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História A Rainha do Harém - Olhos de Outros Olhos


Escrita por: Yui_99

Notas do Autor


ETHA NÓS
agora sakura tem um aykashi pqp
agora ja tava ruim, ai fico parece q ta bom, ai fica bom mesmo kkkkkk
Nada melhor q ter itachi como seu primeiro e-e
só vai gente, só vai.

Capítulo 13 - Olhos de Outros Olhos


Fanfic / Fanfiction A Rainha do Harém - Olhos de Outros Olhos

   

Era seu nome.

Essa tatuagem... era a mesma que os Ayakashis tinham, ali ficava o nome da dona. Não é possível que esteja vendo uma coisa dessas. Era seu nome escrito no braço dele.

Levou a mão na boca, o sangue, o beijo foi o pacto.

Se arrastou um pouco para trás ainda no chão e continuou a olhar a figura em sua frente, incrédula. Era totalmente diferente. Ele se levantou e veio até sua direção.

-Não chegue perto de mim! – exclamou com receio, na mesma hora ele parou de andar, se prostrou, Sakura estranhou, não entendendo o que ele estava fazendo.

-Como quiser.

Sua voz não tinha mais aquele tom fraco e rasteiro, como se estivesse fazendo um esforço absurdo para dizer simples palavras. Estava forte, grossa e firme. Piscou os olhos inúmeras vezes. Aquilo era surreal.

-O que aconteceu com você? - perguntou – Agora pouco você estava ali quase sem nem conseguir levantar e agora parece que não aconteceu nada com você. E por que meu nome esta escrito em seu braço?

Seu olhar mostrou-se confuso, ela sabia o do porque estava escrito, mas queria ter certeza, certeza que não estava enlouquecendo

-Sou seu Ayakashi agora.

Estava ficando maluca, maluquinha da silva.

Impossível, impossível, isso é impossível! Devia estar ainda sonhando. Não foi fácil engolir, não mesmo. Contou de um até três mentalmente. ‘‘Isso é muito normal não? Ah, ter um Ayakashi do nada, tá, tá legal. Nada mais que um dia normal. ’’

-Sakura-sama?

Foi tirada de seus pensamentos quando Itachi a chamou. Foi estranho o modo em que ele disse seu nome, o fitou, ainda estava de joelhos com os punhos voltados para baixo a olhando fixamente.

-Oi – foi a única coisa que conseguiu falar.  

-Algum problema? – perguntou com um semblante preocupado.

-Não, não é que... Isso é muito estranho para mim – disse enquanto tentava levantar – Não tem como isso ser possível, eu... não invoquei nada no dia, não pode. Como sabe meu nome?

Não se lembrou de nenhum momento de dizer o nome pra eles ou Tobi dizer. Ele olhou pro braço e depois pra ela, claro, obvio demais, estava escrito.

Sentia que ia surtar.

Mas queria saber como. Companheiro de alma só podia ser invocado na cerimonia, não fazia sentido. A não ser...

Era pra ele ter saído do portal naquele dia?

Sua linha de pensamento foi embora no momento que ele se levantou. Chegou perto, pegou sua mão com delicadeza e colocou sua outra mão encima as fechando e levando até perto de seus lábios.

-Serei eternamente grato pelo fez por mim – ele fechou os olhos e continuou – Prometo ser fiel à senhora. Estar ao seu lado nos momentos bons e ruins, servirei como quiser. Irei protegê-la com a minha vida e serei somente seu, Sakura-sama.

Por fim ele beijou a mão dela inclinou a cabeça.

Tá, isso foi estranho.

Muito estranho mesmo. Do tipo... muuuito estranho.

Nunca imaginou que alguém falaria isso pra ela, pareceu que estava em um casamento e ele estava fazendo seu discurso. 

Ficou calada por um momento enquanto fitava seus olhos fechados, ele disse aquilo com tanta sinceridade, conseguia sentir.

-Itachi eu... – não soube o que falar para ele, o mesmo abriu os olhos e esperou, mas não conseguiu dizer nada, absolutamente nada.

-Sakura!

Se assustou assim que foi chamada, pela voz parecia Asuma. Ele também estava aqui?

