História A Vampira Sedutora - Swan Queen - A transfomação

                                                                 No capítulo Anterior

Quando Lilyth chegou mais perto com a faca apontada em minha direção tentando me enforcar com as  mãos, eu finquei um garfo que havia pego na cozinha em seu pulso. Corri para a sala e sem conseguir fugi levei outro soco e caí no tapete branco da sala. Caída no chão vi seus olhos castanhos bem perto, era o olhar dos meus pesadelos. Aqueles olhos que me perseguiam e me matava roubando-me a vida. Aquela mulher que me matava não era Elizabeth e sim Lilyth afinal.

Como uma louca Lilyth avançou furiosa  e não conseguindo impedir pois estava exausta e sem forças que ela penetrasse uma faca em meu abdômen com firmeza. O aço frio fez todos os pelos do meu corpo se arrepiarem no último reflexo. Arrastei-me  pelo chão tentando fugir de minha agressora, mas estava completamente sem forças, era o fim da linha para mim. Ela recuou sem uma expressão definida no olhar, no limite da loucura e insanidade. A dor queimava minha entranhas. Fechei os olhos e chamei por Regina imaginando seu belo sorriso. No meu delírio de morte eu sorria também.

O meu sangue deslizava por meus dedos, umedecendo e tingindo de rubro a regata branca rasgada que usava .Calada com minha dor, chamei Regina baixinho mil vezes, arrependida de minha estúpida escolhas de tê-la mandado embora. Se arrependimento matasse estaria morta. - pensei, não muito diferente de minha situação agora. - Era mesmo uma idiota. Mandei embora a mulher que mais amava no mundo e agora precisava dela para me socorrer. Tem mulher mais burra que eu?

Vi minha sala turva, minha visão começava a falhar. Tudo parecia enorme e eu tão pequena. Lilyth estendeu a mão e tentou tocar meu rosto em sua adoração doentia. Tentei arrastar-me sem mais nenhuma forças para longe. Restava-me pouco tempo de vida, eu sentia. Minha vida estava se esvaindo, mas jamais me renderia. Até o último suspiro fugiria de Lilyth.

- Emma isso podia ter sido diferente se você aceitasse meu amor. - balbuciou também ferida. Não sei de onde ela tirava tanta força. Acho que a loucura a deixava forte. - pensei.

Poderia ouvir qualquer coisa enquanto morria, menos desculpas esfarrapadas daquela mulher asquerosa que só me dava pena e nada mais. Tapei meus ouvidos e gritei por Regina com minhas últimas forças que me restavam.

- Grite meu nome sua vadia! Só o meu nome! Sua amante não pode te ouvir.  Esqueceu que mandou ela ir embora idiota? - até essa surtada falava verdades  na minha cara. Eu merecia!

- Eu nunca falaria seu nome sua desgraçada! Regina é a mulher que amo e que serei dela para sempre!

Minhas palavras despertou sua fúria do transe em que encontrava. Ela estava prestes  a me furar novamente e fincar a lâmina em meu coração!

Nesse momento escuto o som da porta da sala sendo estraçalhada, e em questão de segundos uma mão conhecida por mim para minha felicidade deteve a mão assassina de Lilyth prestes a cravar meu coração. A presença linda e poderosa de Regina dominou o ambiente. Parecia um sonho ver aquela mulher maravilhosa novamente em minha frente. Achei que nunca mais a veria nesse final de vida!

Lilyth colocou-se de pé e a encarou sem medo, mas foi por pouco tempo. Logo a luz da lua revelou seu rosto vampírico. Caída observei a máscara de ódio e fúria de Regina dirigida à Lilyth. Ela finalmente recuou amedrontada, sem entender o que via. As presas de Regina estavam à mostra e seus olhos eram dois cristais cortantes repletos de energia hostil.

