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História A Traição - Jungkook - Saga: O Início X


Escrita por: Powlledy

Notas do Autor


Sei que eu desapareço e reapareço do nada, n me julguem não faço de propósito KKKJJJKKKKKKK


Talvez o universo não esteja a meu favor porq tenho coisas para se fazer todo mês que não podem ser adiadas e isso acaba afetando em meu tempo pessoal em que eu tenho para escrever.


Ultimamente eu tenho lido muito, terminei 3 livros em quase três semanas, talvez esse pequeno passatempo tenha me afetado muito KKJKKKKKKKKK pois eu tô dedicando meu tempo vago a leitura e eu gosto pq eu vou aprimorando minha escrita para vocês, mas chega de falar de mim.


Vocês estão bem? Como foram seus últimos dias? Novidades? Boas ou ruins?



Vocês se preocupam comigo e agora é minha vez de mostrar minha preocupação com vocês.


Amo vocês, leitoras do meu core ❤❤



Boa leitura e nos vemos lá embaixo.

Capítulo 10 - Saga: O Início X


Eu estava me surpreendendo aos poucos com o meu comportamento ansioso. Nunca tinha ficado desta forma quando de alguma forma alguém me convidava à sair.

Não sei quanto trabalho eu tinha adiantado, mas sabia que não era nada pouco. A ansiedade estava me tomando, se eu ficasse qualquer segundo sequer sem fazer algo eu perdia a noção do que estava fazendo.

A concentração por enquanto ainda não me abandonara, mas por um fio ela me deixava na mão.

Eu sabia que tinha mais com o que me preocupar, como: O Alpha que me obrigava a entrar em sua alcateia. Porém, eu não conseguia pensar nisso enquanto estivesse no trabalho e prestes a sair com o meu chefe. 

Definitivamente eu me arrependeria mais tarde por dar mais importância a ele do que na bola de neve que minha vida estava neste exato momento.

Respirei fundo, eu já tinha feito todo o trabalho que tinha de fazer hoje e agilizei o bastante para a semana inteira.

Olhei para o relógio de parede que marcavam exatamente seis e meia da noite. As horas passam voando quando resolvo dedicar toda a minha ansiedade e foco em uma só coisa do que em várias ao mesmo tempo.

Resolvi dar uma parada em tudo o que estava fazendo e relaxar um pouco. Eu já tinha feito boa parte do trabalho dessa semana inteirinha, talvez ele pudesse até me dar folga por eu ter adiantado tudo de importante que se era para fazer.

Pelo menos dois dias eram suficientes para que eu resolvesse os problemas que minha vida lupina me causara.

Ter a vida de humanos era nitidamente tão fácil! O maior de seus problemas eram suas dívidas e seu próprio dinheiro para pagá-las. Chegava a ser patético o quanto davam tudo de si para enriquecer-se, tanto que acabavam se esquecendo das pequenas coisas do dia a dia que nos faz feliz.

Triste.

Humanos eram tão ambiciosos quanto caçadores à procura de sua presa.

Não os julgo, essa era a natureza deles da mesma forma que a minha era em uma floresta. Nessa vida — que eu fingia ser alguém normal — até que era divertido, suas expressões eram algo que me surpreendia dia após dia. Cada um tinha sua forma de agir e pensamentos distintos um dos outros, podemos encontrar personalidades variadas, mas outras um tanto repetitivas; essa última era a que mais me chateava, eu sempre estou de braços abertos esperando aprender coisas novas sobre essa espécie que tanto me intriga.

Por mais que suas atitudes me surpreendesse, tudo era muito previsível.

Vejo Mark sair de sua sala afrouxando sua gravata apertada envolta de seu pescoço e desabotoando os botões do pulso de sua camisa social.

Estendeu seu olhar em minha mesa abarrotada de papéis empilhados. Sua expressão era de surpresa por eu ter resolvido tudo aquilo em apenas algumas horas.

— Hoje você estava inspirada, não? — Se aproximou suavizando sua face e sorrindo com doçura.

— Um pouco.

Dei de ombros, ele não precisava saber que eu sempre fazia algo exagerado quando estava ansiosa para algo.

— Fez o trabalho que pretendia fazer em uma semana? — Ele pegou uma das folhas analisando-as.

Por mais que fossemos amigos, Mark ainda era meu chefe, precisava saber se eu estava fazendo um trabalho bem feito ou se estava fazendo apenas por fazer.

