1. Spirit Fanfics >
  2. A Total Eclipse Of The Heart >
  3. Psychosocial

História A Total Eclipse Of The Heart - Psychosocial


Escrita por: fuyuyuki

Notas do Autor


aqui em portugal já passou da meia noite, portanto, quero desejar um ótimo e feliz aniversário ao meu anjinho, mark tuan ♥

Capítulo 2 - Psychosocial


Quando chegou à escola, foi surpreendido pela quantidade de alunos no recinto, mas ainda mais pela presença da polícia. E, assim que deram pela sua presença, todos os olhos caíram em si. E via, então, novamente aquele olhar que recebeu, durante meses, após a morte de Jaebum.

Lamento muito, Jackson.

- O que… O que aconteceu? – perguntou, assustado.

- Peço desculpa, senhor Jackson, mas o senhor terá de nos acompanhar. Precisamos de lhes fazer umas perguntas sobre Park Jinyoung.

- P-Porquê? Porquê? O que aconteceu?

Não.

- O senhor Park Jinyoung…

Não.

- Foi assassinado, ontem de madrugada.

Não, não pode ser.

- Foi-nos dito que o senhor e Jinyoung tinham uma relação amorosa…

É impossível.

Ele está bem.

Ele tem de estar bem.

- E descobrimos também que ontem, pouco após o vosso encontro, ocorreu o homicídio. Peço que nos acompanhe até ao nosso estabelecimento para prestar algumas declarações.

E, novamente, foi como se o chão tivesse fugido debaixo dos seus pés. Ao ser arrastado pelo polícia, Jackson sentia-se ser engolido por um buraco negro ainda maior que o anterior. Ouvia o seu nome ser chamado por alguns colegas, mas nem conseguia reconhecer as vozes. Os seus olhos não conseguiam focar exatamente numa só coisa. Tudo estava embaciado, tudo parecia acontecer em câmara lenta. Tudo parecia distante, uma realidade paralela. Contudo, a que ele teria de enfrentar e aceitar era que Jinyoung tinha morrido.

Que, pela segunda vez, alguém que significava tanto para si o tinha deixado, da forma mais cruel possível.

 

 

 

_________________

 

 

 

- J-Jackson? Posso entrar? – não esperou exatamente por uma resposta, adentrando o quarto. Viu o outro encolhido num canto, com um olhar tão perdido e distante, que metia dó. Mark rapidamente correu de encontro ao amigo, ajoelhando-se na frente dele. – O que aconteceu? Digo, contigo… O que eles disseram?

- Pediram-me para contar o que tinha acontecido, durante o encontro, todos os nossos passos. Se eu tinha notado algo de estranho na atitude dele, se o achava preocupado com algo, com medo de algo. Se sabia se se passava alguma coisa de estranho com ele. Perguntaram-me se eu não tinha sido o homicida. Se eu não o tinha empurrado do prédio. Se eu não o tinha feito por acidente, mas não queria admitir. Se eu o tinha feito de propósito, mas queria cobrir-me. Mas eu fui embora de táxi e na hora em que ele… – fez uma curta pausa. – Em que ele foi morto, eu ainda estava dentro do táxi, a caminho de casa... A achar que estava tudo bem com ele, connosco... Que tudo só poderia melhorar, daqui para a frente.

O tom monótono e indiferente de Jackson preocupou seriamente Mark. O seu olhar era tão vazio e sem vida, que pequenas lágrimas se formaram nos seus olhos. Não conseguia dizer nada. Então apenas afagou os cabelos castanhos do outro, numa declaração muda de que ele estaria ali para o ajudar, no que precisasse. Que nunca o iria abandonar.

Jackson desviou os seus olhos até ao rosto de Mark, perdendo-se ali, por momentos. Quem sabe a observá-lo, quem sabe a olhar, mas sem realmente ver. E então fechou-os, deixando-se levar pelo carinho quente e acolhedor de Mark, enquanto mais lágrimas manchavam o seu rosto e tentavam, de alguma forma, aliviar e limpar a sua alma.

 

 

 

_________________

 

 

 

Jackson não apareceu, no dia do enterro. Preferiu manter a sua distância, atrás de uma árvore qualquer, vestindo um fato preto. Ficou ali por horas, até ter a certeza de que mais ninguém se encontrava ali.

