Eu saboreie o ar livre de qualquer vestígio humano, Edward estava atrás de mim mas não disse nada.
— Sinto muito. - Eu disse me virando pra ele. — Não deveria ter perdido tanto o controle.
— Você não tem que se desculpar, a culpa é toda minha eu não sabia que havia humanos tão perto assim.
— Eu...eu rosnei pra você. - Estava enojada de mim mesma, como poderia ter feito isso?
— Isso é totalmente normal Bella, você estava em seu momento de caça.
— Não Edward eu não deveria ter reagindo assim, por favor me perdoe.
Eu me aproximei dele e passei meus braços em volta da sua cintura seus braços também contornaram meu corpo.
— Não de preocupe amor, está tudo bem. - Ele parou um momento de me abraçar e me olhou. — Mas...Bella como você conseguiu manter o alto controle? Como você simplesmente conseguiu parar?
Eu me afastei só um pouco dele. — Não é o que eu deveria ter feito? Que dizer, poderia ser o Charlie ali. E pensar em matar um humano. - Eu balancei a cabeça mandado esse pensamento embora.
— E mesmo agora você ainda mantém o auto controle, não está com sede?
Uma queimação invadiu minha garganta. — Eu não tenho sede quando você não fala sobre o sangue, mas agora evidentemente eu estou faminta.
— Então vamos tem um leão da montanha mais adiante, eles são bem melhores que os cervos.
Edward e eu paramos atraz das árvores vendo um grande leão da montanha se preparando para atacar um cervo. Os batimentos cardíacos do animal estavam acelerados e eu pudia sentir o sangue saindo do coração dele, minha garganta queimou ainda mais.
Quando ele pulou para dar o bote eu fui mais rápida, me lançando contra o animal que tentava violentamente me machucar mas suas ganhas eram como simples dedos passando na minha pele, eu virei a cabeça dele para o lado tendo livre acesso na sua garganta e mordi, foi mais fácil que morder manteiga o sangue entrou rapidamente na minha boca decendo quente pela minha garganta e foi uma sensação de puro prazer mas infelizmente acabou rápido demais.
Terminei antes de saciar por completo minha sede e me levantei do chão me avaliando meu cabelo estava muito bagunçado e eu não havia reparado mas fiz um rasgo enorme no meu vestido deixando minha coxa esquerda completamente nua.
— Você faz isso parecer fácil. - Eu disse olhando Edward encostado em uma árvore me olhando de maneira estranha. — O que foi?
— É estranho ver isso, achei que seria mais fácil só que pensar em você assim tão forte eu realmente estava pronto para ajudar você a qualquer segundo.Vai contra meus princípios - ele explicou - deixar você lutar contra leões. Eu estava ansioso pra atacar o tempo todo.
— Bobo.
— Eu sei. Velhos hábitos não morrem. Eu gostei dos melhor a menos do seu vestido. Se eu pudesse, eu teria corado. Eu mudei de assunto. - Por que eu continuo com sede?
— Porque você é jovem.
Eu suspirei. - E eu suponho que não haja outro leão das montanhas por perto.
— Muitos cervos.
Eu fiz careta. - Eles não cheiram bem.
— Herbívoros. Os carnívoros têm o cheiro mais próximo dos humanos - ele explicou.
— Não muito como os humanos - eu discordei, tentando não lembrar.
— Nós podemos voltar - ele disse solenemente, mas tinha uma tom de brincadeira em seu olhar. - Quem quer que estivesse lá fora, se fossem homens, eles provavelmente não se importariam em ser mortos por você. - Seus olhos percorreram meu vestido de novo. - Na verdade, eles pensariam que já estavam mortos e tinham ido pro paraíso no momento em que te vissem.
Eu revirei os olhos e bufei. - Vamos caçar alguns herbívoros fedorentos. Nós encontramos um grande grupo de cervos enquanto corríamos de volta pra casa. Ele caçou comigo dessa vez, agora que eu tinha pegado o jeito. Eu derrubei um grande macho, fazendo mais ou menos a mesma bagunça que fiz com o leão. Ele tinha acabado com dois antes que eu pudesse acabar com um, sem se descabelar ou manchar sua camisa branca de sangue. Nós seguimos o espalhado e aterrorizado rebanho, mas ao invés de comer de novo, dessa vez eu assisti atenciosamente como ele era capaz de caçar sem fazer sujeira. Todas as vezes que eu desejei que Edward não me deixasse pra trás quando fosse caçar, eu secretamente ficava um pouco aliviada. Porque eu sabia que ver aquilo ia ser um pouco assustador. Horripilante. Como se vê-lo caçando fosse definitivamente fazê-lo parecer como um vampiro pra mim.
Claro, era muito diferente sob essa perspectiva, de ser uma vampira. Mas eu duvidei que mesmo meus olhos humanos perderiam a beleza ali.
