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História A Rainha - O rebelde.


Escrita por: Myx_

Notas do Autor


Ho ho ho!!!
Não queria espera até dia 16 então tá aqui! Agora só dia 19.

Capítulo 4 - O rebelde.


Fanfic / Fanfiction A Rainha - O rebelde.

4


ELE SÓ PODIA ESTAR BRINCANDO! Como que ele espera que ela que nunca encostou numa espada lutasse com ele? E aquela maneira prepotente e convencida dela já a estava deixando fora de controle, ele é tão, tão… lindo. Mas é claro que que jamais admitiria, não daria esse gostinho a ele.

Ela, na defensiva, empunhando a espada em sua direção. Ele não considerou em nenhum instante que ela nunca teve nenhuma experiência em lutas corpo a corpo. Muito menos lutas com espadas.

— O que foi princesa? Está cansada? — Zombou com aquele maldito sorriso no rosto. — É assim que planeja vingar seu pai?

Perguntas e mais perguntas em que tanto ele e ela sabiam a resposta. Mas já estava a dois dias tentando pelo menos encostar nele e nada.

— Você está aqui para me ajudar, mas já estamos a dois malditos dias nessa mesma ladainha! — Gritou ela feroz. Ele não via que seu tempo era preciso, que cada dia perdido ela estaria mais longe de concretizar.

— Eu ensino através da prática… — Sorriu. — Aprenda a sobreviver e você verá que minhas lições irão te ajudar.

Refletindo sobre aquilo, ela pensou que talvez aquilo não fosse uma má ideia. Ele ali de pé, sempre mantinha a guarda, mesmo que ela fosse uma principiante, ele não facilitava.

Empunhou a espada para o lado e virou a lâmina ao contrário, a posição em que a mesma se encontrava não era de ataque, muito menos de defesa. Deixar oponente confuso era seu plano.

— O que pensa que vai cortar com a espada virada desse jeito?

— Será mesmo que uma espada que não fere não tem utilidade? — Sussurrou audível apenas para eles dois. — Ou será que você ainda vai se defender de um golpe assim?  

Ela correu em sua direção com o resto de fôlego que lhe restará, os pingos de suor já escorriam pela face alva e alguns cabelos grudaram na face. Nunca se sentiu tão bem em toda sua vida, essa sensação de poder ir para o ataque, realmente era muito injusto deixar que as batalhas fossem só dos homens.

Sesshoumaru manteve a guarda, não sabia o que ela realmente pretendia com um ataque infantil e também muito perigoso, pois daquele jeito ela só demonstrava o quanto era inesperiente em lutas com espadas. Ela se aproximou e bateu o lado não cortante contra a espada de Sesshoumaru, se fosse uma luta de força, ele já teria vencido a muito tempo.

— Não adianta…— Ele riu — Você nunca vencerá uma luta dessa forma.

Ela nada respondeu e continuou segurando firmemente sua espada contra a dele. Ela deixou por um momento sua espada leve, tirou a toda força que mantinha em sua espada causando por um instante um desequilíbrio em Sesshoumaru e em uma brecha para acertá-lo em cheio. Deu um giro e ficou por trás de Sesshoumaru colocando a lâmina dessa vez de modo certo perto ao seu pescoço.

— Você aparenta não saber nada sobre lutas com espada… — Ele falou imóvel. Aquela menina estava a exatamente dois dias tentando se aproximar o suficiente para atacá-lo, como em tão pouco tempo aprendeu a se mover desse jeito?

— E eu não sei… — Ela respondeu e soltou uma risada. — Mas sabe Sesshoumaru, isso que eu fiz aqui se chama dança. Temos que ser hábeis com nossos passos e rápidas para girar um leque.

— Então quer dizer que você está usando seus movimentos de dança para lutar? — Ele soltou um riso anasalado. — Só podia ser uma princesa.

— Já disse que sou uma Rainha! Quantas vezes você vai continuar me chamando assim? — Falou com raiva. Será que ele nem sequer uma vez na vida a trataria como alguém da realeza? Ela era muito superior a um simples assassino, ele deveria beijar os pés dela, assim ela pensa, mas é claro que Sesshoumaru pensa que nunca deverá se rebaixar a ninguém, muito menos a Rin, alguém que ele considera uma menina mimada.

