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História A Vadia que atrapalha seu Shipp - Atrás das Lentes


Escrita por: Senpai_nii

Notas do Autor


Ainda é cedo para chorar como uma criança.
Mas já é tarde para se render.
Você escolheu tentar.
Você não era necessária, mas se esforçou para ser amada.
Mesmo assim você ainda está aqui... Ainda é cedo para apenas chorar.

Capítulo 21 - Atrás das Lentes


Fanfic / Fanfiction A Vadia que atrapalha seu Shipp - Atrás das Lentes


Os dias se passaram lentos e sufocantes como o voo de abutres no deserto próximo aos andarilhos sem destino. Mas eu tinha um destino. 
E eu tinha medo dele. 
Quando vemos nos filmes como as pessoas ficam paranóicas quando recebem mensagens, telefonemas e fotos estranhas, sempre dizemos: "Que estupidez. Apenas ignore. Ou chame a polícia. Ou sei lá. Não seja tosca. Eu enfiava o murro!" 
Bom... Eu posso dizer que isso não é tão simples como eu e você pensávamos. Atender o telefone de casa, você pode parar, tirar do gancho. Você pode desligar o celular. Você pode não abrir mais seus emails pessoais. 
Mas e o que paga suas contas? Você pode se recusar a não atender o telefone no trabalho? Não abrir os emails que você recebe na empresa? 
Não, você não pode. O seu dia começa a ser controlado de uma forma que você apenas espera em que momento aquilo vai te ligar. Ou vai te mandar um e-mail.
Milady: - Easy Comércio, Milady. Boa tarde. Com quem eu falo? 
- Boa tarde! vagabunda. Decidi que hoje vou te buscar no trabalho. E então vamos nos divertir muito. 
Milady: - Precisa de assistencia técnica em computadores senhor? 
- Preciso foder você. 
Milady: - Preciso que o senhor entenda que somos uma assistência de computadores. Os serviços que quer pode conseguir em outra loja. Passar bem. - Desliga. 
A expressão de Milady era como de uma estátua de cera. estática. Sem expressão. O tom de voz permanente de uma aeromoça, embora nunca tivesse pisado num avião.
Ela colocava os tênis no fim do expediente, e corria até o ponto de ônibus. Corria com medo todos os dias. Isso se prolongava constantemente. Até que numa segunda feira ela ligou dizendo que estava doente e não iria trabalhar. 
- Milady, terá que trazer um atestado. Ou ganhará falta. E será descontado do seu salario. 
Milady: - Sinto muito por isso. Não me sinto bem, e não posso pagar pelo médico. 
- ... 
Milady: - Nós vemos amanhã.
Você já acordou no meio da madrugada depois de demorar a pegar no sono com medo de se olhar no espelho? 
Você já quis chorar até que suas forças para respirar acabassem? 
Você já duvidou da justiça ? 
Você já ficou horas e horas pensando em como poderia ter evitado que uma situação que arruinou seus melhores dias acontecesse? 
Você já ficou dias imaginando as respostas que poderia ter dado? As escolhas que poderia ter feito? 
Já criou um roteiro imaginário na sua mente sobre como encarar de novo aquela pessoa que parece tão incrivelmente idiota e cruel pra você? 
Você já bebeu um copo d'água na cozinha, encarando o celular rezando para que um dos seus amigos dos velhos tempos te ligasse? Assim sem motivo algum. Porque a água tem gosto de solidão e desespero. 
Você pensa que poderia contar tudo ao seu namorado, e assim ele te ajudaria a resolver seus problemas... Mas você lembra que a batalha é sua. Ele já está tão sobrecarregado! Ele está estudando tanto na faculdade... Está se esforçando tanto quanto você no trabalho. 
- Eu ... Não posso contar com o Rafael dessa vez... Dessa vez, estou sozinha. Eu queria muito... Que não fossemos inimigos. Eu quero voltar pro abrigo de animais. Eu quero voltar a passar na rua da minha velha casa sem medo daqueles caras me seguirem. 
E sem conseguir dormir permaneço acordada até as 7:00 da manhã. Rafael passa por mim afaga minha cabeça e me dá um beijo na testa. E então sai de novo para a faculdade. Parece mesmo duro se preparar para estagiar e trabalhar. Mas os olhos dele brilham tanto quando ele para para ensinar. Há pessoas que tem um Dom... E precisam ir em direção a ele. 
Assim é Rafael.... O meu Rafael. Isso... Está tudo bem... Eu vou ficar bem. Eu... 
                                                                                                       Ding Dong! 

