Assim que terminaram de guardar todas as compras, e limpar a casa. Jimin e Kyungsoo se deitaram no chão da sala. Estavam cansados demais para fazer qualquer outra coisa.
— Falta muita coisas ainda? — D.o perguntou, jimin ergueu a prancheta na frente do rosto.
— Luz ok, torneiras não, paredes lavadas, janelas ok, fechaduras... algumas ainda estão com problema, temos que ver o telhado, terminar o portão. Você arrumou a torneira do jardim? — jimin
— Sim, aquela coisa do inferno. Terminei sim.
— O tempo está bom ainda, mas acho que devemos ver como está lá em cima, estamos na época de chuvas neh.
— E quem vai subir lá? — Soo o encarou, nenhum dos dois tinha altura para subir no telhado
— Tem que ser alguém leve, pra não quebrar nada. — o loiro ri.
***
Yixing acordou cedo, precisava levar alguns documentos importantes a faculdade, e Kris tinha aceito de bom grado acompanhá-lo, já que seu coreano ainda era ruim para fazer as coisas que precisava. Mas a gentileza do maior não demorou muito para passar. Assim que saíram da secretaria, Lay não teve tempo de perguntar quais eram os planos do outro para aquele dia. Com um aceno rápido, Kris embarcou no primeiro ônibus que viu pela frente. Então não tinha o que ser feito, o chinês decidiu retornar para a república, investigar a incrível casa assombrada. Afinal era tudo o que conhecia no momento, já que a faculdade ficava a apenas duas quadras da casa. Caminhou tranquilo observando a vizinhança. Todas as casas da rua eram grandes mansões, com muros altos, e não era possível perceber qualquer movimento ali. Não demorou e já estava seu fascinante novo lar. Assim que passou pela porta, pode ver o amigo loiro, sentado no chão, ao lado do moreno que tinha uma expressão séria. Mas nesse momentos ambos pareciam animados.
— precisamos da sua ajuda. — o moreno disse a se levantar
— no que?
— subir no telhado, sabe tem algumas telhas que precisamos trocar — dessa vez foi jimin que disse, não parecia nada de mais, e isso já parecia empolgante. Seguiram rápidos para o quintal. Apoiou a escada na lateral da casa e em alguns instantes já tinha chego ao final. Na verdade ele não chegava ao telhado, mas tinha um beira fácil de subir. E Lay andava sobre ele. Ali em cima a visão era incrível, não apenas do telhado da casa, mas do bairro ao redor. Se sentiu como esses personagens de filme que se escondem no telhado, aquilo o fez sorrir, a brisa que o tocava era estimulante. Então olhou para as telhas, a ideia era apenas recolocar no lugar as que estavam tortas devido ao vento. Mas ali podia ver que não eram somente as do beiral que estavam tortas. Procurou o melhor lugar para se apoiar e subiu sobre o telhado. A princípio era firme e tranquilo, deu alguns passos. Felizmente não tinha medo de altura, porque estava bem longe do chão. Mais um passo e agora poderia ajeitar a telha. Mas algo estalou sobre os seus pés, e o telhado já não era mais firme.
***
Os dois garotos ainda discutiam sobre quem poderia subir no telhado. Quando nesse momento lay entra pela porta. O garoto animado era alto e magro, e servia perfeitamente para o plano deles, uma vez que não parecia discordar de nada que fosse dito, em partes porque não entendia mesmo.
— Cheguei, o que estão fazendo? — o chinês disse animado, queria participar de qualquer coisas que aconteciam na casa.
Os dois garotos se olharam e concordaram.
— É você mesmo que precisamos. — D.o falou se levantando, logo seguido por jimin
— Pra que? — lay
— Pra subir no telhado. — o loiro disse sorrindo e puxando o mais alto para fora
— Fazer oque no telhado? —
— Trocar as telhas, vamos logo — Kyung disse e os três vão pra fora pegar a escada.