— Aham — optei por responder com poucas palavras —, mas e aí? Tá aprovado ou preciso refazê-los?

Digo em tom zombeteiro, ele deu uma risada anasalada e deixou o papel aonde tinha encontrado.

— Como sempre, impecável — olhou no fundo dos meus olhos. Talvez eu nunca tinha percebido a intensidade na qual ele sempre me encarava, parecia que tinha encontrado um tesouro.

Passei a me perguntar se essa frase era direcionada ao meu trabalho perfeito ou a minha pessoa em si, fiquei na dúvida quanto a isso, mas não deixei que tomasse muito tempo de minha cabeça.

— Bom... disso eu já sabia — sorri convencida e ele gargalhou pela minha audácia. — Agora, minha vez. Tem alguma prova que seu trabalho também está... — analisei seu rosto antes de prosseguir — impecável?

— Duvidando de meu potencial, Srt. Becker? — Por que meu nome saía de sua boca de uma forma tão sexy?

Ele estava diferente porque eu tinha aceitado — finalmente — sair com ele ou estava agindo normalmente e eu nunca havia reparado com atenção?

— De forma alguma, Sr. Tuan, se fosse menos competente com certeza estaria em meu lugar e não sendo meu chefe — ele pareceu gostar de ouvir isso. — Mas um aviso prévio: posso tomar seu lugar em breve — sorrio presunçosa, lançando-lhe uma piscadela.

Mantendo a conexão com o olhar, umedeceu seus lábios — passando a língua entre eles.

Essa informação não passou despercebida por mim, estava me provocando agora que se deu conta que eu estava prestando atenção nele mais do que o de costume.

— Não me preocupo muito quanto a isso.

— Está dizendo que eu não tenho capacidade de ultrapassá-lo? — Fiz de conta que estava ofendida colocando a mão no peito.

— Talvez — ele brincou e eu bati em seu braço de leve.

Ficamos em silêncio por um momento, só se ouvia as nossas respirações calmas. Pude ouvir o bater de seu coração, não estava diferente de sua respiração podia jurar que estavam até em harmonia, sincronizadas.

O silêncio não era constrangedor, não era daqueles que deixava uma atmosfera ruim muito pelo contrário nos deixava à vontade um com o outro. Era até difícil querer quebrá-lo.

— Então... acho que já deu a nossa hora. Vamos?

Assenti me levantando da cadeira e ajeitando a barra da saia que usava.

— Me dê um segundo só tenho que guardar esses arquivos — digo já pegando o máximo de papel que conseguia carregar em meus braços.

— Não será necessário, pedi que Jisoo vinhesse guardar quando saíssemos — Ele pegou o que eu estava carregando e devolveu para o lugar que estava antes.

— Bem prestativo — pensei alto e ele sorriu de lado.

Fomos caminhando para o elevador.

— Então... para onde vamos? — Perguntei quando entramos no elevador e as portas se fecharam.

— Foi você quem me convidou. Eu que me pergunto — ele me olha de forma curiosa. — Para onde vamos?

Ri de sua cena.

— Hmmm — pus a mão no queixo pensativa, por essa eu não esperava. — Que tal aquele restaurante na esquina? É novo e eu pretendia ir nele qualquer dia mesmo.

— Por mim tudo bem, as comidas de lá parecem ótimas.

O elevador abriu no nosso andar e saímos dele. Já que era perto, optamos por ir andando.

— Posso lhe fazer uma pergunta? — Ele estava olhando para frente, com o olhar distante, mas com um sorriso brincando em seus lábios.

— Claro — fitei-o, esperando seu questionamento.

— Por que decidiu aceitar meu pedido? Já estava me deixando sem esperanças — riu sem humor, baixando o olhar para o chão, mas logo o ergueu encontrando os meus.

— Se eu te dissesse que eu também nem sei? — Consegui tirar um riso dele.

— Sério? Nenhum motivo? — Pareceu um pouco desapontado.

Não gostava de ver que ele tinha expectativas para essa pergunta, muito menos saber que eu também estava dando expectativas a ele. Eu sabia muito bem que Mark não queria ser apenas meu amigo e alimentar esse seu desejo não sentindo o mesmo era... cruel. Contudo não sabia o que tinha dado em mim em resolver chamá-lo para sair.

