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História A Sua Matemática (Ereri - Riren) - Aproveita a noite comigo, Eren.


Escrita por: ddfelipi

Notas do Autor


hey gente, sei que sumi. Mas tenho explicações ok? mas vou deixar isso nas notas finais, ok? então bora?

Capítulo 5 - Aproveita a noite comigo, Eren.


"Pirralho, por que saiu daqui daquele jeito? Você estava estranho" — Eren viu a mensagem chegar pela tela inicial do celular, lendo pela barra de notificação.

Estava no caminho de casa, com o fone de ouvido tocando uma música melancólica ao fundo.

"Não adianta nada você não falar comigo. Não sou cartomante"

Eren ignorou mais uma vez.

"A quatro-olhos te falou alguma coisa? Se for porque não te contei sobre a prova… bem, não posso contar tudo ainda, mas ainda queria que fosse uma surpresa" — Eren parou no meio do caminho, dessa vez desbloqueando o aparelho.

“Por que não contou? É só isso que preciso saber.” — o moreno respondeu curioso pra saber qual seria a resposta de Levi.

Sabia que não podia cobrar nada do zelador. Sequer eram parentes ou algo a mais, mas ainda sim… deveria pelo menos ter uma consideração por todos os dias que Eren ficou até mais tarde o ajudando a estudar. Sabia também que não era seu mérito, e sim de Levi que se esforçou até o último para passar na prova, mas tinha que levar algum crédito por tê-lo ajudado. 

"Podemos conversar pessoalmente?" — a mensagem tirou-o dos seus pensamentos.

"Eu ainda preciso fazer meus últimos serviços aqui na escola. Preciso acertar isso e contar uma coisa que… acho que não vai gostar muito, mas ainda sim, preciso falar com você. Podemos?" — veio outra mensagem.

"O que eu não vou gostar muito?" — perguntou Eren.

"Se você vier, vai saber" 

— Isso não ajuda em porra nenhuma, Levi. — ralhou Eren em voz alta.

"Dia e hora." — enviou apenas

"Hoje a noite, te pego às sete. Pode ser?" — Levi perguntou.

"Pra mim tanto faz, contanto que você me explique isso direito, eu não ligo. Nem gosto de sair mesmo" — respondeu.

"O Eren anti-social ainda não sumiu? Achei que você tivesse saído dessa fase hahaha" — do outro lado do telefone, Levi levava um sorrisinho singelo nos lábios para tela do chat do moreno, pensando: "não tem como você ficar bravo comigo por muito tempo. Sei que está dando um sorrisinho."

— Eu não vou achar graça no que você está falando. — Disse Eren, já com um sorriso no rosto. 

"Te vejo às sete" — respondeu, pensando que se ficasse mais alguns minutos naquela troca de mensagens, poderia acabar realmente caindo nas graças do zelador, ou melhor, do policial.

"Estava dando um sorrisinho, não estava?" — enviou Levi — "Eu sei que estava"

"E sabe o que prova isso? Você está me ignorando. E não, não é porque está em casa fazendo alguma coisa. Você ainda nem chegou nela." — veio outra mensagem — "te vejo mais tarde, pirralho"

Eren balançou a cabeça, ainda em negação. Mas tinha que admitir que o policial estava completamente certo. Não conseguia ficar bravo. Magoado? Talvez um pouco. Mas bravo ou furioso, podia apostar que não.

Pelo menos era o que pensava, já que sabia que Levi teria uma boa explicação para tudo. Com as poucas semanas que conviveu com ele, pôde ter a certeza de que ele era uma pessoa séria e comprometida com tudo o que fazia. 

Quando chegou em casa, Mika logo veio se esfregando nas canelas do moreno e dentro da casa, as horas pareciam passar de forma que até uma lesma andaria mais rápido, tanta ansiedade que estava para ver e saber das explicações que Levi estaria disposto a dar para o moreno. 