—Até você me derrotar de verdade…

— Então já pode ir começando a me chamar de majestade, por que você já perdeu. — Ela disse convencida.

— Escute aqui princesa, usar seus movimentos de dança pode lhe ajudar a criar um estilo de luta único e muito bom, mas… — Em um movimento rápido ele se virou e bateu sua espada contra a dela, com toda sua força girou a lâmina contra a dela e fez com que a espada saísse de sua mão, se aproveitando da situação ele pegou a espada da mesma e a segurou em forma de “x” contra o pescoço dela, fazendo com que as duas lâminas se encostassem e refletissem a luz do sol juntas. — Ainda tem muitas falhas, precisa melhorar muito.

E em um movimento rápido ele tirou a espada de perto de seu pescoço guardou na bainha. Fez menção de lhe entregar a espada, mas logo em seguida usou a mesma para lhe causar desequilíbrio, passou a espada por sua pernas a fazendo cair no chão.

— Mas o que você pensa que está…

— Olho por olho, dente por dente. — Ele disse sem olha-lá. — Agora se levante e pare de me olhar com cara de tola.

Seu maldito!!! Gritou Rin em pensamento.






A luta cada dia se acirrava. Uma semana já havia passado e Rin estava progredindo cada vez mais, uma vez ou outra usava passos de dança, dando giros mirabolantes e movendo a espada como se fosse um leque de um lado para um outro. Ela claramente usou a seu favor suas habilidades na dança, mas sempre no final de tudo quem ganhava era Sesshoumaru que sempre deixava agora uma brecha aqui e outra ali, mas sempre no final a deixava desarmada.

Inuyasha e Kagome sempre observavam os treinos de longe, em cima dos muros e viam o quanto Rin e Sesshoumaru gostavam de trocar farpas, aliás, os dois são cabeças dura.

— Como que você acha que a Rin vai lidar com os malditos rebeldes? — A criada perguntou olhando para os dois que se enfrentavam no campo de treino.

— Eu não sei, nem mesmo o Rei Bankotsu conseguiu fazer um acordo com Naraku e seus seguidores. — Ele suspirou — Temo que a Rin seja o próximo alvo dele e é claro que ele acha que vai conseguir facilmente.

— Alias, o que Naraku realmente quer? — A criada perguntou um pouco alterada. — O Rei fez várias ofertas de paz e ele sempre às recusou. O que diabos ele quer?!

— Poder… — Ele respondeu como se a resposta fosse óbvia — Ele não quer ser apenas um súdito. Ele quer exterminar todos os reinos e formar uma única nação até que todos os povos estejam a seus pés.

— É muita ousadia! — Ela esbravejou. — Alguém que nem sequer tem sangue real querer reivindicar o trono.

— Até pessoas que tem sangue real não podem ter o trono… — Ele falou olhando fixamente para Sesshoumaru.

— Está se referindo a Sesshoumaru? — Ela perguntou fitando as expressões tensas de Inuyasha. Tinha tanta coisa que ele não lhe contava, ela queria que ele lhe falasse o por que dele não estar no seu reino, vivendo como um príncipe ou até mesmo sendo um Rei.

A conversa foi interrompida assim que eles um barulho próximo, para ser mais específico o barulhos de passos. Kagome em sinal de medo se escondeu atrás de InuYasha que se preparou para lutar.

— Quem está aí? — Perguntou olhando para o forte, onde estava se escondendo.

E tremendo de medo saiu um pequeno garotinho, com roupas maltrapilhas e cabelos ruivos. Muito fofo, na opinião de kagome é muito moleque na opinião de InuYasha.

— Por que estava se escondendo? — InuYasha perguntou apontando a espada para o menino.

— Aí InuYasha! — Protestou a criada. — Não precisa falar com o menino desse jeito.

— Se ele estava se escondendo Kagome é natural que eu desconfie ,não? — InuYasha sussurrou apenas para que os dois ouvisem.

— Aí! Deixa disso! — Kagome repreendeu InuYasha e foi para sua frente e se agachou para falar com o garoto a sua frente. — Qual o seu nome?

— Shippo… — Ele respondeu com a voz com um pouco de medo.

— O que está fazendo aqui Shippo?

Ele ficou em silêncio. InuYasha estava um pouco incomodado com a situação, era só gritar com o maldito pirralho e tudo estaria resolvido não? Assim ele pensa.