E então levantou-se, limpando o fato precariamente. Caminhou a passos curtos e lentos até à campa, tendo de respirar fundo assim que olhou para a foto de Jinyoung. E então o seu corpo começou a abanar-se violentamente, devido ao choro imparável. A um certo ponto, os seus joelhos foram de encontro ao chão, de tão exausto que se encontrava.

E, outra vez, sentia um bilião de coisas e desejava não sentir absolutamente nada. Mas sentia. E como sentia a dor a consumi-lo, a raiva a borbulhar pelas suas veias, a frustração a sair-lhe em forma de lágrimas, a saudade deixada saindo-lhe em forma de soluços altos e amargurados.

 

 

 

_________________

 

 

 

Jackson não se aproximou de mais ninguém, nos meses seguintes. Mantinha-se perto do seu grupo de amigos, mas mais distante que o normal. Dificilmente sorria, dificilmente se divertia. Nunca mais ousou contar uma piada, sendo que ele era considerado o palhaço do grupo. Sempre foi conhecido pela sua boa disposição, pelo seu sorriso fácil e contagiante.

Mas esse Jackson parecia não mais existir.

As notas voltaram a cair, drasticamente. Não havia dúvida que, se continuasse assim, iria chumbar praticamente todas as cadeiras. Mark prontamente ofereceu-se para o ajudar, mas Jackson logo recusou. Segundo ele, nada mais importava. E novamente Mark emocionou-se com o que Jackson se tinha tornado, devido aos acontecimentos um tanto recentes. Mas ele estava sempre lá, pronto a dar-lhe um carinho nos seus cabelos escuros, como se pudesse, daquela forma, aliviar alguma da sua dor.

O que Mark não sabia era que Jackson lhe era eternamente agradecido pela sua companhia, pela sua amizade, pelo seu sorriso. Porque as poucas e mínimas vezes que Jackson sorria tinha sempre, por trás, o maravilhoso sorriso de Mark, como razão para tal.

 

 

 

_________________

 

 

 

Mas Jackson era humano, tinha vontades, desejos e fraquezas, como todos os outros. E quando Kunpimook mostrou um claro interesse em si, Jackson não recusou. Deixou-se levar pelo momento, embriagado em demasiados sentimentos e pensamentos para raciocinar corretamente.

Mas Kunpimook queria mais, sendo que já tinha admitido gostar de Jackson. Mas este encontrava-se um tanto relutante, mesmo que não tivesse mais forças para lutar contra nada. E tinha de admitir, as horas que passavam juntos eram o suficiente para que, por momentos, se conseguisse abstrair de todo o pesadelo que andava a viver e do qual parecia não encontrar maneira de acordar.

No entanto, como se costuma dizer, boatos correm depressa. E depressa se ficou a saber que Kunpimook sempre tinha dado a volta à cabeça de Jackson e que ambos tinham uma relação extremamente física.

Dias depois, Kunpimook Bhuwakul foi encontrado morto, num caixote do lixo perto da sua casa, com o corpo dilacerado. Jackson achou que enlouqueceria de vez, mas lá estava Mark, ao seu lado. E, no que dependesse de si, tal coisa não iria acontecer.

- P-Por favor, Jackson… N-Não chores…

Mas Jackson estava completamente incontrolável. O seu corpo sacudia-se violentamente, os soluços eram altos e agoniantes, as lágrimas eram grossas e dolorosas. Mark não aguentou vê-lo assim e chorou, encolhendo o corpo o máximo que conseguia.

- E-Eu não aguento ver-te chorar… Eu nunca te vi com uma expressão tão dolorosa, como agora. E isso dói em mim, Jackson. E-Eu-

Jackson parou de chorar, olhando espantado para o outro. Ele chorava tão intensamente por sua causa que, por muito irónico que pareça, deixou-lhe com um pequeno sorriso nos lábios e com o coração mais quente e amado. Daquela vez, foi Jackson quem amparou Mark, nos seus braços, enquanto o embalava e se encantava com os seus traços harmoniosamente belos.

