Uma semana havia se passado e hoje o Axel está indo ansioso para a casa da senhorita Takayama. Por todo caminho ele deseja não encontrar seu avô pela rua já que ele não havia o avisado sobre nada.
Após toda a caminhada, ele finalmente chega em frente a casa e toca a campainha. A senhorita Takayama abre a porta e sorri ao ver ele.
_olá, Axel!
_olá! Posso entrar? Meu avô não sabe que eu vim aqui e se ele me ver aqui ele vai brigar por eu não ter avisado nem ele e nem meus pais.
_pode sim _a Takayama diz.
O Axel entra e a Takayama fecha a porta.
_gosta de biscoitos? Assei alguns quase agora!
_quero sim, obrigado!
_tudo bem, sente aí no sofá e eu já trarei os biscoitos e um café.
O Axel senta no sofá e quando a Takayama volta com os biscoitos e o café, ela liga a televisão e diz em tom cômico:
_esqueci que não está só eu aqui para deixar a televisão desligada!
_você mora sozinha?
_bom, infelizmente sim, perdi minha parceira há um pouco mais de uma década. Ali tem um quadro com uma foto nossa _a Takayama diz e aponta para o quadro.
_sinto muito por isso... _o Axel diz.
_tudo bem. Eu acho que ela morreu um pouco antes de você nascer, quantos anos você tem mesmo?
_13 anos.
_é _a Takayama diz e sorri de uma forma triste _mas vamos falar de uma coisa menos deprimente, certo?!
_com o que você trabalha?
_sou modelo e... minha parceira era a minha fotógrafa particular...
_ah, verdade você tinha dito na outra vez que nos encontramos e... parece que você quer falar dela, não é? Se conheceram no trabalho?
_não! Éramos da mesma escola na adolescência, no começo não nos dávamos muito bem... na verdade nada bem, eu mantia uma personalidade arrogante e eu e ela gostávamos da mesma garota, meu ciúmes com essa garota que gostávamos com uma outra menina resultou em eu acabar machucando a garota que gostávamos e quando a minha parceira, que na época era minha rival, descobriu, ela não gostou nada...
_e então?
_ela me bateu... muito... fiquei internada por causa dos ferimentos, mas logo quando eu melhorei, resolvi deixar essa personalidade arrogante de lado e então eu e a minha parceira nos resolvemos e um tempo depois começamos a namorar!
Axel fica olhando a Takayama se sentindo uma pessoa horrível caso a parceira dela seja a vida passada dele.
_mas ela sempre foi uma pessoa maravilhosa, fico feliz por ela ter me amado tanto...!
_e sobre essa outra garota que vocês gostavam, como ela era?
_bom, na época ela tinha um estilo bem delinquente, assim como a minha parceira. Ela era alta, forte e pintava as pontas do cabelo de vermelho.
Axel então se lembra da garota dos flashs de lembrança e passa então a ter certeza sobre ele ser a atual vida da parceira da Takayama, mas ele não diz nada à ela.
_eu e ela nos conhecíamos desde criança e desde criança eu sempre gostei dela, mas era meio tóxico, ela sempre demonstrou não gostar de mim, mas eu sempre insistia. Bom, agora ela já é mais velha, é casada e tem um filho com essa mulher.
_fico feliz por ela e por você também!
_eu falei, falei e falei e nem mesmo deixei você comer os biscoitos _a Takayama diz em tom cômico.
_está tudo bem, não estou com tanta fome!
_não, pode comer, eu irei comer também!
O Axel e a Takayama ficam por alguns minutos apenas comendo e assistindo o que passava na televisão.
_você sempre vem na casa do seu avô, não é? Vocês devem ter uma ótima relação!
_temos sim! E... recentemente estamos investigando sobre algo!
_e você pode me dizer o que é?
_minha vida passada! Sabe, desde que saiu a confirmação de isso existir, eu comecei a me interessar pelo assunto. Quando eu era mais novo tive que fazer uma cirurgia porque havia um pedaço de lâmina de canivete embaixo da minha costela direita e isso sempre intrigou minha família, principalmente o meu avô.
A Takayama faz uma leve expressão de surpresa e então junta as sobrancelhas.
_e como isso foi parar lá?
_não sabemos, mas já que a reencarnação existe, isso deve ser algo da minha vida passada.
A Takayama suspira e diz:
_eu não havia dito meu nome, mas eu me chamo Mizuki.
_Mizuki? É um nome legal!
