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História A "ultima" terráquea - Lendário


Escrita por: LittleBulma

Notas do Autor


Não tenho nada pra dizer. Só o silêncio vai falar por mim.
Boa leitura.

Capítulo 27 - Lendário


            No seu quarto, Vegeta se jogou na cama e suspirou. “Droga, droga, droga!” Ele pensava, olhando para o teto. Como deixara Tarble conseguir tanto? Como?! Além de ter conquistado o coração da terráquea que Vegeta tanto desejava, o irmão menor e muito mais fraco ainda tinha salvado sua vida. O coração do príncipe estava cheio de incertezas. Cheio de dúvidas. Cheio de sentimentos jamais sentidos.

            Vegeta seria eternamente grato. Ele odiava admitir isso, mas o código de honra de um príncipe é seguido com muito rigor. Tarble tinha salvado sua vida. Mesmo que ele, muitas vezes, tivesse sentido vontade de matar o irmão mais novo. Só pra ficar com Bulma. Droga! Os pensamentos já estavam na terráquea de novo. Agora, os dois estavam na sala da nave... Conversando, rindo, provavelmente trocando beijos. Vegeta mordeu os lábios. Estava sentindo... Inveja?

            “Arg, que palhaçada.” Vegeta tentava espantar os pensamentos, mas sua mente estava concentrada demais no relacionamento do irmão com a terráquea. Não seria mais fácil ignorar os dois? Ou matar Tarble, possuir Bulma e depois, matá-la também. Não... Mantê-la em cativeiro. Era inteligente demais pra morrer assim. Útil demais. “MAS QUE PORRA, VEGETA!” Ele se xingou internamente. “Esse garoto acabou de salvar sua vida! É só uma terráquea idiota, concentre-se nos seus verdadeiros objetivos.”.

            O saiyajin foi em direção à sala de gravidade. Ignorou as risadas que ouviu, vindo da sala de comando. Era besteira pensar nisso. No treino, ele socava tanto o ar que parecia que o próprio Freeza estava na sua frente. Mas a raiva que o fazia se superar não era de Freeza. Não era de ninguém. Ele sentia raiva de si mesmo, por se sujeitar a sentimentos tão idiotas. E tão contraditórios. Estava grato por Tarble salvar sua vida, mas odiando o irmão por ter feito isso. Não precisava da ajuda dele! Nem dele, nem de ninguém. Ou será que precisava? Essa pergunta, ao vir em sua mente, o fez dar um soco ainda mais forte no nada.

            Vegeta percebeu quando seus olhos começaram a arder. Percebeu quando a visão ficou embaçada, e também quando sua agonia lhe escorreu pelas bochechas. E então, sentiu ainda mais ódio. Em toda vida, só tinha chorado duas vezes. Chorou na morte de sua mãe e chorou quando seu planeta tinha sido destruído. Pelas mesmas pessoas pelas quais estava chorando agora. Fora Tarble que matara sua mãe. Mesmo que ele não soubesse que o fizera. E fora Freeza que destruíra seu planeta, e agora lhe fazia vagar escondido pelo universo, frustrado por não ser forte o suficiente.

            E esses sentimentos não lhe cabiam mais no peito. Sentimentos que ele negava tanto ter, e agora estavam todos se mostrando juntos. A raiva, o amor, o ódio, a inveja... E o desejo. Desejo por uma terráquea que nunca poderia ter. Raiva de Freeza. Amor por Bulma e por seu irmão. Por mais que odiasse amar, Vegeta sabia que aquele orgulho de Tarble, aquela preocupação com Bulma... Eram puro e simples amor.

            – Você... Não... Pode... Sentir essas... Coisas!       

            O saiyajin gritou, dando inúmeros golpes, cada vez com mais força, cada vez seu KI se elevando.             

 

            – Tarble, eu... Estou ficando preocupada com ele. – Bulma comentou.

            Os dois podiam ouvir, ali da sala de controle, os gritos vindos da câmara de gravidade. A garota estremecia a cada novo som vindo de lá. Eram berros de ódio, e ela sentia isso. Sentia com um arrepio na espinha, um enjôo repentino.

            – Vou lá ver, Bul... – Ele se levantou, ainda um pouco fraco. – Eu já estou melhor.

            – Tarble, não quer que eu vá? – Bulma se sentiu um pouco preocupada.

            – Saiyajins se recuperam rápido! – Ele sorriu, já indo em direção ao corredor.

            À medida que se aproximava da porta, Tarble se sentia pior. Os gritos de seu irmão o incomodavam, é claro que incomodavam. Vegeta era... Era Vegeta. Nunca diria o que o estava afligindo.

            – Vegeta, acho melhor você pegar leve no trei...

            Assim que abriu a porta, Tarble ficou boquiaberto e teve que parar a frase. Sua primeira reação foi levar o braço aos olhos, pois a luz que dali emanava quase o cegou. Vegeta estava ali, brilhante como o sol. Seus olhos esverdeados mostravam o seu verdadeiro poder. O cabelo também brilhava, balançando como se ali houvesse uma brisa que não existia. Uma aura dourada o rodeava, fazendo-o ainda mais forte.

            – Eu consegui. – Ele disse, simplesmente.  

            Nenhum dos dois acreditava. Vegeta fitava suas mãos, sentindo-as queimar pelo poder de luta tão elevado. Sua pele se acostumava ao KI, que lhe dava choques. Choques de poder. Choques de orgulho e de felicidade.

            – Vegeta...

            – Sim, Tarble! Eu sou o lendário Super Saiyajin! – Ele sorriu, imponente.

            Tarble não podia acreditar. Seus olhos ardiam pela claridade que vinha do irmão. Se os scouters estivessem ligados, com certeza já teriam estourado. O Super Saiyajin era apenas uma lenda. Ou, pelo menos, ele acreditava que era. Agora, via a lenda viva em sua frente.

            Ninguém era mais digno de ser um Super Saiyajin. Ninguém tinha mais força de vontade ou mais orgulho da raça. Ninguém era como Vegeta, nem nunca seria. Ele era o verdadeiro príncipe dos saiyajins.

            – Freeza se arrependerá do dia que subestimou o poder dos saiyajins. Ele irá chorar e implorar pela vida quando estiver debaixo das minhas botas. – Os olhos verdes irradiavam ódio. – Eu não serei piedoso.

            O irmão podia sentir a frieza e a raiva em cada palavra, mas estava admirado com isso. Seu irmão, o lendário super saiyajin, iria derrotar o imperador do universo. Quem sabe um dia poderiam encontrar um planeta e reerguer o império saiyajin... Quem sabe.

            No momento, Vegeta só pensava em esmagar a cabeça do lagarto.        


Notas Finais


Obrigada por chegarem até aqui.
Desculpas serão nulas, não é?
Até o próximo capítulo.


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