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História A Traição - Jungkook - Saga: Aurora I


Escrita por: Powlledy

Notas do Autor


Aqui estou eu hehe.

Como sempre nos 45min do segundo tempo resolvo aparecer e.e

Siiim, e como vocês estão vendo: entraremos em uma nova saga apartir deste cap aonde ocorrerão várias outras coisas hehe. Tô ansiosa para escrever as coisas q rolarão nessa saga hihihi.

Aguardem... surpresas virão ❤

Capítulo 22 - Saga: Aurora I



Jungkook


— Quer que eu dirija? — ouço Ronnie perguntar pela milésima vez desde que saímos da mansão.

A olhei de relance, a mais baixa batia a perna inquietamente no chão do carro e me encarava de forma pidona. Sorri de lado.

O olhar do gato de botas.

Ouvi meu lobo.

— Lhe deixei dirigir uma vez e quase tive um treco — arrepiei-me só de lembrar daquele dia.

— Você que é medroso demais — virou seu corpo para mim, encostando a cabeça no vidro.

Percebi que a mesma estava sem cinto.

— Coloque o seu cinto — digo, em alerta.

— Confio em você, relaxa — me lançou uma piscadela.

— Por favor, coloque o cinto — parei o carro no meio da via por estar totalmente deserta aonde o nosso carro e a moto que Tae estava pilotando eram os únicos veículos a serem vistos.

— Louco, você sempre faz isso! — brigou comigo, mas logo fez o que eu havia lhe pedido.

Voltei a dirigir.

— Vem cá, por que você é tão metódico quando estamos em um carro?

Engoli o seco. A pergunta que sempre quis evitar desde o acontecido estava sendo proferida novamente.

— É complicado — digo, coçando a garganta.

Sentia seu olhar sobre mim.

— Relaxa, temos mais que uma hora para você me fazer entender — arqueou a sobrancelha para mim.

Conte a ela.

Incentivou o meu lobo.

Um minuto de silêncio se instalou até que eu criasse forças o suficiente para relembrar daquela história que não só marcou minha pele, como também, tinha tocado a parte mais profunda de minha alma.

— Bom... O nome dela era Jennie, Kim Jennie — ela me olhou estranho.

— Uma história de amor que acabou em tragédia? — em sua voz não havia sarcasmo ou tom de brincadeira emitido, ela falava sério.

— Clichê demais? — soltei uma risada, sem humor.

Ela fitou-me sem esboçar qualquer reação. Ah, como eu daria tudo para saber o que ela estava pensando neste exato momento!

— Por favor, continue — pediu ela depois de analisar o meu rosto, certamente se certificando se eu estava adepto a falar sobre.

— Sabe por que o nosso jardim é belo como hoje? — fez menção para que eu continuasse — Ela era nossa jardineira, cuidava de nosso jardim como ninguém e não deixava que alguém entrasse lá sem sua permissão, pois tinha medo de que estragassem sua obra de arte. Ela considerava o jardim praticamente sua casa, ficava lá boa parte do dia — respirei fundo, deixando um sorriso bobo invadir meus lábios — antes mesmo de eu chegar naquela alcateia, ela cuidava de nosso jardim. Quando nos vimos pela primeira vez senti uma necessidade avassaladora de estar perto dela o tempo inteiro... ela era doce, gentil e frágil, todos que trocassem apenas pequena palavras com a mesma se encantava de uma forma inexplicável.

Meu coração batia cada vez mais rápido na medida em que falava, como antigamente quando nossos olhares se encontravam. As lembranças estavam tomando conta de minha cabeça.

