a Sra. Tonks concordou, com uma expressão severa. – Mas tomem cuidado, porque as coisas por aí andam bem esquisitas.

Oliver e Elizabeth assentiram, deixando claro que tinham entendido o recado. Eles se despediram do Sr. e da Sra. Tonks e seguiram pelas ruas do bairro, carregando embrulhos enormes, que atiçavam a curiosidade de alguns.

Procuraram por um local deserto, onde poderiam finalmente desembrulhar as vassouras, montar nelas e levantar voo sem que alguém os visse. Escolheram um dos vários bosques da cidade – o lugar ideal – e assim fizeram.

Elizabeth ficou feliz, ao sentir o vento forte bater contra seu rosto. Não usava a vassoura desde o Campeonato de quadribol na escola. Lá embaixo, os carros nas estradas lembravam formigas, devido à grande altitude. Depois, veio a imensidão azul do mar. Rumando para o sul, levaram quase uma hora para chegarem ao destino desejado.

Pousaram na beira de uma mata, de onde se podia avistar uma bela cidade. A garota ficou encantada com aquela vista.

– Bonita, não é? Os trouxas fizeram um bom trabalho – o garoto comentou, observando a cidade. – Obviamente, tem um dedinho dos bruxos, mas os trouxas também têm seus méritos.

Os dois tornaram a disfarçar as vassouras.

– Minha rua não é tão movimentada – ele disse, pensativo. – Acho que podemos aparatar diretamente lá.

O garoto estendeu a mão para ela e, juntos, desaparataram dali. Aparataram em uma rua longa, cheia de casas grandes e bonitas. A moça ficou pasma, vendo aquelas casas luxuosas. Os Tonks não eram uma família pobre, de forma alguma; no entanto, era evidente que as pessoas que residiam naquela rua eram montadas na grana. Aquelas "casas" eram, no mínimo, cinco vezes maiores que a dela.

– Você vai conhecer a Mirella, esposa do meu pai, e a Gaby, filha dela – Oliver explicou, enquanto caminhavam pela rua. – Meu pai não está em casa, vive viajando, por conta do trabalho...

– E ele trabalha com o quê? – Elizabeth indagou, displicente.

– Comércio de hidromel e outras bebidas – ele respondeu, reflexivo. – É um mercado altamente lucrativo...

Ele parou diante de uma casa grande, com muros altos e portões de ferro.

– Esta é a minha casa – ele a conduziu, passando pelos portões.

Além dos portões e muros havia um jardim bem cuidado, com uma fonte no centro, na frente da entrada principal.

– Minha mãe gostava muito daquela fonte dos Flamel, então meu pai colocou essa aqui em casa – o rapaz contou, claramente perdido em suas lembranças.

– Ela tinha bom gosto – a garota comentou gentilmente. – É muito bonita...

O casal entrou na casa. Se era bonita por fora, por dentro era deslumbrante. O Hall tinha vasos, com variadas plantas decorativas, alguns quadros nas paredes, com pinturas atrativas e outras obras de arte. Uma escada levava ao andar seguinte, onde ficavam os outros cômodos.

– Boa tarde, Sr. Oliver – uma empregada o cumprimentou.

– E aí, tudo em cima? – o garoto perguntou, sorrindo – Sabe onde a Mirella está?

– Está na sala de estar, senhor – a empregada respondeu.

– Obrigado, Lina – o garoto agradeceu e seguiu com Elizabeth pelo corredor.

No fim do corredor ficava uma sala espaçosa. Elizabeth viu algumas estantes com livros, outras com garrafas de bebidas; mais quadros enfeitavam as paredes; as janelas abertas deixavam a luz solar entrar e iluminar o ambiente na medida certa; as cortinas tinham um tom claro de cinza, que combinava perfeitamente com o azul-petróleo das paredes; uma mulher magra, de pele clara e cabelos negros, estava sentada em um sofá e passava instruções para outra empregada.

–... Esses outros detalhes vocês mesmas podem decidir.

A empregada assentiu, cumprimentou Oliver e saiu.

– Oliver! – a mulher posou a xícara na mesinha de centro e levantou-se do sofá, abraçando o rapaz – Pensei que só fosse voltar amanhã... E quem é essa menina bonita? – os olhos castanhos dela recaíram sobre a garota ali parada.

– Minha namorada, Elizabeth – o garoto informou.

A mulher pegou as mãos de Elizabeth e a examinou, dos pés à cabeça.

– Meu enteado realmente tem um ótimo gosto – ela disse, encarando a garota de cabelo rosa. – Escolheu uma linda jovem como namorada!

– Obrigada... – Elizabeth corou com o elogio; seu cabelo ficou avermelhado.

Os olhos expressivos da mulher se arregalaram levemente.

– É uma metamorfomaga?! – a mulher exclamou, com curiosidade – Além de linda, também é talentosa!

– Bem, a animação em pessoa aí é a Mirella, minha madrasta – Oliver interpôs, rindo.

A mulher abriu os braços e se inclinou levemente.

– É um grande prazer conhecê-la, Elizabeth – Mirella falou, sorridente.