— Tá legal, você venceu — ele me olhou de imediato ansiando para o que ouviria a seguir —, resolvi dar uma chance para seus convites — de qualquer forma não era uma total mentira.

Ele sorriu parecendo satisfeito com a resposta.

— Prometo que não irá se arrepender.

Sei que alimentar algo que nunca iria acontecer não era nada bom, mas eu não poderia magoá-lo tão na cara.

Entramos no estabelecimento, não era tão grande e estava muito movimentado. — talvez por ser novo no quarteirão todos quisessem ver a novidade. — Olhei ao redor.

O chão era de madeira, tinham algumas mesas espalhadas pelo lugar junto de cadeiras, algumas garçonetes tinham de se espremer entre as brechas das mesas para chegar ao cliente e atendê-lo. O ambiente tinha um ar de gordura ao mesmo tempo que uma atmosfera agradável. A música de fundo mal dava para ser escutada por tamanho baralho que as pessoas que estavam por aqui faziam.

Segui Mark que estava indo em direção a uma mesa um pouco afastada e vazia. No caminho meu olhar se cruzou com um sujeito de pele bronzeada cujo olhar tanto me intrigava, fazendo-me ficar rígida e fechar os olhos rapidamente pensado que fosse uma miragem, mas infelizmente não era. Ele ainda estava ali, totalmente tranquilo e sereno enquanto todos os problemas dos dias atrás despencam em minha cabeça como vários tijolos.

Como eu pude esquecer eles por um minuto sequer?

Mark estava indo em direção a mesa vazia atrás da dele.

Minhas mãos começaram a suar automaticamente e vi o olhar dele descer para elas. Ele tinha os sentidos tão apurados assim que conseguiu perceber? Ou foi mera coincidência? Não, com certeza não era coincidência.

Engulo o seco quando ele volta a me encarar com uma expressão divertida.

Olhei em volta buscando alguma outra mesa vazia, hoje definitivamente não era meu dia de sorte, nenhuma mesa se encontrava disponível a não ser aquela.

Bufei revirando os olhos, recomponho minha postura para que Mark não percebesse que eu estava tensa.

Quando passamos por Jungkook, pude ouvir sua risada baixinha. Mark não ouviu.

Sentei o mais longe possível que podia de Jungkook, mas sabia que não importava pois ele tava uma mesa após a minha, a distância não era o que eu tinha que me preocupar.

Forcei um sorriso a Mark quando ele falou algo a respeito do local, porém, eu estava atordoada demais para entender com todas as letras o que ele realmente queria dizer.

— O que vai querer? — empurrou o cardápio para mim.

Me remexi na cadeira incomodada, não deixando que meu chefe percebesse.

— Hmmm, o que você pediu?

— Espaguete italiano com molho branco — respondeu-me franzindo os lábios.

— Então quero o mesmo, vou confiar no seu bom gosto para comida — isso pareceu despistá-lo.

— Claro e a bebida?

— O que sugere? — eu desviava de todas as perguntas com facilidade.

— Talvez um...

Não ouvira mais o que ele disse pois coloquei total atenção ao que meu vizinho do lado começara a falar pausadamente e em um som inaudível para um ser humano qualquer escutar.

Não pretendo esperar a noite inteira aqui — cantarolou.

— O que acha, Ronnie? — Mark recupera minha atenção.

— Claro, pode ser — sorrio rapidamente. Mesmo não ouvindo nada tive de concordar.

Ele chama a garçonete e enquanto ele fazia o pedido fingi que minha perna estava coçando então me abaixo um pouco e falei no mesmo tom que Jungkook.

— Não lhe pedi para que ficasse.

Ouvi sua risada anasalada.

Acredite, mesmo que me pedisse eu não ficaria, mas como são ordens superiores não tenho como desobedecer — deu ênfase na palavra “superiores”.

— Para quê o Alpha lhe mandou? Eu voltaria para mansão — ouvi o pigarreio de Mark e eu logo subi. — Desculpe, uma coceira incômoda — dei um sorriso amarelo.

Você verá, tem exatamente meia hora para dar o pé na bunda desse cara. Eu não gosto de esperar e os outros também não.

Isso era péssimo. O estabelecimento estava lotado, com certeza a comida sairia daqui a meia hora. Péssimo dia para aceitar o convite de Mark, péssima hora para vir até o restaurante novo e péssimo dia que tive de vir para o trabalho.

— Verônica? Está tudo bem? Parece meio aérea — juntou suas sobrancelhas franzindo o cenho.