-Merda... – não fazia a menor ideia do que faria, ainda mais agora que tinha um Ayakashi. Porra ela tinha um Ayakashi agora!

O que fariam se descobrissem isso? Um Uchiha é Ayakashi de um Senju, ótimo, por que deuses? Por que?

Sentiu Itachi apertar suas mãos um pouco, olhou para ela esperando alguma coisa.

-Sakura! Está aqui? – mais uma vez o eco dos passos iam ficando mais alto. Tinha que pensar em alguma coisa.

-Fique aqui – disse se voltando pra Itachi – Tenho que ir antes que ele te veja.

Se virou, e assim que iria começar a correr, sentiu ele pegar seu pulso.

-O que foi? – perguntou olhando para ele.

-Está fraca. – disse ele, era momento pra isso?

-Se eu não for, podemos morrer – não tinha tempo pra discutir. - Por favor, não saia daqui. Cuide de Sasuke e de...

Olhou para os lados procurando um outro ser além de Itachi e Sasuke, mas não tinha.

‘‘Onde está Madara?’’ 

Não era possível que ele tinha sumido, era só o que faltava.

Depois pensava nisso, tinha um problema mais urgente. Deu uma última olhada em Itachi, que assentiu com seu pedido, mas não parecia convencido de sua decisão.

-Estou aqui! – gritou de volta enquanto corria pelo corredor, ou pelo menos tentava. Chegou a um ponto que não aguentou mais e se esgueirou pela parede. Sua cabeça girava.

-Você está bem? – disse Asuma assim que a encontrou – Está pálida. Venha, vou te levar de volta.

-De volta? – perguntou já relutante. – Pra onde?

-Você esta sendo procurada a dias. Minha ordem agora é levá-la de volta pro colégio, junto com os outros. Por favor não lute.

Merda, os problemas não acabavam. Não daria para voltar assim. Nem se quer sabia como sairia daquela situação.

Ele a colocou em suas costas. Em poucos minutos já estavam do lado de fora. Ele a fez ir na frente para passar pela estreita parte da cachoeira.

Estavam alguns Ayakashis desmaiados e feridos no meio do jardim. Inclusive Kakashi, que estava tendo primeiros socorros. Quando a notaram, dava pra sentir a tensão, a reprovavam com olhar.

-Seja lá o que você fez aqui, esta muito encrencada. - sussurrou Asuma.

Tsunade que enrolava uma faixa no próprio braço esquerdo. A tinha notado sair, apertou a faixa deixando fixo e foi até ela.

-Aqui – disse Asuma.

Tsunade ignorou, apenas encarava Sakura que teve que sustentar o olhar de sua mãe, que apenas mostrava raiva e decepção.

-Mãe, sinto muito eu...

Sentiu sua face esquerda arder. Colocou a mão ali, ficou surpresa, Tsunade tinha-lhe batido no rosto.

-Você me decepcionou – disse Tsunade com a voz amargurada – Jamais pensei que minha filha fosse uma traidora. Você ultrapassou dos limites.

-Eu passei dos limites? – a raiva veio à tona, como podia dizer isso? – E vocês? Os aprisiona aqui. Não era eu que observava eles serem torturados!

-Cale a boca! – elevou a voz – São Uchihas, Sakura! Uchihas! Não merecem piedade. Sabe quantas vidas eles já destruíram? Quantas pessoas já sofreram por causa desses desgraçados? Olhe em sua volta, não vê o que fizeram?

Sakura olhou os Ayakashis, todos feridos e outros perto da morte.

Se calou, sabia que era verdade, não deveria ter fugido, não deveria saber de nada disso. Mas agora estava feito, não tinha como voltar atrás. E ela tinha um Ayakashi agora, um deles.. 

Merda, ela realmente tinha um Ayakashi. Um Uchiha! Como contaria aquilo?

-O que vai fazer com eles? – perguntou, não conseguia mais encará-la.

-O certo.

Tsunade deu mais três passos a frente, estendeu os braço em direção a cachoeira.

-Diakopí tis exousías 

Sakura sentiu o chão sob seus pés tremerem. Imediatamente soube o que era.

