História A República - Dom do pecado

   Tom se sentou na escada da entrada e afundou o rosto entre os joelho, sua mente tentava encontrar algum lugar onde Ethan pudesse estar, mas ele não encontrou nenhum, nenhuma pista de onde pudesse começar a procurá-lo. Ele pegou seu celular escreveu uma mensagem, era a única chance de encontrá-lo, mas tinha total certeza de que seria ignorado depois da vergonha que passou naquela noite.
   Ethan se levantou e caminhou até a cozinha ao ouvir Emery o chamando para jantar. - Pizza - Ele pegou uma fatia e se sentou entre os dois no sofá, era impossível olhar para os dois e não se lembrar do mensagem que haviam feito, mas ele tentava ignorar aquela lembrança.
   Mesmo depois de ter vivido aquilo com eles Eth se sentia confortável, se sentia em casa. Eles assistiam a reprise do filme Divergente que passava na televisão, o relógio marcava quase meia noite, ele encarou a tela do celular, leu a notificação da mensagem de Thomas, mas a ignorou, ele precisava ser ignorado.
   Enquanto degustava sua pizza as lembranças da noite do sushi veio a sua mente, Thomas nunca havia assistido aquele filme, ele assistiram juntos na noite em que Natasha terminou com ele. Aquela noite tinha os aproximado, aquele momento foi o início de muitos outros que vieram e hoje eles se tornaram apenas lembranças.
   O filme acabou e eles se prepararam para dormir, Ethan pediu por um lençol, para que ele pudesse se cobrir durante a noite, mas Emery mais uma vez tornou a convidá-lo para tornar em seu quarto, o qual Ethan o recusou mais uma vez diante de Keeran. Os dois foram até o quarto de Six e O menino observou cada detalhe projetado naquele cômodo, paredes cinzas, mobília branca, cortinas pretas, uma king size encostada em uma das paredes, o quarto era impecável.
- Tem certeza que não quer dormir comigo? - Six o entregou as cobertas
- Não seria justo com Keeran. Você sabe que ele gosta de mim.
   Ele agradeceu com um gesto de cabeça e se virou, mas Emery o fez virar quando o puxou pelo braço e o trouxe para próximo de seu corpo, os olhos do menino se encontraram com os dele e a energia de seus corpos mudaram rapidamente, eles tinham uma eletricidade, o toque, as mãos de Emery tinham um poder sobre seu corpo que ele não saberia descrever.
- Mas eu também gosto de você. - Ele sussurrou com os lábios bem próximos dos dele. - Como que a gente vai fazer?
- A gente vai ter que se controlar. - Ethan sorriu de forma sensual ao mesmo tempo que inclinava a cabeça.
- Você sabe que é sexy, mas insiste em me provocar. - Ele disparou quando o garoto se desvencilhou de seus braços o dando as costas e olhando por cima dos ombros, Emery deu um tapa em sua bunda e mordeu os lábios inferior enquanto Ethan sorria. - Porque insiste em me excitar.
- Não sei, pode ser um dom ou uma maldição. - Ele se virou para porta e caminhou para fora do quarto. - Basta você escolher.
   Ele forrou o sofá e se sentou, pegou seu celular mais uma vez e visualizou a mensagem de seu ex. Seus dedos coçavam para responder, mas ele não merecia uma resposta, ele bloqueou a televisão e fitou Keeran saindo do quarto e se sentando ao seu lado,
- Tem certeza que quer dormir aqui? - Keeran segurou sua mão mais uma vez. - Minha cama é muito grande só pra mim.
- Sim, tenho certeza Keeran. - Ele sorriu para o rapaz. - Além do mais, amanhã eu irei acordar cedo e ir pra minha casa trocar de roupa, antes de ir pra faculdade.
- Tudo bem, então, boa noite. - Ele beijou sua testa e se levantou.

   Durante a noite Emery deixou seu quarto e se deitou ao lado de Ethan no sofá da sala, ele envolveu o pequeno em seus braços e acariciou seus cabelos, a cada toque o menino se ajeitava em seus braços até que acordou repentinamente.
- O que você? - Sua voz estava sonolenta, Emery pousou um dedo sobre seus lábios para que ele parasse de falar.
- Eu não consigo dormir, eu precisava ficar do seu lado pelo menos 10 minutos. Eu preciso dos seus lábios. 
   Os lábios do homem pousou sobre os do menino, era tudo tão surreal que Ethan acreditava que aquilo tudo não passava apenas de um sonho. O corpo de Six se ergueu sobre o dele enquanto o beijava, as mãos de Ethan segurava seu rosto enquanto as de Emery alisava sua barriga lisa.
   A adrenalina os envolviam junto com o calor de seus corpos, o cansaço e o sono do menino desapareciam gradativamente enquanto beijava os lábios macios de seu professor.
- O Keeran pode aparecer. - Ele disse em meio aos beijos.
- Então vamos para o meu quarto.
   Eles se levantaram e Six o ergueu o carregando para seu quarto como se fosse um canguru. As pernas de Ethan entrelaçadas em sua cintura enquanto continuavam a se beijar.
   Emery o jogou na cama e deitou seu corpo sobre o dele, mas Ethan o jogou para o lado montado logo em seguida sobre seus quadris, segurando seu queixo e beijando seus lábios.
- Você acha mesmo que eu vou deixar você me dominar? - Ele se ergueu e olhou para Six deitado com o peitoral exposto, Ethan deu um tapa no local e arrancou sua blusa deixando os pelos aparados a mostra. - Bobinho.
   Os dedos de Ethan passearam pela barriga dele subindo até seu peitoral, ele se abaixou novamente e passou as linhas envolta de seus mamilos. Six revirava os olhos e tentava abafar os gemidos, ele tentava fugir, se contorci, ama Ethan não permitia.
   Sob sua bunda, o pênis de Emery pulsava pedindo para sair da cueca enquanto Ethan se esfregava sobre o tecido. Ele sorria e continuava o provocando, a porta do outro quarto se abriu e ele logo saiu de cima de Emery, ele ouviu a porta do banheiro se fechar e correu de volta para o sofá. Six o fitou correr e sorriu, olhou para de membro o apertou e deitou a cabeça novamente no colchão.

***

   Henry abriu os olhos e tentou reconhecer o lugar, ele olhou ao redor e nada ali se parecia com seu quarto, um peso em seu braço chamou sua atenção e ele o observou, Troye estava apoiado sobre ele, com o rosto  virado para seu peito, o ruivo se virou se faz movimentos bruscos e o observou dormir, ele passou o dedo sobre seu rosto retirando uma mecha de cabelo que passava sobre sua bochecha terminando no nariz.
   Ao colocá-la para trás ele sentiu o cabelo sedoso do menino e começou a fazê-lo uma cafuné, ele acordou e com os olhos sonolentos fitou Henry sorrindo, se acomodou mais próximo de seu peito e voltou a dormir.
   Na manhã seguinte Henry se levantou devagar e chamou pelo menino, para que eles não se atrasassem para a faculdade, Troye abriu os olhos e encarou Henry parado perto da porta, ele esfregou os olhos e pegou os óculos no criado mudo ao lado de sua cama.
- Bom dia Ruivinho.
- Bom dia. - Henry sorriu de volta e passou a mão nos cabelos, ele estava nervoso. - Bom dia bebê.