História A Sincronia no Olhar - Imagine Neji Hyuuga - Voltando para Konoha

•• S/n ••

Acordei quatro e meia da manhã com o despertador. Dei uma boa enrolada na cama pensando que daqui algumas horas já estaria rumo à Konoha.

Teria que chegar no aeroporto 6 horas da manhã pois tinha que fazer o chek-in com 2 horas de antecedência.

Levantei e fui direto pro banheiro. Escovei meus dentes e retirei meu pijama o colocando na minha mochila. Entrei em baixo do chuveiro deixando a água quente me despertar aos poucos. Ainda bem que eu havia lavado e hidratado meu cabelo e feito minha depilação no dia anterior. Estava acordando ainda, mas a ansiedade de ir logo estava batendo forte no peito.

Assim que acabei meu banho, enrolei uma toalha na cabeça para tirar o excesso de água e me sequei.

Vesti uma calça jeans cós alto rasgada nos joelhos, uma camisa simples rosa bem claro e um blazer rosa claro aberto, com as mangas dobradas até os cotovelos combinando com a camisa, e por fim, calcei um tênis branco.

Terminei de secar o meu cabelo com o secador e finalizei com uma maquiagem simples. Apenas um lip tint nos lábios, corretivo nas olheiras e mascara de cílios.

Guardei as coisas que usei dentro da minha mochila e olhei as horas. Já eram cinco e quinze, decidi comer no aeroporto, embora fosse até caro de mais. Mas não poderia me atrasar. Chamei um Uber e esperei. Seriam cerca de trinta minutos até chegar no aeroporto.
Enquanto o Uber não chegava, decidi me despedir do meu apartamento. Fazia um ano e meio que estava ali, mas já tinha me apegado muito, até pq foi meu primeiro lar independente, claro era alugado, mas ainda assim era meu cantinho.

Olhei o celular e vi que o Uber havia chegado. Eram cinco e vinte e cinco, pedi ajuda do porteiro para me ajudar a descer com as malas e colocá-las no carro. Me despedi do porteiro e fui.

Pegamos trânsito e acabei chegando seis e dez, não era um grande atraso até porque, os voos sempre acabavam chegando um pouco fora do horário.
Fiz o chek-in, despachei minhas malas e procurei alguma cafeteria para tomar café.
(...)

São oito da manhã e estou no aeroporto ainda esperando meu voo para Konoha.

Não acredito que depois de 10 anos estou voltando pra essa cidade. Estou mais ansiosa do que imaginava.

Não pensei em um trabalho ainda, mas com o dinheiro que juntei em minha conta bancária e o dinheiro que meu pai acabou me deixando de herança, vou ter uma vida aconchegante e tranquila. Não tem o porquê de me preocupar com trabalho agora. Vou focar em terminar minha faculdade.
Penso no que irei fazer assim que chegar. Talvez fazer algum jantar especial com minha mãe...

"Atenção passageiros do voo para Konoha das oito e meia, se encontrar no portão de embarque número 107 no terminal 1..."

Sou despertada de meus devaneios quando os alto-falantes do aeroporto chamam os passageiros do meu voo. Entro no avião e mando mensagem para minha mãe:

"Oi mãe❤ Bom dia! Já estou dentro do avião, talvez eu chegue aí umas quatro horas!"

Cerca três minutos ela já me responde:

"Bom dia minha filha! Que sua viagem seja ótima! Estarei te esperando! Beijos❤"

Depois de uns quinze minutos esperando a decolagem, finalmente estou indo em direção à minha antiga cidade.
E acabo percebendo que fiquei em uma fileira vazia, apenas eu. E até estranho a sorte que eu tive!

Olhando pela janela do avião, vejo as nuvens e isso me faz pensar como seria minha vida daqui pra frente. Nunca pensei que voltaria para Konoha com intuito de morar.
Não estava com tanta preocupação em não conhecer as pessoas de lá pois, alguns colegas de faculdade acabaram se transferindo para Konoha também. Uma delas era minha amiga, Temari. Somos amigas desde os doze anos, nos conhecemos na escola e desde então não nos soltamos mais. Faz cerca de sete meses que Temari se mudou para Konoha e segundo ela, tem uns gatinhos lá, incluindo um que ela está meio enrolada - dou um sorriso ao lembrar desse fato -. Temari é uma ótima amiga. Extrovertida, sabe se divertir e me divertir e é uma boa conselheira. Quando ela soube que me mudaria para Konoha, soltou fogos de artifício, falando que quando eu chegasse iriamos sair para beber - acabo rindo baixinho com tal lembrança.

Minha mãe também estava bastante feliz por eu estar voltando pra lá. Ainda nem acredito que ela está no mesmo trabalho de sempre. "A governanta da mansão Hyuuga". Ela nunca cansou desse trabalho, sempre fala que é um bom lugar e que ficaria ali até se aposentar. "Não sei como não enjoa" - pensei comigo.
Conhecendo bem minha mãe, não é de se duvidar que já tenha espalhado a notícia de que estou voltando.

