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História A serpente da morte. - Capítulo Dois: Dias de um futuro não esquecido.


Escrita por: Slyth_Izzy e AdrielyRafaeli

Notas do Autor


Meu deus me desculpem a demora.

Aproveitem ok?

Capítulo 4 - Capítulo Dois: Dias de um futuro não esquecido.


°°° Anteriormente: Após o surgimento de Lily e Fred, Harry se vê descobrindo mais coisas do que ele acha que seria capaz de lidar, Morte então decide que precisa esclarecer algumas coisas ao descendente de Ignoto e o arrasta a um passeio interessante.•••

Beco Diagonal, 2019.

A imponente estrutura do banco se erguia diante dos olhos do homem, de todos os lugares que Harry pensou que a morte o levaria, aquele era o último que ele imaginaria, o que ela pretendia? Sacar uns galões e ir às compras?

– Viemos aqui ver algo que sua mãe lhe deixou.– Falou morte simplesmente.

Harry gostaria de saber como ela passava por suas barreiras de oclumência tão facilmente que fazia parecer que elas não eram nada, mas ele tinha quase certeza que não entenderia a resposta, ou simplesmente não estava preparado para ouvir, com isso decidiu deixar para depois.

– "Algo" que minha mãe me deixou? E por que você vai me levar a esse "algo"? Por que só agora? E por que eu não sabia desse "algo"?– O tom ácido de Harry não deixou dúvida de que o rapaz estava desconfiado.

"Isso é bom." Pensou a morte, pelo menos ele não era um idiota sem senso de autopreservação, quer dizer, depende do momento aparentemente.

– Você gosta de fazer perguntas, não é mesmo?– Foi a única coisa que a entidade, que agora tinha sua forma adulta novamente, respondeu.

– E você gosta de fugir das respostas, ao que parece.– Oh sim, ali, Morte percebeu de quem o jovem Severus timha puxado a língua afiada e a ironia inata.

Com um pequeno sorriso a mulher com a serpente envolta dos pescoço seguiu em direção a porta do banco, Harry duvidava que já tivesse visto alguém subir degraus de mármore com tamanha graça, ele parou alguns segundos antes de apertar um pouco o passo para ficar próximo a ela, Morte lhe dirigiu um sorriso caloroso antes de falar.

– Pelo contrário, nós estamos aqui para buscar respostas, respostas essas que eu poderia lhe dar, mas provavelmente se viesse de mim, você ainda duvidaria um pouco, então vamos direto a fonte.

Mesmo que Harry quisesse, e ele queria muito, entender a mulher, suas palavras simplesmente não faziam sentido na mente dele, elas dançavam e dançavam e em momento algum pareciam coerentes.

Ao ficarem de frente a porta de entrada, Harry se pegou mais uma vez pensando em como aquela estrutura era fantástica, a porta de bronze parecia reluzir todo o beco diagonal.

"Duendes são realmente incríveis" Harry pensou.

E como se entendesse os pensamentos de Harry apenas pela expressão facial, o duende que cuidava da segurança olhou para ele, seu olhar tinha algo irreconhecível enquanto oscilava entre o homem que sobreviveu e a morte, mas no fim ele se limitou a fazer uma saudação, quando Harry respondeu, seu rosto foi uma mistura engraçada entre espanto e respeito. Talvez eles tenham finalmente superado o incidente com o dragão.

Atravessando finalmente para o pequeno hall, Harry olhou ao redor, era como se nada tivesse mudado realmente, como se nada tivesse sido destruído, e isso incluía até às duas portas de prata com o aviso que o impressionada da primeira vez que entrou por aquelas portas.

“Entrem, estranhos, mas prestem atenção
Ao que espera o pecado da ambição,
Porque os que tiram o que não ganharam
Terão é que pagar muito caro,
Assim, se procuram sob o nosso chão
Um tesouro que nunca enterraram,
Ladrão, você foi avisado, cuidado,
Pois vai encontrar mais do que procurou.”

A escrita era tão delicada quanto o aviso era assustador, mas Morte não pareceu se abalar, mas Harry suspeitava que era porque ela dificilmente seria morta por um dragão ucraniano, ou que ela dificilmente seria sequer morta.

Quando passaram pelas enormes portas de prata, o homem avistou os enormes balcões, um de cada lado banco, fazia um bom tempo que ele não ia ali, na realidade ele evitava ao máximo, ainda se sentia mal por ter destruído o banco, mesmo que tivesse pagado pela reforma.

Morte seguiu até o fundo do banco bem no meio entre as duas fileiras de balcões, havia a mesa de um duende que estava de cabeça baixa, Harry tentou ver se reconhecia ele, mas realmente não obteve sucesso, mas não é como se ele tivesse conhecido muitos duendes.

– Olá, boa tarde.– A voz polida e extremamente educada de Morte, pôde ser ouvida de maneira baixa e veio logo seguida de uma saudação que exibia respeito.

Os olhos do duende se ergueram a tempo de captar a saudação, por mais que ele realmente não estivesse dando a mínima pro gesto, a criatura encarava Morte como se estivesse paralisado, e por um momento Harry achou que ele cairia duro no chão.

– Identificação, por favor.

Morte então acenou um pouco, até que uma varinha cheia de sulcos aparecesse, Harry teria se perguntado como ela fez isso, mas aí ele se lembrou de que a varinha havia sido feita por ela, não deveria ser algo absurdo invocá-la.