— Ande logo garoto! Não temos o dia todo. — Gritou

— InuYasha — Repreendeu Kagome.

— Minha mãe… — O garoto surpreendeu os dois quando começou  a dar respostas. Ele fungou o nariz e foi derramando lágrimas uma após a outras, parecia estar tendo memórias tristes. — Minha mãe morreu e meu pai também, agora eu estou morando no castelo junto da minha avó.

— Quem é a sua avó? — Kagome perguntou tentando ser o mais delicada possível, não queria machucar o menino.

— Kaede.

Kagome abriu a boca espantada. Se realmente era Kaede a vó desse menino, ele ficaria sozinho no mundo logo logo. Kaede é uma criada que serve o Rei muito antes do Reinado de Bankotsu, está muito idosa e doente, caso o menino a perca também, ficará sozinho no mundo.

— Não ligo se você sofre por causa dos seus pais. — InuYasha se pronunciou com semblante sério. — Saiba que o mundo é cruel menino.

— InuYasha, não seja rude! — Kagome se levantou e olhou irritada para ele. — O menino perdeu os pais, você devia consolá-lo.

— O que esse menino precisa agora não é de consolo… — Falou irritado. — Assim nunca vai aprender a ser forte.

O garoto olhava toda a discussão perplexo. Não conseguia entender por que os dois estavam discutindo a seu respeito.

— InuYasha… — Ela cerrou os punhos — Você é um idiota!

— Vou te dizer do que ele precisa… - Ele então puxou a gola do menino e o levou até perto de uma das escadas do grande muro. — Ele precisa ir embora.

O menino assustado seguiu o conselho de Inuyasha, partiu dali sem pestanejar e Kagome estava bufando pela forma como ele havia tratado o pequeno. Ela queria ter uma vida com Inuyasha, mas se ele fosse assim com crianças seria difícil criar os seus filhos.

Não a muito tempo. Kagome e Inuyasha passaram a se encontrar cada vez mais às escondidas no castelo, foi algo repentino, mas os dois sentiam que aquilo era real. Eles já se amam, se amam a ponto de se sacrificar um pelo outro, mesmo assim Kagome sempre desejou que Inuyasha contasse mais sobre ele e seu passado.

A dama de honra, muito triste pela atitude de InuYasha, virou as costas para ele e decidiu ignorá-lo.

— Kagome? — Ele a chamou e ela nada respondeu. — Não acredito que vai ficar de mal comigo por causa de um pirralho.

Ela se calou, dessa vez não o responderia mesmo que implorasse.

Inuyasha não queria ninguém além dele e Kagome soubessem do treinamento árduo da Rainha, caso isso chegasse no ouvido do Povo, não seria difícil chegar aos ouvidos de Naraku.

Todo cuidado é pouco.




Rin estava totalmente exausta, precisava de um bom banho. Seus braços e pernas doíam, não foram poucas as vezes que Sesshoumaru a derrubou no chão toda vez que ela tentava um ataque novo, sempre lhe jogando na cara o quanto ela era inexperiente e que Naraku rapidamente a mataria.

Aquilo tudo era tão cansativo, se fosse apenas mais uma camponesa estaria preocupada em trabalhar e viver sua vida calmamente, mas ela precisa pensar por essas pessoas. Já que para ser uma Rainha ela precisa de um povo, ela precisa cuidar do de é seu e protegê-los a todo custo de Naraku e  é claro! Matá-lo com suas própria mãos.

Para ninguém desconfiar, Sesshoumaru dorme em seu quarto todas as noites. Ele não poderia ficar com Inuyasha, pois o mesmo também tinha um tratamento especial no castelo, então não podia arriscar ser visto com Sesshoumaru, um general não poderia sofrer de acusações de estar tramando rebelião, pois também tinha origem desconhecida e sem um sobrenome.

Não podia pedir para que Kagome lhe arrumasse um quarto, já de todos os cantos do castelo eram bem vigiados e bem limpos todos os dias. Só lhe restava usar o luto como uma desculpa para se manter segura dos escândalos. Kagome era única que tinha permissão de entrar nessa ala do castelo.

Somente ela.

— Rin? — Foi tirada de seus pensamentos assim que ouviu sua criada a chamar. — Estou te chamando a um tempo e você não me escuta.

