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História A República - Bring me luck!


Escrita por: Moon_Angel_ , jared e mannikka

Notas do Autor


Aqui está como eu prometi o segundo! se divirtão e fui!

Capítulo 21 - Bring me luck!


Fanfic / Fanfiction A República - Bring me luck!

—Ei

Baekhyun ouviu seu nome ser chamado por uma voz feminina, ao se virar em direção a pessoa que tinha o chamado viu a garota alta que conversava com Chanyeol durante a tarde inteira.

Ele se lembrou de Tiffany correr até si brigando por uma tal de Sooyoung que tinha ido encontrar Chanyeol e também algo sobre eles não combinarem juntos. Mas o ruivo não deu muita atenção já que estava ocupado separando uns papéis para Namjoon, quando substituiu a baixinha ele percebeu que ela falava da menina de cabelos pretos que neste momento vinha em sua direção com os passos apressados, parecia não ter muito tempo para dizer o que quer que fosse. O Byun olhou em volta procurando por Chanyeol mas este não estava então o que a garota queria?

— Precisa de algo?

Perguntou a garota quase de sua altura que passou a encará-lo de baixo acima. Baekhyun se manteve onde estava esperando que ela terminasse a sua análise antes de falar qualquer coisa.

—Quem é você?

— Baekhyun, Byun Baekhyun

Sooyoung fez uma leve careta ao ouvir o nome e olhou para trás, talvez vendo se Chanyeol já havia voltado para a mesa mas esta estava vazia sem nem sinal do Park.

— Baekhyun, posso saber o motivo de Chany —

O ruivo a cortou lhe dando as costas quando um cliente entrará, era uma senhora que sempre aparecia por lá nos dias em que o local estava calmo, uma vez Namjoon lhe disse para a tratar bem já que era uma ótima cliente então foi exatamente isso que Baekhyun fez quando deu as costas a garota alta que bufou e segurou o seu braço quando voltou a passar por si.

—Eu estava falando com você Byun Baekhyun

O tom que a menina usou fez o Byun puxar seu braço com força, ela pensava que poderia o encurralar usando um tom que a maioria das mães e irmãs mais velhas usavam em crianças?

— Olha...

Ele começou vendo Chanyeol sair da sala de Namjoon, quando o ruivo pensou poder perder a paciência com a garota ele não poderia já que Chanyeol estava se aproximando acompanhado por seu chefe.

— Sooyoung...

Começou voltando a encarar a menina que parecia brava por Baekhyun usar apenas o seu nome, e além disso, mesmo sem ela ter o deixado.

-se você não sabe, Yeol tem namorado.

Sooyoung pareceu vacilar um passo para trás, Baekhyun não resistiu usar o apelido improvisado para Chanyeol. Quando a menina abriu a boca para falar qualquer coisa o Park já estava atrás de si com Namjoon ao seu lado.

— Baek, Namjoon disse que você pode sair agora

Chanyeol dizia animado e o Kim completou a frase do mesmo vendo a expressão de confusão no rosto do ruivo.

—Já que ele veio te buscar acho que não seria justo deixá-lo esperando.

— Nesse caso estou indo pegar as minhas coisas.

Disse feliz por poder sair três horas antes de seu horário.

Ao sair do café percebeu que Chanyeol o esperava do lado de fora, ele estava sozinho e parecia concentrado em seu celular.

—E a sua amiga?

Perguntou quando se aproximou do mais alto.

—Ela tinha uns problemas de trabalho para resolver.

Disse guardando o celular e começando o seu caminho com o Byun.

— De última hora?

O ruivo perguntou, ele não estava interessado mas conversar com Chanyeol era bom.

—Ela é muito ocupada, acho que recebeu uma ligação enquanto eu não estava e teve que ir...

— Só estava te esperando voltar.

Baekhyun completou e Chanyeol sorriu.

— Foi exatamente o que ela disse.

— Eu imaginei.

O Park parecia um pouco diferente, Baekhyun o notou a tarde inteira olhando para si mesmo tendo sua amiga disposta a puxar uma boa conversa, e agora não era diferente.

— Desculpe, eu não queria atrapalhar.

Lançou olhando Chanyeol se concentrar em suas palavras, o maior estava distraído, mais ainda assim sua resposta foi rápida, ou muito sincera ou uma mentira muito ensaiada, mas no caso deste assunto Baekhyun pensou ser apenas uma verdade.

— Não atrapalhou.

— Na verdade eu não aguentava mais ela.

Chanyeol disse fazendo Baekhyun rir.

Quando Namjoon lhe disse que poderia sair antes do horário, o ruivo não se importou se atrapalharia o encontro de Chanyeol ou qualquer outra coisa, ele se importou com ele mesmo e agora se sentia mal por isso. Verdadeiramente mal.