Assim que o duende viu a varinha, foi visível o arrepio que passou por seu corpo, só não era possível discernir se era medo ou se ele apenas estava impressionado, pegou a varinha e executou uma série de feitiços de checagem, possivelmente era apenas a política padrão, porque dava pra ver que a criatura duvidava muito que alguém pudesse simplesmente alterar aquela varinha.

Ele desceu do banco e pediu licença aos dois, para logo sumir por um portão dourado que tinha atrás dele, Harry inevitavelmente lembrou que a última vez que isso aconteceu, ele teve que imperiar o duende que apareceu.

– Está tudo em ordem, senhor Potter e Lady Morte, eu os levarei até Bersnantt, o chefe dos duendes, sigam me, é por aqui.

Ele nem mesmo esperou que o homem e a entidade respondessem e voltou a andar em direção a grandes portas douradas que davam acesso a um corredor branco, nas paredes haviam diversos detalhes que Harry tinha certeza que eram feitos com aço goblin, não demorou muito para que parassem em frente a uma enorme porta de madeira lustrosa.

– É aqui que eu deixo vocês.– O duende falou calmamente.

– Muito obrigado, que suas riquezas sempre cresçam.

O duende parecia um pouco atordoado antes de acenar positivamente para Harry.

– Que seus inimigos sempre pereçam.– Mas ele sabia que ele saudando ou não o homem que sobreviveu, aquilo era uma constatação.

Assim que Harry se virou para a porta, ele olhou pra Morte de maneira incerta, ele não sabia o que esperar daquela ida ao banco, ele não sabia o que significava ir até a fonte das respostas, e não sabia se realmente gostaria de saber, sua magia oscilou um pouco, e para acalmá-lo, a entidade relaxou uma das mãos no ombro do homem, mas antes que ele pudesse respirar fundo, a porta se destrancou com um barulho muito semelhante ao estalo de madeira.

– Lady Morte, Senhor Potter, sejam bem vindos, queiram entrar por favor.– O duende que Harry imaginou ser Bersnantt estava sentado em uma cadeira tão bonita quanto o resto do escritório, seus braços apoiados na mesa enquanto seus olhos pareciam analisar tudo o que conseguiam.

Morte caminhou em direção as cadeiras que estavam dispostas em frente ao Goblin, assim que ficou de cara com o chefe dos duendes ela abriu um sorriso e fez uma saudação amistosa, Harry tinha a sensação que aquele não era o primeiro encontro deles.

Harry caminhou até ficar ao lado de Morte, ela olhava para ele como se o incentivasse, os olhos avada encaravam as orbes pretas do duende, ao se posicionar em frente a Bersnantt Harry o saudou da mesma maneira que a entidade havia feito.

– Sentem-se, por favor, acho que precisamos conversar não é mesmo? Imagino que o senhor Potter tenha finalmente vindo reinvindicar seus senhorios.

Harry e Morte se sentaram, a serpente ao redor da entidade era estupidamente calma, ela ainda não havia sibilado nem uma única vez, por mais que Harry soubesse que nunca mais séria capaz de entender a língua dela.

– Receio que não, chefe Bersnantt, na realidade nós viemos aqui para ter acesso ao cofre Evans, Harry precisa...dar uma olhada em algumas coisas que têm lá.– Ao ouvir o nome do cofre que iriam, Harry sentiu seu peito se apertar, por mais que ele soubesse que estava ali por causa de sua mãe, aquilo fazia parecer bem mais real.

Harry confirmou com a cabeça enquanto se perguntava o motivo de nunca ter reinvidicado seus senhorios, provavelmente era porque Gina sempre desconversava e dizia que aquilo não era necessário.

O duende olhou para morte, e uma sombra de entendimento passou por seus olhos, oh, aquilo seria realmente interessante.

– Compreendo...então nada de testes de herança hoje, não é? Pois bem, vamos ao cofre 3107. Me sigam, me sigam.

O duende desceu de sua cadeira e foi em direção a saída da sala, Harry estava simplesmente cansado de seguir pessoas pra cima e pra baixo sem saber qual rumo estavam levando, mas se ele quisesse saber o que sua mãe havia lhe deixado, ele não tinha outras tantas alternativas.

Quando chegaram próximo aos pequenos vagões que o levariam ao cofre, o homem que sobreviveu era capaz de ouvir as batidas de seu coração, a antecipação em saber ou ter algo da sua mãe varria cada nervo do seu corpo, e foi com esse pensamento que ele entrou no vagão.

A viagem foi irritantemente chata, a queda do ladrão o deixou encharcado e pela primeira vez ele ouviu um sibilado da cobra.

Duendes e seus truques incômodos, eu poderia ter sido lançada para longe, sabia?– A cobra falava em um tom verdadeiramente indignado enquanto morte se detinha a uma risada contida, como se aquilo tivesse sido realmente divertido.

Mas Harry não achou, na verdade Harry estava tendo um mini ataque de pânico, ele havia entendido o que a cobra disse, ele simplesmente havia compreendido.

– Chegamos.– Foi isso que tirou o salvador do mundo bruxo de seus pensamentos.

A porta do cofre era como tantas outras, aparentemente não tinha nada de impressionante, quando Bersnantt arranhou com suas unhas e as engrenagens começaram a se mover, Harry quase explodiu de ansiedade, e só se tranquilizou quando a porta finalmente se abriu, deixando a mostra um enorme cofre praticamente vazio, com exceção de um baú, havia um único baú no meio.