Brincou com Mikasa, arrumou a casa, fez um bolo de milho verde, e até pensou em levar um pedaço para o zelador, mas levando em consideração a última experiência em levar comida para ele, acabou descartando a ideia. 

Quando chegou perto das cinco da tarde, Eren já estava escolhendo a roupa, sapato e até um relógio que ganhou da avó, mas nunca usou porque não gostava nem um pouco de um adorno do tipo, mas que podia calhar com o look. 

Look…,pensou ele com um sorriso. É sério que estou preocupado em arrumar um look pra sair com ele?

— Sair, isso seria um encontro? — se perguntou com um meio sorriso, mas que ainda levava algumas dúvidas na cabeça.

Olhou para o celular que estava carregando em cima do criado mudo, ao lado, a caixinha com os chocolates. 

"Que tipo de restaurante é? Devo ir bem apessoado?" — Eren não resistiu em perguntar, ou melhor, em puxar um assunto com zelador. Depois da conversa singela que tiveram depois da aula, não trocaram mais nenhuma palavra.

Não demorou muito tempo para que Levi respondesse, dizendo que era um pouco formal, mas não era pra se apegar muito nisso. 

— O que esse homem está aprontando, viu? — falou consigo mesmo enquanto olhava de volta no guarda roupa, pensando que teria que reformular a vestimenta de acordo com o que o anãozinho tinha falado.

— Vai sair? — a voz da mãe o tirou de toda aquela bolha de perguntas que vinha se acumulando.

— Ah… — as bochechas do moreno estavam um pouco coradas. — desculpa não te avisar. Vou sair com o Levi. — afirmou.
Instintivamente a mãe sorriu. 

— Usando as camisas formais que eu eu te dei… — começou ela — você deve estar doente, você odeia camisas assim. 

— E como! Mas ele disse que o restaurante era um pouco formal, preciso ir de acordo. — disse pegando uma camisa preta e uma outra azul escuro. Virou-se para mãe. — qual eu uso? 

Carla olhou bem e analisou como se analisasse uma jóia muito cara, e por fim, sorriu.

— A azul. Tem aquela calça branca que você nunca usou na vida, também. — decidiu frisar, enquanto olhava em volta. — o relógio da vovó?! Meu deus, Eren, o que o Levi está fazendo com você? — Carla gargalhou, deixando Eren um pouco constrangido. — parece que vai sair algum namoro desse, hm… devo dizer… encontro? 

Eren ficou um pouco calado com as insinuações da mãe.

"Preciso te contar uma coisa que não gostar muito" — foi a primeira coisa que soou nos ouvidos, e se tivesse interpretando as coisas errado?

— Na verdade, eu acho que vai ser um pé na bunda. — afirmou ele, sentando na cama, amassando um pouco das roupas que já tinha tirado de dentro do armário. — ele me disse que precisa me contar algo. Algo que eu não vou gostar muito. — terminou enquanto pousava as duas camisas na cama ao seu lado.

A mãe olhou bem para o rosto do filho e tentou digerir a informação. 

— E tem mais… — ele apontou para o criado-mudo.

— Por que não entregou os chocolates? — perguntou a mãe um pouco surpresa.

— Quando eu cheguei hoje na escola, fui direto para a casa dele. O Erwin estava lá, dando um celular de presente pra ele. O diretor sabia que ele havia passado na prova, o Levi contou. Isso me fez voltar pra trás. Por que ele não contou pra mim? — perguntou mais para si mesmo do que para a mãe. Os olhos estavam um pouco lacrimejados.

— O que exatamente ele disse pra você? — Perguntou Carla desconfiando de algo. Ela poderia ser velha e não entender muito do mundo dos jovens de agora, mas era experiente no amor mais do que eles, com certeza.

Eren pegou o celular, desbloqueou e abriu a conversa com Levi. A mãe leu atentamente e quando chegou a mensagem falada pelo filho, sorriu.

— Ele queria fazer uma surpresa pra você, Eren. Você leu a mensagem com atenção? — questionou a mãe.