Estou muito ansiosa para escolher um apartamento novo e rever minha amiga.

Resolvo escolher um filme e tentar dormir. Acordei muito cedo e seriam cerca de sete à oito horas de viagem.
Escolho um filme qualquer, me estico nas poltronas vazias e como pensei, acabei dormindo sem nem perceber. Se tem uma coisa que faço com facilidade é dormir. Não tenho preocupação em voos, e agradeço por isso. Já vi pessoas que chegaram a chorar de medo.

Acordo às uma e meia percebendo que estou no voo ainda. Me estico e uma aeromoça passa oferecendo algumas "besteiras". Decido pegar uma garrafinha de água e um pacote de batatinha, me arrependendo logo em seguida depois de saber o preço:

- São dezoito dólares. - disse a aeromoça com um curto sorriso nos lábios.

Não consegui ver minha reação, mas com certeza arregalei os olhos.
Peguei meu cartão e paguei. Já sabia que as coisas nos aviões eram caros, mas poxa vida!

Comi a batatinha e escolhi outro filme para assistir. Um clichê adolescente, ótimo.
(...)

Finalmente estamos pousando. O coração estava acelerado para sair logo do avião e pisar em Konoha.
Como previsto, cheguei às quatro horas.

Peguei minhas malas e fui em direção às cadeiras de espera do aeroporto. Sentei em uma delas e mandei mensagem para minha mãe:

                                                          - "Oii mãe! Cheguei no aeroporto!"

Digitando...

"Em que lugar vc está? Vou te ajudar com as malas!"

                                      -"estou nas cadeiras de espera perto da cafeteria"

Digitando...

"Já já estou aí."

Passaram cinco minutos e já pude vê-la vindo em minha direção. Levantei rápido e a abracei forte.

- Como foi a viagem? Foi tranquila? - me perguntou com um sorriso no rosto.

- Sim foi ótima! - falei com um sorriso.

Pegamos minhas malas e fomos ao carro. Por sorte, minha mãe tinha um carro e isso facilitaria muito.

Ao sairmos do aeroporto, olhando pela janela do carro pude ver o quanto Konoha estava mudada. Passei três anos sem ir até lá por conta do trabalho e estudos. E nesse tempo ja haviam mais prédios e havia crescido muito, claro não era tão grande quanto Londres, mas era enorme.

Minha mãe falou que Konoha é uma cidade muito tranquila e que sem dúvidas me daria bem aqui.

Chegamos no apartamento da minha mãe. Tinham 2 quartos, 1 banheiro, uma cozinha razoavelmente grande e uma sala. Era tudo arrumadinho, a cara dela. Ela havia comprado aquele apartamento assim que meu pai faleceu. O antigo apartamento ela decidiu colocar a venda. Entendia os motivos então nunca me opus.
Já havia dito pra minha mãe que iria alugar um cantinho pra mim. Não gostaria de preocupa-la se eu saísse, além de também não querer incomoda-la se eu chegasse muito tarde. E minha mãe ainda era nova, tinha seus quarenta e dois anos e creio que algum dia ela acharia uma nova pessoa para se juntar a ela.
No início, insistia para eu ficar ali, mas ela sabia que não era o que eu queria, então fez questão de querer me ajudar a escolher algum AP.

Me acomodei em um quarto e troquei de roupa. Naquela tarde minha mãe havia pedido folga para me receber e resolver algumas coisas ainda sobre a venda do apartamento do meu pai em Londres e outros assuntos.

Enquanto eu comia bolo e bebia um copo de suco, ela tomava uma xícara de café e me contava histórias e o que tanto ela fazia. Dizia que saía com uma amiga do trabalho às vezes.
E em um desses contos acabou me dizendo algo que me fez ter certeza que ela ja havia espalhado que eu tinha voltado:

- O Senhor Hiashi e sua esposa gostaria de vê-la. Avisei que você iria. - me olhou enquanto tomava um gole de café.

Não era que eu não quisesse vê-los, mas fazia muito tempo que não via nenhum dos Hyuuga, nem sabia que eles lembravam de mim.

- Sério mesmo mãe? Mas eu nem concordei... - a olhei com os olhos semicerrados. Ela deu uma pequena risada

- mas vc vai não é? - me olhou como se pedisse.

Ela ainda sabia como me convencer sem nem pedir. Não sabia como ela tinha esse controle.

- Certo! Eu vou... - dei um pequeno sorriso de lado.

- Ótimo! Vá amanhã na parte da tarde! Vou te esperar! - se levantou deixando a xícara na mesa - agora vou tomar um banho ainda tenho uns assuntos pra resolver na rua. - saiu em direção ao quarto sem nem dar tempo de eu responde-la.

-claro... mãe - falei baixinho tomando o suco e pensando que agora teria que ir à casa dos Hyuuga, ver pessoas que se quer nem lembro.

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