-Não pode fazer isso – pegou nos braços de Tsunade – Vai matá-los! Por favor, não faça isso, não pode.

Tsunade ignorou suas súplicas. A porta estava se fechando, rezou para que Itachi tivesse saído dali o quanto antes. Os tremores cessaram e Tsunade se virou para ela e colocou uma das mãos atrás de seu pescoço.

-O que voc-

Sakura sentiu um choque para logo depois desmaiar. Tsunade a pegou antes que caísse.

-O que fez com ela? – perguntou Asuma.

-Ela não irá mais fazer besteira - disse – A leve de volta, deixe-a no quarto e a tranque com um feitiço.

-Mas e o alto escalão? – perguntou enquanto pegava Sakura no colo.

-Eles ainda não sabem que a achamos. Agora vá na frente e avise para prepararem a enfermaria, temos muitos feridos.

Asuma assentiu e saiu dali o mais rápido possível. Tsunade respirou fundo, ela teria muito que se explicar.

 

...

 

Kakashi tinha acordado com uma dor entre o peito e o ombro, abriu o olho imediatamente, estava flutuando no ar, sentia ser puxado pela gola da camisa.

Levantou a cabeça, tirando a mão do Ayakashi que estava o puxando distraído.

-Tire-o do feitiço.

Tsunade que estava bem atrás, o notou acordando. Kakashi caiu quando o feitiço tinha cessado. O que doeu foi apenas o ombro. O que fez o lembrar porque estava doendo tanto.

Aquele Uchiha desgraçado...

Ele tinha o perfurado com a própria mão, mesmo com resistência física ele ultrapassou sem nenhum problema. Se levantou, colocando a mão no ombro, a dor era suportável. parecia menos grave do que deveria estar.

-Fiz o que pude – disse Tsunade, parecendo ler seus pensamentos. – Minha mana esgotou, não deu para cicatrizar tudo.

Kakashi se lembrou o do por que Tsunade é uma das magas mais fortes. Magia de cura era tão raro que pessoas com essa habilidade eram quase veneradas como deuses. Não era atoa que ela tinha tanto respeito.

De repente, num estalo lembrou-se de tudo que tinha acontecido.

Estavam no rito, Asuma tinha se separado do grupo pois sentiu cheiro de algo suspeito. Ele pensou que poderia estar com Sakura, mas Tsunade não deixou ele acompanhar Asuma.

Foi uma surpresa quando chegaram lá, o portão estava aberto, já tinha começado o surto de Tsunade, isso antes dela ter visto os Uchihas, que não só estavam fora do feitiço, como pareciam ter sido cuidados. Tsunade deu aviso para que todos ficassem alerta e o mandou sair, ver se a pessoa responsável por isso ainda estava lá. E ela continuaria o rito custe o que custasse.

Quando estava no corredor, tinha uma pessoa vindo do outro lado, pelo sons, os passos estavam muito rápido, se preparou para um possível ataque, mas isso antes de sentir de quem era aquela presença.

Era Sakura.

Recuou, esperando, mas ela passou direto nem percebendo sua presença ali. Foi atrás dela.

Não esperava por aquilo. Como Sakura soube daquele lugar? Apenas os Ayakashis e pessoas com uma carga acima poderia saber. O pior não foi isso, era ela a responsável por cuidar deles. Ficou furiosa quando o rito começou e num surto liberou um poder absurdo.

Nunca tinha visto nada parecido com aquilo, Sakura ultrapassou o limite do bloqueio que ele tinha feito, aquele poder era imenso a ponto de quebrar as correntes deles.

Ela os defendeu... Por quê?

-Pra onde ela foi? – perguntou Kakashi. Tsunade lhe contou o que aconteceu.

-Ela transferiu o poder pra eles. – disse Tsunade terminando de contar e se voltando para o ocorrido. – Aquele poder um Ayakashi jamais teria, nem mesmo casta um.

É, ele soube disso no momento que lutou com um deles, uma maga sempre era mais forte que um Ayakashi em poder e mana. 

