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História A serpente da morte. - Flores de Sacrifício. (Parte dois.)


Escrita por: Slyth_Izzy e AdrielyRafaeli

Notas do Autor


•°• N/A: Essa é a segunda parte do prólogo, por favor me deixem saber o que vocês estão achando da fanfic okay? Eu quero que vocês tenham a melhor experiência possível lendo. Enjoy it! •°•

Capítulo 2 - Flores de Sacrifício. (Parte dois.)



A mulher apareceu como se tivesse saído de um portal ali, não houve a clássica distorção da apartação, ela simplesmente apareceu, sua pele negra reluzia quando os raios de sol tocavam-ná, a serpente enrolada ao redor de seu pescoço era tão preta quantos os fios extremamente lisos e alinhados de seu cabelo, mas Harry pôde ver que havia algumas pequenas mechas prateadas, da cor dos olhos da mulher que lhe sorria docemente.

– P-por favor, tra...ga Luna de volta.– As palavras não pareciam querer sair de sua boca, qualquer um na sala que não estivesse em choque com a mulher que apareceu ali em vestes completamente escuras, se se esforçasse minimamente poderia ouvir o coração do homem que sobreviveu se partir.

A figura olhava com compreensão a situação, ela temia e tentava ao máximo adiar aquele acontecimento, mas ela conhecia aquela alma, e diga-se de passagem, a bastante tempo, ela sempre voltava perto de seu mestre, seja como irmã, irmão, pai, mãe, filho, filha, padrinho, enfim...Todas as vezes foi assim, ela estava ali para dar a ele uma nova chance de viver, e a figura prometeu a si mesma que daria um jeito de acabar com aquele ciclo vicioso, seu amigo estava passando dos limites com essa pobre alma.

Lily, era engraçado como esse nome combinava com ela, na sua última vida Lily morreu da mesma maneira, uma maldição da morte atingiu em cheio o seu peito enquanto protegia um na época, bebê de lindos olhos esmeraldas, da cor da maldição que tirou sua vida, ela morreu pelo mesmo motivo, para dar a ele a chance de viver, construir uma história, aprender com seus erros, Lily havia sido feliz e sentia que devia dar a Harry a chance de ser também, até hoje a entidade lembrava a conversa que teve com a ruiva naquela época.

Flashback on:

Limbo, 31 de outubro de 1981.

O lugar era um quarto de bebê, as paredes eram encantadas e estavam sempre mudando o desenho para entreter a criança que dormia ali, nas paredes tinham várias fotos, em todas tinham o menino de olhos esmeralda, e em cada uma ele tinha companhia ou fazia algo diferente, aquela era a visão de paz de Lilian Potter née Evans, um lugar seguro e confortável para seu filho.

Falando na mulher ela nem havia notado quando a mulher de longos e lisos cabelos pretos apareceu atrás de si, sua pele era branca como a lua e suas roupas pareciam o céu estrelado.

– Olá Lilian, tudo bem?– A voz tinha um tom extremamente calmo, e realmente preocupada.

– Olá Morte, a quanto tempo, não é mesmo? Eu gostaria de dizer que estou bem, mas estou realmente preocupada com Harry, poderia me dizer se ele está bem?– A mulher de cabelos cor de fogo perguntava de forma doce enquanto parecia estar se adaptando a companhia nova, porém exaustivamente conhecida da entidade.

Morte deu um suspiro pesado, aquelas duas almas sempre davam trabalho, toda vez era uma história pra morrer, não é que fugissem da morte, não não, eles pareciam sempre dispostos a morrer um pelo outro, e nunca pareciam temer a Morte, e nem deviam mesmo, mas era sempre dessa forma dramática, nunca um acidente de carro ou um ataque cardíaco, nunca.

– Você sabia que ainda não era sua hora, não é? Você poderia ter ficado viva, Harry morreria mas logo voltaria para você.– Era sempre assim, eles morriam e não demoravam muito se achavam, eles são aquelas almas inseparáveis, aquelas que nem mesmo a entidade com todo seu poder separava, mas não era surpresa, sem dúvidas não era.