— Esse é o nosso último dia de férias, então acho que você deveria aproveitar para — Começou mas foi parado ao meio de sua frase quando ouviu um choro, Baekhyun odiava crianças principalmente quando estas o lembravam de si mesmo. Mas naquele caso era diferente, o Byun se virou para todos os lados procurando pelo garotinho que chorava mas não o achou, estava em sua mente assim como o homem que atravessou a rua indo em sua direção, ninguém mais parecia vê-lo assim como ninguém mais iria se importar se ele se aproximasse com violência do Byun como sempre fazia. Ninguém nunca se importava, as pessoas não costumavam olhar umas para as outras, elas estavam sempre ocupadas demais para notar o mundo a sua volta.

Baekhyun via o homem se aproximar e tudo que ele pode fazer foi dar alguns passos para trás, era um hábito seu, ele aprendera a fazer isso quando suas pernas falhavam. Ele queria correr mas não podia, não quando sentiu a mão de Chanyeol envolver a sua lhe puxando para perto. O ato repentino fez Baekhyun recuar mas o Park continuou o segurando.

— O que está fazendo?

Perguntou sem entender a atitude do maior. Ele precisava correr, olhou para a rua a sua frente e o sinal estava vermelho para os pedestres mas isso não o impediria de passar. Ele iria o alcançar como sempre fazia.

— Por que está tremendo Baek?

A pergunta do Park bateu em si com um choque de realidade, do que Chanyeol estava falando? Ele estava bem.

— Fique calmo.

A voz do Park agora estava tão longe como os seus pensamentos. Baekhyun tentava achar quando que começou a passar mal, em que momento que ele não percebeu? Ele realmente estava passando mal ou só estava em mais uma de suas crises? Era só mais um jogo de sua cabeça? Ou era tudo real? Parecia ser tão real.

O ruivo olhou outra vez para a figura que parecia esperar pacientemente o sinal abrir.

Ele tinha apenas alguns segundos, alguns segundos e o sinal iria abrir, a multidão de pessoas não seria o suficiente para lhe esconder.

— Fique calmo.

O ruivo se desesperou ao sentir os braços de Chanyeol em volta de si, apesar do abraço lhe passar segurança não era como se pudesse lhe proteger do que mais poderia o machucar. Não o protegeria dele mesmo.

Empurrou Chanyeol sentindo como se suas próprias mãos fossem de um fino vidro que se quebraria se voltasse a fazer o mesmo movimento contra o corpo do Park.

— Me deixe!

Gritou para Chanyeol que parecia não o ouvir, Baekhyun não podia ficar ali, ele estava bem então o que? O que Chanyeol tinha? Ele só precisava fugir antes que fosse tarde demais.

— Baekhyun tente se manter aqui.

Chanyeol começou mas o Byun não podia entender, ele não entendia o que o mais alto tinha.

— Você quer me matar?

Gritou para o outro. Era isso que aconteceria se ele mantivesse Baekhyun ali, o ruivo precisava ir antes que fosse tarde demais.

Ouviu o barulho dos carros parando e as pessoas avançando, não ousou olhar pois sabia que a poucos metros um homem avançava para si.

A cabeça do Byun começou a doer e tudo ficou turvo por um minuto, percebeu como suas mãos tremiam e como Chanyeol não o estava deixando. Ele fechou os olhos querendo gritar que precisava ir.

Mesmo com as pálpebras cerradas era como se pudesse o ver, era tão borrado mas ele só podia sentir medo, ele não precisava ver para saber o que estava acontecendo, ele não precisava estar no corpo do garoto que passou chorando em suas lembranças para sentir o mesmo que este sentia. Pois ele sabia que era ele, ele já havia sido aquele Baekhyun. Era torturante continuar ali.

— Se concentre no que é real Baek.

Chanyeol disse mas o Byun queria apenas mandar que ele calasse a boca, o Park não sabia como era sentir medo de algo que está em você, de algo que é tão parecido com a realidade que não pode ser distinguido.

— É real pra mim.

— Não, não é e você pode separar.

Ele não precisava saber que era real, assim como ele não precisava saber que tinha visto pois o seu corpo se lembrava, todo o seu corpo podia reagir mesmo antes de si mesmo.

— Você não sabe o que está dizendo.

Baekhyun queria correr, ele só podia correr assim que suas pernas o liberassem. Assim que Chanyeol o soltasse. Ele correria até desmaiar em algum lugar sem forças para dar atenção a sua mente doente.

— Baek...

Ouviu Chanyeol tentar de novo, não importava o quanto o Park tentasse ele nunca conseguiria ajudar Baekhyun.

— Pare, só me deixe ir.