— Desculpe novamente, não é nada, só fiquei um pouco distraída.

— Resolveu entrar pro seu mundinho da lua? — Tirou sarro e riu, tentei acompanhar seu riso.

Você sabe atuar bem.

Quase parei de rir, mas pensei duas vezes antes de fazer. Ele poderia achar que eu sofria de algum transtorno de bipolaridade. Se bem que afastá-lo enquanto eu tivesse nessa enrascada fosse a melhor alternativa, com ele por perto com certeza eu estaria deixando brechas para expor meu segredo, pelo menos nesses dias que estão cada vez mais corridos e mais perigosos.

— Que tal me dar um folga antecipada?

Perguntei de repente.

— Claro, você adiantou o trabalho da semana inteira para isso, não? — Ele pensou que foi observador, mas mal sabe ele que não fora por isso que eu tinha adiantado o trabalho, só vi uma oportunidade para colocar minha vida no eixo novamente.

— Então... pode me dar essa semana livre? — Digo com cautela pensando que uma semana longe do trabalho poderia ser muito.

— Tem certeza de que só precisa desses dias de folga? Você trabalhou o verão inteiro cobrindo o horário de Charlie, tava pensando em lhe dar mais alguns dias de folga para recompensar todo o esforço que fizera para a empresa.

Fiquei um pouco surpresa.

— Sério? Eu agradeceria, sabe... Eu tava precisando resolver alguns probleminhas que vão demorar alguns dias — lancei o meu melhor olhar de gratidão.

— Posso ajudar em algo? — Perguntou preocupado.

Balancei a cabeça.

— Não se preocupe com isso, não é nada que eu não possa resolver sozinha.

Que autoconfiança — ignorei o comentário desnecessário de alguém desnecessário no momento.

— De qualquer forma... se precisar de ajuda não hesite em me chamar — ele pega em minhas mãos e eu sorri com sua simpatia.

Argh! Só não se beijem, poupe-me disso e todos que estão aqui de ver essa vergonha alheia — ouço o som de vômito que ele fazia.

Tentei não esboçar alguma reação como, revirar os olhos.

— Nossa, sua mão é tão quente. Está doente? Os problemas de que está falando são relacionados a saúde? — Mark surpreendeu-me.

Ele se levantou um pouco para pegar em minha testa. Arregalei os olhos.

— Putz, da para fritar um ovo em sua testa... — Ele estava evidentemente surpreso.

Engulo o seco. Como explicar a minha temperatura anormal de um forma normal?

— Eu... é... — não conseguia encontrar as palavras certas — Tem razão — respirei fundo. — Eu preciso cuidar mais de minha saúde, mas não se preocupe estou bem — tentei soar o mais convincente possível.

Não posso negar que era uma desculpa esfarrapada, mas era a melhor que vinha em minha mente e a mais plausível para explicar sem que deixasse dúvidas.

Retiro o que eu disse, você é uma péssima atriz — ele fez gestos negativos com a cabeça.

Abaixo a cabeça um pouco fingindo que estava lendo o cardápio.

— Isso não é da sua conta. Fique quieto! — Respondo a Jungkook, rezando para que ele não me atrapalhasse mais, por que estava começando a ficar difícil manter dois diálogos ao mesmo tempo.

— Devia ter me dito antes, você poderia ter faltado hoje e... — ele estava realmente preocupado com minha saúde?

— Não se preocupe, eu estou realmente bem — interrompi, querendo acabar logo com esse assunto.

Ficamos em silêncio depois de eu ter o cortado. Ele pareceu perceber que aquele assunto não me agradava e eu fiquei feliz por ele ter entendido e ter mudado de assunto rapidamente.

— A comida está demorando, não é? — disse ele para que não ficássemos no silêncio constrangedor.

— Acho que não deveríamos ter vindo para cá, está muito cheio, nossa comida sem dúvidas chegará por volta das dez da noite — exagerei no horário e ele riu para descontrair.

— Para mim qualquer lugar estava bom, contanto que fosse com você poderia ser até debaixo da chuva — parece que ele só se deu conta do que disse quando falou, porque logo vi um pequeno rubor crescer em suas orelhas.

Sorri de lado satisfeita com esse comentário.

— Não acho que seria algo muito agradável ficar debaixo da chuva — Digo zombeteira.