O forte murro atingiu Lilyth com uma forte esmagadora, jogando-a sobre a mesa de vidro da sala. Entre os escombros Lilyth parecia alquebrada, mas ainda determinada a encarar Regina. A tentativa de feri-la foi patética. Regina a prendeu pelo pescoço e retirou a faca de suas mãos a esmagando e estalando seus ossos que se partiram. Os gritos de dor de  Lilyth não a perturbaram eram músicas para seus ouvidos.

Seus olhos estavam arregalados e expressavam todo seu desespero. Regina recolheu  com calma a faca do chão que antes me ferira o abdômen e seguiu Lilyth que correu apavorada para cozinha, fazendo-a implorar por piedade. Cansada de brincadeira Regina, cravou a faca em seu peito e comentou:

- Eu te avisei para que você ficasse longe da Emma! Não existe piedade para loucas como você Lilyth! - falou acabando de empurrar a faca até o cabo em seu corpo.

Em seguida correu para me socorrer . Ajoelhada ao meu lado ela carregou-me em seus braços até o sofá.

- Regina é  você? Que bom que voltou! Parece que estou sonhando. - disse baixo.

- Você me chamou Lubirea mea, lembra?. - murmurou preocupada beijando minha testa úmida de suor.

- Ela, ela matou Kristin... - falei contendo um espasmo de dor.

- Não fale, descanse. Vou levá-la a um hospital.

- Não podemos ir para o hospital não temos tempo Regina, a polícia veio aqui atrás da gente. O detetive Graham e a polícia estão atrás de nós por causa dos crimes no Casarão. - gemi alto a dor aumentava e desesperei ainda mais.

- Perdoe-me por não ter sido conseguido chegar mais rápido aqui draga mea. Já estava muito longe daqui resolvendo algumas coisas pendentes.

- Regina fui uma idiota te mandando embora. Quem eu sonhei que me matava era a Lilyth e não a Elizabeth. Você me perdoa? Não fique com raiva de mim meu amor. - disse com o sono me dominando.

- Eu não tenho raiva de você e te  perdoo, porque meu amor por você é eterno. Não durma Emma, preciso pensar em algo. Abra os olhos por favor. - dizia Regina tentando acorda-me de um sono pesado e sem volta.

Gemi ao ser abraçada apertado por Regina que chorava, e com dificuldade abri os olhos para ver seu belo rosto pela última vez.

- Não morra Emma! - gritou Regina me sacudindo. - Regina olhou para o céu como se tivesse orando gritou- Tenha piedade Senhor! Fere minha carne, leve minha alma, mas poupe a vida de quem amo. Eu já vivi tantos anos, e minha vida sem Emma não terá sentido. - suas lágrimas escorriam de seu olhos castanhos profundos. -  Não pode levá-la duas vezes de mim. Não vou aguentar! - disse abraçando meu corpo pálido quase sem forças. Eu estava perdendo minhas últimas forças.

- Regina... eu...eu...te amo! Beije-me pela última vez. - murmurei baixinho quase num sussurro, sentindo seu coração bater mais forte pela primeira vez. 

Num sussurro como num último sopro de vida, e como não queria me separar do meu verdadeiro amor fiz um última pergunta querendo saber o que ela estava falando afinal. Quase fechando-o meus olhos para sempre. Queria saber de toda história da minha vida com Regina.

- Regina...o que... que você disse  que Deus quer me tirar duas vezes de você ? - perguntei quase sem voz.

Regina então começou a falar muito emocionada a verdadeira história de sua vida e que eu sou sua alma gêmea e que havia voltado no tempo para viver ao seu lado. E que Deus me criou para ficar para sempre com ela a seu pedido no seu leito de morte. E que eu vivi no século passado como Jenniffer Mary Morrison  e que  fui morta  pela malvada Elizabeth  com ciúmes de Regina e que voltei reencarnada como Emma Swan. Por isso só eu fui capaz de ressuscita-la com meu sangue.