O ruivo disse mas Chanyeol não parecia querer obedecê-lo.

— Você pode me ouvir Baek?

Ele concordou em silêncio, já tinha parado de tentar empurrar Chanyeol mas ainda mantinha os olhos fechados tentando dizer a sua cabeça para parar de tortura-lo.

— No que está pensando agora?

Baekhyun podia ouvir os seus passos, ele podia ouvir a sua voz tão perto de si que fazia seu corpo inteiro se encolher.

— Eu posso vê-lo se aproximando mesmo com os olhos fechados.

— Quem é?

Chanyeol perguntou quebrando Baekhyun, o ruivo não tinha tempo de detalhar seu pai ao mais alto, ele precisava fugir dali enquanto tinha tempo.

— Ele vai me matar.

Sussurrou voltando a afastar Chanyeol, mas seu corpo estava fraco.

— E se eu não te entregar pra ele?

— Não tem como você fazer isso...

— Mande ele vir Baek, eu não irei te soltar.

O abraço do Park ficou mais protetor em volta de si fazendo com que Baekhyun acreditasse em suas palavras.

— Você jura?

Perguntou tentando lutar contra a vontade de abrir os olhos e olhar para Chanyeol, se ele fizesse isso tinha medo de ver coisas que não estavam ali, assim como o homem que ele tinha total consciência da presença atrás de si, mas Chanyeol disse que o protegeria, Chanyeol disse que não o soltaria.

— Juro.

Baekhyun se encolheu no abraço do Park, a voz do mais alto e os batimentos do coração do mesmo estavam calmos tentando passar a mesma sensação ao ruivo. Aos poucos ele sentiu como se pudesse ficar ali, sem precisar correr pois estava seguro.

— No que está pensando?

Chanyeol perguntou outra vez, Baekhyun não tinha percebido que já haviam passado longos minutos desde a vez que ele tinha dito algo.

— Em você.

Sua voz foi tranquila, a sinceridade em seu tom não o surpreendeu.

—O que em mim?

A voz de Chanyeol foi mais baixa fazendo Baekhyun precisar se esforçar mais para ouvi-lo.

— Não tenho certeza.

O lugar a sua volta ficou silencioso assim como Chanyeol, Baekhyun procurou por vestígios da presença esmagadora do pai mas já não o pode encontrar.

—Já pode abrir os olhos, não tem ninguém aqui.

O Park disse mas o ruivo não o obedeceu, às vezes a sua mente era mais perigosa do que parecia e podia lhe pregar peças mesmo estando com os olhos abertos.

— Tem certeza?

O Byun perguntou numa respiração pesada e Chanyeol concordou com a cabeça apesar de pensar um pouco sobre isso.

— Tem algumas senhoras olhando pra cá, mas nada de mais.

Baekhyun sorriu, ele não tinha reparado mas estava bem mais calmo agora, as perguntas inesperadas de Chanyeol havia feito sua mente se concentrar em algo que não fosse assustador a ponto de quase o matar.

— Obrigado.

Agradeceu ao mais alto que mesmo sem lhe responder pareceu poder ouvi-lo.

Baekhyun sentiu o aperto de Chanyeol sobre si se afrouxar e aos poucos o vento frio voltou a bater no ruivo fazendo este estremecer, seu coração acelerou e os olhos ainda fechados buscavam por imagens de seu pai ao longe mas tudo parecia voltar, era tão doloroso como ele voltou a se sentir o único ali, sem qualquer um para olhar por si.

— Não me solte.

Sua voz era quebrada e os cacos arranharam a sua garganta na tentativa de ser doloroso o suficiente para que se calasse, mas Baekhyun tinha medo, seu medo era tão grande que não importava o quão estúpido estava sendo pedindo a proteção de Chanyeol.

—Por favor...

Pediu para o Park que pareceu não entender, o maior ficou parado quando Baekhyun tocou sua roupa devagar pedindo por um pouco de seu calor, se aproximou de Chanyeol aos poucos sentindo a respiração pesada do Park. Baekhyun abriu os olhos mesmo sem ainda se sentir seguro para isso, ele queria olhar para o garoto alto que agora o abraçava com cuidado, sem ter certeza se deveria o fazer, ele queria agradecer por estar fazendo tudo isso por si porém quando seus olhos foram abertos a primeira imagem que capturou foi um rosto distorcido no meio da multidão a sua volta.

O ruivo perguntou a si mesmo o quanto daquilo era real, o rosto do homem que o perturbava até mesmo com os olhos abertos estava ali, bem à sua frente mantendo um contato assustador com os seus olhos. Baekhyun o ouviu rir de si ao perceber o pânico em sua expressão.

— Não olhe pra ele Baek.