Se uma maga tinha um Ayakashi de determinada casta, isso significava que seu poder ultrapassava a dele, e caso fosse estupidamente absurdo seu poder, ela poderia acabar até invocando mais de um guardião, como no caso da menina ruiva. Tsunade era uma das mais poderosas das magas, mesmo um Ayakashi casta um não bateria de frente com ela. 

Então aquele Uchiha conseguir aguentá-la, era porque tinha recebido muito poder. E saber que Sakura que lhes transferiu o que estava armazenado dentro de si o irritou bastante. 

Ela estava em seus braços naquele momento, sentia que aquele aperto que tinha há dias se aliviar por alguns segundos ali.

"Não toque nela", se lembrou, sentiu seu sangue ferver.

Por um lado tinha ficado aliviado que tudo acabou sem nenhuma morte, mas apenas alguns Ayakashis tinham conseguido despertar, Sakura estava salva e provavelmente aqueles Uchihas devem estar a ponto de morrer sem energia.

-E eles? – perguntou, acompanhando-a.

-Terei que voltar para aplicar o feitiço novamente depois que estiver tudo bem. E deixar o rito assim que todos se recuperarem.

-Tem certeza?

-Eles não saíram de lá. Não tem forças nem pra se mexer.

Kakashi se calou, a situação não estava boa, mas o pior já tinha passado. Ouviu um grasnado de repente, ignorou. Olhou para o céu, estava limpo, já era quase noite.

Um ponto preto tinha passado diante do seu olho exposto.

Voltou a si. Uma ave solitária tinha passado por ali, o eco de seu crocitar ia além das montanhas. Era um corvo.

Que estranho - pensou. Normalmente eles voam em bando. Um corvo solitário estava planando sobre eles

-Tsunade-sama – alertou Kakashi.

-Já vi. – disse ela olhando de relance para a ave – Deve ser aquele que Asuma suspeitou. Fique de olho.

Kakashi assentiu, mas logo o corvo grasnou novamente e passou direto, ultrapassando eles. Não gostava de corvos. Era um mal pressagio. Mas poderia não ser nada, um corvo perdido de seu bando talvez.

Talvez...

...

Não soube por quanto tempo estava ali. Tinha acordado em seu quarto, de volta ao colégio. Estava de noite, já com a lua cheia em seu ponto mais alto. A porta estava trancada com um feitiço, tentou fazer algo, mas foi inútil, estava fraca.

Não soube quem a trouxe, muito menos quem fez o feitiço, mas agora estava presa em seu próprio quarto. Ótimo.

Estava deitada na cama. Tocou o lábio inferior que ele tinha ferido e beijado. Sentiu suas bochechas esquentarem quando lembrou da boca dele pressionando a sua em um ato que parecia de desespero.

E pensar que seu primeiro beijo seria assim, a ficha parecia ainda não ter caído.

"-Sou seu Ayakashi agora."

Não fazia a menor ideia do que fazer. Não tinha nada que pudesse fazer. Se perguntou onde Tobi tinha se metido quando ela estava lá. Ele literalmente a abandonou. Tudo que tinha acontecido se passava pela sua cabeça.

Céus, Itachi era realmente seu Ayakashi. Se perguntou o que aconteceria se ele aparecesse na cerimônia, provavelmente surtariam, um Uchiha ser Ayakashi de uma Senju. Não saberia se eles aceitariam isso, apesar que... não tinham escolha certo? Ninguém podia decidir isso.

Aquele pensamento que ele deveria ter aparecido no dia da cerimônia não a deixava em paz. Claro que ele não iria aparecer, estava preso literalmente em pedra.

Tac, Tac.

Sua linha pensamento foi cortada quando pensou ter ouvido algo em sua janela, se sentou esperando novamente o som.

Nada.

Estou ficando maluca – pensou. Voltou a se deitar até ouvir o som novamente.

Tac, Tac.

Olhou em direção a janela.

Um pássaro negro dava leves batidas no vidro da janela, virando a cabeça e batendo com o bico. Sakura se levantou e colocou a mão no vidro. Um corvo?

Ele olhou diretamente para ela, parecia ter achado algo precioso ou coisa do tipo. Bateu novamente até Sakura abrir a janela.