A escada não chega a passar o telhado, mas lay é habilidoso e sobe sem dificuldade.
Mas em algum momento aquilo pareceu mudar. Eles ouviram um forte estalo, e uma exclamação de susto. E o garoto sumiu do telhado.
***
Encolheu o corpo para se proteger, e se sentiu passar pelo vão entre telhas e ripas e se chocar contra algo macio, que retumbou sob seu corpo. Agora uma dor aguda tomava conta de seu braço. Abriu os olhos, tentando descobrir o que tinha acontecido. Estava no que parecia um sótão. Caixas, teia de aranha, aos seu redor os pedaços de telhas e a claridade entrando pelo buraco no teto. A pequena porta a frente abriu e Jimin e Kyung o olhavam assustados.
***
Os dois garotos correram para dentro subindo as escadas a todo fôlego. Chegaram ao sótão esbaforidos e lá estava Lay. Caído embolado em meio as telhas quebradas.
— Você está bem? — jimin correu até ele.
— Meu braço, eu caí sobre ele. Urg!! — o chinês gemeu
— Vamos levá-lo para o hospital. — D.o respira fundo
— Acha que consegue andar? — jimin
***
D.o e Jimin, estão esperando por Yixing na emergia do hospital, enquanto ele é atendido na sala.
— Isso é sério. Vamos ter que contratar alguém que faça essas coisas. — disse D.o quebrando o silêncio.
— E como vamos pagar? — jimin se esticou na cadeira.
— Vamos ter que dar um jeito, ou pagar a conta do hospital para todos.
— Vamos achar alguém barato.
— Isso é, tem que ser barato — lay vem pelo corredor, já com o braço engessado.
— Então? Quebrou mesmo?
— O médico disse que foi uma luxação. Mas vou ter que ficar com o gesso por 2 semanas.
— Menos mau. — D.o
— Mas e o telhado? — lay
— Vamos dar um jeito. — jimin
***
Mais tarde, D.o e Jimin, estão no sótão olhando o buraco feito pela queda de lay.
— Da bem em cima do banheiro do meu quarto. — informou D.o sério
— O teu banheiro funciona? — jimin
— A mesma coisa, só a água da banheira.
— (suspira) Bem, não é tão grande. Mas é bom por algo aqui. — jimin olhando para o buraco
— Ali — aponta o canto tem algumas caixas, eles mexem — vamos por essa lona. Até conseguirmos alguém pra arrumar, alguém pra fazer isso.
— Tá certo, vamos arrumar. — disse jimin, eles pegam a lona e prendê-la.
***
Bem, Kyungsoo tinha lhe dito para achar alguém para consertar a casa, mas eles precisavam de dinheiro para pagar alguém e isso não era barato mas eles também não podiam se arriscar, Lay já havia se machucado provando que tinha coisas que eles não podiam fazer sozinhos.
— O que eu faço?
Perguntou a si mesmo enquanto andava pelas ruas de Seul.
Byun Baekhyun era tão útil que nem ao menos estava no quarto para se dignar a ajudar Chanyeol com isso. Merda, era um problema de todos mas o ruivo nem em casa estava para que pudesse se estressar pensando em algo.
Chanyeol não esperava arrumar uma solução fácil, mas pelo menos esperava que mais alguém se importasse com isso e ele esperava que Baekhyun se importasse, não tinha visto o Byun desde o dia anterior quando o mesmo chegou em casa com uma sacola de roupas novas e as jogou de qualquer jeito dentro do guarda roupa. Todos na casa estavam ajudando de alguma forma na reforma menos o ruivo, Byun Baekhyun voltava ao lugar apenas para dormir e então sumiu tão rápido como se nunca tivesse existido.
O dia passou rápido e Chanyeol já se encontrava cansado, ele havia procurado em todos os lugares por alguém que fizesse uma boa reforma na casa por um preço bom mas era tão difícil.
— Chanyeol?