— Surpresa? Mas ele não falou nada disso. — argumentou Eren. 

— Você e essa sua cabeça oca…! — murmurou — leia direito, moleque! — ralhou.

"Mas ainda queria que fosse uma surpresa." - Eren, dessa vez, leu essa parte com atenção.

— Você precisa pensar direito nas coisas que faz, Eren. Estava colocando minhocas na cabeça atoa. — começou — se ele queria fazer surpresa, você é importante pra ele. Seja o que for que ele vai contar, tenho certeza que não é nada sobre vocês dois. — afirmou a mãe convicta, enquanto devolvia o celular do filho. 

— Você realmente acha? — perguntou ele. 

— Só indo pra descobrir. — sorriu. Eren levantou e separou a camisa azul.

— Certeza que aquela calça branca fica bonita? Eu acho ela tão… sei lá… branca. — reclamou ele.

— Você só usa roupas pretas, mude um pouco. E é um pouco óbvio você achar a calça branca, ela é branca, afinal. — rebateu Carla.

Eren sorriu com as palavras ríspidas da mãe, precisava disso, e com isso foi até ela e deu um abraço. 

— Obrigado. — disse, largando ela e se concentrando em arranjar a roupa perfeita — pode passar pra mim? — pediu com um sorriso sem graça. 

— Só se me der mais desses abraços. — disse. 

Quando finalmente deu um start no que precisava fazer, as horas passaram como um flash, tanto que Levi chegou e Eren ainda estava penteando o cabelo, numa discussão engraçada com ele mesmo.

— Como é difícil manter isso aqui arrumado, meu deus! — xingou. — Mãe! Ele está tocando a campainha! Atende pra mim, por favor. 

Carla revirou os olhos para o desespero do jovem, na sua opinião, mais do que exagerado. 

— Boa noite. — disse a Carla assim que abriu a porta da frente. — finalmente conheci o Levi que meu filho tanto fala. Prazer, Carla. — falou ela, estendendo a mão. 

— Ah… boa noite, Carla. — disse Levi um pouco sem graça. — o Eren…

— Ah, ele estava numa luta com o cabelo, mas já vai descer. Quer entrar e esperar ele? — perguntou cordialmente.

— Ele ainda está se arrumando? 

— Isso porque ele começou antes das cinco da tarde. — respondeu a mãe. Ambos deram risada. 

— Aceito entrar, então. — disse, os dois entraram. Carla por educação perguntou se ele queria algo, como água ou um café, mas Levi recusou, dizendo que iriam jantar. 

— Sente-se então, vou tentar apressar ele. Vi que veio de Uber, eles não costumam esperar muito. — disse ela.

— Ah, este é um amigo. Pedi pra ele que, caso o Eren ainda não estivesse arrumado, era pra esperar um pouco. — respondeu sentando-se no sofá marrom escuro da casa. 

— Fale pra ele entrar também, oras. Ele vai ficar lá sozinho? 

Levi chamou o amigo, um loiro dos olhos azuis bem claros, este tinha nome de Farlan. 

Quando entraram os três por fim, Carla gritou, um grito que era um tanto desnecessário. 

— Ele já vai descer. — disse ela com um sorriso e sumiu para dentro da casa.

— Quem não desceria com um grito desses? — murmurou Farlan e ambos começaram a rir. 

— Achei alguém com a garganta mais potente que a da minha mãe. — Levi respondeu. 

— Lembro de quando a gente era criança e ia para o campinho. — falou Farlan

— De lá a gente ouvia ela gritar da minha casa. — Os dois gargalharam.

Eren podia ouvir as risadas que vinham da sala, quem quer que estivesse com ele, era alguém que ele tinha muita intimidade. Mesmo ele demorou alguns dias pra arrancar alguma gargalhada de Levi. Mas quem quer que fosse, não iria estragar nada. Nada mais abalava o conselho da mãe, que enraizou nos seus pensamentos.