Foi surpreendentemente sensual o que eu experimentei observando Edward caçar. Sua corrida suave era sinuosa como o bote de uma cobra; as mãos dele eram tão precisas, tão fortes, tão completamente difíceis de escapar; seus lábios eram tão perfeitos quando ele deixava os dentes brilhantes a mostra. Ele era glorioso. Eu senti uma súbita onda de orgulho e desejo. Ele era meu. Nada poderia tirar ele de mim agora. Eu era forte demais pra ser tirada do seu lado. Ele era muito rápido. Ele virou pra mim e olhou curiosamente pra minha expressão maldosa.
— Não está mais com sede? - Ele perguntou.
Eu me encolhi. - Você me distraiu. Você é muito melhor nisso do que eu.
— Séculos de prática. - Ele sorriu. Os olhos dele tinham um desconcertante tom de dourado agora.
— Só um - eu corrigi.
Ele riu. - Você está satisfeita por hoje? Ou queria continuar?
— Satisfeita, eu acho. - Eu me sentia bem cheia, meio viscosa, até. Eu não tinha certeza de mais quantos litros caberiam no meu corpo. Mas o fogo em minha garganta estava apenas adormecido. E de novo, Eu sabia que a sede era uma parte dessa vida que eu não podia fugir. E valia a pena.
Eu me senti sob controle. Talvez meu senso de segurança fosse falso, mas eu me sentia muito bem por não ter matado ninguém hoje, Se eu podia resistir humanos estranhos, eu não seria capaz de resistir a um lobisomem e um bebê meio vampiro que eu amava?
— Eu quero ver Renesmee - eu disse. Agora que a minha sede estava controlada(nada mais perto de saciada), minhas preocupações eram difíceis de esquecer. Eu queria reconciliar a estranha que era minha filha com a criatura que eu amava a três dias atrás. Era tão estranho, tão ruim não tê-la ao meu lado ainda. Abruptamente, eu me senti vazia e preocupada. Ele me estendeu a sua mão. Eu segurei, e sua pele estava mais quente que antes. Suas bochechas estavam vagamente coradas, as sombras sob seus olhos tinham desaparecido. Eu era incapaz de resistir em acarinhar seu rosto. E de novo.
Eu meio que esqueci que estava esperando por uma resposta pro meu pedido quando olhei pros seus brilhantes olhos dourados.
Era quase tão difícil quanto fugir do cheiro do sangue humano, mas de alguma forma a necessidade de ser cuidadosa firmemente na minha cabeça quando eu me estiquei na ponta dos pés e coloquei meus braços em volta dele. Carinhosamente.
Ele não estava tão hesitante em seus movimentos; os braços deles se fecharam na minha cintura e ele me puxou fortemente pra mais perto do corpo dele. Os lábios dele se tocaram aos meus, mas pareciam suaves. Meus lábios não mais se moldavam aos dele; eles continuavam do jeito deles.
Como antes, era com se o toque da pele dele, seus lábios, sua pele, estivessem se adaptando à minha maciez, dura pele e meus novos ossos. A todo o meu corpo. Eu não tinha imaginado que eu pudesse amá-lo ainda mais do que já amava.
Minha antiga mente não era capaz de suportar tamanho amor. Meu antigo coração não era forte o suficiente pra suportar.
Talvez essa fosse a parte de mim que eu tivesse trazido e intensificado na minha vida nova. Como a compaixão de Carlisle e a devoção de Esme. Eu provavelmente nunca seria capaz de fazer nada interessante ou especial como Edward, Alice ou Jasper podiam fazer. Talvez eu apenas amaria Edward mais do que qualquer um na história jamais amou alguém. Eu podia viver com aquilo.
Eu me lembrava de partes disso - enrolando meus dedos nos cabelos dele, seguindo os traços de seu peito - mas outras partes eram novas. Era uma experiência completamente diferente Edward me beijando sem medo, tão intensamente. Eu respondi à intensidade dele, e de repente estávamos caindo.
— Oops - eu disse, e ele riu embaixo de mim. - Eu não quis empurrar você assim. Você está bem?
Ele acariciou meu rosto. - Um pouco melhor que bem. - E uma expressão perplexa invadiu seu rosto. - Renesmee? - Ele perguntou sem certeza, tentando apurar o que eu mais queria naquele momento. Uma questão difícil de responder, porque eu queria muitas coisas ao mesmo tempo.
Eu não podia dizer que ele não estava exatamente adverso em acabar com a nossa viagem de volta, e era difícil pensar muito, que não fosse sua pele na minha - não havia muito mais do vestido mesmo. Mas as lembranças de Renesmee, antes e depois de nascer, estavam ficando cada vez mais surreais pra mim. Muito improváveis.
Todas as minhas lembranças dela, eram lembranças humanas; uma aura de superficialidade sobre elas. Nada parecia real que não tivesse sido vista com esses olhos, tocadas por essas mãos. Cada minuto, a realidade daquela pequena estranha ficava mais fosca.
— Renesmee - eu concordei, sentida, e fiquei em pé de novo, puxando ele comigo.
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