– Mas aí, ele não seria Harry, não teria tido as mesmas experiências, não seria filho de Tiago, não teria ganhado uma vassoura em seu primeiro aniversário ou derrubado a árvore de Petúnia quando ela o conheceu a primeira vez, sem essas experiências, não seria Harry, mas eu quero saber se ele está bem.– Lilian disse encostando a cabeça no ombro da figura.

Morte ponderou, a mulher estava certa, afinal nós somos os resultados daquilo que nós vivemos, mesmo que sejamos as mesmas almas, a circunstâncias nos formam.

– Sim, ele está, mas você devia saber, afinal, você foi uma das poucas pessoas a usar aquele ritual, típico de alguém que carrega a herança da própria Lady Magic consigo, o tom era divertido, e Lilian entendia bem o porque.

E então morte ouviu a risada doce da ruiva, ela tinha certeza que aquela mulher não passava pelo lete* corretamente.

– Você sabe que eu só lembro de minhas vidas passadas quando chego ao limbo, todas as vezes é por instinto, afinal, a magia mais forte do todas, é o amor, e eu amo Harry, ele merece a chance de amar alguém, ser amado, ter filhos para amar, e talvez ele entenda o sentimento que tenho por ele, capaz de mantê-lo vivo, ele merece uma segunda chance, todos merecem.

Morte quase revirou os olhos para aquilo, seria algo que Vie adoraria ouvir, Lilian era tão sábia e prudente, Morte odiava que lhe tivessem tirado a vida de uma maneira tão fria.

– Certo, mas temos que cuidar de você agora, qual será seu destino, pequeno lírio?– A entidade perguntou, mesmo sabendo a resposta, aquela alma odiava ser fantasma.

– Eu estou com minhas questões bem resolvidas, e Harry é um Peverell, eu vou para os elísios ficar ao lado dos outros que estão me esperando, e dos que ainda chegarão, aproveito e começo a preparação para a próxima, além de que lá, eu posso observar Harry, e aquele doente que quer machucar meu bebê.

Morte assentiu fazendo uma porta branca aparecer, sabendo que em breve, mais chegariam ali por conta do desequilíbrio e da fome de poder de um homem, mas ela também sabia que na hora de coletar aquela alma, ela seria ainda pior do que o beijo de um dementador.

– Querida...– Morte lhe ouviu ser chamada.– Snape terá a pedra, não é?

Morte assentiu, vendo um sorriso surgir no rosto da ruiva, aquela mulher já estava bolando um jeito de ajudar seu filhote? Incorrigível...

– Venha me visitar nos elísios, sentirei saudades, até logo.– E então a bruxa lhe deu um abraço antes de atravessar a porta, deixando uma entidade negando com a cabeça para trás.

Saudades da Morte, apenas Lily mesmo, será que tinha como a entidade negar aquele pedido? Ela achava que não, provavelmente não, senão os pobres guardas dos Elíseos seriam atentados até ela aparecer.

E com esse pensamento, a entidade voltou ao seu trabalho.

Flashback off.

Assim que saiu de seu transe, morte encarou aqueles olhos, tão parecidos com o da sua amiga e suspirou.

– Em condições normais, eu teria poder para fazer isso, o que não significa que eu faria, mas nessas condições eu não tenho.– Os olhos da cor da maldição que havia acabado com a vida da garota estavam ainda mais brilhosos, mas infelizmente era em virtude das lágrimas.– Mas mesmo que eu tivesse poder para trazê-la de volta, eu não faria, não posso condenar uma alma tão pura ao sofrimento que é viver uma vida em uma espécie de piloto automático, seria extremamente cruel da minha parte, e eu não sou cruel, eu sou justa.

Harry não queria ouvir aquilo, ele queria ouvir que poderia ter sua doce meninha correndo pela casa perseguindo seus irmãos que haviam afanado alguns de seus inúmeros livros de feitiços, criaturas mágicas ou poções, ele queria ouvir a risada dela quando ele a jogava pra cima só para depois desacelerar a queda e pegá-la de volta, era isso que ele queria ouvir.

Ele olhou por cima de seus ombros pela primeira vez e viu a situação, Alvo e James choravam compulsivamente enquanto seus parceiros tentavam acalmá-los, o que era notável que não estava funcionando pois estes também choravam sem parar, Harry sentiu sua marca queimar em seu braço, de que adianta ser o mestre da morte se ele não poderia trazer de volta aqueles que ama?