-Oi amiguinho. – sorriu, era um corvo muito bonito, se camuflava com a escuridão – O que está fazendo aqui?

Ele deixou o acariciar com o dedo. A ave era um tanto estranha, era bem maior que um corvo normal, mas era fofo, uma bonita criatura na noite, apesar de seus gritos serem estrondosos e irritantes.

Ele entrou no quarto e cutucou a comida que ela deixou em cima do criado.

-Ah, por isso. - talvez ele tivesse se perdido do bando ou viu comida aqui, esses corvos são espertos. – Está com fome?

Ele analisou a comida e decidiu comer o mingau, mas logo balançou a cabeça não gostando do sabor. Ignorou a comida e voo até o ombro dela. Com o bico, começou a pegar seu cabelo.

-Ei, meu cabelo não é comida. – protestou, mas ele continuo, pareceu uma espécie de carinho. – Faz cosquinha. – riu.

Depois o corvo se afastou, voltando ao batente. Sakura admirou a criatura e iria tocá-la novamente. Até que, por um misero segundo, o olho  do corvo muda de preto para vermelho. Sakura quase caiu com o susto.

A ave balançou as asas, grasnou uma última vez e saiu voando. Sakura piscou, surpreso. O que acabou de acontecer? Eram os mesmos olhos de Sasuke na luta, mas o desenho era diferente.

Sua cabeça estava cheia, levou a mão até sua garganta.

Ser sufocada por Sasuke certamente foi um tanto traumático. A ponto de estar vendo coisas. Balançou a cabeça e fingiu não ter visto nada daquilo. 

Voltou-se a cama. Não tinha mais nada que poderia fazer, a não ser descansar.

...

-Eles. Caminhando. Ah. Juntos. De volta. – disse o corvo numa voz quase escandalosa, se equilibrando em seu pulso.

-Para onde?

-Colégio. Ah. Konoha.

-Tsc. Volte e fique de guarda.

O corvo fez o que ele mandou e saiu voando de seu pulso. Enquanto isso ele ia de um lado pro outro. Conseguiu escapar antes que a grande porta tivesse fechado.

Mandar o corvo foi útil até certo ponto. Mas não conseguia  ver o mesmo que a ave quando estava na área antes do vale do fim. Tinha uma barreira contra espionagem. Teve que se contentar com as palavras do corvo.

Olhou para seu braço direito pela milésima vez. As letras que sentiu queimando em seu braço logo depois que a beijou.

"Sakura"

Demorou até compreender que de fato agora tinha uma Yezhu. Ainda estava surpreso e atordoado. A experiência de se tornar dela foi surreal, tanto que não podia sequer descrever em palavras, pareceu que tudo que passou, o sofrimento, a tortura... foi apenas uma lembrança longínqua, não sentia mais nada.

Soube no momento que sentiu a dor no peito enquanto ainda estava acorrentado. Seu demônio queria sair de seu corpo, aquele era um alerta que iria se torna um vagante. Tinha que ser ela o motivo. E foi.

Ela não voltaria, sabia disso. Depois que o corvo saiu da barreira conseguiu ver claramente, ela estava num quarto, sentia um feitiço ali. Estava trancada. 

Conseguiu vê-la. Conseguiu sentir seu toque.

E pensar que seria uma Senju, quis rir com a ironia do destino, os deuses gostam de brincar, mas não importava, nada mais importava. Era ela, ela era sua Yezhu. 

Ele tinha alguém agora. Tudo que ele sempre quis se tornou realidade.

Ela deu as ordens pra ficar antes de ir. Tentou impedi-la, pois sentiu que ela estava fraca demais para dar sequer um passo, mas a mesma disse que ambos morreriam ali. Queria dizer que ele podia muito bem lutar agora que estava renovado, sua essência tinha se curado completamente graças a ela e podia trucidar qualquer inimigo que ela quisesse. Agora ele estava bem, em sua melhor condição jamais antes sentindo, estava pleno.

Fechou os olhos, tinha que sair dali e encontrá-la ou perderia sua sanidade naquele lugar, as lembranças eram literalmente dolorosas. Só tinha um problema: Sasuke estava jogado inconsciente no chão. Ele o levou quando saiu. Ainda se perguntou por que ele quis matá-la, mesmo depois de tudo que ela fez por eles.  