— Desculpe Kagome… — Ela balançou a cabeça para os lados tentando afastar os pensamentos negativos.

— Esqueça isso! — Ela falou compreendendo a situação em que sua amiga se encontrava. — Vamos esquecer por um momento que Naraku existe…

— Kagome eu não posso esquecer nem por um segundo o que esse maldito fez comigo e com meu pai.

— Mas lembre-se que antes de ser a Rainha, você é humana e possui  medos como todo mundo — Ela abraçou Rin como se fosse a única coisa que pode fazer nesse momento tão delicado para ela. — Vamos nos divertir como antes?

— Quando você diz se divertir, você quer dizer se meter em confusão?

— Talvez, mas tenho certeza que você vai amar — Kagome disse com uma expressão que gritava a palavra malícia.

Por um momento Rin sentiu medo do que sua criada estaria planejando.



Aquilo era a pior coisa que ela podia ter feito. Ela nunca mais seguiria Kagome cegamente. aliás, cega seria melhor coisa para ela nesse momento, ou talvez não.

Com as mãos sobre o rosto ela escondia toda vergonha que era estar ali, perto da ala de banho do castelo. Havia uma pequena passagem secreta que só apenas ela e Kagome sabiam. Antigamente as duas usavam essa passagem para contar seus segredos ou brincar de boneca escondidas dos olhos de todos. Alias, ninguém não gostava dessa mistura de criadas com pessoas da família real.Aquilo era proibido.

Mas ela nunca ligou mesmo.

— Por que estamos aqui? — Rin perguntou com um pouco de irritação na voz.

— A pergunta seria por que você nunca veio aqui? — Kagome falou sorridente.

— Kagome! — Ela repreendeu — Isso não é nada parecido com a forma que nós nos divertimos… Isso é imoral!

— Não tem mais graça aquela brincadeiras de criança. — Ela sorriu maliciosa. — Agora estamos tendo brincadeiras de meninas crescidas.

Ela estava realmente certa. As brincadeiras delas quando pequenas eram travessuras com as outras criadas ou com os conselheiros do castelo, mas essa é um tipo de brincadeira que apenas garotas crescidas fariam.

Perto da ala de banho, uma espécie de lago cercado por pedras. Com árvores e mais rochas ao redor, essa no qual tinha uma passagem para dentro do palácio. Uma entrada que permitia qualquer um observar o banho dos soldados, mais especificamente, observar o banho de Sesshoumaru.

As duas abaixadas e escondidas no topo de uma dessas rochas observando atentamente o lago.

_ Ali! - Kagome apontou falou sussurrando para  Rin.

Rin mirou para onde sua criada estava apontando e corou no mesmo instante. Paralisou com tal cena a sua frente, uma cena que lembraria para sempre. Ali entrando no Rio, Sesshoumaru completamente nu mergulhando nas águas iluminadas pelas tochas e pela lua.

Rin abriu a boca por uns instantes e parou para admirar a cena. Suas bochechas estavam coradas, enquanto seus olhos não desgrudaram do corpo desnudo do Taisho.

— Olha Rin… — Kagome sussurrou. — Ele está como veio ao mundo.

Rin se despertou do seu transe e escondeu o rosto entre as mãos. Aquela não era ela, ela jamais faria tal coisa. Onde á se viu a Rainha espiando o banho de um assassino?

— Kagome você enlouqueceu? — Ela falou baixinho. — Se ele descobrir que estamos espiando?

—Ai ele pode livremente nos acusar de assédio... — Kagome colocou a mão sobre a boca e riu — Como se ele pudesse ir até um julgamento. Se ele for a um julgamento, o único a ser julgado será ele.

Kagome apenas se divertia com a irritação de Rin, aliás, elas sempre foram assim.

Rin se censuraria depois por isso. Com toda certeza se condenaria por continuar com aquilo, mas não pode resistir. Aquela era sua primeira vez vendo um homem nu.

Olhou atentamente para Sesshoumaru que jogava água pelo corpo, por conta da distância ela não podia apreciar devidamente. Mas conseguia ver sua pele exposta e seus cabelos prateados reluzindo com a luz da noite.

— Ele é um exemplo de outros homens? — Rin perguntou enquanto olhava atentamente para ele. — Os outros homens também tem o corpo assim?

