1. Spirit Fanfics >
  2. A Thousand Hands >
  3. Sofa

História A Thousand Hands - Sofa


Escrita por: lorijauregui

Notas do Autor


Hallo friends. Estou pronta pra ser crucificada depois desse capítulo. Amo vocês!

Capítulo 50 - Sofa


 

 Lauren POV 


Minha sala estava cheia. Dinah, Normani, Ashlee, Demi e Machine estavam no sofá comigo, fora os seguranças que andavam pra lá e pra cá conversando entre si e mexendo em celulares e notebooks, tentando achar a localização de Shawn e Ally. Ignorar Camila não estava me fazendo bem, por isso eu decidi que sairia pra beber hoje, sozinha. Olhei pra Dinah, ela estava com aquele negocio no braço por conta do tiro, e colocava as duas mãos no rosto, chorando bastante. Quase três dias desde quando Shawn levou sua amiga e Camila foi embora. Respirei fundo e afundei minha cara na almofada. 


 — Que silêncio. 


 — Na verdade, tá uma barulheira. 


 — É, mas são os seguranças da Lauren que não param de falar. — ouvi a voz da Demi. 


 — Eles têm que achar a Ally.


 — Eles vão achar. — eu disse. 


 — Nossa, é a Lauren mesmo? 


 — Quem mais seria, Normani? 


 — É... É que você... 


 — Eu sei que não falo faz um tempo, mas eu não sou muda. — levantei a cabeça e encarei ela. 


 — Eu... Eu sei, me desculpe. 


 — É, Normani. — Dinah disse. 


 — A gente vai ficar aqui horas sem fazer nada? 


 — Tem muita coisa aqui. 


 — Bebidas? Tem? Eu sou um cara que precisa de bebidas pra viver. — Machine disse. 


Respirei fundo e me levantei, andando rápido até a cozinha. Me abaixei abrindo o armário de baixo e pegando uma garrafa de whisky e outra de tequila. Levei ambas pra sala, batendo com elas na mesa de centro, na frente de Machine. Voltei pra cozinha, cortei dois limões sem cuidado, coloquei sal num potinho, peguei alguns copos e larguei tudo na mesa de centro. Vi Machine e Ash chegando perto pra pegar bebida e fui pra perto da janela, olhando meu reflexo fraco no vidro. A cidade com sempre estava toda iluminada pelos prédios, ruas e tudo o mais. 


 — Você falou com Camila hoje? 


 — Ahn... Não, não falei, Dinah. 


 — Por que você tá ignorando ela? 


 — Porque de certo modo isso tudo é culpa minha. 


 — Que? Que isso? 


 — Se ela não estive comigo... 


 — Seria com outra pessoa. 


 — Mas, Dinah... Olha, eu não quero falar. 


 — Tudo bem, continue ignorando seus sentimentos. 


 — Eu sou ótima nisso. 


 — Só cuidado pra não magoar Camila, e principalmente, se magoar. 


 — Eu to tentando cuidar disso. 


 — Se esforce mais. Eu vou beber. 


 — Acho que você não deveria. 


 — Por que não? Não tem nada pra fazer. 


 — Porque tomou um tiro! Tá tomando remédios e... 


 — E uma amiga tá desaparecida e outra no outro lado do país. Eu vou beber. 


(...) 


Ajudei Dinah a entrar no carro por conta de seu ombro, dei a volta na minha Range Rover branca e me sentei no banco do motorista. Dinah estava um pouco bêbada e não conseguia fechar o cinto direito, Normani tentava ajudar do banco de trás. Depois de muito tentar, conseguiram. Meu carro estava com duas malas, pois eu iria pra Los Angeles no dia seguinte. Nenhum dos amigos de Camila, ou meus, sabiam disso, só meus seguranças. Dinah com certeza me mataria, então...


 — Dinah, eu vou pra Los Angeles. 


 — O que?! Quando? 


 — Amanhã. 


 — Mas por que? Você não ia me falar? 


 — Não, eu não ia. 


 — Que?! Lauren, você... Como?! 


 — Camila não está bem. 


 — Eu vou. 


 — Você não vai. 


 — É, Dinah. — Normani falou. 


 — Vocês não mandam em mim! 


 — Mas eu posso dizer que não vai. 


 — Ah é? Vai fazer o que? Mandar um dos seus seguranças me prender aqui? Ou você mesma vai fazer isso? — Dinah disparou pra mim. 


 — Certo! É isso que você quer, Jane?! Então beleza. — disse revirando os olhos. 


 — Perfeito. 


 — Quando te deixar em casa, compro sua passagem. 


 — Dinah, nós vamos conversar sério quando chegarmos em casa. — Normani disse. 


(...) 


Depois de deixar as meninas em casa, decidi parar naquele bar que fui com Shaun da última vez. Me sentei numa mesa no meio do bar e não demorou muito para que alguém viesse me atender. Eu bebia uma cerveja com minha cabeça apoiada na mão direita quando vi duas pessoas sentando na minha mesa do nada. Sorri quando vi Shaun mas logo tirei o sorriso do rosto vendo quem estava com ele. Lucy. Graças a Deus meu celular vibrou e era Tom. Pedi licença pros dois e fui pro banheiro atender o telefone.


 — Jauregui. 


 — Senhora Jauregui, achamos uma coisa. 


 — Graças a Deus. O que vocês acharam? — perguntei olhando pro espelho. 


 — Uma imagem de vídeo de uma loja de conveniência num posto no Bronx. 


 — Ótimo, isso é ótimo. Vai mandar uns homens lá? 


 — Claro. Vou mandar eles darem uma volta por lá. 