Harry não esperou permissão ou coisa assim, ele andou apressadamente em direção ao baú para abri-lo, não tinha fecho nem nada assim, apenas uma placa de ouro branco com as letras "L.E.B.P" ele imaginou que três das letras seriam iniciais para Lilian Evans Potter, mas o "B" ele não tinha ideia, assim como não tinha ideia de como abrir aquele baú.

– Sangue, você precisa passar seu sangue sobre o brasão.– Morte realmente precisava parar de fazer aquilo, era no mínimo assustador.

Harry prestou mais atenção ao brasão e percebeu que a parte de cima dele era extremamente afiada, o homem passou seu polegar ali, e como se sua carne fosse gelatina, um pequeno corte foi feito, mas era o suficiente para aparecer um pouco de sangue na superfície do dedo. Harry olhou para morte como se esperasse alguma outra informação, mas ele só obteve um aceno de cabeça, e com isso ele levou seu dedo até as iniciais da mãe, e o ouro branco logo brilhou em vermelho e um som foi ouvido dentro do cofre, sinalizando que o baú havia sido destravado.

– Incrível, realmente incrível, presumo que tudo que ouvi a respeito da genialidade de Lilian era verdade, uma bruxa inigualável.– O goblin parecia realmente impressionado com o mecanismo do baú, o que fazia Harry imaginar que não era um dispositivo do banco.

Harry levantou a tampa do baú para ver o que tinha ali, ele ficou tranquilo ao ver que era um baú normal, talvez ele estivesse muito acostumado com aqueles baús estranhos que Lorcan e Lysander– os filhos de Luna e Rolf Scamander– têm.

Dentro do baú tinha dois livros, uma penseira, um porta jóias, e uma espécie de frasco de vidro que tinha vários compartimentos, dentro se podia ver um filete perolado.

"Memórias" foi a única coisa na qual Harry conseguiu pensar.

– De quando são?– Foi a única pergunta que Harry fez para a entidade.

– Têm acontecimentos de toda a vida dela, os que ela julgou mais importante, mas eu indico que você veja o compartimento número 7.

Harry acenou com a cabeça, aquilo era algo de sua mãe, algo realmente expressivo, eram lembranças dela, Harry olhou o compartimento 7, tinha uma fita de identificação nele, mas não havia palavras, ao invés disso, tinha um período.

"1980-1981"

Harry engoliu em seco, ele havia nascido em 1980, e em 1981 seus pais haviam morrido.

Harry pegou a penseira e logo a ergueu, como o esperado ela começou a flutuar ali, o líquido metálico dentro dela brilhava em antecipação, Harry despejou o conteúdo do compartimento ali dentro e em seguida mergulhou seu rosto.

                           •••°°°•••°°°        

Enquanto as imagens se formavam, Harry tentava reconhecer aonde estavam, mas logo desistiu pois percebeu que ele realmente não sabia onde estava, mas ele reconhecia quem estava na visão, era sua família, Seus pais, ao lado de Sirius, Remus e infelizmente, ao lado de Pettigrew, aparentemente Dumbledore havia acabado de chegar.

Eles estavam em uma espécie de sala enorme as partes da parede que não eram de uma madeira extremamente polida, tinham a cor creme, um fileira de livros se estendia ao longo de toda a sala, haviam pinturas, vasos, e uma lareira extremamente quente, mas nada disso importava quando Harry podia ver sua mãe tão de perto, tão feliz, foi aí que ele notou, ela ainda estava grávida, Harry ainda não tinha nascido.

– Olá professor, se veio pedir para ser padrinho, sinto muito mas eu já ocupo essa vaga.– A voz de Sirius, mesmo décadas mais nova era inconfundível, o tom brincalhão aparentemente nunca saiu dele.– Sente-se, aceita um chá?– Sirius não esperou uma resposta e logo pediu uma xícara de chá e algumas gotas de limão para a elfa que trabalhava ali.

– Não não, meu filho, temo que eu não trago boas notícias.– A voz de Dumbledore era profunda e trazia uma carga de aviso muito grande, o homem se sentou em uma das poltronas da sala como se realmente estivesse muito cansado.– Mas vou aceitar o chá e as gotas de limão, muito obrigada.

O ar na sala pesou e logo Harry viu o rosto se todos na sala ser tomado pelo mais puro medo, era época de guerra afinal.

– O que houve Dumbledore? Aconteceu mais um ataque?– Era a voz de Thiago, Harry quase havia esquecido como era a voz de seu pai, afinal já fazia muito tempo desde a última vez.

– Não Thiago, houve uma profecia.– Assim que Dumbledore falou, Harry viu como as expressões na sala mudaram, elas pareciam divididas, ele lembrava muito bem o porquê, nessa época, a fama das videntes já não estava muito boa, havia começado uns 5-6 anos antes se ele estivesse certo, mas muitos ainda se lembravam de como elas foram importante para a ascensão do Lord das trevas Grindelwald.

– Por que você veio nos avisar pessoalmente? Por que não avisar por carta? Tem algo haver com você?– Foi a voz de Lupin, Harry conhecia aquele tom, ele fazia uma pergunta pra obter a resposta de outra.

E então os olhos de Dumbledore se fixaram em Lily, e foram descendo até sua barriga, a mulher percebeu e logo suas mãos foram pra frente do corpo de maneira protetora, enquanto sua magia começava a se liberar, forte, selvagem, lasciva, era como um aviso para não chegar perto dela.

– Não se preocupe, minha menina, eu não quero e nem vou fazer mal nenhum para seu bebê.

Mas de algum modo Harry sentiu que havia algo errado, e ele sabia que era porque isso era uma memória, e Lilian tinha sentido.