– O prazer é todo meu, senhora...

– Sem essa história de senhora, pode me chamar de você mesmo – Mirella pediu, simpática.

– Ah, ok – Elizabeth assentiu.

– Vou mostrar o resto da casa para a Liz – o garoto avisou, segurando a mão da namorada. – Nos vemos no almoço.

Eles se despediram de Mirella e saíram da sala de estar. Oliver a levou ao quarto no qual ela iria se acomodar. Antes de descerem para almoçar, o garoto a chamou e eles caminharam pelo longo corredor outra vez. De repente, o rapaz parou e bateu em uma das muitas portas.

– Entra! – uma voz suave e calma veio de dentro do cômodo.

Oliver abriu a porta e entrou no quarto, puxando Elizabeth. Uma garota com cabelo longo e negro estava sentada na cama. Sua pele era clara e seus lábios eram carnudos e rosados. Ela tirou os olhos castanhos do livro que estava lendo e os encarou.

– Essa é a Gaby, filha da Mirella – Oliver falou. – Minha irmã.

– Oi – Gabrielle murmurou, tímida. – Você deve ser a Liz, imagino. O Oliver não tem outro assunto, é Liz para lá, Liz para cá...

– Hum, quer dizer que você tem falado muito sobre mim, é? – Elizabeth lançou um olhar maroto.

– A Gaby é muito brincalhona – o garoto deu um sorriso amarelo.

– Ah, que bracelete legal esse seu! – Elizabeth exclamou, apontando para o pulso direito de Gabrielle. O bracelete continha várias pedras coloridas.

– Ah, obrigada – a morena respondeu, grata, olhando o acessório com um leve sorriso. – Foi um presente do meu pai...

– A gente tá indo almoçar – Oliver avisou. – Você vem com a gente?

– Claro – Gabrielle confirmou, deixando o livro em cima da cama e acompanhando o casal.

 

Os dias que Elizabeth passou na casa dos Ozanan foram agradáveis e muito divertidos. Mirella e Gabrielle eram excelentes companhias, mesmo que tivessem personalidades diferentes: Mirella era uma mulher elegante e extrovertida, alegre; Gabrielle, por outro lado, era quieta e introvertida. Em pouco tempo, mãe e filha criaram fortes laços de amizade com a moça.

– Vejo que vocês se deram bem – Oliver comentou, contente, na noite de sexta.

O casal observava, de uma sacada, o jardim da casa.

– Mirella e Gaby são pessoas ótimas – Elizabeth replicou, reflexiva. – É impossível não gostar delas.

– Fico feliz, principalmente pela Gaby – o garoto confidenciou. – Ela nunca teve muitos amigos. Na verdade, desde que nossos pais se casaram, somos só ela e eu.

– Por que ela não foi para Beauxbatons, como você? – a garota inquiriu, curiosa – Ou para outra escola?

– Mirella achava que seria melhor se a filha estudasse em casa mesmo – o rapaz esclareceu. – Gaby tem aulas particulares.

– Ah, entendi... – Elizabeth murmurou, sonolenta.

– É melhor a gente ir dormir – ele sugeriu, vendo o cansaço dela. – Amanhã voltamos para a Inglaterra...

 

Na manhã de sábado, Elizabeth teve a ideia de ir ao Beco Diagonal, para passear e ver as novidades e lançamentos. Oliver gostou da ideia e pediu a madrasta que deixasse Gabrielle acompanhá-los. A mulher prontamente deu a permissão. Os três partiram logo após a primeira refeição.

 

Eram umas onze e meia da manhã quando eles chegaram a Sheffield.

– Aqui está a garotinha de vocês, sã e salva – Oliver anunciou, rindo, na sala da casa dos Tonks.

– Olha, você não começa, viu? – a garota ralhou, fingida.

A Sra. Tonks os ajudou a se acomodarem e os convidou para o almoço. As habilidades culinárias da mulher receberam diversos elogios de Oliver e Gaby.

Depois do almoço, os três pegaram um trem e foram até Londres. Chegando lá, entraram em uma viela sem movimento e desaparataram. Quando reapareceram, estavam no meio de uma rua longa e serpeante, com o chão de pedras irregulares e com vitrines dos dois lados.

– Aqui estamos – Oliver murmurou. – Beco Diagonal.

Pessoas passavam para lá e para cá, parando de vez em quando para ver as ofertas das lojas. Algumas outras gritavam, anunciando produtos e promoções. Gabrielle olhava para todos os lados, intrigada e fascinada com o lugar. Evidentemente já ouvira falar daquele local, mas era a primeira vez que o visitava. Os três começaram a andar entre a multidão, entrando em algumas lojas.

Oliver comprou muitos presentes para a namorada e para a irmã. No fim da tarde, só restava uma loja para visitar: A Gemialidades Weasley. Elizabeth insistiu em passar por lá, pois queria ver o que havia de novo na loja de logros e brincadeiras mágicas. Era a loja mais chamativa do Beco Diagonal, o paraíso para qualquer criança ou alma travessa. O trio estava admirando a vitrine, quando uma voz familiar chegou aos seus ouvidos:

– Liz? Oliver?