— Criamos um laço de amizade muito forte e rapidamente como se aquilo estivesse predestinado a acontecer, sabe? — a vejo assentir, envolvida com a história que ouvia —, mas no fim não era amizade que nós dois queríamos um com outro. Rolou várias coisas antes de realmente nos assumirmos para todos e eu me arrependo amargamente de ter esperado muito tempo antes de criar coragem e assumir que ela era minha fêmea. Incrível como as coisas andaram magnificamente bem nas primeiras semanas, realmente foram as mil maravilhas, mas depois começaram a vir os problemas. Ela também fazia parte de algumas missões como você, mas ela só dava suporte não batia de frente com os inimigos. Uma vez entramos em uma grande enrascada e foi nessa missão que eu a perdi para sempre...

Houve um minuto de silêncio. Sentia seu olhar curioso sobre mim, mas esperou o meu tempo para que eu conseguisse continuar.

— No carro em que nós estávamos,  implantaram uma bomba. Era ela quem estava dirigindo e eu fui burro de não ter percebido antes. Jennie percebeu, porém, foi tarde demais. Nem tive chances de me despedir e nunca vi seu corpo de volta. Talvez fora cremado com as chamas daquela terrível explosão. Por isso que sempre me certifico de dirigir e se algo assim acontecer novamente irei me redimir fazendo o mesmo que ela fez por seu passageiro...

Fui surpreendido por um abraço desajeitado vindo da garota ao meu lado. A mesma passava seus braços por meu pescoço enquanto a sua metade do corpo estava apoiado no banco em que estava sentada antes. Seu cheiro invadiu minhas narinas de uma forma que podia me acalmar como as flores que Jennie cuidava me acalmavam.

Soltei uma risada anasalada.

— Não pensei que minha história fosse tão triste assim... — brinquei.

— De alguma forma, eu apenas quero cuidar de você, Jeon — fiquei surpreendido por suas palavras.

Ronnie ainda estava pendurada em meu pescoço quando colocou suas duas pernas em cada lado de meu corpo, sentando em meu colo e apertando-me cada vez mais contra si. Escondeu sua cabeça em meu pescoço, não atrapalhando minha visão da estrada.

— Não pode esperar a morte da mesma forma em que aconteceu com ela... Isso não é nada justo. Jennie deu sua vida para salvar a sua, não acha que seria muito egoísmo de sua parte esperar que aconteça o mesmo que aconteceu com ela? Com certeza Jennie não gostaria que pensasse dessa forma.

Suas palavras foram como balas que perfuravam o meu coração. Talvez nunca ninguém tivesse coragem o suficiente de ter me dito aquilo por medo de me machucar ainda mais, mas ela era diferente... dizia exatamente para curar aquilo que me foi ferido.

— Sei que é difícil perder alguém de extrema importância, mas faça da perda sua motivação para continuar a viver, só que dessa vez não viver somente para você mesmo, como também pelas vidas que já não estão nesse mundo — sinto suas mãos acariciar os cabelos de minha nuca.

Seu modo de falar me deixava ébrio, era de uma forma tão intensa e verdadeira que eu queria que ela nunca mais parasse.

Essa loba é incrivelmente imprevisível.

As palavras faltaram em minha boca, não sabia o que dizer e nem como olhá-la depois.

— Promete para mim que nunca vai pensar em morrer sem ao menos tentar sobreviver? Não entregue sua vida de mão beijada a morte, ela não merece sua alma tão boa, como um novo subordinado...

Afastou-se um pouco para me encarar. Aquele olhar... o olhar mais intenso que já havia visto depois da morte dela. Custei a desviar, na verdade, eu não queria parar de fitá-la, mas — infelizmente — ainda estava dirigindo e teria de manter atenção na estrada.

— Não sei se posso prometer algo tão difícil assim — sorri de lado, sem jeito.

Mudar pensamentos que você tem desde muito antigamente não era tão fácil assim.

— Sabe o que aprendi recentemente? — Pegou em meu rosto, fazendo-me encará-la por alguns segundos.

Seus olhos azuis estavam brilhando e mais vivos do que nunca, aquilo deixava eu e meu lobo totalmente hipnotizados.

