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História A Trindade de Athena - O coração mais puro



Notas do Autor


Outro Capítulo curto para não ficar sem postar nada. Aqui nesse Universo, Eros não é filho de Afrodite, e sim filho do Caos, como em uma das versões da mitologia, sendo um deus primordial. Estou viajando pela mitologia grega para escrever essa fanfic, e está muito legal! E estou tendo a oportunidade de falar sobre os deuses primordiais, que são meus favoritos com relação aos Olimpianos, já que os primordiais são os inevitáveis, ou seja, tudo que eles querem acontece. Espero que gostem do capítulo.

Capítulo 12 - O coração mais puro


Fanfic / Fanfiction A Trindade de Athena - O coração mais puro

Sorento reaparece vivo, para a surpresa e alegria de Afrodite e Shun, e salva Violet, porém, não conseguiu chegar a tempo de evitar o roubo da Flecha do Destino.

Shun: Sorento, explique-nos essa história. Qual sua relação com a flecha do Destino?

Sorento: Vou lhes contar a história...

 

Templo de Apolo, logo após a morte de Sorento...

 

Apolo entra em seu quarto e se depara com presenças que ele não imaginava ver.

 

Apolo: Vocês são mesmo quem eu penso que são? Moros e suas filhas, as Moiras, Cloto, Átropos e Laquésis?

 

Quatro deuses primordiais estavam presentes no quarto de Apolo. Um era Moros, um homem idoso, porém atlético, de aparência sábia, o deus do destino que define os acontecimentos na vida de todos os seres. As outras três eram as filhas de Moros, Átropos, a mais velha, já com aparência mais madura, era a deusa que definia o fim da vida dos mortais e imortais, Laquésis, uma mulher de meia idade, definia a sorte das pessoas durante sua vida e, por último, Cloto, uma jovem donzela adolescente, controlava os nascimentos de todos os seres viventes.

Moros: Exatamente, Apolo. Somos nós.

Laquésis: Você fez algo que vai mudar para sempre o destino de toda existência na Terra, Apolo!

Apolo: Do que estão falando?

Cloto: O seu orgulho não permitiu perceber que o jovem homem que você acabou de matar tinha um propósito importante nessa terra.

Laquésis: Veja o fio dourado da vida dele, Apolo.

 

A deusa mostrou um fio que tinha um terço na cor dourada e dois terços em uma cor cinza.

 

Apolo: Este fio não deveria estar cortado com a morte dele?

Átropos: Deveria, se fosse o destino dele morrer. Ele foi morto contra o destino, por isso o fio desbotou, e é impossível cortá-lo, é necessário esperar o fio se desfazer sozinho quando isso acontece. A Alma do jovem estava vagando pelo Yomotso, e isso nos chamou muito a atenção.

Apolo: Como assim?

Moros: Assistimos a batalha que você teve contra esse rapaz. Atualmente, ele é o ser Humano com Alma mais pura na Terra.

Apolo: Achei que esse título fosse do receptáculo de Hades.

Moros: Seria, mas como Hades já tomou o corpo do rapaz que tinha a alma mais pura, o coração ficou contaminado pelas sombras de Hades. Este outro jovem que você acabou de roubar a vida possui a pureza de coração necessária para nos ajudar a impedir a destruição que nos espera.

Apolo: Não sei do que estão falando, a destruição é algo para os humanos. Nós, deuses, somos invencíveis e imortais.

Átropos: Não pense assim, Apolo! Lembre-se que é possível um deus perder sua imortalidade, como já aconteceu com Cronos. Veja sua linha da vida.

Apolo: Espere, minha linha da vida deveria estar com Laquésis, a que sorteia, e não com a que afasta. Isso quer dizer...

Átropos: Sim, Apolo, fui ordenada a cortar o fio da sua vida.

Apolo: O QUE?? IMPOSSÍVEL!

Cloto: Não é impossível, e você não está morto graças ao jovem com quem você lutou.

 

Apolo fica perplexo com o que acabara de ouvir. Como Sorento poderia ter impedido a sua morte?

 

Laquésis: Permitimos que você batalhasse com esse jovem porque achamos que a pureza do coração dele pudesse tocar seu coração, Apolo. Ele estava disposto a perder a vida para te fazer entender o valor dos seres humanos, porém, você foi impiedoso e seu orgulho te cegou.