Eren desceu as escadas um pouco receoso, não sabia quem ia encontrar lá embaixo com Levi, também estava nervoso por uma questão: estava bem o suficiente pra fazer os olhos de Levi pararem? O perfume estava muito forte? Estava com hálito? 

— Não pensa besteira! — brigou consigo.

Ao chegar no pé da escada, seus olhos pousaram sobre Levi, que estava sentado de modo descontraído, com um pé sobre o joelho e um tanto disperso com o smartphone. Smartphone que Erwin deu, a mente de Eren decidiu frisar. 

Quando Levi notou a terceira presença dentro da sala, não pode conter o "wow" que rolou baixinho pelo seus lábios. 

Oi… — Eren não sabia bem o que dizer, estava com vergonha, mas acima de tudo, estava encantado com a forma que Levi conseguiu ficar ainda mais lindo em roupas quase formais, ainda mais, com um penteado de cabelo diferente. Penteado para trás, somente com um ou dois fios caindo nos olhos. 

— Acho que estou sobrando. — Farlan falou baixinho. — Vai lá, Romeu. Te espero no carro. — o loiro deu uma cotovelada na lateral do corpo de Levi. Isso o despertou dos pensamentos, pouco (ou nada) puros que passavam pela sua cabeça. 

Enquanto o loiro saia pela porta, o futuro policial levantou. 

— Você está bonito. — afirmou Levi, sabendo que seria a única coisa coerente e decente que falaria. 

As bochechas de Eren esquentaram, e como sempre foi a alguém que fala tudo que vem a cabeça:

— Você também! — falou sem jeito — Ah… é… obrigado. 

Um silêncio se instalou no cômodo, não era desconfortável, mas também não era todo confortável.O silêncio era apenas cortado por uma troca de olhares singela entre os dois. 

— Quem era? — Eren decidiu puxar algum assunto. 

— Quem era quem? — perguntou Levi, tentando ignorar o quanto os lábios de Eren pareciam convidativos com os movimentos de fala.

— Aquele loiro. Quem era? — "sei que pareço ciumento, na verdade, por que eu seria ciumento?"

— Ah, Farlan? Ele é um amigo de infância, cresceu comigo na favela. Me veio fazer um serviço de Uber, não tenho carro. — o mais baixo deu um risadinha.

— Ah… que legal vocês ainda manterem contato. — Eren desviou o assunto.

— Pois é… então, é melhor nós irmos, não? — questionou Levi — não quero perder a reserva. 

— Reserva? Esse restaurante é tão formal assim pra se fazer uma reserva? — Levi nada respondeu, apenas estendeu a mão.

— Não se preocupa com isso, pirralho. — começou — apenas vamos, pode ser?

Eren concordou, mas ainda desconfiado. Qualquer que seja a notícia, ela era importante demais. Importante o suficiente para ser contada em um restaurante de luxo (ou quase).

Os dois sentaram no banco do passageiro, o loiro arrancou um carro com um sorrisinho, que Levi fez questão de ignorar o trajeto inteiro. Eren por outro lado não foi muito diferente, Ignorou o sorrisinho do loiro que não guardou o nome, mas teve a mente atormentada pelo silêncio do carro. Queria falar com Levi, mas o maníaco ainda  estava no carro e não queria de maneira nenhuma falar algo dos dois à frente daquele ser estranho.

Quando o carro estacionou, Eren quis dar um chilique, mas Levi prevendo uma chuva inteira de perguntas, apenas agarrou a mão do moreno e saiu do carro.

— Levi, esse restaurante são os olhos da cara. Eu juro que não ligo em ir em outro lugar ou até mesmo comer um miojo em casa. — Eren falou e de repente o antigo zelador parou e se virou para o moreno.

— Larga de ser assim, se eu te trouxe é porque eu posso, Eren. Confia em mim, sei que está chateado com que eu fiz, mas eu vou explicar. Então, por favor, pode ter um pouco de calma e aproveitar a noite? — Ele falou calmamente. — aproveita essa noite comigo, Eren. 