— Só se torna difícil quando você mesmo o faz ser difícil. Deixar as coisas que sempre achou que eram as certas, não é nada fácil, mas não é impossível.

Assenti devagar. Entendendo o que ela queria dizer.

— Obrigado por isso, prometo que tentarei cumprir com essa promessa.

Ela sorriu para mim e voltou para o seu banco.

De alguma forma eu sentia que faltava algo em mim quando a mesma se distanciou, uma estranha sensação de querê-la em meus braços novamente invadiu-me por completo.

Ronnie estava me deixando louco e confuso, agora só faltava saber pelo quê. O que eu ansiava para ter? Essa pergunta estava constituindo uma resposta aos poucos. A resposta que eu custava em acreditar que se tornaria realidade em algum momento, mas eu sabia e tinha plena consciência de que viria à tona, eu querendo admitir ou não.

Isso vai nos sufocar.

Os sentimentos seriam tão fortes ao ponto de não sentirmos mais o ar em nossos pulmões. Perigoso. Se nos aproximássemos mais seria o sinônimo de perigo, porque eu não saberia o que seria capaz de fazer, ou melhor, de sentir.

Respirei fundo e passei a língua entre os lábios, não enxergando alternativas para quando o que eu estava prevendo viesse a acontecer.

— Está tudo bem? — ela me desperta de meus devaneios.

— Claro que sim, só estou meio aéreo quanto a tudo isso.

Pequenos pingos de água começaram a lotar a minha visão no vidro do carro e depois de dois segundos vários outros começaram a cair sem parar.

— Parece que estamos chegando — digo.

A mudança drástica do clima era sinal de que estávamos perto de chegar em nosso destino, o calor já não existia mais, agora, dando espaço ao frio.

— Taehyung está sinalizando para pararmos ali — apontou para um posto de gasolina logo a frente.

Assim que estacionei, descemos do carro, nos encontrado com Tae.

— Vou ter que esperar essa chuva diminuir — disse ele ainda montado em sua moto, porém, com o capacete em mãos.

Olhei ao redor, achando engraçado que em questão de segundos a chuva começou a piorar gradativamente.

— Não vamos lhe deixar sozinho — disse Ronnie se encostando no carro.

— Você a ouviu, não deixaremos você aqui, ou todos vão ou todos ficam — digo, dando de ombros.

Ele sorriu.

— Então o que sugere? Não sabemos quando a chuva vai passar ou se ao menos vai passar alguma hora — arqueou a sobrancelha.

— Hmm... — virei-me bruscamente e bati o olho justamente no que queria.

Uma carroça, grande o bastante para carregar uma moto, dava para amarrar no carro em que estávamos dirigindo e colocar a moto sobre ela, assim conseguindo levá-la.

— Alguém terá de ir no colo — olhei para Ronnie, a mesma cruzou os braços.

— Decidiremos na sorte? — pediu ela.

— Nem adianta, eu sempre ganho — digo, indo em direção a carroça trazendo-a para perto do carro.

Iria dar certo. Olhei para Taehyung.

— Acha mesmo que isso irá dar certo? — perguntou ele.

— Quem sabe? Podemos tentar — dou de ombros batendo a mão uma na outra para tirar a poeira.

— Acho que essas vão dar — ouvimos Ronnie que saía da loja de conveniência, ela carregava várias cordas.

— Comprou todas elas? — perguntei.

Você comprou todas elas — deu uma grande ênfase, me fazendo entender que seria eu quem iria pagar.

— Claro — Revirei os olhos.

Taehyung desceu da moto, levando-a para dentro da carroça, amarrei ela, certificando de que estaria bem segura e que não cairia e depois amarrei a carroça no veículo que a puxaria.

— Acho que está pronto — digo.

Taehyung e Ronnie estavam conversando enquanto comiam alguns salgadinhos, que eu supus que teriam comprado na lojinha do posto de gasolina. Durante todo o tempo em que eu ralava duro para fazer o trabalho sozinho, eles estavam brincando entre si.