Os três se viraram rapidamente e viram Hanna, parada no outro lado da rua. E não estava só: Stars, Snow, Luke, John, Michael e Liliana estavam com ela.

– Oi, pessoal! – Elizabeth cumprimentou os amigos, entusiasmada – O que estão fazendo aqui?

– O Snow nos chamou para dar um rolê pelo Beco e a gente veio – Stars contou, também carregando pacotes.

– Vamos entrar, então? – Michael se manifestou, ansioso – Quero ver as novidades da Gemialidades e comprar alguma coisa para o Severo!

Tinha tanta coisa interessante e legal, que eles gastaram boa parte do tempo nas compras.

 

– E essa sorveteria? – Stars questionou, de propósito, para atiçar os amigos.

– Melhor ideia do dia – Liliana afirmou, umedecendo os lábios.

– Concordo – Snow falou.

Todos consentiram e se dirigiram à sorveteria. Lá encontraram Sofia, Rick, Melanie, Miguel, Dean e Katherine. Um grande grupo se formou em frente à sorveteria. Assim que todos tinham seus sorvetes em mãos, o grupo procurou um lugar para descansar e jogar conversa fora.

– Oliver, vem cá – Liliana chamou o garoto. – Quem é essa garota que tá com você e a Liz?

Todos os olhares focaram em Gabrielle e a garota corou violentamente.

– É a minha irmã, Gaby – o rapaz disse, abraçando a moça pelos ombros.

Todos cumprimentaram a garota amigavelmente, o que fez com que se sentisse mais confortável.

– E as férias, como foram, pessoal? – Hanna perguntou aos amigos.

– A gente viajou para o Japão – Sofia contou para os outros. – Conhecemos a escola de magia de lá, fizemos novos amigos... Foram férias incríveis!

– Nós ficamos aqui, na Inglaterra mesmo – Michael falou, satisfeito. – Passamos boa parte do tempo descansando, porque a escola tá pegando pesado esse ano. Mas também aproveitamos para jogar um pouco.

– A gente enfrentou dementadores, na semana passada – Elizabeth contou, sem cerimônia. – Apareceram cinco lá no meu bairro.

Todos ficaram espantados ao escutarem a narrativa.

– Não acredito que eles foram parar em um bairro trouxa por engano – Dean se intrometeu, sério como sempre. – Acho que a professora Malfoy tem razão. Esses acontecimentos têm o dedo da McCarthy...

A descontração vacilou. Eles ficaram em silêncio, refletindo sobre aquelas palavras. Porém, não demorou tanto para voltarem a conversar sobre assuntos alegres. Permaneceram ali, reunidos, até escurecer e todos resolverem retornar aos seus lares, para aproveitar o resto das férias.

 

"Só mais um dia e eles estariam de volta..."

 

Assistia ao pôr do sol, o garotinho com a cabeça apoiada em seu colo, deitado na vasta relva.

– Olha, lá vem o Ti!

Um garoto magro e alto, de óculos e cabelos escuros, se aproximava sorrindo.

– Ele vem para ficar comigo? – o garotinho perguntou, encarando com seus olhos verdes.

– Hã? – não entendeu o que o menino dissera.

– Olha – ele apontou para o rapaz que vinha ao encontro deles.

O céu escurecera num piscar de olhos; uma sombra surgiu atrás do garoto de óculos, do nada, e o envolveu completamente; os dois sumiram sem deixar vestígios.

– Calma, Lili – o garotinho também sumira, mas ainda podia ouvir sua voz, distante. – Um dia, todos nós estaremos juntos. Para sempre...

– ELI! TI!

 

– NÃO! – Liliana acordou, assustada e atordoada, olhando para os lados. Não estava vendo o pôr do sol; tampouco havia sombra alguma. Era madrugada e ela estava em seu quarto. Nada do que viu era real. O colar dela, em cima da penteadeira, emitia um brilho estranho.

– Queria que o Ti estivesse aqui...

 


Notas Finais


* Eu poderia contar tudo o que aconteceu desde que comecei a co-escrever essa estória, mas o que importa é que eu não tive acesso à todas as fichas, o que dificultava bastante, no início (Meu mais profundo e sincero agradecimento aos que reenviaram). Assim, eu não tinha tantas informações sobre determinados personagens e tive que "recriá-los". Um dia, eu estava fuçando pela net, quando encontrei, por sorte, a ficha do Oliver Ozanan. Até aí, tudo ok, fiquei contente por conseguir algo em quê me basear na hora de descrever a personagem. Só que veio a surpresa: descubro que o Oliver tem uma "irmã" e que ela também tinha uma ficha, detalhando aparência e personalidade. Originalmente, a Gaby seria da Noble. Porém, como eu a descobri tardiamente, tive que inventar as aulas particulares para justificar a ausência dela durante todo esse tempo. Achei que ficaria sem sentido, se uma personagem não estivesse na estória e aparecesse do nada, quando já devia estar lá desde o começo. Bom, desculpem pela longa explicação, mas achei importante esclarecer esse fato.


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