Eren pela primeira vez viu apenas sinceridade, não viu um rosto com deboche ou o sorrisinhos que sempre via e também não via arrependimento no que tinha feito com o Eren. Era puramente para confiar. 

— Tudo bem, me desculpa. — falou Eren abaixando a cabeça pra subir subitamente. — Mas que fique claro que vou pagar metade da conta. Tudo bem?

— Você não muda uma grama. Tudo bem, cavalheiro. — brincou Levi. 

A mesa de escolha de Levi era bem reservada, na verdade, uma das mais escondidas. Não que Levi quisesse esconder alguma coisa, mas num mundo onde o preconceito reina, ter uma privacidade é ótimo. E foi por isso que escolheu uma mesa no canto inferior do restaurante, logo depois de uma parede falsa feita de madeira e com uma decoração verde em folhas naturais. 

Escolheram o prato de ambos, depois de alguma reclamação do Eren, que novamente disse que preferia ir comer em outro lugar, mesmo com o pedido anterior de Levi. 

— Antes de chegar o pedido, eu quero conversar com você. — A fala de Levi deixou o moreno um pouco apreensivo, parecia quando o pai falava de algo que o Eren aprontou. — peço desculpas por não ter contado primeiro a você, mas quero que entenda o porquê. Eu queria te fazer uma surpresa, você foi a pessoa que mais me ajudou. Tudo bem, o Erwin conseguiu uma oportunidade, mas se não fosse por você, eu não teria passado. — Começou ele — então, eu queria que fosse um tanto especial. 

— Minha mãe falou sobre isso, ela disse que não era pra pensar nada de errado. Desculpa ter pensando que você não tinha ligado pra mim. — confessou Eren, realmente se sentindo mau por ter enfiado tanta minhoca na cabeça. — acho que tudo piorou depois que eu vi o presente do Erwin… — comentou.

— O Erwin falou com você? 

— Quando eu entrei no corredor de fora da sua casa, ele estava saindo e me disse que havia dado um celular de presente. Eu… eu me senti inferior a ele, porque… — será que deveria falar dos chocolates e que havia passado quase uma noite em claro preparando eles? 

— Por que? — perguntou Levi.

— Chocolates. — sussurrou o moreno.

— Hein?

— Eu havia feito chocolates. Caseiros e amargos, como você gosta. A Hanji me disse sobre a prova e disse que eu poderia fazer uma surpresa pra você, dar como um parabéns. Mas quando eu cheguei na sua casa…

— O Erwin estava lá com o celular. — Completou Levi. — primeiramente eu vou matar a quatro-olhos por ter aberto aquela boca grande, e segundo, não quero que sinta mal. Sabe o que Erwin falou depois de me entregar o celular? "Agora você pode falar direito com o seu…" — Levi parou sentindo as bochechas quentes e teve a necessidade de desviar os seus olhos dos do Eren.

O moreno particularmente achava uma graça quando Levi ficava vermelho, mas dessa vez a curiosidade o fez esquecer de admirar o quão bonito ele ficava.

— Com o seu? O que Levi… — os batimentos de Eren estavam passando a faixa normal, ele sentia a palpitação mexer a camisa de linho azul.

Levi respirou fundo e tomou coragem de voltar a olhar nos olhos de Eren e disse:

— Com seu amor. — a última palavra saiu quase como um sussurro, mas foi o suficiente para fazer Eren escutar e ter as bochechas em cores rubras e o peito acelerar mais ainda. — Eren… 

— Levi… 

Uma das mãos de Levi que estava em cima da mesa, instintivamente tocou na mão de Eren, e aquele foi o toque suficiente para fazer o corpo de ambos arrepiarem. 

— Eren, eu… 

— Os pedidos, senhores. — o garçom de repente apareceu com a típica mesinha de rodinhas, e isso fez com que os dois se assustassem e largassem as mãos. 