Átropos: Este jovem estava destinado a sobreviver a batalha, mas seu poder, Apolo, contrariou o que estava escrito no destino e interviu em nossas forças e a vida do rapaz acabou se esgotando.

Apolo: Mas o que a vida desse insignificante tem de tão especial?

Moros: Apolo, você é o deus que deveria controlar o equilíbrio entre o bem e o mal na terra, mas seu ódio pelos humanos causou um desequilíbrio. Seu ódio foi tão grande que o fez esquecer que você também seria julgado por seus atos, e você fez com que uma das deusas do Destino desejasse sua morte.

Apolo: Dice!! – Naquele momento ele lembra das palavras de Sakura, que disse que Apolo deveria ter morrido no lugar de Sorento.

Cloto: Ela fez o julgamento dela naquele momento, e como Nêmesis está ausente, cabe a nós executarmos as punições definidas pelas deusas da justiça.

Apolo: E por que ainda não cortaram meu fio da vida?

Átropo carrega todos para o Yomotso, e Apolo vê a alma de Sorento correndo na direção contrária ao das demais almas que caminhavam rumo ao abismo da morte.

Apolo: Por que ele insiste em voltar a vida? Não entende que morreu? O amor que ele tinha pelos seus amigos era tão grande assim?

Laquésis: Ele ama os amigos, mas já estava disposto a morrer por eles se necessário. Ele está voltando ao contrário por causa de você, Apolo.

Cloto: Ele está se sentindo fracassado por não ter conseguido fazer você enxergar a grandeza da alma humana.

Apolo: Criatura tola! Quer voltar apenas para me mostrar que ele estava certo? Se for assim ele é tão ou mais orgulhoso do que eu.

Cloto: Apolo, ele não quer mostrar que sabe mais do que você, ele apenas está com pena de você.

Apolo: Pena!! Pena de mim? Por que um humano teria pena de um deus?

Moros: Por que ele percebeu o vazio em seu coração, Apolo. Seu ódio pelos humanos e seu orgulho te afastou de tudo que você mais amava e de tudo que você já foi. Ele, com a pureza do coração dele, sentiu que você não era feliz, Apolo, e que estava vivendo uma vida imortal sem sentido.

Átropos: Esse desejo que ele tem de te ajudar é tão forte que me impediu de cortar seu fio da vida, Apolo. Mas não sei por quanto tempo essa força vai durar, pois o espírito dele não conseguirá ir contra o fluxo do Yomotso por muito tempo.

 

Apolo fica impressionado com a revelação de Moros e, por mais que quisesse negar, sabia que Moros tinha razão, e ficou tocado ao perceber que o humano que ele considerava tão miserável, mesmo após sua morte, teve a nobreza de se preocupar com o estado de espírito da pessoa que lhe tirou a vida.

 

Apolo: *fecha os olhos* Sorento... Como não pude perceber a pureza de seu coração?

Moros: Você entendeu que a vida dele agora está ligada a sua, Apolo? Enquanto Sorento viver, você viverá. Além do mais, a pureza do coração dele será de grande ajuda na batalha que está para acontecer. Este jovem nasceu sob a proteção da constelação de Virgem, e ascendeu a constelação de Libra. Ele carrega em suas estrelas as duas constelações da justiça, por isso tem uma ligação tão forte com as deusas reencarnadas.

Átropos: Infelizmente, a vida dele foi roubada, mesmo contra o destino, e tanto você como ele, estão condenados. Quando o desejo de Sorento chegar ao fim, nada nos impedirá de cortar seu fio da vida, Apolo. E mesmo assim, você precisaria do perdão de Dice para continuar vivo.

Apolo: Isso seria verdade, se ele fosse mesmo morrer. Mas existe uma forma de trazê-lo de volta a vida.

Moros: O único deus que conseguiu trazer as pessoas de volta a vida era seu filho Asclépio, mas ele foi transformado em estrelas.

Apolo: Sim, mas uma pequena amostra da poção dele ficou aqui comigo no templo do Sol. Se a alma dele ainda não caiu no abismo do Yomotso, poderei trazê-lo à vida.

Moros: Se você tem como devolver a vida desse jovem, por favor, o faça, Apolo.

Apolo: Sigam-me. Vamos corrigir o meu erro.

