História A sombra que me guia - Capitulo III - Ele existe

- Não pode ser! - Eu passei as mãos em meus olhos para me certificar do que eu estava vendo. Depois cheguei mais perto. - Por favor, você quer me dizer de uma vez por todas quem é você? O que quer de mim? E o que faz na frente do meu apartamento?

- Olá, meu nome é Jebediah, e eu...

- Tá, tá. Isso eu já sei. Eu quero saber o que está fazendo aqui.

- Se eu te contar você vai me achar um louco, e vai dizer que estou mentindo.

- O que é?

- É uma longa história. Se você me convidasse para entrar seria melhor.

- Eu não. Nem te conheço, vai que você é um pedófilo, tipo aqueles caras de 30 anos.

- Primeiramente, eu não sou pedófilo, na verdade, eu só quero te ajudar. Segundo, eu nem sou tão velho assim, eu tenho 19 anos. E por último, se você quer que eu te dê as respostas, terá que me deixar entrar. - Eu aponto para o prédio.

- Ai... Ok. Você pode entrar, mas tem que me prometer falar o que quer de mim.

- Tudo bem. - Ela abre o portão e então subimos até o seu apartamento, que é o 101.

- É aqui. - Eu falo abrindo a porta. - Pode entrar.

- Eu entro e reparo em algumas coisas. Ela tem bastante livros em sua estante para uma garota de 18 anos. E seu apartamento é pequeno, mas é arrumado. Depois eu sento no sofá e coloco o livro que estava lendo sobre meu colo.

- Então... O que está acontecendo? Porque você é estranho e fala estranho? O que quer comigo? O que faz aqui? Você me conhece?

- Eii, vai com calma. Eu responderei todas as suas perguntas, só precisarei de uma parte do seu tempo. No final da "história" que eu te contar, você vai ver que nossas vidas estão ligadas. Ou pelo menos, a minha vida está logada a sua.

- Tá ok, mas, do que você está falando? Sua vida ligada a minha. Não estou entendendo ainda.

- Vou começar. Você acredita em "outra vida"? Tipo, uma "vida após a morte"?

- Não exatamente. Eu não tenho como provar, então não acredito muito.

- Se eu te dissesse que eu já morri, mas, digamos que eu tenha tido uma "nova oportunidade" para fazer diferente, o que você diria?

- Que você está louco, e ate agora não me disse nada do que eu realmente quero saber.

- Então, se eu disser que isso aconteceu de verdade, você não vai acreditar?

- Sobre o que ele está falando? Espero que não seja sério. - É que é complicado.

- Olha, por favor, você tem que acreditar em mim. Você é minha única esperança. Já aconteceu de você querer muito algo, só que esse algo depende também de outra pessoa?

- Já.

- Pois é, isso é exatamente o que está acontecendo comigo. Eu vou te contar minha história.

- Pode começar.

- Eu sou igual a você em partes. Eu já tive um grande amor, uma pessoa que eu confiava muito. E... Daria minha vida por ela. Eu sempre fui muito solitário. Meus pais sempre saíam e me deixavam sozinho, desde pequeno. Mas, com tudo isso,eu nunca deixei de ter amigos e ser uma ótima pessoa. Mas isso também não mudava o fato de que eu me sentia excluído e só. E com 8 anos, eu conheci a Ally. Ela foi a primeira pessoa com quem eu me sentia seguro de verdade, e sempre podia contar.

*FLASHBACK ON

- Eu estava sentado no banco de um balanço triste, pois meus pai e minha mãe haviam viajado mais uma vez... Sem mim. E eu estava chorando e muito triste.

- Oi, meu nome é Ally. O que você está fazendo aqui sozinho?

- ...

- Tudo bem. - Eu sento no balanço do lado dele. - Se você não quiser me contar não tem problema, eu só quero te ajudar.

- É que eu estou sozinho. Meus pais não ligam para mim.

- Não fica assim. Eu sei um geito de você não ficar triste.

- Como?

- Sempre que você ficar assim, você pode pensar em coisas alegres, tipo algodão doce e pipoca.

- Hahahah. É engraçado.

- Mas funciona. E sempre que quiser falar comigo eu também vou estar aqui. Eu vou ser sua amiga agora. - Eu levantei para ir embora. - Ah, eu esqueci de perguntar. Qual seu nome?