– A profecia se refere a um bebê, nascido ao final de julho, e se eu estou certo, você está com 4 meses atualmente não é, querida?

Lilian olhou pra Sirius e Remus, Thiago não percebeu, mas aparentemente, os dois tinham entendido, em momento algum a mulher tirou as mãos de frente da barriga, e muito menos recuou a sua presença mágica.

– Sim, mas o que tem haver? Eu lhe garanto professor, que outros muitos bebês irão nascer ao final de julho.

– Sim, sim. Eu tenho certeza disso, mas veja bem, vou lhes dizer a profecia.– Remus caminhou até o lado de Lilian e ficou ali parado.– Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima… nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar do sétimo mês… e o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece… e um dos dois deverá morrer na mão do outro, pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver... aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar...

Lilian ficou encarando o homem, do contrário de James, ela não parecia nenhum pouco preocupada, na verdade, ela estava estranhamente calma para aquela situação.

– E o resto? É só isso?– A voz da mulher era calma e suave, mas tinha uma ponta de perigo que dava ainda mais medo do que se fosse um grito.

– Bem, eu não consegui ouvir tudo, veja bem, tinha um comensal me seguindo e eu não notei até poucos segundos antes dele aparatar.– A resposta do diretor veio carregada de um profundo arrependimento

– Você não notou? Eu vejo...e que comensal era, eu posso saber?

– Eu não acho que você vá gostar da resposta, minha querida, mas penso que é seu direito saber, era Severus Snape, eu sei que vocês eram muit–

– É o bastante diretor, eu agradeço imensamente o aviso e a preocupação, mas eu tenho certeza que o senhor vai entender que essa notícia mexeu bastante comigo.– A mulher parecia atordoada e sua voz era extremamente cansada, mas Harry colheu o divertimento nos olhos de Sirius e soube imediatamente que sua mãe estava mentindo, ela era boa.

– Claro, claro, eu peço desculpas por ter que lhe dizer isto, mas sei que era seu direito.– O diretor disse se levantando da cadeira na qual estava e ia em direção a porta.

A lembrança mudou e então Harry estava na sala em Grimmauld Place, sua mãe estava sentada entre Narcissa e Lupin, ambos lhe faziam carinho aparentemente tentando acalmá-la, sua magia estava incontrolável e aparentemente todos ali pareciam hipnotizados, Lilian era ridiculamente poderosa, Régulos só se sentia assim perto da magia de seu mestre, aquela selvageria era algo incrível, o comensal sabia que queria morrer sem atrair a ira da mulher.

Sirius estava ao lado do irmão e de Snape eles não estavam em uma situação muito diferente do Black mais novo, a magia de Lilian era tão escura que fazia o homem querer se curvar.

– Ele esteve na mansão de novo, ele está convencendo James a nos tirar de lá, quer que fiquemos em uma casa em Godric's hollow.– Lilian respirou fundo antes de continuar.– E tem mais, ele levou um bule de chá naquela bolsa estranha dele, e enquanto conversávamos ele nos serviu.

Lilian enfiou a mão no seu bolso e tirou um frasco transparente com um líquido perolado dentro, ergueu e destampou o vídeo, mostrando a todos.

– O que é isso?– A voz de Régulos era incrivelmente parecida com a de Sirius, só parecia um pouco mais nova.

– É uma poção abortiva.– Mas a resposta não veio de Lilian, Lupin e Severus responderam em uníssono.

Um rosnado baixo foi ouvido na sala, um pouco antes de outra carga de magia ficar solta, Sirius Black tinha o olhar completamente transtornado, assim como Narcissa, eles tinham ali o olhar Black.

– Você contou ao James?– Foi a voz de Snape, o nome do homem não saiu com o habitual nojo, ou pelo menos, saiu com menos que o comum.

– Adiantaria? Ele está sob compulsões, o máximo que aconteceria é ele ir correndo contar ao Dumbledore.

Todos ali sabiam que a mulher estava certa, ela girava seu anel de senhorio de forma discreta, ela era uma lady Beamount, se Dumbledore queria lhe enfeitiçar, ele precisaria se esforçar um pouco mais.

– Já está na hora?– Ela perguntou enquanto olhava para Snape.

– 40 segundos.– Respondeu o pocionista.

Todos ficaram de pé e contaram até zero, juntos eles encostaram em seus colares e a memória mudou mais uma vez, e quando Harry viu onde estava, ele quase deslocou seu maxilar, Riddle manor era muito mais bonita antigamente.

Os 7 andaram em direção ao grande portão da mansão e atravessaram com tranquilidade, o que significa que  a magia deles eram autorizadas pelas alas, sua mãe, com uma barriga particularmente grande, ia na frente, de braços dados com Narcissa. Ao atravessarem a porta que dava acesso a sala, eles viram que estava vazia, porém notaram que havia uma série de casacos pendurados na parede, o que significava que definitavamente tinha alguém em casa, e provavelmente uma reunião do círculo interno.

– Homenum revelio.–  A voz de Lilian era profunda, ela sabia que Tom tinha ciência da presença deles na casa, mas ela estava com pressa e impaciente.– Olha, só, estão no escritório, vamos.

Os outros 6 membros estavam congelados no lugar observando uma Lilian grávida de 7 meses indo interromper uma reunião dos comensais da morte mais perigosos do exército de Voldemort.

– Vocês vêm?– Os 6 se entre olharam e Narcissa foi a primeira a se mexer, ela não deixaria a amiga entrar sozinha em uma sala cheia de comensais da morte.