– Não funciona exatamente assim.– A mulher falou como se conseguisse ler os pensamentos de Harry, e ele não duvidava que ela realmente o fizesse.– Você pode trazer seus entes de volta, por muitos meios, mas esse é um caso especial, você já pode imaginar não é?

Harry assentiu, ele sabia, ele reconheceria aquilo em qualquer lugar, aquela sensação e principalmente a energia que se estabeleceu quando Lily tocou o chão, mas aparentemente os outros não entendiam, pois quando ouviram que nem mesmo a entidade, que agora eles pareciam saber quem era, poderia trazer a garota a vida, eles se engasgavam em meio aos soluços de seus choros.

– Ela reinvidicou a vida, de livre e espontânea vontade, não motivada por razões egoístas, sentimentos ruins ou compulsões, ela selou o meu destino, e de todos aqui.– Harry sabia muito bem, nos anos posteriores a batalha de hogwarts ele passava horas aprendendo sobre magia, antigos costumes, rituais, tudo que o fizesse se sentir ainda mais parte desse mundo, do seu mundo. E é claro, Harry procurou avidamente uma resposta para o que teria acontecido naquela fatídica noite de 31 de outubro de 1981, e até hoje ele se lembra a resposta que encontrou.

Não pensem que foi um trabalho fácil, a biblioteca Black tinha séculos de conhecimento, então Harry separou por temas o que precisava, e por algum motivo ele não confiou em Hermione para ajudá-lo a catalogar, então ele foi falar com Monstro, seus estudos começaram em 2 de abril de 1998, exatamente um mês depois do fim da batalha de Hogwarts, ele decidiu que terminaria a escola em 1999, ele só precisava de uma autorização para ir pra Grimmauld quando fosse necessário, depois que Harry conseguiu essa permissão, tudo ficou mais fácil, ele separou os livros que iria ler no ano que fosse para Hogwarts, levou todos para sala precisa no início das aulas, trancados em um cofre, e se dedicou a aprender tudo que foi possível.

Costumes bruxos, rituais antigos, magias de alma, rituais de sangue, magia antiga e magia negra, esse foram alguns dos temas que Harry separou da Biblioteca Black, ele precisava de respostas e teria todas.

Aquela jornada durou 7 anos, os meninos já haviam nascido quando ele acabou todos os livros dos assuntos escolhidos na biblioteca, e como se alguma força superior tivesse feito de propósito, somente no último livro ele encontrou o que queria, em partes pelo menos.

Flashback on:

Grimmauld Place, 2005.

Harry estava na biblioteca, ele já estava no segundo livro do dia que também era o último livro da lista de assuntos que ele estipulou para si mesmo 7 anos atrás.

Era um livro focado em rituais, feitiços e magia old magic, e como a maioria dos livros de old magic, ele não tinha divisão entre magia sombria ou de luz, e Harry lia com atenção até que um ponto lhe chamou atenção.

E de todos os rituais e feitiços de proteção que podem ser executados existe um, mais forte e impenetrável de todos é o vita saver, é a proteção que ocorre quando há a troca de uma vida  completa para a proteção de outras pessoas ou um local.

Porém esse ritual depende de algumas condições para acontecer, a primeira e mais importante de todas é que o sacrifício tem que ser feito conscientemente de maneira altruísta e por livre e espontânea vontade, ou seja, se a pessoa que se sacrifica estiver sobre compulsões ou feitiços, de nada valerá sua morte.

A segunda condição é tão importante quanto a primeira, a pessoa não pode estar motivadas por sentimentos danosos, como por exemplo tornar alguém intocável para machucar outras pessoas (Ler sobre marca de caim na página 394) sua única intenção deve ser a proteção de algo ou alguém.

A terceira condição é um tanto inusitada, o ritual deve ser realizado em situação de perigo, ou iminente, ou presente, e isso é um dos detalhes que tornam esse ritual tão difícil de ser executado.