- É Jebediah.

- Uhm, então tchau Jeb.

* FLASHBACK OF

- Ei não sabia o porquê mas sentia que com ela eu estava seguro, e ei sentia que ela me entendia. Ao longo do tempo eu fui crescendo e a Ally também, a gente tinha a mesma idade e com todos os anos continuamos amigos. Quando eu tinha 14 anos meus pais morreram quando estavam indo para um rio tomar banho. Isso me abalou muito, mesmo sabendo que eles nunca tivessem ligado muito para mim. E a Ally foi a única pessoa que me apoiou durante quase toda a minha vida, e naquele momento, foi quando eu me toquei que eu amava ela, mesmo sabendo disso a muito tempo. Foi quando eu decidi me declarar. E quando ela disse que sentia o mesmo, eu fiquei muito feliz. Depois de um tempo eu pedi ela em namoro e ela aceitou. Por isso ela foi uma pessoa muito importante para mim. O que aconteceu foi que quando eu tinha 15 anos, eu e ela diacutimos, e eu fiz uma coisa... Uma coisa muito ruim. Só que eu não estava consciente naquele momento, foi como se algo estivesse me induzindo a fazer aquilo. Depois desse dia eu não lembro mais de nada. Só sei que acordei  dia depois do ocorrido na casa daimha namorada. Eu estava com um corte na mão, mas eu também não sabia porquê. Algum tempo depois que eu fui me lembrar do que eu havia feito. Mas também era só isso. Naquele dia, mesmo eu tendo feito algo muito ruim eu continuei com a minha vida, e eu e a Ally continuamos namorando. A poucos dias atrás, eu estava na casa de um amigo, e quando sai, vi ela beijando outro cara. Eu amava muito ela, mas ela também sabia que uma das coisas que eu nunca perdoei foi traição, então aquilo para mim foi o fim... Eu sai correndo dali muito triste ao ver a pessoa que eu mais amava beijando outro. Foi aí que eu me lembro de uma luz e  carro. Eu tinha sido atropelado e infelizmente não resisti e morri. Quando eu acordei, estava no "céu" e eu conversei com alga coisa, tipo um "anjo" que me disse que eu teria outra chance de viver, que ele me daria a vida de volta se eu te ajudasse. Por que ele disse que você não tem feito escolhas boas para sua vida, e que se eu não te ajudasse, você acabaria como e um por isso estou aqui. Se eu conseguir te ajudar na sua vida amorosa com o Noel eu teria uma liberdade de novo. Porém, eu teria que mudar de país e não poderia contar a Ally que eu "não morri".

- Deixa eu ver se entendi. Quando você viu sua "ex" pegando outro, você surtou e se matou , e lá no "céu", algo ou alguém disse que daria sua vida de volta se você me ajudasse a não tomar decisões erradas. E se você conseguisse teria sua vida de volta mas teria que mudar de país?

- É basicamente isso.

- Mas se você morreu só agora, porque a 4 anos atrás você foi na delegacia e me avisou que eu estava tomando decisões erradas?

- Eu não sei, eu me lembro mais ou menos de ter feito algo assim, mas não de ter falado com você.

- Estranho, foi como se alguma coisa já estivesse avisando que iria acontecer algo com você.

- Parando para pensar agora é verdade. Mas enfim. Você vai me ajudar e se ajudar?

- O que eu devo fazer?

- Eu não sei ao certo, mas o motivo principal é seu namorado. Eu acho que ele pode te decepcionar no futuro.

- Perai. Como assim? Você está propondo que eu termine com o Noel? Eu não vou fazer isso. No começo eu achei estranho e depois aceitei e até te ajudaria, mas, eu nem te conheço e nem sei se é verdade, e se for para escolher entre seu sonho e meu namorado, você não é uma opção.

- Essas palavras foram como facas ou como morrer de novo. - Mas, você é minha única chance.

- Me desculpe, eu não posso fazer nada. Agora por favor vai embora do meu apartamento

- Mas...

- Por favor!!!

- Espera...

- Não me force a re expulsar.

- Eu fiquei super triste mas saí do apartamento. - Eu não vou desistir tão fácil assim...