Os cinco vão até a sala aonde Apolo pediu para guardar o corpo de Sorento, que estava acomodado em um altar protegido por um cosmo muito forte. Apolo vai até uma pequena estátua de cobra naquela sala e, de dentro da boca da serpente, tira um pequeno frasco que continha a poção que Asclépio fez com ajuda de Athena que tinha a capacidade de devolver a vida aos mortos. Ele abre o frasco e dá a poção a Sorento e usa seu poder para ativá-la. Alguns minutos depois, o corpo de Sorento recupera a vida, e o jovem Marina se ergue assustado sem entender o que houve.

Apolo: Bem vindo de volta, Sorento de Sirene.

Sorento: O que estou fazendo aqui? Não me lembro do que aconteceu após nossa batalha, o que houve? Quem são essas quatro pessoas?

 

Moros se aproxima de Sorento e apoia sua mão direita sobre o ombro do rapaz e o encara com um olhar protetor.

 

Moros: Jovem Marina, você pergunta o que aconteceu depois de sua batalha? Saiba que você acabou de salvar a vida de Apolo e que precisamos de você para salvar o destino cruel que está reservado para todos os humanos e deuses.

Sorento: Do que você está falando?

Moros: Seu coração puro poderá nos ajudar a encontrar a última flecha do destino.

Sorento: O que é essa flecha do Destino?

Moros: Eu sou Moros, o deus do Destino. Uma vez, com o intuito de criar algo que pudesse conceder as pessoas uma forma de voltar no tempo e mudarem seus destinos, tomei três flechas de meu irmão Eros e transferi parte do meu poder a elas. Eu não contava que essas flechas, lançadas juntas pelo mesmo arco, poderiam fazer com que o tempo retroagisse a Era do Caos, antes da criação do Universo. Eu não encontrei uma forma de destruir as flechas sem causar danos ao espaço tempo, então as separei, guardei uma comigo, uma com Eros e a terceira foi lançada e está em alguma árvore em algum lugar do mundo. Ares tentou roubar a Flecha que está comigo, temo que ele queira roubar também a que está com Eros. Se Ares conseguir as três flechas...

Apolo: ...Poderá modificar toda a criação a seu modo desde os primórdios.

Moros: Exatamente. Essas flechas lançadas individualmente fazem o tempo retroagir alguns éons, ou seja, mesmo individualmente essas flechas são perigosas. Como essas flechas foram criadas usando as flechas do deus do amor, somente alguém de coração puro poderá localizar e ver a flecha oculta em alguma árvore no mundo. Nem mesmo eu sei a localização dessa flecha.

Átropos: Sorento, seu fio da vida novamente ficou dourado, mas o fio da vida de Apolo está desbotando. Com a ausência de Nêmesis, precisamos de Apolo para reger o equilíbrio. Se ele morrer, a devastação e o caos tomarão a Terra e a destruição chegará muito mais depressa e, nem mesmo todos os deuses do destino juntos não poderão impedir. Precisamos que você convença Dice a perdoar Apolo.

Apolo: Creio que não devam se preocupar com minha existência, deuses primordiais. Até agora, eu só estive preocupado em satisfazer meu orgulho e não fiz nada do que era minha responsabilidade. Quem tem mantido a paz e o equilíbrio na Terra foram os Cavaleiros de Athena. Estou disposto a pagar pelas consequências das minhas escolhas, mas não seria justo que todos os deuses perecessem junto comigo. Sorento, só lhe peço que ajude Athena e seus aliados, bem como as deusas da justiça da trindade de Athena, pois somente vocês poderão salvar o Universo.

Moros: Sorento, essa é a flecha do Destino que está sob minha posse, quero que fique com ela e a leve até Athena.

Sorento: Entendo. *se ajoelha* Aceitarei essa Missão, Moros.

Apolo: Acho imprudente deixar essa flecha nas mãos de Sorento sozinho. A Morte dele foi muito recente, e isso o torna um rosto conhecido entre todos os guerreiros. Qualquer um se aproximaria dele ao vê-lo e poderia tentar tomar essa flecha.

Moros: E o que você sugere, Apolo?