Irmão tolo.

 

 

-Como assim não quer ter uma Yezhu? Ficou maluco?

-...

-Sasuke, me responda agora. O que você acabou de dizer?

-...

-Me responda!

-Fugako acalme-se por favor – Mikoto, sua mãe, tentava controlar seu pai, uma tentativa falha, ele estava furioso.

-E-eu...

Naquele momento apenas queria voltar no tempo para fechar a boca de Sasuke, por que disse essa frase? Ficou surpreso quando ele disse que não queria quer ter uma Yezhu. É o sonho de todo Ayakashi.

-Vamos, DIGA!

-EU NÃO QUERO TER UMA YEZHU! – Sasuke se levantou com brutalidade, repetindo o que tinha dito antes.

-VOCÊ É UMA AYAKASHI! É a sua obrigação! Por que acha que nos sacrificamos tanto? Por que acha que treinamos?

-Fugako... por favor.

-Ouviu essa agora Mikoto? Sasuke não quer ter uma Yezhu! Isso foi a coisa mais absurda que já ouvi!

-Itachi por favor, leve seu irmão para o quarto.

-Nada disso! Eu quero saber o motivo, vamos Sasuke, me diga o do por que você não quer ter uma Yezhu.

-Fugako!

A voz de sua mãe se deu alta dessa vez, o tom  foi tremendamente autoritário. Ela bateu na mesa furiosa. Seu pai abaixou a cabeça.

Itachi apenas observava, não podia fazer nada a respeito. Viu Sasuke engoli a seco. Sabia que ele estava com medo, seu pai não era brincadeira, apesar de ter sido repreendido por sua mãe os olhos dele fulminavam em Sasuke, que abriu a boca:

-Eu não quero ser escravo de uma mulher.

O silêncio se apoderou na sala. Viu sua mãe abaixar a cabeça enquanto Fugako ficou sem reação. Itachi também não sabia o que dizer. Aquilo era um absurdo, como ele poderia pensar dessa forma?

Sasuke se levantou e saiu correndo enquanto seu pai ainda ficava ali, paralisado. Olhando para o nada.

-Fugako... – Mikoto olhou pra Itachi que imediatamente entendeu o recado. Se retirou da mesa e seguiu Sasuke.

Ele estava sentando perto do lago que tinha atrás da casa, olhando para o céu.

-Sasuke? – o chamou.

-O que quer? Eu não vou me desculpar.

Se sentou junto a ele – O que foi aquilo? Por que disse aquelas coisas?

Sasuke o olhou e abaixou a cabeça.

-Também pensa como todo mundo, não é? Que quando você crescer vai ter uma Yezhu e que irão viver felizes para sempre. Mas eu não acredito nisso, eu os observo, observo o Ayakashi com uma Yezhu, parece que não tem mais vida. Vive e respira apenas para uma mulher que pode muito bem não amar ele.

-Então é assim que nos vê? Escravos de uma mulher?

-Sim, e eu não vou seguir esse caminho.

Itachi balançou a cabeça - Você é muito ingênuo Sasuke, não entende que sem ela não vivemos.

-Podemos viver sim Itachi, mas livres disso que nos prende e...

-Não entende Sasuke! Não entende mesmo o que acontece se não tivermos uma Yezhu?

-...

-Quando se é invocado e ela não te reconhece como Ayakashi, nos tornamos vagantes, perdemos nossos poderes, somos exilados, perdemos tudo Sasuke, tudo.

Viu ele dar de ombros – Vamos morrer do mesmo jeito.

-É inacreditável a sua ignorância. – olhou para ele abismado - Sem uma Yezhu vivemos amargurados, jamais seremos felizes.

-Tsc... você que é um ignorante. Fizeram realmente uma lavagem na sua cabeça! Você pensa que nem eles, pensa que vai ser feliz sendo um escravo! Mesmo sem poderes podemos fazer nossas vidas, amar quem escolhemos amar e não ser obrigados a servi uma mulher qualquer!

