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História A Sua Vida - Dramione - Capítulo Um


Escrita por: j2x

Notas do Autor


A razão para ter feito uma nova fic, foi que a partir daqui as coisas mudam um pouco, por motivos óbvios, então achei melhor fazer a separação.
Espero que agrade <3

Capítulo 1 - Capítulo Um


Draco havia passado tempo demais pensando. 

Tempo demais. 


Hermione lhe dera a oportunidade de escolher ficar com ela, mas ele escolheu sumir, e se afastar.


Não dera sequer uma explicação, e se perguntava se ela se daria o trabalho de responder o bilhete que mandara.


E não, aquela não havia sido a primeira coisa que escrevera. Antes, havia escrito uma carta enorme, dizendo que ainda queria vê-la, se desculpando por ter ido embora, e descrevendo o quanto sentia sua falta.


E como sentia... Ele havia decidido se afastar, porque achou que estivesse louco. Em apenas um mês havia gostado tanto de alguém? Já havia transado com outras mulheres, e nunca teve dificuldade para separar sexo de vida.


Transar com alguém casualmente era algo que ele já havia feito. Sem sentimentos, sem nada.


E se afastou dela por achar que poderia fazer isso também. 


Mas não funcionou. Ele não conseguia esquecê-la. Sentia sua falta em sua cama à noite, sentia sua falta em sua cama pela manhã. Sentia sua falta à mesa durante as refeições. 


E isso aconteceu mesmo quando ele esteve com outra mulher. O sexo foi bom, mas... qualquer pessoa é capaz de fazer sexo, basta ter as partes necessárias do corpo.


Depois, entretanto, ele quis conversar com ela. E foi aí que as coisas mudaram, e as diferenças se acentuaram demais.


Sabe quando você está em uma sala com a luminosidade baixa, mas você já está ali há tanto tempo, que já se acostumou àquilo?


Você lê, você costura... tudo está bem.


Até que alguém acende uma luz boa de verdade. Uma luz forte, que ilumina tudo e você consegue então ver tudo claramente. As páginas do livro finalmente são visíveis sem esforço, costurar se tornou fácil.


E aí, a pessoa apaga essa luz.


A luminosidade é a mesma que era antes. Você conseguia viver ali tranquilamente. Conseguia fazer tudo o que precisava, ou achava que precisava. Aquilo nunca te incomodou.


Mas agora... agora que você conheceu algo melhor, agora que você tem noção de como as coisas podem ser... 


Agora é simplesmente impossível se adaptar à escuridão de novo.


Talvez fosse porque, além do sexo, eles também compartilharam momentos incríveis juntos.


Nenhuma outra mulher havia lhe proporcionado momentos tão únicos. Ela o entendia, seus pensamentos se conectavam.


Mas Draco não enviou essa carta.


A guardou dentro do primeiro livro que pegou em sua biblioteca particular, e escreveu um pequeno bilhete, em vez disso.


Esse sentimento era estranho. 


Não poderia dizer que era a coisa mais forte que já sentira, mas fora a coisa mais rápida que já sentira, com certeza. 


Foi como se todo o seu corpo, por dentro e por fora, já estivesse preparado para encontrá-la na Georgia. Aquela mesma garota que conhecera anos atrás, em situações ruins.


Será que era isso, então? Gostava dela por... culpa?


Ele sacudiu a cabeça, sentado em uma cadeira, à mesa da cozinha.


Não era isso. Ela era mesmo alguém de quem era fácil gostar.


Ainda pensava sobre isso, quando a sua coruja chegou à janela, com um pequeno bilhete na pata. Só podia ser dela.


Fazendo um breve carinho na coruja, que voou em seguida, Draco abriu o papel. Sua caligrafia era apressada, ela não se importava com a aparência de suas letras.


"Parece que você acabou de me chamar".


Era tudo o que dizia. 


Ele não sabia onde ela morava, mas sabia onde trabalhava. Era impossível não saber, quando Potter e seus amigos íntimos continuavam queridos pela mídia.


Sua noiva, ao que tudo indicava, era a única que não trabalhava no Ministério. 


Era irônico pensar que Potter, que amava Quadribol na época da escola, e que fora o apanhador mais novo em muitos anos, e o melhor apanhador da Grifinória, e todo esse blá-blá-blá, tenha se tornado Auror, enquanto sua noiva foi a pessoa que se tornou jogadora.


Draco se perguntou, por um segundo, se Potter ficaria dando opiniões sobre como ela jogava, e dizendo melhores manobras o tempo todo. Devia ser tão irritante.


Mudando o foco, sua mão apertou o bilhete, enquanto um pequeno sorriso se formava em seu rosto. Ela havia respondido, e não havia sido grossa.


Mas como poderiam se encontrar? Ele não iria ao trabalho dela, sem chances.


...


