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História A Thousand Roses - Capítulo 19


Escrita por: justlikevausequeen

Notas do Autor


Voltei um dia antes para animar a noite de vcs <3

Capítulo 20 - Capítulo 19


Regina Mills

 

Acordei não sentindo meu corpo, ou sentindo tudo doendo, abri meus olhos e me deparei com um monte de fios em mim, em um quarto muito familiar, eu estava no hospital sem entender o que aconteceu.

 

Algumas horas atrás…

O caos das festas de final de ano finalmente passaram. Hoje era o primeiro dia de volta ao trabalho e a volta das crianças na escola também. Acordei com os beijos de Emma por toda minha bochecha e isso me deu a energia que eu estava precisando. No réveillon eu e a loira ficamos sozinhas no seu apartamento, iriamos festejar com nossos amigos, mas como eu havia passado um pouco mal no dia e no dia anterior optámos por passar as duas sozinhas, o que foi ótimo, pois passámos a noite conversando sobre tudo, sobre o ano anterior e o que pretendíamos no novo ano, quando já passava da meia noite e estávamos deitadas na sua cama apenas trocando carinhos, senti uma vontade enorme de a pedir em namoro como duas adolescentes mas não o fiz, esperaria o tempo de Emma, mesmo que a conversa daquela noite não tivesse deixado margem para dúvidas de que estávamos no mesmo barco em relação a tudo.

-Bom dia, amor. – desejei assim que abri os olhos e vi Emma do meu lado me observando, ela estava dormindo comigo desde que o ano começou.

-Bom dia, linda. – Desejou. – Ainda não tá na hora de você acordar, tá cedo ainda. – constatou.

-Que horas são? – perguntei confusa, pois ela também estava acordada.

-Seis, mas eu levarei as crianças na escola hoje e você irá tomar um café da manhã reforçado com Granny e só depois irá trabalhar, não quero que passe mal lá.

-Hmmmm, tudo bem, tentarei o meu melhor. – Falei me espreguiçando e puxando Emma para cima de mim depositando vários beijos pelo seu rosto. -Como você é linda quando acorda.

-Preciso levantar, tomar banho, me arrumar, arrumar as crianças. – Fiz menção de falar que a ajudaria, mas ela me interrompeu já sabendo o que eu iria falar. – Nem pense nisso Regina Mills, você ficará aqui deitadinha até pelo menos sete e meia da manhã.

-Tudo bem, você venceu por hoje, mas só porque eu estou morrendo de sono e preciso dormir mais um pouco ou ficarei com dor de cabeça. – Emma me deu um beijo e levantou para começar o seu dia. Não dei por ela saindo, apenas acordei quase oito da manhã tendo meu sono terminado. Tomei uma ducha rápida e me vesti, descendo em seguida para tomar o café da manhã que Emma pediu.

Segui finalmente para o trabalho, o trânsito a essa hora era horrível, por isso eu preferia sempre sair mais cedo, no entanto, hoje eu me dei esse presente, ou melhor, Emma me deu esse presente, então eu não iria fazer o contrário.

Passei todo meu dia trabalhando em um projeto importante, fiz apenas pausa para o almoço e para uma reunião importante e voltei ao trabalho. Terminei já era tarde da noite, Emma já estava me ligando, preocupada, para saber o porquê de minha demora.

-Oi, Gina, você já está vindo? – perguntou meio envergonhada por estar me ligando para falar aquilo.

-Oi, vida, sim, estava apenas terminando esse ponto do projeto, estava meio complicado hoje, mas já estou saindo daqui, logo, logo estarei em casa.

-Tudo bem, as crianças estão te esperando pra jantar.

Desliguei a chamada com Emma e segui para a saída da empresa, não restava ninguém por ali trabalhando, apenas o segurança que estaria fechando tudo assim que eu encerrasse meu dia, me despedi do mesmo e segui para o meu carro. Dirigi até casa tranquilamente conseguindo chegar bem rápido, corri para dentro de casa encontrando as três pessoas da minha vida me esperando para o jantar, abracei as crianças e sem esperar, tudo ficou escuro…

___

Eu não estava entendendo o que havia acontecido, nem porque eu não estava sentindo meu corpo, porque estava sozinha, porque estava no hospital… Por momentos achei estar sonhando, mas percebi que não estava sonhando quando uma enfermeira entrou no quarto e me encarou, talvez surpresa por me ver acordada.

