História A Sincronia no Olhar - Imagine Neji Hyuuga - Plano - Neji Hyuuga

•• Neji ••

"Não pode ser.... não pode ser... não pode ser..." - repetia mentalmente pra mim mesmo.

Não acreditava no que eu tinha ouvido. Quase sendo tirado da sala à força com S/n, escutamos o tiro. Naquele momento, o tiro parecia ter sido em mim. Meu coração doía de uma forma inexplicável. Minha mulher caiu de joelhos ao meu lado soltando um grito de doloroso, assim como eu sentia.

Eu só conseguia chorar como uma criança, lágrimas fortes. Um pedaço de mim foi tirado.

À um dia atrás estavamos todos juntos, nos divertindo. O seu "eu te amo pai", de uma maneira carinhosa e repentina passou na minha cabeça. Nossos momentos juntos, a forma como ele nos observava com os olhos curiosos, seu jeito meigo. Não podia ser real. Meu garoto não pode ter ido dessa maneira.

Como pai, o meu dever era protege-los, e eu não consegui fazer isso. Um lixo, era como eu me sentia. Minha mulher aos prantos do leu lado e eu não podia fazer nada além de abraça-la.

•• Autora ••

- Vamos pegar esse desgraçado agora! - Shikamaru falou com autoridade fazendo os policiais dali se levantarem. - Deidara comigo! - chamou o loiro que assentiu. - Matias levem os dois pra sala de espera privada. - comandou o policial para que levasse Neji e S/n.

- Ele vai ligar denovo. - Deidara avisou o moreno que parou pensando um pouco.

Se Tom ligasse e ninguém atendesse  seria um aviso de que sua localização teria sido descoberta, e as chances dele fugir seriam altas. Shikamaru, como estrategista, pensou em algo rápido, que não sabia se daria certo, mas era a única ideia do momento.

- Neji... - chamou calmo. Iria tenyar falar com ele. Neji era o mais controlado, conseguia segurar suas emoções muito bem, mesmo que naquele momento  e com razão, estivesse derrotado e chorando, se ele conseguisse escutar, ele se acalmaria, ao menos por fora.

Sim, era um momento difícil e que eles deviam ter um tempo sozinhos, mas se não fizesse nada, a única chance de conseguir pegar o Tom, estaria acabada.

- Parceiro... escuta. - Shikamaru tocou seu ombro, com Neji olhando de canto pra ele. - temos um plano, mas precisamos de vocês. - Neji respirou fundo dando um beijo carinhoso na testa de S/n.

- Eu já volto ta bom?... - falou baixo só pra ela, que ainda chorava e saiu ao lado de Shikamaru. - o que você tem em mente? - perguntou com os olhos vermelhos, prestando atenção no amigo.

- Temos que continuar falando com Tom pelo celular. Se ele ver que não atendemos, vai perceber que foi encontrado. Por isso precisamos que continuem falando. - disse e Neji fechou os punhos.

- Não dá. - falou rápido.

- Eu entendo que seja um momento difícil, e prometo fazer justiça em cima dele. Mas pense... - ele tinha que ter cuidado com o que falava, se falasse algo que magoasse ou mechesse mais ainda na recente ferida, pioraria. - Temos que pegar o desgraçado, e eu juto por Deus, que ele irá pagar! - falou com certeza e raiva. A nenhum momento citou a perda do filho ou as duas vidas ainda em perigo, pois sabia o quanto aquilo estava machucando. E por mais que Shikamaru se mostrasse calmo, ele estava também sentindo um aperto dentro de si.

Neji respirou fundo outra vez, limpando outra lágrima que caiu em seu rosto. Ele sentia a dor da perda, sentia a dor da sua mulher, mas mais do que tudo, queria que Tom pagasse oelo que fez. Ainda tinha sua filha e sua sogra presas com Tom, e ele queria elas de volta.

- Tenho que falar com ela... - falou engolindo tudo. - mas eu não sei se vamos conseguir. - falou voltando seu olhar pro chão.

Shikamaru, montou uma idéia idiota. Era assim que ele pensava. Mesmo que S/n e Neji continuassem falando com Tom, as chances dele sentir falta da interferência de Shikamaru em algum momento, também era grande. Então sua única alternativa era.