— Outros homens eu não sei, mas acho que ele é acima da média…— Kagome riu — Sortuda você hein Rin! — Zombou.

— Nem começa kagome!

— Ah! Vai me dizer que você não sente nem um pouquinho de atração por ele? — Kagome sorriu travessa — Ou vai me dizer que tenta esconder isso enquanto briga com ele e fica trocando provocações? Você não me engana, acho que que ele também já percebeu.

Sério que ela estava mesmo tendo esse tipo de discussão com Kagome? Claro que ela achava Sesshoumaru muito atraente, mesmo assim não é que ela quisesse disfarçar com a troca de farpas, ela só queria deixar claro que ela o odeia, apenas isso. Apesar de realmente não odiá-lo tanto assim.

— Percebeu o que? — Ela perguntou corada — Que eu o odeio?

— Você realmente é um livro aberto Rin! — A criada deu um tapa na própria testa — Sua tática de fazer e falar o inverso dos seus pensamentos está tendo um efeito contrário ao que você realmente quer.

— Isso não é verdade! — Ela se levantou indignada.

Kagome arregalou os olhos no mesmo instante em que sua amiga se desequilibrou e escorregou. Seu primeiro pensamento foi gritar, mas já era tarde demais. Só se pode ouvir o barulho de algo caindo na água. Kagome ainda escondida observava o lago em que sua amiga havia acabado de cair, o mesmo lago em Sesshoumaru estava tomando banho sem preocupação alguma.

Sesshoumaru com um olhar confuso olhou para onde possivelmente algo ou alguém havia caído. Ele nadou até um pouco próximo e parou esperando algo se revelar. Estava tudo um completo silêncio, nada vinha para a superfície.

Ele se surpreendeu quando alguém, ou mais especificamente uma mulher surgiu da água bem na sua frente, um pouco assustada e com muita falta de ar. Ela desesperada não sabia o que estava acontecendo, só parou um pouco de se debater assim que sentiu alguém lhe segurar pelo braços.

Rin estava com os olhos arregalados, sua falta de ar era imensa. Ela tentou ficar submersa, tentou se esconder, mas era impossível. Tudo lá embaixo d'água era um breu e para onde ela tentava nadar, ela nunca encontrava a parte mais rasa. Quando ela finalmente achou uma parte em que ela alcançava o chão ela conseguiu vir até a superfície. Mas para seu azar, ela deu de cara com Sesshoumaru.

Ele estava com os olhos arregalados, surpreso por vê-la ali bem na sua frente, ainda com as roupas de treino, dentro do lago com ele.

Seu rosto inteiro corou e seus olhos percorreram todo o corpo dele. Em várias partes do abdome, peito e ombros haviam cicatrizes. Uma em seu ombro parecia ser feito  por um animal, e em seu peito haviam cicatrizes do mesmo tipo, já na parte lateral de seu abdome, havia marcas de cortes.

Seu corpo era completamente esculpido, digno de um guerreiro, mas as marcas em seu corpo demonstravam o quanto ele teve que lutar para ganhar tal título de assassino.

Sua expressão passou de envergonhada para assustada. Ela não pensava que ser homem era tão duro assim, eles eram cobrados a ponto de terem seus corpos feridos. Verdadeiros guerreiros.

Entendo a onda de sentimentos que praticamente estavam estampados na cara dela ele se virou para sair do lago, sem se importar com sua nudez. Não queria ver aquele olhar de medo e pena no olhar dela.

— Espere! Eu não queria ter visto…—Ela imediatamente parou quando recebeu um olhar mortal dele para que se calasse.

Não era do seu feitio acatar ordens de Sesshoumaru, mas o que ela podia fazer? Ela não sabia que ele tinha esse tipo de marcas pelo corpo, ela não sabia por que ele não queria que ninguém as visse.

Ela olhou para a direção que antes estava ela e kagome e viu que sua criada já havia sumido de lá.

Covarde! Pesnou Rin.



Depois de tomar um bom banho, em outro local é claro, mais próprio para a Rainha ela se vestiu  devidamente para ir a seu quarto. Como ela encararia Sesshoumaru? Como ela contaria a Sesshoumaru que a ideia de ter ido observar o  banho dele tinha sido da depravada da sua criada? Claro! aquilo não tinha explicação, ela apenas tinha que encarar os fatos e ter uma conversa de adulto para adulto e tudo se resolveria.