A quarta condição é a última e talvez a mais importante, ela está sobre a função da lei mágica, então, para que o ritual termine e funcione, à pessoa que deseja proteger algo ou alguma coisa, deve ser ofertado no mínimo 3 vezes — Simbolizando cada representação da Lady magic e das Parcas*.— A chance de sobreviver, de escapar, ter sua magia e um destino, se mesmo após as três chances a pessoa optar por ficar ali, e caso ela cumpra todas as outras 3 condições, a força de vontade, o desejo de fornecer proteção e o amor que nela eram presentes, se fundem e formam uma barreira que encobre o objeto ou o ser escolhido.

Uma grande curiosidade desse ritual, é que na maioria das vezes, ele é feito inconscientemente, as pessoas não sabem o que estão fazendo, mas ao abnegar de sua vida em prol do amor e da vontade de proteger algo ou alguém, elas formam a única barreira incapaz de ser ultrapassada por aqueles que querem o mal do protegido, em humanos essa barreira só não é valida para aqueles com o sangue puro da pessoa protegida..."

Harry leu mais cinco páginas sobre aquele ritual e finalmente foi capaz de entender o que houve quando sua mãe foi morta, de certo modo, ele se sentia ainda mais grato após ler as condições, Lilian o amava da maneira mais pura que alguém pode ser amado.

Flashback off.

Morte então olhou para Harry, ela sabia que havia algo que ela podia fazer, ela só não sabia se Harry aceitaria, afinal, agora ele tinha uma família, ou o que restou de uma.

– Mas veja bem, Harry, eu posso lhe dar uma segunda chance, uma chance de concertar tudo, salvar as pessoas certas, e principalmente, viver uma vida sem poções, compulsões ou feitiços, eu posso te dar uma segunda chance de ser feliz, porque eu sei, que foi por isso que Lily morreu Harry, para que você tivesse uma segunda chance.– E naquela hora, morte não sabia de qual das duas versões de Lily ela estava falando, ela só sabia de uma única coisa.

– Lírios são flores de sacrifício Harry, você precisa saber o que irá fazer com esse sacrifício.



LEIAM AS NOTAS QUE TEM COISA IMPORTANTE LÁ.



Notas Finais


Bom dia, gente.

Eu nem sei o que dizer pra vocês além de: meu deus vocês são incríveis, e são realmente uns amores, obrigada por cada visualização, favorito e comentário, eu farei o possível para seguir agradando vocês, e por falar disso, preciso falar duas coisas.

GENTE QUEM LEU O PRIMEIRO CAPÍTULO ANTE ONTEM, RELEIA PORQUE EU MUDEI UMA COISA MUITO IMPORTANTE NA MORTE DA GINA.

Agora eu estou mais calma.

É o seguinte, se vocês leram as tags, devem saber que tem viagem no tempo, mas isso é algo que eu queria discutir com vocês, e pra isso, terá uma pequena votação, o prazo será de 72 horas, ou seja: três dias, e nessa votação eu quero que deixem no final de seus comentários o voto de vocês, vou deixar as 3 opções abaixo, oki?


Opção 1- Harry viaja para a época em que Tom riddle estava em hogwarts.

Opção 2- Harry viaja para o seu primeiro ano (aí eu AMO quando acontece isso.)

Opção 3- Vocês deixam eu seguir a fic como eu estava planejando (que é uma das duas opções) e assim que eu acabar, eu faço uma espécie de releitura dela da opção restante, só que obviamente será um roteiro totalmente diferente, até porque as décadas não são iguais, puts esqueci de dizer, no meu planejamento, a história seria na época do Harry msm, ou seja, opção 2.


Dependendo do escolha de vocês, eu terei que mudar totalmente o plot da fic e os casais que eu preparei para esse desenvolvimento, por isso eu preciso que votem, oki? A próxima atualização provavelmente será dois dias depois do final da votação.

Rio lete: rio que passa no mundo dos mortos, ele é domínio de Hipnos e é nesse rio que as almas se banham quando reencarnam, porque ele tem o poder mágico de apagar as memórias de uma pessoa


Parcas: também conhecidas como as três tecelãs, elas são entidades da mitologia grega que representam o destino.

Muitos, muitos, muitos beijos e boa leitura.

Ps: se alguém achar a referência perdida, ganha dedicatória no próximo cap.


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