-E você é um tolo por achar que viverá feliz sem uma Yezhu!

Ele se levantou e o olhou com ódio.

-Dane-se o que você pensa, mas uma coisa eu te digo: Se qualquer mulher chegar perto de mim na tentativa de conseguir fazer com eu seja seu Ayakashi, eu juro que a mato!

Seus olhos se arregalaram, ele não poderia fazer uma coisa dessas.

-No dia da minha cerimonia, eu não vou esperar ter uma Yezhu tão cedo.

Então ele saiu correndo.

Ficou perplexo com o que ele disse. Não estava falando sério, estava? Ele não entende que não assim que funciona? Que já nascem com uma Yezhu destinada? Ele não pode matar qualquer mulher que queria esse aproximar dele, isso não faz sentido!

E se ele matar sua Yezhu depois do contrato, os próprios deuses o matariam pela marca. Aquilo era um crime sem precedentes.

Temeu que se ele continuar com esse pensamento alguma coisa horrível podia acontecer. Ah irmão idiota! Como ele pode ser tão ignorante?! A liberdade que ele tanto quer é inexistente para Ayakashis abandonados ou sem Yezhu.

Tinha que falar isso com a mãe, ela tem que saber disso. Não queria que seu único irmão morresse por um pensamento idiota.

Levantou-se e olhou para o céu, a lua estava cheia e brilhante, dando um lindo reflexo para o lago.

‘‘Que os deuses tenha piedade de você, meu irmão’’

 

Depois de tantos anos ele não tinha mudado nada pelo visto.

Enquanto lutava com aquela Senju, conseguiu ver Sasuke a enforcando. E foi isso que o distraiu. Aquela mulher teve uma brecha e não hesitou em dar o golpe final. Tudo que se lembrava depois era Sakura lhe acordando.

Sakura.

Belo nome, era um belo nome.

De qualquer maneira, ele era Ayakashi dela agora, Sasuke não irá fazer mais nenhum mal a ela. Tentou matá-la uma vez, da próxima esqueceria que era sangue do mesmo sangue.

Agora tinha um objetivo. Finalmente tinha um propósito. Não iria se importar com mais nada a não ser ela. Cuidaria e a protegeria.

Foi para isso que se preparou a vida toda.

Mas por enquanto precisava sair dali, não podia ficar mais a esperando, sabia que ela não voltaria. 

Depois de tanto tempo, nem sabia quantos anos se passaram. Finalmente sairia desse lugar imprestável.

‘‘Cuide de Sasuke’’

De repente ouviu uma voz em sua mente.

Olhou para Sasuke jogado no chão, não deveria... Ele era perigoso. 

‘‘Cuide de Sasuke’’

Droga.

Pegou ele colocando-o em suas costas. Não podia ir contra, era o que ela queria, certo?

‘‘Se livrou dessa, irmãozinho. Na próxima não será assim.’’

Correu em direção a saída, notou que tinha uma cachoeira cobrindo, não se importou e passou direto, sentindo a água cair sobre si. Nunca se sentiu tão vivo.

Quando pisou em terra. Abriu os olhos e se deparou com uma beleza natural extraordinária. O sol estava nascendo.

Estava livre.

E imaginar que em lugar horrível como esse está por trás de uma beleza tão magnifica. Invocou um corvo, que saiu de sua pele, se apoiando em seu ombro. Não perderia o foco.

-Mostre-me o caminho - mandou. O corvo foi na frente e ele o seguiu.

Pelo visto não perdeu o jeito de ficar pulando de árvore em árvore, se fosse nesse ritmo, chegaria em menos de um dia. Sentia-se ansioso e nem sabia o porquê. Por hora apenas precisava achá-la.

E não conseguia pensar em mais nada a não ser isso.


Notas Finais


ai ai
como pode ver, as meninas foram tiradas da cena nessa versão aki. E ao inves de ser hinata que encontra Sakura, agora é Asuma.
pse pse, pensei que meter as meninas nisso só complicaria as coisas, então as tirei e dando uma enfase aki, as magas sabem do rito, mas n sabem oq realmente acontece lá :V
Vai itachi, na gloria, vai lindão desu


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