— Não iria reclamar de uma ajudinha, sabe? — digo irônico, roubando o pacote de salgadinhos da mão de Tae.

— Ei! — reclamou ele, tomando de volta.

— Terminou? Podemos ir? — perguntou Ronnie.

— Temos de avisar que iremos pegar isso — apontei para carroça.

— Não se preocupe, já tratei deste assunto — disse Tae.

— Então só falta decidir quem senta no colo de quem — sorrio, divertido.

Sabia que iria ganhar e no final ou o Tae sentaria no colo de Ronnie ou Ronnie no colo de Tae. Na minha cabeça essa cena estava sendo hilária.

Nos posicionamos para jogar pedra, papel e tesoura.

— O último será quem vai no colo? — Tae sugeriu e todos assentimos.

— Preparados? — olhei para cada um, os dois estavam ansiosos para isso — Kai, bai, bô — dizemos em uníssono.

Arregalei os olhos com o resultado. Taehyung havia ganhado após colocar tesoura enquanto eu e Ronnie tínhamos colocado papel.

— Sempre ganha é? — tirou sarro de mim, estendendo sua mão para pegar a chave.

Revirei os olhos, entregando. No final das contas, Ronnie perdeu. Não sabia distinguir se isso seria bom ou ruim.

— Vamos lá, garotada! — Taehyung estava se divertindo com tudo aquilo.

Entrei no carro e logo em seguida Ronnie sentou em meu colo, nada contente com aquela situação.

— Eu poderia ter ido na carroça — resmungou ela.

Taehyung deu partida no carro com um sorrisinho presunçoso nos lábios.

— E aí? Faltam quantas horas para chegarmos? — perguntou ele.

— Desse jeito só chegaremos amanhã — disse Ronnie se referindo a velocidade em que estávamos. Menos de 100km/h.

— Concordo. Tae, não dá para pisar mais fundo nesse acelerador? — olhei-o.

Ronnie encostou suas costas em meu peito como se eu fosse uma cama. Os seus cabelos cheiravam a morangos, um cheiro bastante atrativo, só perdia para a sua essência natural: flores-de-mel. A flor que eu mais gostava do jardim que Jennie cuidava. Coincidência do destino?

— Por que tive essa ideia maluca? — respirei fundo, mantendo a pose de quem não estava gostando nada daquilo.

Eles riram.

— Nem é tão ruim assim — opinou Tae.

— Verdade — falou, Ronnie, super relaxada em cima de mim.

A garota abriu a gavetinha a nossa frente do carro, tirando os papéis que o Alpha havia nos dado.

— Você viu? — perguntou diretamente ao Tae.

Ele negou.

— Vou lhe passar os pontos mais importantes — disse ela.

Coçou a garganta e começou a explicá-lo tintim por tintim. Às vezes eu opinava, mas na maioria delas só ficava entretido no modo em que Ronnie falava, as expressões e ações que ela fazia, eram únicos. Sem copiar nada nem a ninguém, era totalmente original.

Isso me agrada.

Nesse meio tempo consegui me desligar do mundo exterior para refletir mais profundamente em mim mesmo.

Nunca havia contado tão abertamente sobre o acontecido de minha falecida ex-companheira como havia feito hoje. O que essa loba tinha de diferente que me fez contar tudo sem fraquejar ou ao menos ter ânsia de choro? De fato, ela tinha algo de especial e eu queria mais do que nunca descobrir o que seria.

Respirei fundo para inalar mais intensamente aquilo que me deixava temulento, aquele cheiro que me fazia recordar dos dias difíceis que passei após a morte de Jennie ao mesmo tempo em que me fazia recordar de como encontrei a luz no fim do túnel.


|Flash Back On|


Lá estava eu novamente, naquele jardim com esperanças de que tudo o que havia vivido fosse uma mera ilusão de minha cabeça ou um pesadelo bem realístico. Esperanças que eu pudesse vê-la novamente totalmente suja de terra e com um sorriso enorme em seus lábios — que chamavam tanta a minha atenção — fazendo aquilo que sempre amava fazer: cuidar do jardim.