Meu coração se aqueceu com aquela linda história da minha vida. E Regina entendeu o que deveria ser feito quando  finalmente disse:

- Regina meu amor me transforme!! Não posso morrer de novo! Quero ficar ao seu lado para sempre! Fui uma burra mando-a embora - disse com a voz embargada de emoção.

Regina nada respondeu mais vi em seus olhos um lampejo de felicidade. Logo a seguir colou os lábios nos meus num beijo cheio de emoção abraçada a ela, senti completa em seus braços como sempre fizesse parte. Como se Regina fosse extensão de meu corpo. E por final  Regina deu um corte fundo em seu pulso com suas longas unhas e colocou em meus lábios e disse baixinho para sugar seu sangue poderoso novamente com força.

Erguida para beber do corte em seu pulso, senti minha vida voltar devagar a meu corpo, em seguida o que aconteceu foi como num passe de mágica eu comecei a sentir um pouco de minhas forças voltarem lentamente. O corte em meu abdômen e os arranhões em meu corpo começaram a sumir lentamente. Regina então levantou e deitou-me no sofá em que estava,  e pegou  a Lilyth que ainda estava com vida mas desacordada, e que estava caída na cozinha e trouxe para mim e me ordenou.

- Venha Emma,será essa vadia que você irá sugar o sangue humano pela primeira vez! Foi ela que matou sua ex esposa, não tenha pena. - Regina mostrou o pescoço de Lilyth convidativo  me oferecendo ali com as veias ainda pulsando fraco.

Senti meus caninos começarem a crescer com aquela visão de um pescoço humano sendo me oferecido.Então eu não me fiz de rogada cravei com todas minhas forças no pescoço daquela assassina que tanto me fez mal sem um pingo de pena!

O gosto adocicado de seu sangue humano alimentou minha carne e afastou-me para sempre da morte. De repente senti algo forte que me dominava a alma e me fez gritar enlouquecida. Regina veio me amparar e tentei empurrar-la de perto de mim.

- Largue-me Regina! - pedi tentando empurrá-la novamente. - Pare os barulhos Regina. Pare!  - gemi levando minhas mãos aos ouvidos com os olhos abertos dilatados.

- Calma Emma, isso logo vai passar. - disse beijando meus ombros. - Você está deixando de seu humana  para se tornar vampira.Comigo aconteceu assim também. Fique calma por favor. - disse ainda detendo-me com cuidado.

Meu coração batia tão rápido e forte que parecia querer explodir dentro do peito. Um medo apavorante que consumia minha capacidade de controle. O que aconteceria comigo agora? - pensei. Tentava respirar e tudo que conseguia era arquejar sem oxigênio.

- É assim mesmo quando se transforma Emma. Você está deixando de ser humana meu amor. Estou feliz por ter salvo sua vida dessa vez. Quando Jenniffer foi morta infelizmente não cheguei em tempo pois estava presa no caixão de ferro em que Elizabeth me colocou. Mas agora prometi a mim mesma que não te deixaria e que ninguém conseguiria nos separar de novo- falou emocionada me abraçando.

Parecia que havia adormecido por alguma horas. Depois de algum tempo quando me transformei completamente os barulhos passaram. Quando finalmente me acalmei e consegui falar normalmente, depois de está sentindo bem melhor e cheia de disposição de novo. Estava confiante e  forte e sem medo do perigo nem parecía que quase tinha morrido algumas horas atrás.

- Obrigada Regina por ter salvo minha vida novamente. Aprendi a lição do pior jeito possível -falei após beijar seus lábios carinhosamente.

Levantei do sofá me sentindo forte novamente, Regina com o olhar seguiu meus passos e subitamente me dei conta de que pertencia a ela agora. Cruzei os braços sentindo um pouco de expectativa com o futuro. Olhava o mundo e tudo estava diferente. Olhei para os quadros na parede e parecia diferente, os móveis da sala estava tudo diferente. Busquei uma resposta de Regina e só encontrei seu olhar que estava completamente fascinada.Admirava-me como uma pintura. Estava orgulhosa como o criador diante de sua criatura!