 

 

 

_________________

 

 

 

No dia seguinte, ambos foram à escola, mas nenhum foi às aulas. Passaram o período de aulas na companhia um do outro, encostados a uma árvore, com Jackson deitado sobre as pernas de Mark, enquanto este brincava suavemente com o seu cabelo, até cair no sono. Mark observava-o, com um grande sorriso estampado no rosto.

O seu indicador passou a percorrer a mandíbula alheia, passando pelos lábios, pelos nariz, pelos olhos e até pelas sobrancelhas, como se o desenhasse, como se Jackson fosse uma verdadeira obra de arte, a qual se devia observar minuciosamente, tal como ela merecia.

 

 

 

_________________

 

 

 

- Aceitas ir num encontro comigo?

- Eu… – Mark não conseguiu esconder o quão surpreso estava, com o pedido. – E-eu não posso…

- Porque não? Já tens alguma coisa combinada? – Jackson brincava com os dedos de Mark, enquanto este se encontrava sentado no meio das suas pernas, com as costas contra o seu peito.

- Não é essa a questão, eu… – afastou-se um pouco, porém continuando de costas para o outro. – Eu não consigo… Não depois de tudo… – sussurrou, mais para si do que propriamente para Jackson.

- Eu amo-te, Mark. – encostou a sua testa no ombro alheio, fechando as pálpebras cansadas. – Eu amo-te. – confidenciou num tom mais baixo e brando.

Mark estava completamente estupefacto. Não queria acreditar que aquelas mesmas palavras tinham saído da boca de Jackson, não depois de tudo, não depois de o amar incondicionalmente desde que se tornaram próximos, alguns anos atrás. Não era novidade para ninguém de que Mark era completamente apaixonado por Jackson. O que era novidade era Jackson retribuir os seus sentimentos.

- Não dizes nada? – levantou a cabeça, antes de virar o rosto de Mark na sua direção. O mesmo encontrava-se com os olhos húmidos e arregalados, o que deixou Jackson um tanto preocupado. – Mark? O que se passa?

Como resposta, recebeu um abraço bem apertado e o peso alheio sobre o seu colo. Sentia as lágrimas de Mark caírem sobre o seu pescoço e escorrerem pelo seu peito, fazendo-lhe cócegas. A brisa fresca ondulava os cabelos, agora também loiros, de Mark, contra o seu rosto, dando-lhe a perfeita oportunidade de inspirar o cheiro doce e delicioso, dos mesmos.

Não havia ruído algum. E, pela primeira vez em meses, Jackson sentiu-se em paz ao estar sentado ali, na relva fresca, com Mark nos braços. Fechou os olhos e respirou fundo, aproveitando aquele momento tão raro, mas tão desejado.

- Desculpa… – os lábios de Mark moveram-se contra o pescoço alheio, antes de apertar o seu corpo ainda mais, contra si. – Desculpa-me…

- Ei, porque estás a desculpar-te? – pegou no seu rosto, olhando-o com as sobrancelhas franzidas, mostrando bem o quão confuso se encontrava.

- Eu amo-te. Eu sempre te amei, Jackson. Tu não fazes ideia. – e deixou escapar um sorriso, antes de ser interrompido por um soluço e ser abraçado por Jackson.

E, por momentos, sentiu medo. Sentiu medo que aquela paz fosse efémera, que Mark também fosse tirado de si, sem qualquer aviso prévio, sem retorno possível. Sentiu medo de nunca mais o ter perto de si, de nunca mais o abraçar, de nunca mais o tocar. Sentiu medo de nunca mais ver o seu sorriso, que era a luz da sua vida.

Sentiu medo que o seu mundo desabasse de vez, que fosse arrancado de si, sem permissão. E, portanto, abraçou-o com toda a sua força, praticamente esmagando o corpo esguio do outro, que sequer reclamou; abraçou-o para ter a certeza de que o seu mundo continuava entre os seus braços, nas palmas das suas mãos e que o podia sentir, bem na ponta dos seus dedos.

 

 

 

_________________

 

 

 

Após a tempestade, vem a bonança. E após três grandes tempestades, demasiado próximas umas das outras, a calmaria e a paz tão desejadas por Jackson tinham vindo e parecia que tinham vindo para ficar.

O tempo nem sempre se abria, mostrando-se carrancudo maior parte das vezes, mas era incrível como os lábios de Jackson se abriam e se rasgavam num grande sorriso sempre que olhava para Mark, sempre que via o seu sorriso, sempre que o beijava, sempre que o tocava.