— Ah… obrigado. — respondeu Eren sem saber como agir. 

Os pratos foram colocados, os talheres e as toalhinhas. Tudo isso em meio ao silêncio desconfortável entre o garçom, Eren e Levi. "Sempre demoram séculos para entregarem a comida, e agora esse palhaço interrompe. Ótimo vida, ótimo" — Levi resmungava internamente.

Quando o garçom saiu, Eren não evitou em olhar nos olhos de Levi e dar um sorriso. Era visível que ele estava nervoso."Será que nunca namorou antes?" — se perguntava Levi — "senão, isso vai ser difícil"

— Eu gosto de você. — Levi decidiu ser direto, isso fez Eren se engasgar com um pedaço de bacon da sua massa. — direto, eu sei. Mas se eu não fizer isso, vou perder a coragem.

Se Eren fosse a um médico e pedisse para ler os seus batimentos, com toda certeza a máquina ou aparelho iria dar erro, tanto que o coração pulava dentro do peito. E a face de Levi não ajudava em nada, era tranquila, mas eventualmente era a única coisa que passava alguma passividade. Mesmo com os talheres nas mãos, Eren podia ver como elas estavam escorregadias pelo suor, mas se era pra colocar a sinceridade em pratos limpos… 

— É recíproco. — falou o moreno colocando os talheres na mesa. — é recíproco, Levi. 

— Meu deus, a gente não leva o menor jeito pra isso. — falou Levi com uma fala anasalada pelo riso, que Eren também acompanhou.

— Obrigado, por tudo isso. — Eren falou — Mas algo ainda me preocupa.

— Ah… sobre hoje a tarde… olha, não é uma notícia ruim, mas pra nossa situação… — começou.

— Mas nossa situação ainda não está resolvida… — argumentou Eren.

— Exatamente por isso. — afirmou Levi. — Eren, eu vou passar três meses fora daqui, é por isso que queria deixar tudo certo contigo, por isso o restaurante e tudo isso. Eu queria deixar claro que… — a voz se perdeu um pouco — claro que eu gosto e quero namorar com você. — Levi tentou falar o mais calmo possível, mas isso não era da natureza dele, não dava pra ficar calmo. 

Eren olhou surpreso, pelas duas coisas. Três meses? Como assim? O seu coração havia se apertado somente com a notícia. Três meses longe?

— Eren, eu preciso que responda. — Levi largou os talheres na mesa e segurou a mão de Eren, novamente. — por favor, antes que outro garçom apareça. Ambos riram.

— Eu quero Levi, mas… três meses? Por que? — perguntou aflito.

— Treinamento, apesar de ser bom no que faço, preciso ter certificados de que eu faço foi na base do treinamento e não no roubo. — falou ele diretamente. 

— Pra onde? — outra pergunta.

— Não muito longe, acho que uns oitenta quilômetros daqui. É uma base afastada da cidade. Por ser treinamento de tiro e coisas do tipo, não pode ser dentro de uma sociedade. — falou Levi. 

— Você nem sabe o nome do lugar… Levi. — respondeu Eren com a sombra de um sorriso nos lábios.

— Eu não tenho culpa se fiquei aflito quando li o contrato de treinamento. Além de você, estou deixando a minha mãe também. — rebateu. 

Eren abaixou a cabeça um tanto pensativo. 

— Três meses e depois disso, você fica, não é? — Perguntou Eren.

Eren nunca foi carente e não tinha experiência nenhuma em namoros, na verdade, se fosse colocar na ponta do lápis, Levi seria o seu primeiro namorado. Então não tinha muita noção do que era amor, paixão ou qualquer coisa. Mas a companhia do zelador na sua vida mudou muita coisa. Ele encontrou mais do que um cara que ele dava aulas, encontrou uma amizade verdadeira também. Namorando ou não, ele sentiria muita falta. 

— São só os três meses, depois eu passo a atuar aqui na cidade. Só posso sair pra fora do meu campo depois de um ano e meio. — disse Levi com olhos esperançosos. 