-Senhorita Mills, está acordada. Irei chamar o médico, como está se sentindo? – perguntou educada.

-Confusa… O que aconteceu? O que eu estou aqui fazendo? E porque não estou sentindo meu corpo? – Disparei. A enfermeira me encarou um pouco confusa, mas apenas disse que iria chamar o médico e saiu em disparada do quarto, eu realmente estava assustada, queria voltar para o abraço dos meus filhos, que lembro de ser a última coisa que havia feito, queria Emma ali perto de mim tirando minhas dúvidas. O médico não demorou a chegar, abriu um enorme sorriso ao me ver, como se fosse um milagre eu estar acordada, não fazia muito tempo que eu estava assim, fazia?...

-Boa tarde, senhorita Mills, como está se sentindo? – perguntou da mesma forma que a enfermeira e se aproximou para me examinar.

-Bem, mas não estou sentindo muito bem meu corpo… - respondi um pouco assustada. – E não sei o que aconteceu comigo também.

-Então, quanto ao primeiro, acredito que se deva ao facto da anestesia que lhe foi dada, na verdade, você está sentindo, mas seu cérebro ainda não voltou a processar totalmente a informação, mas logo você sentirá, até porque está acordada e isso é um ponto a favor.

-Anestesia? O que aconteceu? – perguntei preocupada, só então eu comecei a sentir uma forte dor abdominal…

-Irei lhe explicar tudo com calma, apenas me deixe analisar tudo, tem certeza que não está sentindo dor? – Voltei a sentir uma forte dor abdominal e apenas consegui apontar para onde sentia. O médico se aproximou expondo minha pele e, naquele momento eu percebi um enorme curativo por minha zona abdominal, ele o retirou para observar, mas eu não consegui ver nada. Ele fez algumas coisas por ali perguntando o quanto estava doendo e apalpando perto do lugar. – Você se lembra de ter desmaiado? – neguei. – Então, segundo a sua ex-esposa, você desmaiou assim que chegou em casa…

 

-Relato de Emma Swan-

 

Eu nunca havia presenciado um momento tão horrível como esse, Regina desmaiou assim que terminou de abraçar as crianças, eu me assustei, especialmente por as crianças estarem presenciando isso e porque Regina parecia totalmente bem, chamei a emergência e tentei levar as crianças para longe de Regina.

Depois de muito nervosismo, consegui que Henry ficasse com Violet na sala se acalmando, pois também estava muito assustado, enquanto eu estava perto de Regina tentando que ela acordasse, sem sucesso. Felizmente os paramédicos logo chegaram, no entanto, foi ali que meu desespero aumentou, quando eu ouvi que Regina estava em parada cardíaca. Eu perdi Regina, perdi Regina por alguns minutos, exatos dois minutos que pareceram uma eternidade, eu senti meu mundo desabar, eu me perdi naquele momento, eu quis desesperar, correr para a abraçar, chamar por ela, chorar, tudo, mas eu estava em choque e não consegui fazer nada, nem seria permitido tal coisa, meu coração parou com o dela ali, eu estava tão assustada de perder aquela mulher. Felizmente ela voltou para mim, ouvindo minhas preces silenciosas e a levaram de urgência para o hospital.

As crianças ainda estavam horrivelmente assustadas com tudo, mas eu precisava correr para perto de Regina. Liguei para Ruby e Zelena, que eu sabia serem as que conseguiriam aguentar com as crianças, mesmo que ficassem preocupadas, eu sabia que fazer aquilo com Zelena grávida, mas meus pais e a mãe de Regina não conseguiriam ficar ali lhes acalmando do jeito certo, não sabendo o estado de Regina.  

Regina não estava bem, nada bem, podemos até dizer que estava entre a vida e a morte, uma cirurgia de urgência foi necessária, na verdade, duas foram necessárias. Minha prova de amor por Regina fora feita naquele momento de desespero.

 

Regina Mills

 

-Emma… Onde ela está? Eu preciso vê-la por favor! – Falei me desesperando e tentando me movimentar, mas a dor aguda no abdómen me impossibilitou.