Ouviu Chanyeol dizer. O Byun não queria olhar, mas não era como se pudesse escolher, ele estava preso, sendo mantido a força por sua própria mente. Se fechasse os olhos agora seria o único que não o veria. Ele podia sentir o olhar do homem pesar sobre si mesmo que Chanyeol continuasse a repetir que não era real.

— Vá embora Chanyeol.

Empurrou o Park com o resto de forças que o sobravam e este o soltou, foram por poucos segundos mas o ruivo sentiu como se estivesse sem tudo que poderia o ajudar a respirar, foi como se a pessoa que estivesse o sustentando na superfície tivesse o soldado para que voltasse a se afogar e se misturar as águas escuras e solitárias do rio que tanto fugia.

—Eu não quero te arrastar para isso.

Chanyeol não merecia ter que ajudá-lo toda vez que mergulhasse em suas próprias crises, Chanyeol não tinha nenhum dever de estar ali consigo, mas estava.

O Park não o soltou para sair de perto de si o mais rápido possível não o soltou para que Baekhyun achasse o próprio caminho. Ele fez tudo diferente, em vez de afastá-lo, o puxou para mais perto, permitindo que o ruivo voltasse a ouvir os batimentos rápidos de seu coração.

Talvez Chanyeol tivesse percebido que o Byun não podia mais fechar os olhos para se sentir seguro. O mais alto colocou a mão na nuca do ruivo e o puxou para que seu rosto se escondesse na curvatura de seu pescoço. Baek não podia mais ver a figura distorcida que o encarava minutos antes, ele não se sentia mais sozinho, era como se o calor de Chanyeol o dissesse que tudo ficaria bem que ele ainda tinha algo na realidade para se agarrar.

Chanyeol passou os dedos pelos cabelos do mais baixo numa carícia simples, parecida com as que Suho lhe mostrou a muitos anos atrás, quando o Byun era um adolescente frio e distante que nunca tinha experimentado de carícias, nem de irmãos, amigos ou amores. O Park continuou com os movimentos suaves em seu cabelo lhe trazendo lembranças de momentos em que estava bem, de momentos em que pensava que nada poderia o machucar.

—Por que vermelho?

Ouviu Chanyeol perguntar enquanto brincava com os fios tingidos de seu cabelo. Baekhyun demorou para lhe responder já que a pergunta lhe pegou de surpresa.

— Uma vez...

Começou mas percebeu a ardência em sua garganta, estava prestes a chorar por algo tão banal quanto uma história sobre a cor de seu cabelo. Ficou calado por longos segundos esperando expulsar as lágrimas.

— Me falaram que eu ficava bem de vermelho...

Mentiu. Não podia contar a verdade, não quando esta teria que ser explicada por outras.

Chanyeol parou de mexer em seu cabelo e desceu as mãos para o seu bolso tirando algo de lá que o Byun não teve tempo de perguntar o que era pois o Park colocou no bolso do ruivo sem mais explicações.

—É o meu amuleto de sorte.

Foi dito assim que o Byun abaixou seu rosto para fitar o próprio bolso.

—Por que está dando pra mim?

— Estou emprestando, quero que me devolva um dia.

Baekhyun ficou confuso mas apenas assentiu e colocou a mão dentro de seu bolso mas antes de poder tocar o objeto o Park o parou segurando a sua mão.

— Confie nele mesmo sem o ver.

— Como?

— Você não precisa saber o que é, apenas que existe.

— Acha que pode me trazer boa sorte?

— Acho que pode te acompanhar.

O ruivo ficou pensativo enquanto tocava o tecido fino de da camiseta de Chanyeol.

Afastou o seu rosto do corpo do mais alto e fechou os olhos respirando fundo. Agora ele tinha o amuleto de Chanyeol, um amuleto da sorte era uma coisa que ele nunca tinha acreditado que contaria um dia, o objeto pesava em seu bolso mostrando que estava presente, mostrando que não deixaria Baekhyun sozinho. Pessoas podiam se afastar, levando tudo que lhe prometiam, lhe deixavam sozinho como se nunca tivessem entrado em sua vida, animais morriam, levando mais que suas lágrimas do tempo que passaram juntos, levavam uma parte de si com eles, a parte que os confiou. Objetos de valor podiam ser vendidos, trocados ou roubados. Mas um amuleto da sorte tão pequeno para caber bem escondido no bolso de seu casaco parecia poder durar para sempre.

Aquele pequeno objeto lhe passou tanta segurança que mesmo sem os braços de Chanyeol ao seu redor e sem a voz do mais alto lhe distraindo ele ainda pode sentir que poderia se manter na superfície se continuasse tentando subir.


 

...


 


Notas Finais


por favor deem muito carinho!!!!!


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