1. Spirit Fanfics >
  2. A Thousand Years - Luspian >
  3. Capítulo 5 - A Ilha de Coriakin

História A Thousand Years - Luspian - Capítulo 5 - A Ilha de Coriakin


Escrita por: MissZabinni

Notas do Autor


Boa leitura ❤😍

Capítulo 5 - Capítulo 5 - A Ilha de Coriakin


Lúcia Pevensie.


Pouco depois que zarpamos das ilhas solitárias e de Caspian e eu termos nos beijado, ficamos uns dias no mar até encontrar uma ilha que ninguém sabia que existia. Duvidamos que ela fosse habitada, mas se a encontramos com certeza os fidalgos pararam ali. 

Caspian e Edmundo decidiram descer e explorar a ilha. Não encontramos nada, nenhuma criatura, nenhum humano, nenhum sinal de vida além das plantas.

- Vamos dormir aqui na praia mesmo, amanhã exploraremos melhor o lugar.

Caspian ordenou e todos acataram.

Logo a noite caiu e notei que aos poucos todos dormiam, menos eu.

Aproveitei esse tempo sozinha para organizar minha mente e meus sentimentos, ele não tinha deixado de falar comigo, ou se quer me tratava de forma diferente. Mas não conversamos como antes e ficamos sozinhos no mesmo lugar, e sempre que olho para ele lembro daquela noite.

Eu não estava aguentando ficar longe dele e meus sentimentos parecem ter ganho proporções maiores, isso por causa de um beijo.

Foi pensando em Caspian e observando as estrelas que cai no sono.


       ~*~


Acordei sobressaltada sentindo algo áspero cobrindo minha boca, notei também que eu estava erguida no ar, fosse oque fosse, era invisível.

As tais criaturas me desarmaram e ameaçaram matar todos que dormiam na praia caso eu me recusasse a entrar numa mansão e recitar um feitiço para tornar o oculto visível.

Ridículo.

Era só pedirem e eu faria sem problema algum.

Revirei os olhos adentrando no lugar, caminhei por entre os corredores até encontrar oque parecia ser uma biblioteca, as paredes eram tomadas de livros de um canto a outro.

Olhei em volta maravilhada, era fabuloso aquele lugar!

Encontrei o tal livro no centro da sala e estava trancado, com as letras espalhadas pela capa. Estranho.

Observando melhor notei que a gravura de um anjo assoprava o vazio, talvez fosse uma dia. Apenas imitei o anjo e assoprei a capa e as letras se representam permitindo que eu abrisse o livro.

Nele havia um feitiço mais fabuloso que o outro, eu estava encantada.

- Feitiço para dores de dente... feitiço do esquecimento... - Li enquanto folheava as páginas, e de repente as páginas se mexeram sozinhas e eu me assustei.

Segundos depois, já recomposta, parei as páginas colocando uma de minhas mãos entre elas. Olhei a página e me impressionei com oque vi.

A gravura da página lentamente passou a refletir minha imagem e em seguida transformou-se na de Susana.

- Susana, que história é essa. - Perguntei para gravura e notei que ela falara o mesmo que eu. - Estou linda!

Completei passando a mão no rosto.

Feliz demais para acreditar corri até o espelho mais próximo e vi que continuava com a aparência de sempre, feia. Infantil.

Voltei ao livro e a gravura voltava a ser a mesma.

- Não, espera! - Disse desesperada. - Faça-me ela, que é mais bela...

Tentei recitar o feitiço sem sucesso e com isso acabei arrancando a página em questão, guardando-a na minha roupa.

O rugido de Leão preencheu o local e chamava meu nome.

- Lúcia! Lúcia...

- ASLAM? - Gritei. - Aslam.

Voltei minha atenção ao livro e as páginas pararam lentamente até cair no feitiço que eu procurava.

"O FEITIÇO PARA TORNAR O OCULTO VISÍVEL."

Respirei fundo e comecei.

- Como o P em óptica ou H em histórica, tinta invisível e verdade teológica. - Fiz uma pausa. - O feitiço se completa. Agora tudo está visível.

Um minuto se passou e nada aconteceu até eu notar os fracos contornos humanos tomarem forma e logo um homem velho e barbudo com uma túnica se materializou.

Conversamos e ele me explicou tudo, em seguida fomos até a entrada da mansão e explicamos tudo a Caspian, Edmundo e os outros.

De todas as instruções que Coriakin nos deu uma me marcou com mais força: Ele disse que para derrotar as trevas, seria preciso derrotar as trevas que existiam dentro de nós.

      

     ~*~


Enfrentávamos mais uma tempestade em alto mar e o navio balançava mais que nunca, desde que deitei não consegui dormir apenas pensando no feitiço.

Aquela seria a oportunidade perfeita para ser bonita como Susana e fazer Caspian se apaixonar por mim. Sentei na cama e puxei o papel debaixo do travesseiro e comecei a lê-lo.

- Transforme tudo direito, me torne o ser perfeito. Cílios, lábios sem defeito. Faça-me ela, que é mais bela do que eu tão singela.

Me olhei e continuava do mesmo jeito. Levantei e fui até o espelho mais próximo e vi minha aparência mudar lentamente. Minha camisola transformou-se num belo vestido azul rodado; Meus cabelos aumentaram o cumprimento até a cintura e tornou-se mais escuro; Meus lábios tornaram-se cheios, convidativos e avermelhados e meus olhos se tornaram azul claro.

Ouvi uma música baixa vinda do espelho e o empurrei ao perceber que era uma porta. Agora não estava mais no navio, mas sim num elegante coquetel ao ar livre.

- Senhoras e senhores, senhorita Pevensie! - Anunciou um homem e eu abri caminho entre eles.

Um sorriso satisfeito dançou em meus lábios enquanto ouvia os comentários sobre o quanto estava linda.

- Está muito bonita, irmã... - Edmundo apareceu ao meu lado.

- Edmundo!

- Como sempre. - Pedro apareceu também

Paramos em frente a um fotógrafo.

- Mamãe vai adorar isso. - Disse Pedro. - Todos os filhos dela numa mesma foto!

- Como assim todos? - Perguntei nervosa. - Cadê a Lúcia?

- Lúcia? Mas quem é Lúcia? - Edmundo perguntou me segurando.

- Por favor, senhorita, um belo sorriso! - Disse o fotógrafo.

- Edmundo, não sei de nada disso, eu já quero voltar! - Disse sorrindo amarelo.

- Voltar pra onde?

- Para Nárnia!

- Mas oque é Nárnia? - Ed insistiu.

- Oque está acontecendo? Pare com isso!

Gritei desesperada com tudo aquilo. A cena mudou completamente e oque eu vi me deixou aterrorizada.

A Nárnia que conheci estava morrendo. Pouco a pouco todas as criaturas e pessoas que conheci morriam e desapareciam. Até o próprio Caspian.

- Não!

Gritei novamente e a visão mudou, estava de volta de frente ao espelho na minha forma normal e Aslam estava ao meu lado no reflexo no espelho.

- Lúcia.

- Aslam...

- Oque foi fazer, filha? - Ele perguntou.

- Eu não sei... foi horrível. - Eu disse.- Eu só queria ser bonita como a Susana, só isso!

- Você desejou sumir, portando tudo mais sumiu. Seus irmãos e irmã não teriam vindo à Nárnia sem você... - Ele fez uma pausa. - Você descobriu primeiro, lembra?

- Eu não queria tudo aquilo...

- Você duvida do seu valor, não se envergonhe do que realmente é.

Aslam disse e lentamente deu as costas para mim, e desapareceu.

        (...)

  CONTINUA 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...