— Penso que nunca tentamos, então, quem sabe? — Ele deu de ombros com um sorrisinho galanteador.

— Seria loucura — murmuro tão baixo que ele fez uma expressão confusa.

— Disse algo? — Suas sobrancelhas estavam juntas e sua cabeça caída um pouco para o lado.

— Nada de importante — disse rapidamente e sorri sem descolar os lábios.

Fiquei feliz por Jungkook ter parado de falar, tentei olhar disfarçadamente em sua direção curiosa por ele estar tão calado.

Não tinha ninguém. Ele tinha deixado o estabelecimento sem que eu percebera?

Tentei procurá-lo pelo resto do restaurante. Nada.

— Está procurando por alguém? — Mark chamou minha atenção e olhou na direção em que eu olhava.

Balanço a cabeça automaticamente, mas continuo procurando por aquele mar de gente.

— Só com esperanças de que nossa comida esteja vindo — coloco os cotovelos em cima da mesa, entrelaçando meus dedos e repousando o queixo ali.

Talvez ele tenha ido vomitar como tinha feito menção a alguns minutos atrás. Dei de ombros, se ele tivesse ido embora melhor ainda.

— Está com pressa? — Podia ouvir um pouco do tom de desapontamento.

— Só com fome — digo convincente.

O vejo sorrir e eu acabo por sorrir também.

Sinto minha loba se remexer incomodada com algo, o que me fazia ficar incomodada também. Não poderia ser que Jungkook tenha desistido de me esperar tão facilmente, poderia?

Você está sendo tão pessimista.

Minha loba me alerta, mas eu não engulo essa que ele tenha ido embora e me deixado de boa vontade.

— Ronnie? Hello-ou — Mark estala seus dedos na minha frente e eu pisco olhando-o — Hoje você está impossível, hein.

— Desculpe-me, prometo não me desligar mais do mundo externo — descanso os braços na mesa e encosto minhas costas na cadeira, respirando fundo.

Passou-se exatos 20min desde que eu tinha notado o desaparecimento repentino de Jungkook. À essa altura eu e Mark estávamos até que nos divertindo, a nossa comida tinha chegado e eu estava quase acabando quando ouço a porta do restaurante sendo aberta e vejo quem eu procurava passar por ela com uma expressão despreocupada.

Ele tinha trocado suas roupas e penteado o cabelo. Trajava um smoking sofisticado com gravata borboleta o que realçava os músculos do seu peitoral, seu cabelo estava em um topete bem feito e moderno dando uma mesclagem de um garoto e ao mesmo tempo um homem. Com certeza estaria indo para alguma festa de alto calão.

Seu tempo acabou, não posso esperá-la mais que isso — ouço sussurrar para que só eu ouvisse.

Droga, que desculpa eu daria a Mark?

Olhei para Jungkook e balancei a cabeça negativamente tentando disfarçar para que Mark não percebesse.

Não dá para esperar mais, tentei demorar o máximo que podia. Você ainda tem que se arrumar e sei que não vai ser nada rápido — disse rapidamente e se moveu para a bancada onde pegou um cardápio.

Pensei em algo rápido, mas iria precisar de meu celular, tateei o bolso do meu blazer. Não estava lá. Bufei, tinha esquecido ele em algum lugar.

— Me dê um minuto, vou ao banheiro — respondi aos dois, tanto a Mark quanto a Jungkook.

Todos daquele local não deixavam de encarar Jungkook por entrar no estabelecimento tão belo.

— Claro.

Claro.

Me levantei e em meu caminho acabei esbarrando em Jungkook “sem querer” fazendo com que o cardápio que ele segurava caísse. Abaixei-me para pegá-lo.

— Empreste-me seu celular — digo tendo a certeza que somente ele ouviria.

Disfarçadamente ele passa seu celular para minha mão enquanto eu lhe devolvia seu cardápio e pedia desculpas por ter se esbarrado nele. Rapidamente coloco dentro do meu blazer e vou ao banheiro.

Não demorei muito, só o bastante para que Mark não desconfiasse. Quando voltei a mesa, fingi que “meu” telefone estava tocando e logo atendi.

— Alô? — Olhei para Mark que ainda terminava seu espaguete. — Mas eu estou ocupada... — fiz uma pausa. — Não sei se vou ser liberada agora... Tem certeza? Não pode resolver isso sozinha?... Tá certo, tia, estou indo para lhe salvar — desliguei o telefone e bufei.