Apolo: Quando eu preservo os corpos de meus oponentes, suas almas não caem no Abismo da Morte, elas costumam ficar vagando pelo Yomotso ou vão repousar na Mokorenji. Essa foi a forma que encontrei de evitar que Guerreiro que poderiam se tornar inimigos problemáticos renascessem nesse mundo, os únicos humanos que despertaram meu interesse foram Sorento e mais um. Se a alma desse outro guerreiro não caiu no abismo do Yomotso, eu poderia ressuscitá-lo com a última dose que tenho da poção de Asclépio.

Sorento: E quem seria esse outro?

Apolo: Um bravo cavaleiro de Athena que lutou bravamente na última Guerra Santa, nascido sob a proteção de uma estrela de Valentia e Heroísmo, e que poderá nos ajudar com isso. Ressuscitarei esse Guerreiro, e ele lhe ajudará, Sorento. Ele poderá levar a flecha até Athena em segurança enquanto você busca as outras duas.

Laquésis: A sorte diz que a sugestão de Apolo é a mais correta entre os possíveis destinos que nossa decisão pode proporcionar.

Moros: Que assim seja. Então precisamos correr, pois o destino de tudo está nas mãos dos guerreiros de Athena e seus aliados.

 

No templo de Eros...

 

Sorento: E foi isso que aconteceu.

Shun: Acho que encontrar as flechas do Destino será mais fácil do que fazer a Sakura perdoar o Apolo. Ela sofreu muito com a sua morte, Sorento.

Sorento: Ela é uma pessoa justa, irá fazer a escolha certa.

Violet: Quem é essa Sakura? É sua namorada?

Sorento: NÃO!! Não tenho namorada. *corado* Nunca tive uma namorada, desde que me tornei um Marina, não tive como pensar nisso. Mas a Sakura é a reencarnação da deusa Dice, e é alguém por quem tenho um grande afeto e admiração! É uma menina maravilhosa, doce e justa que tem um grande dever com a humanidade agora, e eu jurei protege-la. Ela me lembra muito alguém do meu passado que foi muito importante para mim.

Violet: Entendo... Então precisamos ir atrás dessa Sakura e obriga-la a perdoar o Apolo.

Sorento: Ela vai perdoá-lo quando entendê-lo. Já que não pudemos impedir de roubarem a Flecha que estava aqui, devemos voltar ao Santuário. Provavelmente, logo Athena receberá do Cavaleiro ressuscitado a flecha que Moros nos confiou.

Afrodite: A propósito, quem é esse Cavaleiro?

 

No Santuário de Athena...

 

Um homem de capuz entra no Santuário, passando por diversos soldados rasos e cavaleiros de prata e bronze que tentaram impedi-lo. Ele chega na entrada da casa de Áries, aonde é barrado por Mú e Kiki.

 

Mú: Quem é você que pretende passar pelo Templo de Áries?

Homem de Capuz: Desculpe-me por ter ferido tantos de seus guerreiros, mas eles não me permitiram passar e tenho um assunto importante a tratar com Athena.

Kiki: Desculpe, mas em meio a tantas ameaças, não podemos te deixar passar sem ter certeza de que é um inimigo.

Homem de Capuz: Sinto muito, mas não tenho tempo para explicações nesse momento. Se não me deixarem passar, terei que derrotar vocês para seguir, e eu não quero lutar contra vocês, estamos do mesmo lado.

Mú: Não permitiremos que passe sem termos certeza de suas intenções. MURALHA DE CRISTAL!!

Homem de capuz: Não quero lutar contra vocês, mas preciso passar. LANÇAS DE GELO DA LÓTUS BRANCA!

Esse ataque lançado pelo homem de capuz estilhaça a Muralha de Cristal criada por Mú.

Kiki: Isso é incrível, mas não te deixaremos passar! Extin...

Mú: *coloca a mão na frente de Kiki para impedi-lo de lançar seu ataque* Pare, Kiki! Esse ataque que ele utilizou e o fato dele saber como quebrar a muralha de Cristal me fez lembrar as histórias que Mestre Shion me contou sobre um amigo dele. *direciona seu olhar para o homem de Capuz* Por favor, tire seu capuz e me deixe ver a armadura que está vestindo.

O homem então tira seu capuz e Mú confirma suas suspeitas.

 

Mú: Como imaginei! Não se preocupe, Kiki, ele é nosso aliado.

Kiki: Quem é ele, Mestre Mú?

 

Continua...


Notas Finais


Quem quiser descobrir quem é o homem de Capuz, basta ler o Mangá Next Dimension e vai descobrir!


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