Milady sentiu o coração tremer. À passos vacilantes foi até a porta; a mão cuidadosamente se aproximou para trancar a porta que Rafael sempre deixava aberta.
A porta se abriu de uma vez. A jogando no chão. 
Milady ergueu os olhos era Roberta... E um homem que tinha o tamanho de um tanque de guerra. Ela recuou: - SAIAM DA MINHA CASA! EU VOU CHAMAR A POLÍCIA! 
Roberta: - Oh... Não vai não. Só viemos tirar umas fotos. E não é como se a casa fosse mesmo sua. Você vive aqui de favor não é?
Milady a empurrou. Avançou e com as mãos espalmadas empurrou Roberta porta a fora com tanta força que ela poderia ter caído da escada. 
Milady: - FORA DAQUI! OS DOIS! 
Então o homem a segurou pelas costas. Ela se debateu como um filhote de gato irritado. 
Milady lutou. Lutou até não poder mais. Até que seus pulsos torcidos e os hematomas ficassem tão doloridos que não conseguia mais se mover sem sentir dor. 
Milady: - SOCORRO!  - Ela gritava enquanto derrubava tudo que conseguia.  - ''Alguém me ajuda! Por favor!" 
Mas o homem desconhecido apertou seu pescoço com tanta força. Ela já não sentia mais os braços. O ar estava acabando. Então a porta se abriu: - PAREM COM ISSO! 
Roberta: - Alisson, você quer ele de volta ou não?
Milady murmurou: - M-me ajuda...
Alisson desviou o rosto. 
O som do tecido sendo rasgado. Tudo era tão distante. Tudo fazia eco. O som dos flashs se repetiam. 
Estava frio. Ela adormeceu. Fria como uma estátua de gelo. Ela pediu ajuda. Mas ninguém veio. Ninguém nunca vem. 
Quando acordou já era noite. Não havia mais nada além de rastros de lama na porta e fotografias espalhadas no chão. 
Ela apenas se encolheu no canto contra a parede. Quando Rafael chegou e viu as fotos ele enlouqueceu. Gritou por ela: - MILADY! O QUE É ISSO?! 
Ela não respondeu. Continuava no mesmo canto escuro. Nua. Sozinha. "Estou cansada de lutar. Eu não quero mais ... Continuar tentando." 
Rafael a abraçou no chão. Encolhida mesmo. Até se esqueceu do horror das fotos. Ela precisava dele. O resto não importava. Depois... Agora eu preciso protegê-la. 
Rafael: - O que aconteceu? 
Milady: - A porta não estava trancada. Uma mulher veio com um homem. Destruí sua casa. Desculpa. 
Rafael: - Isso não faz sentido e isso não importa. Meu Deus! Vamos chamar a polícia!
Milady: - E como a polícia vai me ajudar? Nem você acredita em mim. Me poupe a segunda humilhação.
Rafael: - Eu acredito em você!  Só pelo amor de Deus me conta tudo que aconteceu. O que você está escondendo?  Faz tempo que você está diferente.
Milady: - Roberta foi ao meu trabalho, me fez ganhar uma advertência;  me disse pra largar você. Disse que eu não te mereço. Ela disse que eu estou atrapalhando você e o Alisson. Estão me ligando há dias, falando coisas nojentas. Eu parei de abrir os emails. Mas eu tenho que trabalhar! Eu não suporto mais isso. SÓ ME DIZ PORQUE FIZERAM ISSO?! PORQUE NÃO ME DEU UM TIRO, OU UMA FACADA? ! PORQUE TINHA QUE FAZER ISSO?! PRECISAVA ARRUINAR MINHA VIDA POR CAUSA DA PORRA DE UM SHIPP?!
Rafael: - Entendi. Arruma as malas.
