História A Real Dream - God is here.

Quatro dias depois...

- Oi princesa. -depositei um beijo em sua testa e sentei na poltrona ao lado da cama.- Temos novidades. Hoje decidi a data do início da Turnê “Juntos Vamos Além”. Quero ver você lá.
Cinco dias depois...

-Falei com o seu médico. – segurei na sua mão. – Ele já marcou a cirurgia, será daqui duas semana. Por favor aguente até lá.
Sete dias depois...
- A Nanna te mandou um abraço e se desculpou por não poder vir, ela teve que ficar na escola fazendo trabalho.- ri de lado ao lembrar de quando ajudei Lucy a terminar o trabalho de História, naquele mesmo dia aconteceu nosso primeiro beijo.- não se preocupe, os professores disseram que você poderá recuperar as provas quando voltar.
Escutei a porta ser aberta.
- Boa tarde rapaz. – disse o médico.
-Boa tarde. – forcei um sorriso. -Alguma novidade?
-Reavaliamos o quadro da senhorita Lucy.. Ela terá que melhorar o quanto antes para poder começar o tratamento e voltar a andar.
- O que quer dizer?
- Se ela não começar o quanto antes as fisioterapias, ela perderá definitivamente os movimentos da cintura para baixo.

Dez dias depois...

-Sabia que subiram até tag no Twitter para te desejar força?- sorri ao falar. – Todos estão preocupados com você. A propósito, amanhã terei gravação no programa “A Hora do Faro” por isso demore pra vir aqui. Ah, melhore logo pra poder assistir quando passar na TV.
Então o quarto ficou em um terrível silêncio, a não ser pelo bip que um dos aparelhos fazia.
-Filho, você não quer ir pra casa? – perguntou Clear assim que entrou. – Você tem dormido aqui todas as noites, precisa descansar porque amanhã tem show e ainda gravação de um programa.
-Não, eu quero ficar aqui do lado dela.- a fitei.
-Tudo bem, vou buscar algo para você comer.- assenti.
Treze dias depois...
-Tiveram que adiantar a cirurgia pra amanhã, confesso que estou com medo. Por favor, volte pra mim. – selei nossos lábios.

       No outro dia...

O nervosismo tomou conta do meu coração, era hoje a cirurgia da minha garota.
Deus, cuide dela e faça com que ocorra tudo bem.

Estava no corredor do hospital, fiquei observando levarem a maca dela para o bloco cirúrgico.

- Vai dar tudo certo, Deus está com ela. – Falou Nanna enquanto me abraçava forte.
- Ele está, eu sei. -sequei suas lágrimas.
-Ela é uma menina forte. – disse Isa, amiga da Lucy.
Aqui no corredor estávamos Nanna, meus pais, Isa,  Mônica, a avó da Lucy e eu.

4 horas depois.

Estava sentado no chão, meus pais foram buscar café e as gurias e Clear estavam sentadas nas cadeiras.
Começou a ter uma movimentação na sala onde Lucy estava, levantei rápido e junto veio um aperto no coração. Vários médicos começaram entrar e alguns saíam correndo buscar algo.

-Enfermeira, o que está havendo? -parei uma moça que acabou de sair da sala.
-Você é algo da paciente?-me perguntou.
- Sou amigo e aquela é a avó dela.
Quando ela ia responder um médico a interrompeu.
-Clara, rápido!- gritou. – Ela está perdendo os sinais vitais, indício de parada cardíaca.- Ela saiu correndo pra dentro.
Naquele mesmo momento senti meu mundo desabar.

Ela não, por favor. Ela não.

Sentia tudo na minha volta girar. Saí correndo pra frente do hospital, só queria que tudo acabasse e ela voltasse. Fiquei ainda mais zonzo com a gritaria dos fãs la na frente e os flashes.