Eles seguiram em direção as escadas, Régulos parecia estar avaliando se era uma ideia plausível, mas o aperto de Sirius em seu braço dificilmente o deixaria desistir, eles pararam em frente a uma porta, Lilian pega sua varinha e começa a murmurar uma série de feitiços baixinho, quando acaba, em sua frente começam a aparecer uma série do que seriam pedaços de uma barreira, até tudo se desfazer.

– Temos que entrar vivos lá, não é?– A mulher tinha um sorriso divertido, e assim que suas mãos tocaram a maçaneta, ela recolheu toda sua presença mágica, empurrou a porta.

– ... ministério est–

– Boa tarde cavalheiros, infelizmente eu vou ter que pedir que saiam.

Harry estava completamente chocado, deviam ter uns 20 comensais na sala, e todos estavam com a mesma expressão que Harry, mas piorou quando os outros seis membros entraram, Narcissa olhou direto para Lucius, seu rosto era completamente neutro, era como se ela dissesse que não arredaria o pé dali sem precisar pronunciar uma única palavra.

– Lily? Lily saia daqui, eles vão te atacar.– A voz preocupada veio do meio dos comensais, e Harry procurou a quem pertencia apenas para ficar chocado com a resposta, Bellatrix Lestrange estava indo em direção a sua mãe, ela caminhava de frente para os comensais com a varinha em mão, se preparando para atacar qualquer um que chegasse perto de sua amiga grávida.

– Está tudo bem Bella, deixe que tentem.– Lily tinha um sorriso debochado e uma varinha em mãos, assim como todos os outros comensais da morte ali presente.

Harry procurou por Voldemort e não demorou a encontrá-lo, ele estava bem no meio sua mão direita fazia uma pequena massagem em suas têmporas, seu rosto ofídico denunciava que ele estava se controlando para não matar todos ali.

– O que essa vadia de sangue ruim está fazendo aqui?– Harry viu um homem que caminhava lentamente até sua mãe, ele vasculhou suas vestes a procura da varinha, mas se lembrou que isso era uma memória, e mesmo que não fosse, ele não teria sido rápido o suficiente, logo gritos altos encheram o ambiente, mas eles não vinham de sua mãe.

Lily estava parada, ela não havia falado nada, e nem sequer movido a varinha.

– Ora Rossier, onde está seu cavalheirismo? Não se fala essa coisas para uma dama.– O homem pressionava a lateral da cabeça como se fosse explodir.– Então, eu preciso falar com o Lord das Trevas, e apreciaria muito se saíssem.

Os comensais não atacavam, e Harry sabia bem o porquê, eles precisavam de permissão pra isso, e Voldemort não tinha dado.

– Nós não obedecemos sangues ruins.– Junto de uma risada de Lilian, um rosnado alto foi ouvido, os olhos de Lupin estavam amarelos ameaçando qualquer um que se aproximasse, mesmo que esse alguém fosse Tabit Nott.– Você ousa rosnar pra mim, criatura vil?

Os olhos de Tabit Brilharam e ele ergueu sua varinha para Lupin, Lilian observou cada movimento, ninguém machucaria seus amigos, ninguém. Então quando o homem brandou o cruciatus em Lupin, ela correu se posicionando na frente, quando a maldição vinha de encontro ao seu peito, um escudo azul surgiu, como uma segunda pele e a maldição fez apenas um pequeno formirgar que logo passou.

– Expeliarmus!– A mulher falou aproveitando que todos ali estavam em choque desarmou Nott.– Estupefaça!– Logo o corpo dele estava indo de encontro a parede, enquanto todos estavam com olhares assustados para a mulher que recebeu um Crucio sem nem piscar.

Lilian caminhou até ficar de frente para todos os comensais, com um aceno de mão Bellatrix estava ao lado de todos os seus amigos e o escudo se erguia na frente deles.

Voldemort e Harry tinham um olhar divertido no rosto, como se aquela mulher de 1.65 colocando medo em 19 bruxos das trevas fosse a coisa mais engraçada que já viram.

A presença mágica de Lily encheu todo ar, até ele ficar completamente carregado pela magia da ruiva, a força da sua magia acabou arrancando alguns gemidos que não dava pra saber se era de incômodo ou prazer de alguns comensais.

– Eu pedi educadamente, vocês não me ouviram, infelizmente agora eu vou ter que mandar.– Os cabelos da mulher flutuavam ligeiramente alguns comensais estavam quase babando na quantidade de poder que ela emanava.– SAIAM.

E então, como se todos os comensais tivessem sido atingidos por um enorme estupefaça, eles foram lançados em direção a segunda porta na lateral do escritório, todos menos um, Lucius Malfoy permanecia no mesmo local, completamente imóvel.

Lily deixou a barreira que protegia seus amigos cair e logo eles correram pra perto dela, em compensação, um Harry muito animado chutava sua barriga.

– Você gostou meu amor? Quando você for grandinho você vai aprender a fazer isso.– Lily falava enquanto tocava amavelmente sua barriga.

As pessoas na sala olhavam-na como se ela fosse completamente louca e extremamente bipolar, a expressão deles era engraçada, mas Harry se ficou em uma, Voldemort olhava para a ruiva com incredulidade.

– É sério que Harry ficou animado com seu surto de magia? Eu tenho medo dessa criança.– A voz de Narcissa era divertida, e aparentemente tirou Lucius do transe que ele estava e o homem correu em direção a esposa.

– Por que eu não te matei ainda mesmo?– A voz do Lord das Trevas foi ouvida por toda sala e causou um pequeno arrepio em Lucius e Régulos.