Milady: - NEM PRECISA PEDIR! IDIOTA! 
Milady sentia o coração encolher na garganta. Saiu pisando forte no chão. Bateu a porta do quarto, Vestiu uma roupa velha que estava pendurada na cabeceira da cama.
 E começou a juntar o pouco que tinha sobre o lençol. Quando terminou. Juntou as pontas e deu um nó.  As gotas quentes escorreran pelos olhos até as mãos. "Ninguém se importa. Eu não fiz nada de errado e mesmo assim... EU É QUEM SOU A IDIOTA!"
Rafael apareceu na porta: - Pegou tudo que precisa?
Milady deixou que os cabelos cobrissem o rosto vermelho: - sim. - respondeu baixo. 
Rafael: - Ok. 
Milady sentiu os pés no ar. Abriu os olhos assustada e confusa: - O que está fazendo Rafael? !
Rafael: - Bom peguei tudo que preciso. Vamos embora. 
Milady: - O... quê? ! Não! Você me mandou ir embora! 
Rafael: - Não. Eu te disse pra juntar suas coisas. Estou um pouco frustrado por não ter me posto no meio dessa trouxa aí. Mas tudo bem.
Milady: - Eu vou te encher de tapa!
Rafael: - Ai! Desculpa! Olha... Eu não ligo pra fotos. Eu amo você. 
Eu fiquei nervoso, mas eu te amo.
 Eu nunca te mandaria embora. 
Estou bravo porque deixei a porta aberta. 
Estou bravo porque não protegi você. Estou bravo porque não te levei embora antes. Estou bravo... Mas eu vou pegar esse desgraçado e moer na porrada! 
Foda-Se o que essa louca quer. Eu quero você. Só você. 
Não vou deixar ninguém fazer da nossa vida um capítulo de novela mexicana.
Rafael a fitou ternamente: - Eu amo você moça. Se não acreditam em nós... Vamos fugir pra qualquer lugar onde possamos viver em paz. 
Milady o abraçou. E percebeu que não conseguiria parar de chorar; embora chorar fosse algo que ela odiava fazer. Chorar demonstra fraqueza. Ela pensava nisso sempre.
Mas se ela soubesse como seus olhos brilhavam mais que diamantes não se importaria com um pouco d'água.
Rafael: "Eu amo tanto essa mulher. Deus me perdoe se um dia eu ficar frente a frente com quem a fez chorar desse jeito... Me tornarei um assassino outra vez." 
Você recebeu as fotos? Você viu a vadia impressa na tela do seu celular? Antes de compartilhar no WhatsApp ... Você deu uma olhada nos pulsos dela? Viu apenas a nudez, ou viu as feridas no corpo e na alma? 
Você no meu lugar, atrás das lentes. Teria encontrado alguma fórmula mágica para não ser mais uma vadia nua num app de fotos? Você ... Se sentiria melhor, se soubesse que foi cúmplice de uma violência que pode me matar? 
O quanto você me odeia? Imagino que ainda não o suficiente. 
Eu não termino aqui. Eu jurei nunca desistir.


Notas Finais


Saudações belíssima criatura.
Saúdo a ternura da tua maldade.
Saudações magnífica. És grandiosa! És uma das mais incríveis amostras do que há de pior na humanidade.

Afoga-te minha rainha perversa! Afoga-te em luxúria. Pisa com os pés imundos a inocência de uma donzela.
Afoga-te até que fiques presa até o pescoço. Termina comigo endividada. E certamente, um dia virei cobrar os juros da perversão da tua alma.


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