- Vão ir junto comigo. - falou e Neji olhou com o cenho franzido demonstrando estar confuso. - Tom é até esperto, se ele ver que só os dois estão falando, vai desconfiar. Então vão vir junto comigo, e quando ele estiver desconfiando ao não conseguirem falar, eu falo algo. - explicou.

- Pode ser arriscado. - palpitou com medo de que se Tom ouvisse a voz de Shikamaru, ele fizesse algo desta vez, com Hana.

- Confia em mim. - falou tocando seu ombro. Neji movimentou a cabeça afirmamente.

- Como vai fazer isso? - perguntou.

- Preciso que converse com S/n agora. O tempo está passando e quanto mais rápido melhor. Vou ter que providenciar uma coisa, não se preocupe. - disse e Neji assentiu saindo de perto de Shikamaru, se dirigindo até onde S/n estava.

Ele sabia que ia ser difícil falar com sua mulher naquele estado. Ela estava arrasada e fazer um pedido em um momento como este, seria horrivel, mas se não fizesse, tudo ia por água abaixo.

- amor... - falou baixo se aproximando da poltrona onde ela sentava com a cabeça abaixa mirando suas pernas. Kurotsuchi que estava ali, se retirou. Ele se abaixou ficando entre suas pernas segurando suas mãos. - precisamos fazer uma coisa. - falou apertando a boca, era dificil falar algo.

- estou escutando. - disse com a voz fanha e embargada, enquanto algumas lágrimas insistiam em cair no seu vestido. Neji tentou explicar da forma mais calma e simples, fazendo um carinho na mão dela, tentando acalma-la um pouco.

- depois de tudo isso... o que vai acontecer? - perguntou com dificuldade. S/n não suportava o sufoco em seu peito, mas faria de tudo para conseguir fazer justiça.

Neji ficou calado diante à pergunta. Ele não sabia o que responder. - "Sofrer? Ter uma vida cheia? Se ocupar para não pensar nos problemas? Proteger a filha de tudo?" - Seria exatamente isso o que aconteceria dali pra frente.

- Vamos fazer isso por ele. - Neji falou dando uma fungada enquanto sentia uma lágrima solitária descer por seu rosto. Ela o olhou e colocou a mão em seu rosto.

- Eu te amo.. - S/n disse o que veio do coração naquele momento. Neji colocou sua mão sobre a dela em seu rosto fechando os olhos enquamdo outras lágrimas saiam.

- Eu também te amo. - disse e se levantou com S/n, dando um selar demorado e um abraço apertado.

Shikamaru ao sair de oerto de Neji entrou na sala onde esperavam ele. Deidara e outros agentes estavam ali.

- Preciso de seis policiais, um carro forte e duas viaturas.

- Um carro forte? - um militar perguntou confuso e incrédulo - no que está pensando? - sorriu nasalado não acreditando naquilo.

- Só faça o que eu estou pedindo. O mais rápido possivel! - disse sério.

- Shikamaru, não temos tantos policias disponíveis. Estão em outros casos. - Shikamaru bateu na mesa já demonstrando nervosismo.

- Eu posso ajudar. - Deidara se dispôs. - minha ficha também deve falar de porte de armas. - falou com um sorriso de canto. Não era algo que a lei deixasse, mas naquele momento Shikamaru precisaa de ajuda.

- Certo. - Falou e fez um sinal para o agente entrehar algumas coisas para Deidara, como colete, luvas e uma pistola.

No carro forte iria Shikamaru, Deidara, Neji e S/n. Por ser blindado e fechado, o motor não chegava a fazer barulho, e isso seria bom para manter o ar tranquilo e não suspeitarem que estão em algum automóvel.

Duas viaturas, uma iria na guarda do carro e outra na frente. Deidara comandaria a localização, Shikamaru a equipe de resgate. Quatro dos policias entrariam na casa, pegando Tom desprevenido e dois ficariam ao lado de fora guardando as saídas e o carro em que estaria S/n e Neji.

Tudo planejado, não teria como dar errado. Os reféns seriam usados, mas as armas de fogo apontadas para Tom e Tenten seriam uma boa maneira de fazê-los desistir.