– Ah, Tom, nós já passamos dessa fase, não é? Você ameaça me matar, e eu te lembro que se eu morrer por suas mãos, ou pelas mãos de qualquer pessoa que você tenha coagido a me matar, eu tenho umas caixinhas enderessadas para os membros da ordem, nelas contém a informação de que forma tem suas horcrux, uma chave de portal para o local em que você escondeu e um dente de basilisco para destruir elas, inclusive a do gringotts, que foi particularmente difícil descobrir uma forma de driblar a segurança do local, mas eu consegui, e você sabe que não será mais rápido que isso, e a única forma de evitar que seis das suas 7 horcrux sejam destruídas é me deixar viva.

Harry ficou atônito, sua mãe estava ameaçando o Lord das trevas, e continuava viva.

– E também porque você não quer me matar Tom.– Lily deu ao Lord um sorriso calmo.– Nós dois queremos a mesma coisa e nós dois sabemos a profecia verdadeira, então sendo assim, vamos aos finalmentes.

– Tudo bem, mas você não precisava interromper minha reunião, sentem-se, todos vocês.– O homem não parecia nenhum pouco irritado com a situação toda.

Lily segurou a mão de Narcissa e Bellatrix e as puxou para um sofá, ambas fizeram uma pequena reverência ao passar pelo Lord, Lily se sentou no meio delas e deitou sua cabeça no colo de Bellatrix, Narcissa sabia o quanto Lily estava exausta, mesmo que não parecesse, e com esse pensamento ela puxou as perna da amiga para o seu colo, deixando Lily deitada entre elas.

– Você fez nossa chave de portal, e programou o horário, também disse que não queria atrasos, se não quisesse ser interrompido, tinha escolhido outra hora.– O sorriso que Lily deu a Voldemort dizia que ela tinha ganhado.

Quem visse pensaria que eles eram primos muito próximos, a aproximação deles ocorreu poucas semanas e eles ainda não tinham se matado, mas claramente não havia nenhum envolvimento amoroso ali.

– Dumbledore esteve em casa hoje, para nos convencer a sair da Potter manor, foi muito gentil e nos levou um chá.– Havia um sorriso debochado no rosto de Lily, enquanto ela estendia o frasco para Voldemort. – Veja.

O líquido perolado brilhou, através do vidro, e na sala se pôde ouvir um suspiro de Lucius, ele sabia o que era aquilo, e tentar dar a uma mulher sem consentimento era muito baixo.

– Uma poção abortiva. Presumo que você não tenha bebido, não é?– A voz de Lord Voldemort tinha uma pitada de preocupação ao fundo.

– Eu não podia recusar, você vê, então eu bebi, disse que estava delicioso, e perguntei se ele poderia me dar a receita, infelizmente era de família e ele não pôde, mas me deixou com o bule.

A cara de quase todos ali foi ao chão, inclusive a de Harry, Voldemort foi uma notável exceção, seu olhar estava  no anel azul que tinha como detalhe um B cursivo.

– Seu anel de senhorio.– Não foi uma pergunta, ele estava afirmando e todos entenderam a linha de pensamento do homem.

– Então, o que vamos fazer a respeito?– Era a voz de Narcissa.

– Vamos proteger Lilian e o  seu bebê também.– A voz de Lord Voldemort deixava claro que aquilo não era um pedido.

E logo Harry foi puxado para fora das lembranças de sua mãe.

                            •••°°°•••°°°        

Quando sua cabeça emergiu, seus olhos se fixaram em morte, ele não conseguia acreditar no que estava acontecendo, tudo aquilo foi demais para ele.

– Tem só mais uma coisa que você precisa saber.– A voz de morte dessa vez era delicada, como se não quisesse ferir ainda mais o rapaz.

– Me mostre.

Morte então lhe estendeu cinco frascos também com memórias.

– Essas são lembranças do dia 31 de outubro de 1981, pertencem a sua mãe, seu pai, Voldemort, Dumbledore, e a mim. Derrame-as juntas.

Harry pegou os frascos e derramou todas as lembranças na penseira.

                            •••°°°•••°°°        

Ele estava em Godric's hollow, mais precisamente no quarto de bebê, ele pôde ver sua mãe e seu pai conversando enquanto Lilian segurava seu "eu bebê" de forma protetora.

Um tremor foi sentido na casa e eles sabiam, alguém tinha passado pelas alas de proteção, Lily estava aparentemente desesperada, e foi isso que Harry não entendeu, se ela tinha um acordo com Voldemort porque estava com tanto medo dele? A menos que não fosse dele.

– Proteja o Harry, eu vou tentar detê-lo.– Era a voz de Thiago, ele selou os lábios na testa do bebê e logo em seguida nos lábios da mulher, ele sabia que não voltaria.

A lembrança o levou até o andar de baixo, na hora exata em que a porta se abriu, e Albus Dumbledore entrou na casa, se Harry era capaz de sentir dor em uma memória, foi exatamente o que ele sentiu ao ver o homem em que mais confiou ali.

Thiago tinha a varinha em mãos e se preparava para começar o duelo, várias luzes se fizeram presente, até que o diretor gritou as duas palavras da maldição e o corpo de Thiago Potter caiu sem vida no chão, levando com ele a esperança de que Lily teria encontrado uma maneira de sair viva dessa situação.

A lembrança o arrastava até o quarto, onde Lily estava terminando o quinto feitiço de proteção, ela só precisava ganhar tempo até Voldemort chegar, um Harry bebê ficava olhando encantado para a sequência de luzes que saía da varinha de sua mãe.