Hermione, apesar de inconscientemente ter sorrido mais o restante daquele dia, estava tão irritada quanto feliz.


Draco havia passado um mês sem dar nenhum sinal de vida. Ele a deixara sozinha na cama, sequer se despediu.


E então, ele volta.


Ela havia respondido com outro bilhete, igualmente curto e no que esperava que fosse o mesmo tom, mas foi impulsiva. Já estava arrependida disso, principalmente se levasse em consideração a rapidez com que respondera.


Hermione pensava distraidamente, enquanto ajeitava uns papeis em sua mesa, os separando por data. E foi quando uma voz preocupada soou em seus ouvidos:


"Eles já não deveriam ter voltado, a esta hora?".


Delilah, a namorada de Rony, estava louca e andando de um lado para o outro, porque os meninos haviam saído em sua primeira missão como Aurores fora da cidade, desde que eles começaram a namorar.


"Não sei se irão voltar hoje" ela informou, sem entusiasmo.


Hermione havia sido testemunha de que Rony explicara direitinho a Delilah antes de sair, sobre quanto tempo passaria fora. Ela, mesmo assim, estava o aguardando no fim do dia.


Hermione pensava que ela tinha sorte que as missões como Auror fora da cidade estavam mais raras e mais rápidas, atualmente. Eles quase nem saíam.


Pelos registos do Ministério, nos períodos que precederam as duas Guerras Bruxas, os Aurores praticamente não paravam lá. 


A mulher parou de andar de repente, parecia aflita.


"Falei que ele não deveria ir. E se for muito perigoso?".


Hermione suspirou, colocando o último papel na pasta correta.


"É perigoso, Delilah, mas não tanto quanto você pensa. Eles foram apenas proteger o Sr. Ludwig durante a estadia em Birmingham, e ele provavelmente será rápido. Logo, eles estarão de volta".


"Eu só... fico preocupada, sabe? Você não fica?".


"Fico" admitiu "mas eu sei que ficarão bem. Harry e Rony são dois bruxos excelentes. Eles treinaram para isso, eu já os vi em ação várias vezes".


Delilah deu uma pausa, mas a olhava nos olhos quando perguntou:


"Acha que Rony mudaria de posição, se eu pedisse?".


Hermione balançou a cabeça em negação. 


"Não pode pedir que ele abandone o emprego que ama! Tanto ele, quanto Harry são apaixonados pelo que fazem. Isso seria injusto".


Ela remexia os aneis em seus dedos repetidamente.


"Você está certa" e então, relutante, acrescentou depois de um tempo "acha que eu vou me acostumar, com o passar do tempo?".


Hermione caminhou até ela, dando a volta pela mesa, e colocou uma mão em seu ombro, lhe lançando um sorriso.


"Vai, sim. Mas, Delilah, essas missões são raras. Rony está quase sempre trabalhando por aqui, mesmo".


Ela lhe deu um sorriso contido.


E, no mesmo momento, quando Hermione estava se preparando para avisar que já era a hora de ir embora, Gina entrou pela porta.


Ela tinha os cabelos soltos, e no primeiro momento, toda a atenção foi para sua cor vibrante. De longe, parecia a mesma cor dos cabelos de Rony, mas os de Gina eram um pouco mais escuros, um tom de vermelho mais forte.


Ela tinha um sorriso largo no rosto, até que percebeu a preocupação no rosto de sua cunhada.


"O que aconteceu?".


Delilah pareceu levemente constrangida.


"Nada, eu... só estou um pouco... inquieta".


Hermione decidiu não entrar em detalhes, já que ela não queria.


Gina voltou a falar, dessa vez para as duas:


"Vim convidar vocês para sair. Eu não quero jantar em casa sozinha hoje, por que não vamos em algum lugar?".


O rosto de Delilah pareceu se iluminar. Hermione, por outro lado, estava cansada demais.


"Meus pés estão doendo" disse ela, fazendo cara de dor "acho que estou em pé desde que acordei. Eu adoraria sair com vocês, sabe que normalmente eu não recuso... mas de verdade, hoje eu só quero ir para casa".


Gina fez uma cara que era para demonstrar tristeza, mas Hermione sabia que ela estava brincando. Em um segundo, sua expressão já havia voltado ao normal.


"Okay, Mione, não se preocupe. Vai em paz, eu e a minha outra cunhada aqui vamos aproveitar por você" ela olhou para Delilah "você vem?".


"É claro".


As três saíram do Ministério ao mesmo tempo, mas as duas outras foram por outro caminho. Hermione as observou andar um pouco, sorrindo, até que se virou para seguir seu destino.


Mas ao começar a andar, se chocou com alguém. 


Era um homem. Alto, usava uma roupa escura e cara, e tinha cheiro de...


Ela olhou para cima, para o rosto de quem estava parado diante dela.


"Malfoy" falou, não conseguindo decidir entre sorrir para ele, ou brigar com ele.



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