•• Tenten ••

Assim que vi Tom pehar Noah pelo braço meu coração acelerou.

- O que pensa que está fazendo?! - falei grossa segurando Noah, que mesmo assim foi puxado e começou a chorar.

- Tia! - me chamou querendo se soltar de Tom, e eu não podia fazer nada. Seria suicídio me jogar com ele armado.

- Tom! - chamei alto, vendo Hana me abraçar chorando.

- Para! Não faz isso por favor! - Samantha começou à chorra por ver o Neto sendo segurado.

- Cala a boca da velha! - Tom ordenou e eu gelei. Não era possível, eu estava prestes a correr em direção à ele, quando vi o mesmo segurar noah em um lado dos braços tamoando sua boca para não fazer barulho, e mirar a arma pro chão.

Entendi. Ele iria utilizar o som ao seu favor. Fazer pensar que ele havia matado o garoto, era uma coisa horrível, mas o meu medo de mata-lo, passou. Corri até Samantha tampando sua boca pra que ela não falasse nada, e Hana veio ao meu encontro agarrada à minha perna.

Tom atirou. Um barulho alto que assustou os dois pequenos os fazendo soltar todo o choro que tinhan segurado. Hana me apertou me abraçando procurando segurança, Noah deu um grito assustado e chorou. Do celular, antes de Tom desligar, pude ouvir um grito de S/n, ela estava derrotada, e não conseguia imaginar a dor que ela estava sentindo naquele momento.

Noah saiu dos braços de Tom trêmulo sem conseguir sair do lugar, talvez pelo susto. Saí correndo em sua direção vendo ele se desequilibrar e cair. Cheguei pegando ele no colo, vendo ele se tremer.

- TOM O QUE VOCÊ FEZ?! - gritei sentundo lágrimas me invadirem. Noah me apertou e o olhei, vendo ele derramar algumas lágrimas sem fazer barulho algum.

- a mamãe... - ele falou fungando. - a mamãe tá chorando... - passou a mão nos olhos deixando mais lágrimas virem.

Foi naquele momento que percebi o amor que aquela criança carregava. O amor grande que ele tinha pela mãe. Seu corpo inteiro tremia e deixava sair lágrimas de medo, mas seu coração o fazia pensar na mãe, em como ela estava.

- a mamãe não pode chorar... - tossiu fungando. - deixa eu ir nela tia. - pediu.

Hana veio no meu ladinho com cara de choro pegando na mão do irmão que olhou pra ela. Em todo esse tempo eu chorava sem mesmo perceber.

- Hana... - falou olhando pra ela enquanto ainda se tremia.

- Tia.. o Noah... - mordeu a boca. - eu quero ir pra casa com o Noah. - esfregou os olhos chorando.

- Mas que dramaa... - falou Tom sínico sentado na poltrona nos olhando.

- Seu... filho da puta.. - falei com raiva. - por que chegou nesse ponto?! - trinquei os dentes. Eu queria matar ele.

- como é? Vai me dizer que está arrependida? - perguntou me encarando.

- Estou sim! Seu imundo. - falei o encaramdo com nojo. - Eles são só crianças! O que acha que está fazendo?! Eu não acredito que caí na sua ladainha maldita! - falei com muita raiva.

- Fique à vontade para escolher seu lado. Mas eu vou até o final. - se levantou fundo até minha direção, onde eu estava ainda de joelhos com Noah nos braços. - E não fmvai ser uma vagabunda de merda como você que vai me atrapalhar. - falou segurando meu rosto com uma mão, saindo em direção às escadas.

- Me perdoa Noah... - falei olhando pra ele que ainda se tremia. - por favor me perdoa. - pedi com lágrimas.

- hurum... - fez que sim com a cabeça. Ele não devia falar "sim". Ele tinha que me odiar por tudo, fui eu quem ajudou à traze-los aqui. - todo mundo tem que ser desculpado. - completou me olhando. - o papai disse isso. - falou com um sorriso fraco.

- o que vai fazer agora?! - Samantha com os olhos vermelhos, falou alto com certa preocupação.

- Vai dar tudo certo... - falei baixo. Eu tinha esperança de que tudo ia acabar logo. Eu sentia isso. E se não conseguissem, eu daria um jeito, nem que eu desse minha vida.