Entrou em seus aposentos e encontrou Sesshoumaru na sacada, olhando para o céu, como se só ele importasse.

Andou em passos lentos e ficou ao seu lado. Não seria uma conversa fácil, isso ela teria que envolver um pouco de delicadeza, aliás , assim como todo mundo ele deve ter traumas, medos e coisas na qual ele não quer falar.

O silêncio estava lhe deixando nervosa, não com aquele frio na barriga, mas sim com aquela angústia de não ter ele lhe provocando ou tirando alguma gracinha com ela.

— Sesshoumaru… — Ela falou calmamente. — Olha não foi minha intenção ver aquilo, mas eu…

Ela se calou. Havia treinado várias desculpas, mas nada veio a sua mente. Nada seria capaz de falar sobre o ocorrido na ala de banho, seu pai com certeza estaria rindo dela agora, alguém que foi ensinada a vida toda a dar discurso a um grande povo, não era capaz de se explicar a um único homem. Patético.

— Eu sou uma Rainha! Que contratou seus serviços e estou me permitindo a novas experiências… — Ela engoliu em seco. — Lutar nunca foi uma das minhas habilidades, mas estou aprendendo com você e sei que esse deve ter sido o preço para você ter se tornado um bom guerreiro. Deve ser…

— Suas novas experiências são observar o meu banho? — Ele perguntou virando o rosto em sua direção com aquele maldito sorriso no rosto.

Ele não estava ofendido? Ele não estava com raiva? Essas eram as dúvidas que martelavam em sua cabeça.

— Não! — Ela gritou ofendida. — Você não está com raiva?

— Por que ficaria? — Ele sorriu malicioso. — Não tem nada aqui que outras mulheres já viram.

Ora! Mas que abusado!

Ela corou. Claro que ela havia reparado muito bem em seu corpo bem definido, mas ela pensou que ele ficaria com raiva por conta de ter visto aquelas cicatrizes.

— Eu sou uma idiota! — Ela exclamou. — Muito idiota de ter me preocupado com você.

Ela cruzou os braços emburrada e olhou para o céu assim como ele antes. Talvez esse método funcionasse com ele, apesar de nunca ter testado.

— Esse não precisa ser o preço de ser tornar um guerreiro. É apenas o preço que eu paguei para me tornar um assassino. — Ele falou em tom enigmático.

Ela tentou ignorar o que aquilo se significava. Continuou olhando para o céu tentando achar algo ali que lhe desse mais interesse do que aquela conversa, mas estava parecendo impossível.

— Quem diria que você ficaria preocupada comigo… — Ele falou e logo em seguida soltou um pequeno riso.

Ela arregalou os olhos e estava pronta para lhe responder, mas assim que se virou deu bem de cara com Sesshoumaru lhe encarando com aqueles olhos âmbares. Está tão próximo que chegava a sentir a respiração dele em sua pele.

— Sesshoumaru… — Ela falou em um sussurro.

Ele colocou o dedo e deslizou sobre os lábios dela a fazendo corar por completo, deslizou seu dedo para o queixo e o segurou para próximo de si, fazendo com que a distância entre os seus lábios com o dela fosse mínima.

— Isso foi por ter espionado meu banho… — Ele lhe beijou esquecendo da sua promessa de nunca se envolver demais com ela.

O beijo começou de jeito calmo, pois ela mesmo não sabia o que estava acontecendo com ele e com ela que tinha seu coração na mão. Ele a guiava para que descobrisse novas sensações e  passou a puxar o corpo dela cada vez mais para perto do seu. A dança entre suas línguas o deixavam louco para cada vez mais continuar com aquilo.

Ela por outro lado estava sentindo todo o seu corpo queimar em desejo. Aquela era a primeira vez em que beijava e já estava amando a sensação. Sesshoumaru fazia tudo de jeito tão se sensual. Ele colocou uma de suas mãos na nuca dela a fazendo aprofundar mais o beijo o que a fez soltar um pequeno gemido entre o beijo.

Ele sorriu e continuou a beijá-la do modo que só ele conseguia fazer. Do jeito que ele sempre faria a partir de hoje.

Se soltaram em busca de ar e bastante ofegantes. Ela recostou a cabeça sobre a dele e fechou os olhos para perguntar a si mesma se aquilo tinha mesmo acontecido.