— Já vai? — fez um biquinho.

— Me desculpe é minha tia, às vezes ela não sabe resolver nada sozinha — revirei os olhos.

— Pelo menos termine sua comida — Ele limpou sua boca com um guardanapo.

— Não se preocupe, estou satisfeita. É melhor eu ir, porque é capaz dela me estrangular se eu demorar — Digo levantando-me e pegando o dinheiro para pagar minha refeição.

— Por favor, deixe que eu pago — segurou minha mão impedindo-me.

Não tinha tempo o suficiente para discutir e convencê-lo que eu pagaria a minha parte, então eu só deixei.

— Normalmente quem convida é quem paga — brinquei e ele me lançou uma piscadela.

— Pague na próxima.

Próxima. Ele estava contando que tivesse uma próxima.

— Te espero lá fora — logo em seguida vejo Jungkook sair.

Ele se levantou para pagar a conta, peguei o celular que não era meu.

— Se importa se eu ir na frente? — perguntei quando eu vi que tinha uma fila enorme para pagar.

Ele balançou a cabeça.

— Pode ir, nos vemos depois — sorriu e eu assenti.

— Obrigada, Mark — abracei sua cintura rapidamente e saí do estabelecimento.

Olhei para o lado e via a Bugatti preta estacionada um pouco a frente, ele ligou o carro e eu dei uma corridinha para alcançá-lo. Quando abri a porta e entrei, ele arrancou com o carro e em poucos segundos estávamos à 100km/h. Jungkook desviava dos carros com facilidade e maestria, olhei pela janela e só se via borrões passando.

Coloquei o cinto.

— Você disse que eu tinha de me arrumar — quebrei o silêncio que fora formado desde que entrei no carro.

— Sim, as criadas irão lhe ajudar a se vestir para que não demore muito.

— E quem disse que eu irei? — arqueei a sobrancelha.

Ele riu anasalado.

— O Alpha — disse simples.

— Então além de me obrigar a entrar na alcateia, também vai me obrigar a ir a seja lá onde for? — Perguntei incrédula.

— Ah, estamos indo à uma festa da família Lee — parece que ele não ligou para o que eu disse.

— Uma balada que não poderia ser — Digo com sarcasmo.

Vejo ele reprimir o riso.

— Não é uma festa comum, o Alpha vai lhe explicar quando estiver pronta. Alguns ainda estão se arrumando, ele vai explicar a todos o que faremos nesta noite.

— Ah, claro. Então não podemos simplesmente ficar de bobeira? Ele vai ter que decidir até como que ficaremos? — Revirei os olhos.

Não estava acostumada com ordens.

— Você vai entender — deu de ombros e ficamos o resto do caminho em silêncio.

Por conta da velocidade em que Jungkook dirigia em instantes chegamos à mansão.

— Você foi rápido — ouço o Alpha falar assim que entramos, estavam todos reunidos na sala.

Todos nos encaravam.

— Ronnie, venha comigo — uma das criadas daquela mansão chamou-me, fiz uma careta, mas obedeci.

Subimos as escadas, entramos no quarto em que eu estava alojada e eu via um lindo vestido vermelho com alguns detalhes em sua cauda, com suas costas nuas e tinha uma fenda enorme que deixava a coxa esquerda à mostra.

Era lindo.

— É melhor ir tomar banho.

Assenti.


OoOoOoOo



Eu já estava totalmente vestida e montada em recorde de somente meia-hora.

Me olhei no espelho, a maquiagem realçava a cor dos meus olhos e deixava-me com o rosto de uma mulher poderosa. Na verdade, eu estava realmente poderosa. O vestido caía perfeitamente em meu corpo, pareceu que foi feito sob medida.

— Você está tão linda, estou orgulhosa de mim.

Ela estava emocionada e eu ria vendo as lágrimas caírem de seus olhos.

— Não chore por isso, você realmente fez um bom trabalho, Rosé — acaricio o topo de sua cabeça.

— Obrigada, Verônica — ela sorriu gratificada.

Um sorriso contagiante.

— É melhor irmos — ela fala se recompondo e eu a sigo para fora do quarto.

Descendo as escadas ouço todos ainda conversando e quando eu desci todos os degraus, eles me olhavam e podia perceber que todos estavam avaliando-me por meio de seus olhares.

— Bom trabalho, Rosé — o Alpha diz.