O sol estava se pondo naquele exato momento e lembranças de quando assistíamos essa linda cena juntos, invadiu meu ser por completo.

Por que tudo me fazia lembrar dela? Desde as coisas mais simples até as mais complexas existia um pouco dela. Como iria superar desta forma? Por que você se foi, mas ainda existe um monte de você, aqui, comigo?

Tudo o que sentia ainda estava bem vivo dentro de mim. Nunca encontraria um alguém como ela. Nunca deixaria de amá-la nem um minuto sequer.

Meus olhos se encheram d'água. Deprimente. Tudo o que eu fiz nesse último mês foi chorar, mas eu podia fazer o quê se para mim, minha vida não fazia mais sentido?

Olhei para cima tentando deter as lágrimas que insistiam em cair, queria ser forte pelo menos desta vez. Afinal, ela não gostaria de me ver triste, certo? Ela não gostaria de me ver nesse estado abominável.

O que eu tinha me tornado nesse último mês? Com certeza quem me visse pediria para que eu voltasse do hospital que havia fugido de tão raquítico que estava. Todo cheiro de comida era enjoável para mim, só conseguia comer se o Alpha me obrigasse, se não fosse isso, ninguém me fazia colocar nada na boca.

A verdade é que nada descia goela abaixo, não conseguia ser tão egoísta ao ponto de comer algo enquanto Jennie nunca mais poderia sequer abrir a boca.

Doía saber que era eu quem estava vivo. Preferia ter morrido no lugar dela. Sem dúvida alguma.

Respirei fundo sentindo o meu rosto molhado. Patético. Como sempre, não havia conseguido conter a minha tristeza, tinha de ser liberado de alguma forma.

Deitei-me naquela grama recém aguada. Quantas vezes fazíamos isso juntos?

Mais lágrimas incontroláveis escorriam pelo meu rosto.

Virei-me de lado encontrando o canteiro de flores que Jennie tratava com mais frequência e cuidado. Tanto é que ele acabou se tornando o meu preferido.

Levantei, indo até lá. Não sabia de onde havia tirado forças o suficiente para reerguer-me, minhas pernas tremiam de acordo com a cada passo dado. Ajoelhei-me sobre as flores que ela sempre zelava em proteger tendo a maior cautela para não estragá-las.

Arranquei uma, das centenas que existiam naquele canteiro, aquela com pétalas brancas como a neve e com seu pedúnculo esverdeado que me deixava incrivelmente fascinado. Com certeza, Jennie teria me matado se me visse fazer algo do tipo. Consegui dar um sorriso com isso, tinha saudades até de suas broncas.

Cheirei o seu doce aroma. Sem dúvida alguma essa era a melhor flor daquele jardim.

Passei aquele fim de tarde ali, com aquelas flores que me faziam me sentir melhor de alguma forma, completavam um pouco do vazio que eu havia me tornado. Desde então aquele cheiro se tornou o meu predileto, o único que me fez seguir em frente.

Devo minha vida a essas flores-de-mel, em especial, por que foram essas flores que me salvaram quando nenhum outro humano conseguiu.


|Flash Back Off|


— Você não vai sair? — perguntou Ronnie, fora do carro.

Arregalei os olhos, havíamos chegado. Estávamos em frente ao hotel que o Alpha nos indicara.

Assim que estava em térreo senti a mudança brusca no clima.

Apressei-me para acompanhá-los, ajudando a esvaziar o porta-malas, pegando nossas bagagens.