_Tsuki, é você? _a Mizuki diz segurando o rosto do Axel.
_não... eu sou o Axel...! _o Axel responde um pouco assustado.
_sei que é você, Tsuki! Eu sinto que é você! Desde a primeira vez que nos esbarramos na rua.
_o que? _o Axel pergunta e então sorri de nervoso.
_eu vou te contar tudo... mas não pode ser aqui, me acompanhe até o meu quarto, por favor _a Mizuki diz e se levanta do sofá.
_tá bom então _o Axel diz.
Os dois então sobem ao quarto.
Ao entrarem no quarto, o Axel logo o reconhece de suas lembranças.
_senta na cama! _a Mizuki diz.
O Axel então se senta na cama e a Mizuki diz:
_bom... eu realmente sempre te amei muito, Tsuki, tanto que resolvi fazer algo para ficarmos juntas por mais vezes...
_como assim? _o Axel pergunta.
_uma vida só para te amar era muito pouco, eu queria mais! Pensando nisso, eu resolvi tomar uma decisão meio estranha. Desde a adolescência eu ficava pesquisando e estudando sobre rituais satânicos, e até tentei fazer alguns, mas nunca haviam dado certo... até aquele último dia que nos vimos. Depois de termos feito sexo e eu ter tomado banho, eu vi que você estava dormindo e resolvi tentar mais uma vez fazer o ritual. Eu sai de casa e fui em uma encruzilhada não muito longe daqui e finalmente eu havia conseguido fazer o ritual, e então eu fiz um pacto...
_caralho... _o Axel acaba dizendo acidentalmente.
_o demônio me disse que eu ficaria com você durante suas quatro reencarnações, incluindo a que você era a Tsuki, e que eu teria que te matar até antes das 03:59 da madrugada para o pacto dar certo, e após essas quatro reencarnações, minha alma seria levada ao inferno onde eu seria punida eternamente. Então quando eu voltei para casa, eu tirei minhas roupas para não acabar sujando elas de sangue e me incriminar, peguei um canivete qualquer e te esfaqueei com ele, mas com a força do calor do momento, ele se quebrou dentro de você... no momento em que ele se quebrou, eu parei para pensar e então chorei olhando o seu corpo já sem vida e também pensando que logo eu seria presa.
Axel então nessa altura do campeonato começa a pensar em formas de fugir daquele lugar já que aquela mulher claramente não tinha o psicológico completamente normal. Mas então a Mizuki tranca a porta e diz:
_então eu me lavei pois estava suja de sangue. O cabo do canivete que estava sujo de sangue, eu limpei com um absorvente para no caso de a polícia por alguma razão investigar até mesmo o esgoto, pensar que era apenas sangue de menstruação. Me vesti e fui dormir em um hotel no centro da cidade e planejei que no dia seguinte quando eu chegasse da agência, eu iria chamar a polícia e dizer que eu não sabia como você havia sido morta. Ah, e o cabo do canivete eu dei descarga nele no banheiro da agência, para que assim a polícia não descobrisse nem mesmo o paradeiro do canivete! _a Mizuki diz se aproximando lentamente do Axel com suas mãos para trás.
O Axel então começa a subir mais na cama para se afastar bastante assustado.
_aliás, na sua autópsia não foi encontrado o pedaço da lâmina do canivete, o que me deixou confusa, mas também me ajudou ainda mais a sair empune! E bom... agora eu sei o que havia acontecido com a lâmina. Enfim, eu ainda te amo, mas não é assim que eu quero você! _a Mizuki diz e vai rapidamente até o Axel e o segura pela perna antes que ele pudesse fugir.
_não me mate, por favor! _o Axel diz com seus olhos lacrimejando.
_se você fosse uma garota...
A Mizuki sobe por cima do Axel e senta nas pernas dele.
_Infelizmente terei que gastar uma vida sua...!
A Mizuki então rapidamente tira uma faca de sua cintura e acerta o abdômen do Axel, ele toca a mão dela e fica a olhando com uma horrível expressão de dor. Ela olha ele em seus olhos e então gira a faca, fazendo aquilo doer muito mais. Em seus últimos momentos de vida, o Axel solta a mão da Mizuki já sem forças e a Mizuki o dá um selinho.
A última coisa que seus ouvidos conseguem escutar antes de ele morrer, é Mizuki dizer:
_até a próxima vida, meu amor!
E então Axel morre no mesmo local em que Tsuki, sua vida passada morreu e sendo assassinado por quem dizia o amar.
Continua...
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