 — Perfeito. Logo eu apareço por aí, okay? — escutei um barulho na porta do banheiro. 


 — Okay. Até mais, senhora Jauregui. 


 — Lauren? — olhei pra trás e vi Lucy sorrindo pra mim — Pode falar agora? Ou tá ocupada? 


 — Eu vou desligar, Tom. 


 — Okay, senhora Jauregui. 


 — Pode conversar? — Lucy perguntou. 


 — Posso. 


 — Cadê sua namorada? 


 — Ahn... Não quero falar disso. 


 — Terminaram. Bom, Lauren, eu quero me desculpar pelas últimas coisas que fiz. — ela se aproximou olhando pra minha boca — Você me desculpa? 


 — Eu... 


 — Por favor, Lauren... Eu não sou capaz de suportar você puta comigo. — ela se aproximou mais. 


 — Eu não estou puta contigo. Só não quero você perto de Camila. 


 — Eu não quero estar perto dela. 


 — Ótimo. 


 — Então você me perdoa? Vai, diz que me perdoa. — ela levantou as sobrancelhas. 


 — Perdoo. 


 — Vamos selar esse perdão? É só... 


 — Lucy, não... Não, por favor. 


 — Por favor peço eu, Lauren, você não sabe o quanto eu quero isso. — ela segurou minha nuca. 


 — Lucy, se afasta... 


 — Não. 


Ela pegou minha mão com a livre, olhou nos meus olhos e eu virei a cara, mas ela rapidamente puxou meu queixo com as pontas dos dedos. Respirei fundo e fechei os olhos, cedendo ao que ela queria. Eu a beijava sem vontade nenhuma, aquilo deveria estar acontecendo, mas eu fazia por instinto. 


(...) 


Abri os olhos e estava tudo escuro. Pisquei algumas vezes tentando focalizar e percebi que estava num quarto desconhecido. Mexi minhas pernas e bati em alguma coisa, na mesma hora me sentei na cama sentindo a ressaca batendo e minha cabeça girar. 


 — Aí! 


 — O que? O que foi? — Lucy acordou. 


 — Lucy?! O que eu está fazendo aqui?! Porra! 


 — Você não lembra? 


 — Não, Lucy. Pelo amor de Deus. 


 — Depois de nos beijarmos no banheiro... 


 — Merda! Não. Tá, continue. 


 — Bom, dai, você surtou e saiu, voltando pra mesa e bebendo tudo que visse na sua frente. 


 — E a parte que eu vim parar aqui?! 


 — Você bebeu tanto que não sabia nem seu nome. 


 — Puta merda! 


 — E dai, a gente começou a se pegar e eu te chamei pra cá.  


 — E eu vim? 


 — Claro ué. 


 — A gente transou? Me diz que não. 


 — Bom... 

 

Ela tirou o cobertor e estava completamente nua. Levei a mão pra cabeça, pulando da cama e começando a resmungar "não, não, não, não!", procurando minhas roupas. Lucy continuava na cama, com as pernas abertas como se eu fosse pular ali a qualquer momento. Finalmente terminei de colocar minhas roupas e olhei pra ela, que levantou e vestiu um roupão. Olhei pro relógio digital e marcavam 5:00. Lucy foi pra cozinha e me empurrou uma xícara de café preto, que eu recusei. Ela me olhava com um sorriso vitorioso, como se tivesse ganhado um troféu. Balancei a cabeça antes de abrir a porta de saída e me virei pra ela, batendo o pé e cruzando os braços. 


 — Qual foi? 


 — Esse era seu plano, né? 


 — Tá falando de que? 


 — Eu transando contigo. 


 — Sim, eu sempre quis. 


 — Por que você fez isso, Lucy?! Você sabe que eu amo a Camila! 


 — Eu não me importo! 


 — Você me embebedou pra transar comigo! 


 — Você se embebedou! 


 — Como se você não quisesse isso! 


 — Eu queria, e se eu soubesse que te beijar levaria a isso, teria feito antes. 


 — Você não vale nada. 


 — Deixe de ser hipócrita, Jauregui. Eu não te forcei a me foder da noite toda. 


Levantei as sobrancelhas pra ela e comecei a bater palmas, gargalhando ironicamente. "Parabéns, Lucy, você conseguiu". Abri a porta e sai, batendo com o máximo de força que consegui. Eu trai Camila? Tecnicamente não, né? Merda, eu precisava ir pra Los Angeles o mais rápido possível. A passagem de Dinah! Eu estava fodida! 


(...) 


Busquei Dinah em sua casa, vendo Normani nos encarar como se fosse capaz de nos matar com o olhar. Dei um meio sorriso pra ela e arranquei com o carro. Logo que saímos, comecei a pensar na noite passada e tentar lembrar do que tinha acontecido, mas eu não conseguia. 


 — O que houve, Jauregui? 


 — Dinah, eu fiz... Eu... Caralho! 


 — O que você fez, Lauren?! Pelo amor de Deus. 


 — Eu transei com a Lucy. — falei tão rápido que nem eu entendi. 


 — Você...?! 


 — É, eu transei com a Lucy. Eu não queria, eu nem me lembro. — disse encarando a estrada. 


 — Eu não acredito que você fez isso. 


 — Nem eu acredito. Eu vou contar pra ela assim que chegar lá. 


 — Eu acho bom, ou eu mesma conto. 


 — Tudo bem. 


 — Não, não tá nada bem, Lauren. 


 — Eu sei que não. 


 — Que porra aconteceu nas nossas vidas nessas últimas semanas?! 


 — Tenho me perguntado isso o tempo todo.


Notas Finais


Espero que ainda gostem da minha fic. Um beijo pra quem continuar lendo depois dessa.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...