— Eu… — Eren sorriu — eu acho que aguento.

— Isso é um sim? — perguntou Levi com o coração na mão e Eren assentiu com um sorriso. 

O sorriso rasgado de orelha a orelha apareceu nos lábios de Levi, tamanha felicidade. Não sabiam muito bem como lidar com aquilo, era estranho para ambos, mas sabiam o que sentiam um pelo outro. 

Depois de terem acertado quase todas as coisas que precisavam, um vinho acabou chegando na mesa como um cortesia, que Eren não recusou nenhum pouco. 

O resto do jantar foi feito, agora, numa calmaria, sorrisos e olhares que mostravam que estavam apaixonados. A atmosfera ficou leve e quando saíram a primeira coisa que Levi fez, foi arrastar Eren para um beco mais escuro ao lado do restaurante. 

— O que você tá fazendo, Levi? — perguntou Eren olhando para os lados.

— Uma coisa que tive vontade de fazer desde a hora que vi você na sua casa. — Levi falou e antes que pudesse ouvir uma resposta, empurrou Eren para a parede mais próxima e o atacou nos lábios.

A intenção era ser um beijo calmo, que mostrasse que tudo o que sentiu durante as semanas que esteve na companhia do moreno. Mas como imaginou durante as semanas, o beijo foi caloroso e bem receptivo pelo moreno.

hum…! — Eren gemeu baixinho, gemido que provocou alguns arrepios na nuca do Levi que agora levava a mão para a cintura do moreno, apertando com força. 
Eren sorriu em meio ao beijo. 

Sempre… — tentou falar e Levi deu distância para ambos respirarem. — sempre pensei em você como alguém quente, vejo que é verdade. 

— Qual é! Você não é assim. Foi o vinho? — Levi sorriu. — Você estava vermelho de vergonha até uns trinta minutos atrás. 

— Antes eu tinha dúvidas, agora eu não tenho mais. — Eren respondeu e ganhou um selinho por isso. 

— Podemos terminar em algum lugar se quiser. 

— Algum lugar? 

— Na sua casa dá? — perguntou Levi.

— Definitivamente não.

— Nem na minha. Dona Kuchel brigaria comigo. — respondeu o policial e os dois riram.

— Motel? — perguntou Eren com um sorriso tímido. — Farlan vai nos levar? 

— Com toda certeza, não. Estou pouco afim de ouvir piadinhas o resto da minha vida. — falou Levi. — Vamos pegar qualquer táxi que esteja na rua. 

Levi que estava com as mãos na cintura do moreno até agora, soltou e entrelaçou a mão de ambos, começando a os guiar para fora do beco. 

— Levi, espera. — Eren puxou a mão de Levi e instintivamente levou a outra para a face o ex-zelador e começou um beijo calmo, o que ambos queriam que fosse o primeiro.

 A boca de Levi era quente e macia. Parecia conhecer todos os cantos que dariam prazer ao moreno. A face de Eren ainda estava corada por ter tomado uma atitude assim, mas precisava. Depois daquele dia, talvez não se vissem durante os próximos três meses. — vamos?


Notas Finais


Gente, seguinte. Eu briguei com a minha tia kkkkk sério, tipo. Não vou falar os motivos aqui, mas foi feio e a minha mãe como castigo (serio meu deus, eu com 18 anos nas costas, uma cavala velha, mas tudo bem) ela tirou meu notebook e meu celular durante todo esse tempo, e só me devolveu esse final de semana, então eu realmente não tinha por onde escrever. Me desculpem por isso.
Mas agora já está tudo bem, então acho que daqui duas semana a história já vai estar terminada. Meu deus nem eu quero ver o fim. Sei também que foi sacanagem terminar antes do lemon, mas ia ficar enorme, então vou deixar para o próximo.
O capitulo foi revisado pela @amante_yaois passem dar uma forçinha no perfil dela, ela faz ereri lindíssimos.
até mais.


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