O Park estava voltando para casa já sem esperanças quando ouviu alguém o chamar, a voz era conhecida mas ele só lembrou quando viu a garota baixinha se aproximar.
— Sooyoung noona!
Chanyeol estava incrédulo, Sooyoung era uma amiga de infância mas então ela se mudou para Seul quando ele tinha 16 e perderam o contato.
— Pensei que nunca mais fosse te ver Park!
Gritou a garota que agora apertava suas bochechas, ela era somente três anos mais velha porém sempre agirá com Chanyeol como se ele fosse seu filho.
— Digo o mesmo, como você tá noona?
— Ah! Estou bem, afinal tenho a minha vida dos sonhos, mas e você?
Assim a conversa se seguiu e o Park contou tudo para Sooyoung, desde o dia em que ela foi embora de sua vida até o momento atual, também lhe disse sobre a república e a dificuldade que estavam tendo com a casa.
— Park, eu acho que você tem que agradecer por ter uma fada madrinha tão boa quanto eu!
Chanyeol queria revirar os olhos mas só esperou que sua “fada madrinha” continuasse.
— Eu tenho uma amiga.
— Parabéns noona.
Chanyeol riu com a tapa que levou no ombro
— E o pai dessa amiga tem uma empresa de construção, quem sabe ele não pode ajudar na sua casa?
— Ah noona, o problema é que eu não sou rico como queria ser.
Outro tapa foi desferido em seu ombro mas agora mais forte.
— Continue me atrapalhando então verá Park Chanyeol!
— Continue...
Disse baixo com um sorriso enquanto viu Sooyoung vasculhar sua bolsa em busca de algo, quando ela tirou Chanyeol percebeu se seu celular.
— Me dá o seu número.
— Desculpe eu tenho namorado...
Dessa vez o Park foi mais rápido em desviar do tapa, os dois riram e no fim o mais alto passou seu número.
— Vou ver se ela pede pra ele fazer um desconto, já que é pro meu Chan.
— Obrigado Sooyoung noona!
Chanyeol agradeceu com um sorriso e logo recebeu um abraço da garota a sua frente.
—Agora eu tenho que ir, Yuri já deve estar me esperando.
Chanyeol não teve tempo para perguntar quem era Yuri pois sua noona sumiu no meio da multidão.
O Park pegou seu celular e mandou uma mensagem para Kyungsoo. Pronto, agora Chanyeol podia voltar pra casa e ficar tranquilo sabendo que tudo daria certo.
***
Jongin tinha passado o dia todo fazendo aquilo, mas finalmente tinha terminado de lixar o portão, os braços estavam doendo devido ao movimento repetitivo. Mas estava feito. Se sentia orgulhoso, nunca tinha feito algo assim. E tinha ficado bom. D.o mesmo tinha se assustado ao ver. Kai entrou pela porta dos fundos com um sorriso no rosto, e foi pego de surpresa por um cheiro muito bom de comida. Kyungsoo andava de um lado para o outro da cozinha, fazendo o que quer que fosse que cheirava tão bem. A barriga logo reclamou que queria aquilo. Kai logo se sentou à mesa.
— O que está fazendo? — kai perguntou, D.o riu, ele parecia uma criança.
— Já terminou o que estava fazendo?
— Sim, você viu.
— Guardou o que estava usando?
— As luvas e as lixas? — D.o assentiu — é … — kai virou os olhos, se levantou e saiu.
— Que maldade. — jimin riu, sentado em uma das cadeiras na mesa
— O que? Tem que fazer as coisas direito. — D.o falou sério, depois riu para o amigo
— E o Chany deu notícias?
— Ele mandou uma mensagem, parece que achou alguma coisa.
— Kyung, acha que isso é uma boa ideia? — o loiro perguntou levantando uma das sobrancelhas.
— Não, você que deveria ter ido. Com certeza ia conseguir desconto — os dois riram.
— Chega de exploração, eu já usei toda a minha habilidade de convencimento ontem.
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