Assim que Lily conseguiu, ela murmurou alguns encantos no berço de Harry. Quando o quarto começou a tremer, o bebê começou a chorar, Dumbledore estava derrubando as barreiras, ou tentando.

Lilian pegou Harry no colo e começou a tentar tranquilizá-lo, ela balançava o garoto suavemente, enquanto suas mãos lhe faziam carinho.

– Eu te amo Harry... te amo muito, muito muito, não esqueça nunca disso, eu faria tudo por você, eu vou fazer tudo por você.

Quando a porta explodiu, Lilian correu e colocou Harry no berço, atrás de todas as proteções que ela havia feito, era uma simulação de todas as alas mágicas que ela conhecia, por mais que ela soubesse que havia um feitiço que atravessaria aquilo.

– O que você está fazendo? Nós confiamos em você!– A mulher falava enquanto toda a sua magia se fazia presente ali, bruta e poderosa.

A casa tremeu mais uma vez, mostrando que finalmente Voldemort havia chego, Lily quase suspirou de tanto alívio.

– Eu posso deter Tom, eu sou tão forte quanto ele, mas essa criança, ela será uma aberração Lilian, eu não posso permitir a existência dela, se eu o matar agora, ele não se tornará um perigo, mas você não precisa morrer Lilian, saia da frente.

– Não! Você não vai chegar perto de Harry, eu não vou deixar.– A mulher brilhava em um vermelho suave, parecia que todo o amor que ela sentia por seu filho tinha virado luz e cobria seu corpo.

Nessa hora, um Voldemort com suas túnicas negras entrou no quarto, a varinha apontada para Dumbledore, só que o diretor foi mais rápido, afinal ele já esperava Tom ali, ele não poderia matar Voldemort, precisava que ele vivesse para o culpar pelos Potter e mandá-lo para Azkaban, salvando o mundo mais uma vez.

– Confundus!– O feitiço atingiu o Lord que caiu, sua visão tentava ficar e ele tentava a todo o custo recobrar os sentidos e em seguida tudo aconteceu rápido demais.

– Lilian, só Harry precisa ir, é para um bem maior, você precisa entender.

– Não, Harry não, por favor Dumbledore.

– Saia da frente garota estúpida, meus problemas não são com você.

– Por favor, leve a mim, mas deixe Harry ir, por favor eu imploro, leve-me e deixe meu filho.

Na hora em que Dumbledore ergueu a varinha para Lilian, Voldemort tentava a todo o custo recobrar sua consciência, ele só precisava lançar um estupefaça no homem, apenas isso, mas quando ele levantou não foi rápido o suficiente.

Avada Kedavra.– A maldição atingiu o peito de Lily e uma espécie de luz atravessou para perto de Harry.

Enquanto o corpo de Lilian Potter atingia o chão, o próprio Harry que havia mergulhado na penseira sentia sua magia se descontrolar, ele correu para o lado do corpo de sua mãe, mas não podia fazer nada, não podia abraçá-la, ressucitá-la, e muito menos vingá-la.

Voldemort por outro lado, estava completamente determinado a ter sua vingança, ele lançava uma série de feitiços na direção de Dumbledore, as luzes dançavam em todas as cores possíveis, quando um atacava, o outro subia um escudo, conforme o embate avançava, os bruxos andavam pelo quarto desviando das mágoas, até que Voldemort brandou as conhecidas palavras que lhe deram a cicatriz, mas a maldição não ia na direção do bebê, ia em Dumbledore.

Acontece que Dumbledore gritou um "Ascendio" ao mesmo tempo, e logo seu corpo foi jogado pra cima, ao mesmo tempo que a maldição atingia Harry Potter e ricocheteava para Lord Voldemort, deixando Harry Potter apenas com uma cicatriz, e fazendo Voldemort se dissolver em cinzas e fumaça negra.

Dumbledore nem mesmo teve tempo de tentar tocar em Harry, pois logo Severus Snape estava subindo as escadas, com a morte de Lily e Thiago, as alas haviam caído e só restava ao diretor, aparatar dali pra longe.

Harry sentiu o repuxo que o expulsava completamente da memória.

                            •••°°°•••°°°        

Quando ele emergiu, a dor de cabeça que ele sentia era absurda, afinal ele não tinha descoberto uma coisa pequena, não, ele tinha descoberto que praticamente toda a sua vida tinha sido uma mentira.

O Duende estalou os dedos e uma xícara de chocolate quente apareceu diante de Harry, era cremosa e tinha creme por cima, Harry definitavamente aceitou, ele precisava daquilo. O homem bebericava aos poucos seu chocolate, morte se sentou no chão ao seu lado, o silêncio não era incômodo, era necessário, e eles passaram aproximadamente 15 minutos daquele jeito até Harry terminar sua bebida.

– Agora que eu já sei a verdade, qual sua proposta?– A voz de Harry era profunda e Morte sabia que agora, ele aceitaria.

– Você vai morrer, eu vou te matar, aí você vai poder voltar no tempo, para antes do seu primeiro ano em Hogwarts, terá uma nova chance de salvar as pessoas certas, a balança da vida está desequilibrada, muitas pessoas que passaram pra cá não deveriam, você entende, não é?

Harry assentiu, eles foram manipulados, uns mais do que outros aparentemente, mas eles foram,.a maioria das mortes de seus amigos não deveria ter acontecido, na realidade, a maioria, senão todas, as mortes da guerra não deveriam ter acontecido.

– Eu posso me despedir dos meus filhos?– Foi a única coisa que Harry falou.

