Pov. Eadlyn
Estamos no esconderijo e estou meio cabisbaixa, acho que foi por mim que esse ataque aconteceu, novamente. Preciso pensar em algo para dar confiança neles. Quando o ataque já tinha acabado, segui em direção ao meu quarto para pensar. Comecei a fazer projetos que acho que irão dar certo! Um deles é para uma campanha para as pessoas que se sentem superiores ou inferiores saberem que, agora, todos temos direitos de escolher sermos o que quisermos. Outro é para a construção de casas para moradores de rua, para esse, precisei da ajuda de um dos selecionados, por incrível que pareça, ele fez curso de arquitetura. Foi de muita ajuda ele saber. Em outro fiz um projeto contra o aquecimento global, agora, será obrigatório, que, se for cortar uma árvore, plantará outra no lugar. E por último, irei fazer com que o salário das pessoas de famílias das antigas castas sejam maior, pois eles quase não têm como se sustentar. No momento só conseguir obter êxito nesses, são os que eu acho que irão dar certo. Eu estava fazendo algumas mudanças nos projetos, quando sou interrompida por meus pais que entram sorridentes no meu quarto.
-Aconteceu alguma coisa? - Perguntei, assustada com tamanha felicidade.
-Sim, iremos completar 20 anos de casados! - Falou minha mãe. Fiz uma careta, olhando para os dois.
-Por isso? Simplismente por isso? - Perguntei. Toda essa alegria por 20 anos de casados? Que besteira.
-É claro filha. Não está feliz? - Perguntou meu pai animado. Respirei fundo e me arrumei na cadeira ficando de frente para eles.
-Não é isso. É que eu não entendo por que isso é tão...... - Procurei alguma palavra. - Bom? - Minha mãe olhou para meu pai com uma cara de tédio sorrindo e falou:
-Te disse que ela não entenderia, me deve uma. - Falou para meu pai como se eu não estivesse aqui. Ela retornou seu olhar para mim e falou voltando a estar animada. - Por que completará 20 anos que continuamos juntos, unidos, e nos amando.-Ela falou essa última parte abraçando de lado meu pai e o observando. Os dois estavam sorrindo. Isso seria fofo..... Se não fossem meus pais. - Entendeu? - Perguntou ela. Arqueei as sobrancelhas.
-Acho que sim. - Respondi.
-Incrível! Faremos a festa depois de amanhã, e queremos que você e seus irmãos arrumem a festa! - Falou meu pai.
-É sério? - Perguntei meio desanimada.
-Sim! Tudo bem? - Perguntaram.
-O que eu não faço por vocês? - Perguntei, sorrindo, indo na direção deles e os abraçando.
-F-Filha? Você está bem? Está nos abraçando. - Falou meu pai surpreso.
-Liga não, estou ficando emotiva de mais, eu sei, é um saco. - Respondi. Depois rimos juntos.
Dois dias depois
Estou morrendo de cansaço, meu irmão Osten não parava de fazer mudanças desnecessárias na festa.
-Osten! - Falei rindo. Ele tinha colocado peixe podre no sorvete! Que nojo.... É cada coisa que ele apronta.
-Desculpa. - Falou com um sorriso se fingindo de santo. Estávamos quase acabando tudo. Eu estava no salão, meus irmãos saíram, quando de repente.
-Sobrinha! - Falou tia May animada.
-Tia! - Falei, feliz por vê-la.
-Sobrinha. - Falou novamente.
-Tia. - Falei sorrindo.
-Sabe meu nome não, Eadlyn? - Falou me abraçando.
-Tia May.... - Falei rindo. - Veio para a festa? - Pergunto quando me separei dela.
-Sim! Nunca perderia!-Falou como se fosse óbvio. Fiquei feliz que ela tenha vindo.
-Agora senta aqui. - Falou sentando em uma das poltronas.
-Não vai ver minha mãe, seu cunhado e meus irmãos? - Perguntei.
-Eles podem esperar um pouco, agora, quero saber de você. Sei que está tendo uma seleção, nunca imaginei isso de você, mas, me conta, quem te invade a cabeça? - Perguntou como se fosse minha amiga e quisesse saber da minha vida amorosa. Mas..... Por incrível que pareça, uma pessoa me veio em mente. Saio dos meus pensamentos pela voz da minha mãe.
-May! - Falou.
-Meri! - Falou tia May. Elas começaram a conversar e eu sai para me arrumar. Coloquei um vestido rosa que vai até os joelhos, com um salto branco e uma máscara listrada entre branco e rosa. Neena fez uma trança no meu cabelo, a agradeço e saio do quarto. Entro no salão e meus pais já estão dançando muito animados e se olham com um brilho no olhar, como sempre. Kkkk. Às vezes chega a ser chato. Sigo em direção a uma mesa cheia de frutas e pego uma banana. Observo que Kevin está me olhando.
-O que você está fazendo?! - Perguntou ele como se eu estivesse cometendo um erro gigantesco.
-Comendo uma banana? - Falo como se fosse óbvio.
-Não a outra coisa!!! - Falou desesperado.
-O que? - Perguntei.
-Você está.... - Falou assustado. - Respirando. - Começou a sorrir.
-Eu juro que se não estivéssemos aqui eu jogaria essa banana na sua cara. - Ameaço. Ele sai rindo.
-Eadlyn! Bebe um pouco!!-Fala tia May, alegre por conta do álcool.
-Não acredito que você bebeu. - Falei rindo.
-É duro admitir, mas... Ver seus pais juntos e estar solteira chega dar inveja. - Sussurou. Comecei a rir mais alto e ela me acompanhou.
-É melhor ficar sozinha tia. - Falei. Ela concorda com a cabeça.
-Menos sofrimento. - Falou com uma careta.
- Você está bêbada tia!- Falei.
-Não! Só estou.... Alcoolizadamente feliz! - Falou com um grande sorriso. Minha mãe e meu pai começaram a se declaram um para o outro, dizer o quanto se amavam. Quero me apaixonar, mas não significa necessariamente que eu goste, né? Então fiquei prestando atenção numa maçã , imaginei ela dançando loucamente no salão. Esses pensamentos..... São das minhas más influências chamados de garotos. Acabou o discurso e minha tia estava dançando no meio do salão de uma forma estranha que me fez rir.
-Para, tia! - Falei. Ela continuou e ainda me puxou para dançar com ela.
-Você ainda se lembra da coreografia da dança da xuxa? - Arregalei os olhos, eu dançava tanto aquilo com meus amigos. Concordei com a cabeça. Eu e ela começamos a dançar, cantando baixinho. Rimos de mais. Até que foi legal essa festa. Kkkk.
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