- Não gritem, aqui é um hospital. – Gritou Dougllas.- O que aconteceu com ela?- perguntou assim que viu que estava chorando. Logos todos se acalmara porém os fleshes continuaram
-A L-Lucy.. a minha baixinha.. – Eu chorava feito bebê. – Ela... Ela estava tendo uma parada cardíaca.
Ele me abraçou.
-Mano, ela vai ficar bem. Ela vai melhorar. – sorriu. Notei que algumas fãs estavam com a expressão seria e outras começaram a chorar.
-Gabriel. – gritou uma fã próxima a mim. – Ela vai melhorar. Deus está aqui.- Assenti e a abracei.
-Biel, o que aconteceu? – perguntou um repórter e logo apareceu vários outros.

Eu não estava com cabeça para responder aquelas perguntas então apenas os ignorei.

- Vamos entrar? – perguntou.
-Agora não, n-não to preparado pro que o médico vai f-falar.- assentiu.

Passei pelas minhas baladeiras e fui até um canto reservado, elas entenderam que eu precisava ficar sozinho.

-Biel. – alguém me chamou depois de alguns minutos.
- Sim? -me virei, era uma das fãs.
- Nós sabemos que esse momento é delicado e que nenhuma palavra pode confortar realmente você. – segurou minha mão. -Mas sabemos que um abraço pode fazer isso. – sorriu. Todas vieram e me abraçaram ao mesmo tempo.
-Obrigado por tudo, vocês são as melhores.- uma delas secou minhas lágrimas. – Eu amo muito vocês.
-Ga, o médico quer falar com você.- Mônica disse.
Meu coração acelerou, que não seja nenhuma notícia ruim!
- Vai dar tudo certo. – falaram praticamente em coro.
Seguimos até lá dentro, encontrei o médico responsável pelo caso da Lucy.
-Então,  doutor?
-Venha comigo até minha sala.- falou sério.
Entramos em sua sala, ele se sentou na sua cadeira e eu em uma à sua frente.
- Quero falar com você, já que está responsável pela internação dela.
- Sim.
-Nós conseguimos drenar o líquido do cérebro dela, houve algumas complicações e ela teve duas paradas cardíacas. – apoiou os braços. – O coração dela está um pouco fraco mas logo melhorará. Precisamos novamente de uma doação de sangue, a avó não tem o mesmo tipo sanguíneo, os pais se negam a doar e o estoque do tipo dela acabou. 
-Precisa ser da família?
-Não, basta ter o mesmo tipo.- assenti. – Como já sabe, ela precisará fazer fisioterapia porém por ser um pouco diferente das outras, não tem no SUS e a avó dela não tem condições de arcar com os custos.. 
- Eu pago. – O interrompi.- Ela irá acordar quando?- perguntei.
-Entre amanhã e depois de manhã. – assenti.
-Posso ir ver ela?- o doutor assentiu.
Sai da sala e fui até o quarto da Lucy. Ela estava com uma faixa Branca na cabeça, com oxigênio e tinha alguns fios grudados na região perto do pescoço.
- Oi anã de Jardim, você me deu um belo susto...

           POV Lucy

-Ainda sinto minha pernas bambas.- soltou um riso pelo nariz.- Por um momento senti que estava te perdendo, o medo tornou-se meu sobrenome. – riu novamente ao dizer a última palavra. – Na frente do hospital tem várias baladeiras, elas estão torcendo por você. Algumas estão com plaquinhas escritas “Guby”, parece que somos um casal shipp.-tive vontade de rir.
Por que eu sentia sua presença mas sua voz parecia estar longe? Por que eu tentava me mexer mas parecia que meu corpo estava empedrado? Por que meus olhos pareciam pesar?
Minha vontade é de gritar, mas não consigo.
Alguém por favor me tira daqui?

-Sabe, você apareceu de repente, começamos a nos aproximar. Você é uma garota incrível, meiga, fofa... você é simplesmente perfeita. – senti seu toque na minha mão. – Acho que foi por isso que me apaixonei por você. Eu sempre fui do tipo que fica com várias, namorei com a Flávia mas não era por amor... Eu nunca tinha me apaixonado, até que encontrei você.- soltou uma risada. – É, parece que alguém conseguiu roubar meu coração. Pacotinho, melhora logo, me da uma agonia te ver nessa cama. Eu amo você. – beijou o topo da minha cabeça.