Morte concordou e estalou os dedos, das sombras do cofre apareceram Severus, Scorpious, James e Teddy, alguns segundos depois, as imagens fantasmagóricas de Lily e Fred apareceram também, morte estalou os dedos mais uma vez e elas ficaram semi física.

Todos correram para Harry, o homem finalmente se permitiu chorar, porque mesmo que a vida dele tenha sido cercada de mentira e manipulação, ele tinha certeza que algo bom tinha sido resultado, algo verdadeiro.

– Eu amo vocês, todos vocês, não esqueçam nunca disso, tudo bem?– Harry falou em meio a alguns muitos soluços.

– Nos diga por favor que você aceitou a oferta.– Era a voz de Severus, ele olhava para o pai com uma esperança que era quase palpável.

– Sim, mas eu só vou se concordarem.

– Nós concordamos, todos nós, você precisa voltar.– James falava, por mais que ele parecesse triste em deixar o pai, ele sabia que aquilo era o certo.

– Harry, você pode ser feliz, e nos fazer ainda mais feliz, não temos dúvidas, além do que, Lily falou que será tão rápido quanto adormecer, e nós ficaremos com papai e os outros.– Era a voz de Teddy, o garoto tinha os olhos marejados.– Ela nos mostrou a verdade, Harry você pode ir, e impedir boa parte daquilo.

Todos ali assentiram, era a chance de salvar todo o mundo bruxo de uma teia enorme de manipulação.

– Morte falou que vai te dar pequenas ajudas, e fazer algumas pequenas alterações, mas antes de ir, eu preciso te dizer algo.– A voz de Fred que era sempre brincalhona, agora era extremamente séria.– Em nossa última vida, Dumbledore colocou Jorge e eu sobre a maldição imperius, pois nos recusamos a dar informação sobre você em troca de dinheiro pra ele, então por favor, verifica dessa vez se ainda estamos, certo? Morte falou que fará o possível pra evitar, mas quero que saiba que o sentimento sempre foi verdadeiro.

Harry assentiu e abraçou o Fred semifisico, ele tinha certeza que os gêmeos jamais trairiam ele.

– E eu, por favor eu só tenho dois pedidos.– Severus falou enquanto segurava a mão de Scorpious.– O primeiro é: Faça as amizades certas desde cedo. E o segundo é que pelo amor da deusa você não coloque Albus no meu nome.

Todos ali riram, mas foi mais pela capacidade que Severus tinha de usar seu humor ácido do que pela piada em si.

Harry beijou a testa de cada uma das crianças, inclusive a sua nem tão criança agora Lily, e em Fred ele deu um selar na bochecha.

Harry olhou o chefe dos duendes e lembrou de como ele havia sido atencioso minutos antes, e com esse pensamento ele fez uma reverência a criatura.

– Adeus, Chefe Bersnantt, que suas riquezas sempre sempre cresçam.

O duende lhe sorriu com todos seus dentes pontiagudos e devolveu a reverência.

– Até logo, senhor Potter, que seus inimigos pereçam.

– Está pronto?– Morte falou ao seu lado.

Harry apenas acenou com a cabeça, e fechou os olhos, esperando o feitiço que nunca veio, quando Harry abriu os olhos novamente ele estava dentro de um vagão de trem, e morte estava bem na sua frente.

– Quanto tempo antes de sua carta você quer ir?

– Pode ser algumas horas?

– Claro, mas você deve saber que quanto mais tempo você está voltando, mais essa viagem demora, você pode ir no vagão restaurante comer algo, ou então pode ir na biblioteca.

Harry assentiu e se levantou, ele foi direto para o vagão restaurante pegar algo para comer, o homem estava realmente faminto, passado aproximadamente 30 minutos, Harry retornou para o vagão em que morte estava.

– Então, alguma dica, recomendação, ordem ou coisa do tipo?

– Nada muito específico, apenas uma.– Morte respirou fundo olhando pela janela, e retornando o olhar para o homem antes de falar.– Vá ao gringotts assim que receber a sua carta, em seus bolsos tem alguns galeões que devem dar para o transporte, uma comida no caldeirão furado e seu teste de herança no gringotts, assim que chegar lá, eu lhe dou mais informações, por hora, você precisa dormir, porque logo logo, tudo que você viveu serão apenas dias de um futuro que você deveria, mas infelizmente não pode esquecer.

E assim que ouviu a fala da Morte, seus olhos pesaram e ele adormeceu, quando Harry acordou, ele se sentiu estupidamente claustrofóbico e sua visão estava ainda pior, ele tateou atrás de seus óculos e quando os colocou ele soltou um pequeno chiado reconhecendo o local em que estava.



LEIAM AS NOTAS FINAIS.


Notas Finais


O capítulo tá ENORME, não era a intenção, eu juro, o próximo não será tão grande, prometo.

Sobre os comentários de vocês: GENTE EU TO AMANDO CONTINUEM, VOCÊS QUE FAZEM COMENTÁRIOS ENORMES:: AMO VCS DJSJSJJS.

Não sei se respondi todos, mas espero que sim, tô indo lá ler.

Gente esse capítulo >>>não<<< tá betado, outra hora eu venho aqui e Beto ele, paciência comigo obg.

Por motivos de: esse capítulo da mais ou menos uns 3 capítulos normais meu.

Eu só venho postar atualização daqui a uma semana mais ou menos, ou é o que eu planejo.

Aí gente, o que vocês acharam desse capítulo? Deu pra entender legal a história por trás da fic?


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