Tudo parecia no lugar. Tudo parecia perfeito, até demais. Não apareceu mais nenhuma notícia sobre alguma morte macabra de algum aluno, o medo dissipou-se e a vida de todos parecia ter voltado ao normal, como se nada tivesse acontecido; como se os altares em memória dos três alunos falecidos não tivessem sido realmente construídos porque eles morreram, mas sim porque ganharam mais algum prémio significativo, para a escola. Como se Jaebum tivesse ganho mais um torneio de futebol, contra as restantes escolas; como se Jinyoung tivesse conquistado o primeiro lugar nas olimpíadas de matemática e xadrez; como se Kunpimook fosse um modelo e aquela era apenas uma de muitas fotografias do seu book.

Jackson tinha finalmente voltado a respirar livremente, sem sentir aquele peso incómodo sobre o seu peito, sem sentir vontade de chorar, a todos os segundos. Porém, naquele momento, a simples tarefa de inspirar e expirar aparentava ser bem mais complicada do que realmente era. Deitado na sua cama, viu-se novamente com um peso sobre o seu peito. Mas, ao contrário das outras vezes, esse peso não era incómodo. Não, era bastante bem vindo e tão desejado, que chegava a doer.

Mark encontrava-se acima de si, com o tronco despido, com os lábios inchados e entreabertos, com o olhar nublado, com os cabelos desgrenhados. E Jackson tinha a certeza que aquela imagem era a mais bela e provocante que alguma vez tinha visto, ou que alguma vez iria ver. E não demorou muito a tornar a tomar a iniciativa de roubar aqueles lábios de forma egoísta, sedenta até.

O corpo esguio de Mark contorcia-se, enquanto sentia as mãos de Jackson percorrerem todo o seu tronco, alisando-o, agarrando-o, arranhando-o. Os dois corpos pareciam a ponto de entrar em combustão, tamanho era o desejo incontrolável, que os consumia. E então aquele momento de provocações e descoberta, do corpo um do outro, virou algo selvagem, apressado, onde Jackson praticamente arrancava o resto das vestes de Mark, incapaz de afastar os seus lábios da pele pálida e quente, do outro.

Pequenos ofegos e estalos altos eram libertados de ambas as bocas que, famintas, procuravam uma pela outra, em total desespero. Os toques tornaram-se ainda mais intensos, os gemidos mais constantes, enquanto ambos se perdiam completamente, um no outro.

Mark gemia alto enquanto sentia Jackson bem fundo, em si; enquanto sentia os lábios alheios maltratarem a pele do seu pescoço, arrancando de si um sorriso, que acabara por ser interrompido pelos seus dentes, quando estes morderam os seus próprios lábios, contendo um grito, que acabou por sair abafado.

Jackson sentia as suas costas arderem, devido aos vergões causados pelos dedos de Mark, mas não ardiam tanto como o seu coração, que parecia que iria explodir, a qualquer momento. Após tanto os corações apaixonados, como os corpos cansados estarem completamente saciados, um do outro, Jackson puxou o corpo de Mark contra o seu, afastando os fios loiros grudados na testa, podendo olhá-lo melhor.

As pálpebras alheias tremiam, talvez ainda pelo orgasmo, talvez pelo cansaço. E Jackson beijou cada uma delas, tendo sussurrado contra o seu pescoço um Eu amo-te quente, capaz de fazer o seu coração vibrar e os seus lábios formarem-se num pequeno sorriso, involuntariamente.

E foi com a respiração calma de Mark, contra o seu pescoço, que Jackson adormeceu, horas depois, completamente dominado pela avalanche de sentimentos que, aos poucos, o afundava cada vez mais e mais, no outro.

 

 

 

 

 


Notas Finais


como o otp é lindo (✲✪‿✪)ノ
o próximo capítulo será o último, então acho que já haverá alguma ideia de quem possa ser o tal assassino ou até qual será o final desta história... então eu realmente queria saber as vossas suspeitas u-u

espero realmente que tenham gostado, que não tenha muitos erros, porque a minha preguiça de revisar vence, e que não me odeiem muito, porque no fundo sou boa pessoa s2
até o próximo (último) capítulo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...