—  Olho por olho princesa… — Ele falou em um sussurro e se virou indo em direção ao quarto, deixando para trás a sua Rainha muito confusa.

Ela lhe olhou com expressão indignada! Então quer dizer que seu primeiro beijo era uma vingança? Só por que ela foi observar seu banho! Definitivamente ela nunca mais cederia a ele. Ela sabia que ele continuaria sendo esse idiota, por um instante ela pensou que ele realmente estaria apaixonado por ela, assim como seu pai se apaixonou por sua mãe.

Ela super irritada se deitou em seu futon e se cobriu, com muita raiva dele.

Ele olhou para cena e sorriu. Nunca se cansaria de ver essa expressão de irritação dela. Ele tinha esse desejo desde que a viu pela primeira vez, tentou ignorar esse sentimento, mas nunca tinha visto uma mulher astuta e corajosa como ela, ele não conseguiu ignorar o fato que ela mexia com ele.

E foi por esse motivo que ele não queria que ela descobrisse seu passado. Descobrisse o quanto ele foi fraco e o quanto aquelas cicatrizes tinham um significado doloroso. Assim que ela o viu com aquelas cicatrizes a única coisa que ele pensou foi em ir embora, não queria que ela lhe fizesse perguntas que ele não queria responder.

Não queria queria que ela descobrisse que o autor dessas cicatrizes fora seu próprio pai.




Já em um lado escuro do Reino, se via um homem arrastando uma criança que chorava desesperada.

— Me solta por favor! — Pedia a criança.

— Cala a boca pirralho! — O homem gritou para o menino que chorou ainda mais.

Ele foi arrastado para dentro de um casebre sujo e lá foi jogado sem delicadeza alguma.

— Oh não é assim que deve tratar meu futuro súdito Hakudoushi! — O homem na escuridão falou.

Ele riu e se aproximou para mais perto do menino, ele se abaixou e estendeu a mão para que o menino levantasse. O garoto muito assustado recusou a ajuda e se levantou rapidamente para sair de perto desse mesmo homem.

— Não precisa ter medo criança… — Ele soltou uma risada. — Qual seu nome?

A criança se afastou mais um pouco mais foi puxado por Hakudoushi e jogado novamente no chão.

— Não ouviu não moleque? — Hakudoushi gritou. — Qual o seu nome?

— Shippo.

— Oh! Belo nome. — Ele sorriu maleficamente. — Me diga uma coisa Shippo, você veio morar no castelo até pouco tempo não é mesmo? Me diga uma coisa: Você já viu alguma vez a Nova Rainha?

O garoto com medo do olhar dos dois Homens sobre si acenou confirmando que havia sim visto a Rainha.

— Você sabe de mais alguma coisa sobre ela? — Ele perguntou com o mesmo sorriso no rosto.

Shippo não sabia o que falar. Ele não sabia o que a suas palavras lhe custaria. Não sabia de nada, estava com medo, medo de falar, medo de pensar sobre como ele sairia dali. Sentiu a gola de sua camisa ser puxada e encarou o homem albino na sua frente.

— É melhor começar a falar moleque, senão eu rasgo a garganta daquela velha que cuida de você… — Hakudoushi falou ameaçador.

Shippo não queria perder sua avó, não queria perder mais ninguém. Seus olhos começaram a encher d'água e todo o seu corpo começou a tremer.

— Ela estava em um campo… — O garoto falou com a voz trêmula enquanto chorava. — Com grandes muros, junto com outro homem forte, estava lutando com uma espada.

Hakudoushi sorriu e soltou o menino no chão.

— Acha que vai ser rápida a morte dela Naraku? — Hakudoushi perguntou com um sorriso medonho.

Claro! Se ela estava treinando a pouco tempo seria facilmente vencida por um guerreiro habilidoso.

— Morte? — Naraku riu e se mostrou diante do menino. — Ninguém vai morrer Hakudoushi, sabe que eu não sou esse tipo de homem. Não mataria uma mulher tão belíssima quanto aquela, vou torná-la minha Rainha e tomarei o reino que é meu por direito.

Naraku sorriu para o pequeno menino e o colocou no colo.

— E cuidarei muito bem do meu povo...


Notas Finais


Man ;-; falo nada ;-; só observo.


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