Várias pessoas saíam e entravam no hotel, era uma época bastante movimentada na cidade. Perfeito. Ninguém ligaria ou acharia estranho se mais pessoas chegassem para “esquiar" no gelo.

Nos dirigimos ao salão para fazermos o check-in. Fiquei responsável de pegar as chaves de nossos quartos, então fui em direção de um homem detrás da bancada que estava mexendo no computador.

— Com licença, nós temos... — O homem cortou-me sem ao menos me olhar.

— Lamento, estamos lotados — parecia dizer no automático.

Olhei para Tae e Ronnie que estavam sentados no sofá que tinha ali, junto de nossas malas.

— Mas é que...

— É eu sei que precisa de um quarto, mas não temos. Posso lhe indicar um outro hotel não muito longe daqui, se preferir... — ajeitou seus óculos de grau, me olhando sem paciência alguma.

Revirei os olhos dando as costas para ele, fui em direção aos garotos.

— Parece que o hotel está cheio — digo e os dois se levantam.

— Sério? O que faremos agora? — perguntou Taehyung.

— Vamos dar um jeito. Se o Alpha deu especificações de que ficaríamos hospedados aqui é porque tem algum motivo. Então não iremos desistir fácil assim — disse Ronnie.

— O que sugere? Aquele cara não irá dar um quarto de mão beijada para nós — digo.

— Tive uma ideia — disse ela e no mesmo instante ela bagunçou seus cabelos, desabotoou uns dois botões de sua camisa e passou a língua entre os lábios, deixando-os úmidos — Tem algo que só eu consigo nesses momentos, nenhum outro cara é capaz.

Lançou uma piscadela para nós e andou de forma provocativa até o homem que segundos atrás não tinha deixado ao menos que eu completasse uma frase inteira.

Eu e Taehyung ficamos analisando a situação de longe. Ronnie tinha uma lábia boa, pois assim que o cara sentiu sua presença olhou-a de imediato.

A mesma se inclinou sobre o balcão falando algo no ouvido do garoto que o fez ficar vermelho dos pés a cabeça e logo em seguida entregou três chaves na mão dela.

Eu e Tae nos entreolhamos, sorrindo.

— Da próxima deixarei com você — digo e ela da de ombros.

Pegamos nossas malas, indo para o elevador.

— O que disse a ele? — perguntou Tae.

— Não interessa — sorriu de lado e entramos no elevador.

Ocupamos todo o espaço com as nossas bagagens.

— Terceiro andar — orientou ela e eu apertei o botão de número 3 — Jungkook será meu vizinho da frente e Taehyung meu vizinho do lado esquerdo — distribuiu as nossas chaves.

— Nos reuniremos daqui duas hora no meu quarto, portanto, arrumem suas coisas e descansem um pouco. Peçam comida se quiserem, pois depois da reunião iremos partir para a ação — digo quando cada um estava pronto para entrar em seus devidos quartos.

— Certo, chefe — ironizou Ronnie, entrando logo em seguida em seu quarto e fechando a porta.

— Então até daqui a pouco — disse Tae, fazendo o mesmo que ela.

Entrei em meu quarto e no momento em que fechei a porta deixei todas as minhas malas em um canto, sem pensar duas vezes joguei-me sobre minha cama, já sentindo todo o cansaço e o stress que essa viagem iria me causar.


Notas Finais


Foi isso meus amores ❤❤❤
Comentem o que acharam!!

Provavelmente o próximo capítulo sairá como esse e o passado. No domingo. Porq eu só estou tendo tempo para escrever nos finais de semana, corro contra o tempo no sábado para repor o que não escrevi na semana inteira e no domingo finalizo e posto hehe

Essa é a minha rotina! Espero q entendam. Se eu conseguir algum tempo a mais para escrever, estarei postando o mais rápido possível ❤😚
Beijinhos galerinha do mal!!!

O Domador de Cavalos
https://www.spiritfanfiction.com/historia/o-domador-de-cavalos-18252519


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