Ela se curva agradecendo e saiu dali me deixando a sós com eles que não paravam de me encarar.

Me aproximei mais e fiquei em pé ao lado de Jin que estava sentado no sofá, não muito diferente dos outros ele estava belo.

— Já que estamos todos aqui... — O Alpha coçou a garganta chamando a atenção de todos. — Verônica, não vamos a essa festa por diversão. Estamos indo a trabalho.

Juntei as sobrancelhas.

— Então vocês são os barman e eu... — todos riram do meu comentário.

Eu não achei graça, pois eu estava falando sério e perplexa pensando que eu venderia meu corpo esta noite.

— Não, não é esse tipo de trabalho — O Alpha diz em um tom sereno. — Nós somos contratados para pegar bandidos do mundo sobrenatural.

Deixo minha cabeça cair para o lado curiosa para mais detalhes então deixei que prosseguisse.

— Somos pagos para pegar as pessoas que A Ordem está atrás faz algum tempo e tem um vampiro nessa festa que se o pegarmos o nosso pagamento não seriam meros 200mil wons, seria muito mais... para cada um.

Demonstro interesse para esse fato.

— Nós chamamos isso de: missão — completou óbvio.

— Então trabalham para o governo sobrenatural? — Esse pequeno detalhe me deixou com um pé atrás.

Do mesmo jeito em que o mundo humano tem um governo para manter a ordem no país em que governa, também temos um governo no mundo sobrenatural para manter a ordem entre todos os seres vivos sobrenaturais existentes na face da Terra — por isso se chama A Ordem.

— Não exatamente, só ajudamos a pegar os bandidos que fazem bagunça e ganhamos uma grana com isso — Namjoon respondeu.

Me sentei no encosto do braço do sofá e cruzei as pernas — deixando boa parte dela exposta por conta da fenda, não me importei com isso, mas podia ver os olhares nada discretos para ela dos outros que estavam reunidos aqui.

— Mas não é somente um? Por que precisa de oito pessoas para derrubá-lo?

Todos riram, pareciam debochar de minha pergunta.

— Por que acha que o cara valeria milhões se fosse alguém fácil de se pegar? — Yoongi respondeu sarcástico revirando os olhos.

O Alpha o repreendeu com o olhar.

— Bom, vamos ao que interessa... — Ele fez uma pausa e me entregou uma folha. — Esse é o cara em que ficaremos de olho.

Olhei para o rosto que estava impresso e engulo o seco, eu conhecia bem quem era ele e o que ele fazia.

Todos se entreolharam quando eu dobrei a folha rapidamente.

— Algum problema? — Perguntou o Alpha, não deixando passar despercebido minha reação.

— Eu conheço ele — digo e olhei a foto novamente para confirmar e de fato eu o conhecia.

Sem sombra de dúvidas era Caius, ele era um vampiro bastante habilidoso. Como poderia esquecê-lo?

— Como? O que sabe sobre ele? — Perguntou Jungkook curioso.

— Caius, o nome dele. Ele matou uma alcateia inteirinha, mas o diferencial é que ele age sozinho. Talvez ele seja contratado para isso, porque não foi só uma ou duas que ele conseguiu erradicar, mas sim várias e várias — dou uma risada sombria.

— Como sabe disso? A vida dele é um total segredo, eu sabia dessa informação, mas não consegui provas concretas para confirmar — O Alpha pergunta dessa vez.

Olhei para Jin ao meu lado que baixou a cabeça, ele sabia.

— Porque... em uma dessas alcateias na qual ele atacou, eu fui a única que sobrevivi.

Um silêncio usercedor se instalou.

A raiva estava me tomando por lembranças que vinham à tona automaticamente, fazia tempos que eu jurei vingança a ele, mas ele sempre escapava de minhas mãos. Quem sabe eu teria essa sorte hoje?





Notas Finais


O que acharam? Sou maníaca por suas opiniões e.e

Sei q é chato a fanfic não atualizar com frequência, mas tentem me entender. Eu tenho total ciência de q a pessoa se desanima e até esquece do enredo da fic já q ela demora muito a ser atualizada, mas.... eu prometo q quando eu ficar de férias (faltam três semanas) os caps sairão com frequência. Quanto isso não acontecer eu não posso prometer capítulos.

É isso meus amores 😙❤❤

O Domador de Cavalos
https://www.spiritfanfiction.com/historia/o-domador-de-cavalos-18252519


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