-Tenha calma Regina, a senhorita Swan está bem, ela está no quarto se recuperando e iremos transferi-la para lá, mas peço-lhe que não faça qualquer esforço, a sua cirurgia foi muito delicada, espero que entenda que o seu caso é muito especial, não estava nos planos fazer isso, senhorita Swan insistiu assim que recebeu o resultado de que era compatível com você, isso não significa que você está fora de perigo, qualquer infeção ou alguma complicação pode fazer com que o pior aconteça, precisa ter cuidado. – Apenas assenti, ainda não acreditando que Emma tinha feito aquilo, ela retirou um pouco do seu fígado para que eu não morresse, o meu fígado acabou se autodestruindo muito rapidamente, em espaço de pouquíssimos dias, era literalmente caso de vida ou de morte, eu ainda precisaria de um transplante e me subiram para o início da lista por conta da gravidade da situação, talvez eu precisasse de outra cirurgia, assim que me recuperasse dessa.

Depois de todas as informações necessárias me transferiram para o quarto onde Emma estava, felizmente tínhamos a oportunidade de ficar juntas, assim que vi Emma dormindo algumas lágrimas caíram, eu ainda não conseguia acreditar que Emma havia insistido nisso, ela era a mulher da minha vida, e se alguma vez eu tive dúvidas sobre isso eu fui uma completa idiota, Emma Swan era tudo para mim.

Adormeci pensando e olhando para ela, o remédio para a dor era forte e me deixou muito cansada. Quando acordei novamente Emma já estava acordada e me encarando, ela sorriu, eu queria sorrir de volta, mas o choro veio forte a assustando, ela queria se levantar, eu sabia que sim, mas também sabia que ela não conseguiria, a cirurgia dela não havia sido tão invasiva quanto a minha, no entanto, ainda assim a deixava impossibilitada de se levantar por conta própria.

-Você está bem? – me perguntou quando viu que eu tentava não chorar mais.

-Eu te amo tanto Emma, você não faz nem ideia do quanto isso significou para mim, eu nunca, nunca deveria ter te deixado escapar, eu fui uma idiota com você e ainda assim você está aqui do meu lado, me doando um pouco do seu corpo, você é inacreditável, obrigada por isso. – Agora quem estava chorando era Emma.

-Eu te amo Regina, e… eu sei que não é o lugar indicado nem mesmo o momento, mas te perder por dois minutos me fez ter a certeza absoluta que eu nunca conseguiria viver sem você, eu sei que isso é idiota de falar tendo em conta que ficamos quatro anos afastadas, mas você sempre esteve ali do lado, eu sabia que não te perderia por conta das crianças, mas te perder mesmo me tirou o chão… Regina Mills, casa comigo novamente? – falou com a voz embargada.

-Meu deus… Você não vai cansar de me surpreender? – perguntei me emocionando novamente.

-Nunca.

-Eu queria tanto conseguir te beijar agora, você não faz ideia. – confessei conseguindo alcançar a mão dela e fazendo um carinho.

-Mas você ainda não respondeu minha pergunta…

-Não é óbvio? Claro que eu aceito me casar novamente com você Emma, eu aceito tudo com você, seja namoro, amizade, casamento, filhos, viver junto, tudo o que você quiser.

-Eu acho que estamos velhas demais para ter mais filhos, mas todas as outras eu quero. – Ambas rimos juntas, sorrindo e com lágrimas nos olhos. Estava noiva de Emma novamente, com um pouco de si dentro de mim, com a maior prova de amor, de cumplicidade, confiança, aquele ato havia realmente me tocado de uma forma que eu não imaginei, em momento algum eu pensaria sequer sobre a resposta a dar a Emma, eu casaria com ela um milhão de vezes, eu aceitaria tudo com ela, dessa vez tudo seria diferente, seria do jeito certo.

-Eu te amo Emma, para sempre.

-E eu te amo Regina, “um montão” como nosso Henry diz.

Emma Swan era inacreditável, surpreendente, e eu não a deixaria escapar nunca mais de minhas mãos, dessa vez seria para sempre.

E se o para sempre não existir, será até onde a vida nos permitir. 



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