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História A vida de Deidara - Tobidei - Bela vista


Escrita por: Aurora-girl

Notas do Autor


Aainn gente esse é o quarto encontro consecutivo aaainnnn, pq eles já tiveram outros né... Aaaahhhh é tão amorzinho esse, tão lindo aaahhhh

Capítulo 117 - Tobidei - Bela vista


Fanfic / Fanfiction A vida de Deidara - Tobidei - Bela vista

E estava lá, mais uma vez o Uchiha de cabelos curtos arrastando seu amado pelo mapa, vivendo andanças como se não tivessem a cabeça à prêmio. Obito queria viver o que via nos livros na infância, fugia de sua realidade junto do loirinho, apresentava o mundo para alguém que nunca se viu fora da vida shinobi e para si mesmo, finalmente ele estava tendo dias felizes. 

Chegaram à Vila dos cata-ventos, um lugarzinho pacato, na divisa do país do Fogo, ambos surgiram entre as árvores de um jardim do lugar.


E agora Tobi?! O que viemos fazer aqui? Hm. -Deidara.

V-viemos passar o tempo, senpai! Andar um pouco. -Tobi.

Quê? Hm… Podem nos achar! -Deidara.

Senpai! Hrum, hrum! -Obito mudou para sua voz real. -Aqui é a divisa, recebe turistas de vilas normais, a Vila oculta da folha é muito afastada daqui. O centro comercial desse lugar não é bom, então as pessoas vêm aqui mais para ver os cata-ventos,  por isso estou falando com minha voz. Ninguém vai conhecer a gente aqui. 

Hm… Então por que está de máscara? -Deidara.

Estou de máscara por precaução, assim como pedi a você para trazer suas bags com argila. Senpai, relaxe um pouco. Eu só queria… –Obito passou a mão no pescoço. -Só queria andar tranquilo como uma pessoa normal, como alguém que não é shinobi, que nunca viu o crime… ser só, uma pessoa que aproveita a vida. -Obito.

Um cívil. Hm. -Deidara.

É. -Obito.

Deidara olhava para ele com atenção, parecia pensar enquanto encarava seus olhos. Tobi esperava uma fala, uma resposta dele. O rapaz mais jovem pegou na mão do outro para falar.

Certo! Então… Me leve a fazer o que você estiver afim, hm. -Deidara.

Obito sorriu de canto e seus olhos se encheram.

Você quer chorar? -Deidara.

QUÊ? Claro que não! Pare de falar bobagens, -Obito ficou de costas e engoliu o choro. Vamos logo! -Ele lhe puxou para fora das plantas e ambos caminharam para a saída daquele pequeno bosque. 

Deidara soltou a mão dele quando viu pessoas se aproximarem.

Ambos andavam lado a lado, Deidara olhava tudo ao redor mas com cautela, sem parecer um turista bobo, Obito olhava de canto para o amado, corava sozinho por culpa de seus pensamentos, ele estava novamente em um encontro com quem ele gostava, seu coração se sentia aquecido. Os moradores não estranharam a presença deles pois a Vila dos Cata-ventos a essa época do ano recebia bastantes turistas, eles eram só mais dois.


Veja tobi, uma loja de bolinhos! -Deidara.

UMA LOJA DE BOLINHOS! -Tobi se animou e se agitou todo.

Hehehehe! -Deidara fez referência ao dia em que capturaram três caudas. 

Vamos lá! -Tobi o puxou pela mão.

Deidara não esperava, ficou vermelho e se sentindo acuado. 

Moça! Moça! Queremos quatro! -Tobi.

Solta minha mão, Tobi! Euem! Hm. -Deidara puxou a mão e se emburrou no canto, suas bochechas ainda estavam vermelhas.

Alguns clientes olharam para eles os medindo. Tobi flexionava os joelhos para cima e para baixo em ansiedade.

Aqui, meninos! -Atendente.

Uhuuulll! -Tobi levantou os braços. -Bolinhos para o Tobi e o senpai! -Tobi abraçou Deidara segurando seus braços e o apertou forte, lhe tirando o ar.

Aarh! TOBI! -Deidara gritou irritado, pois também foi tirado do chão pelo abraço.

D-Desculpe! Senpaizinho! -Tobi o soltou e encolheu as costas. -É-é que o Tobi ficou feliz.

Arrh! -Deidara saiu andando.

Tobi foi atrás dele. -D-desculpe, senpai! Não fique bravo com o Tobi. -Tobi.

Pare de ficar me tocando tanto, aqui. Hm. -Deidara.

Por quê? O senpai fica excitado? Hihihi. Senpai! -Tobi ria com a mão na altura da boca. 

NÃO! Não seja idiota! -Deidara se mostrou raivoso.

Eita! -Tobi se afastou. -T-tome um bolinho vai! -Ele esticou o braço lhe oferecendo.

Deidara pegou, ainda estava com a cara emburrada. 

A-assim as pessoas vão ficar com medo de você, senpai! -Tobi.

Hrum! -Deidara comia o bolinho com a cara fechada.

Ah… -Tobi desceu os ombros frustrado. -O-o senpai tá bravo?! 

TÔ! -Deidara.

Ah.. aff… D-Desculpe! -Tobi.

Deidara respirou fundo com os olhos fechados e seguiu andando com ele. -Só… Não me irrite mais! Hm.

Tá! -Tobi.

Ambos seguiram um ao lado do outro, caminhavam enquanto comiam e admiravam a vida simples de uma Vila pacata. 

Até que aqui é grande. -Deidara.

Siimm! Tem várias coisas: comidas, jogos. Deveríamos vir mais vezes, senpai. -Tobi.

 Hm. -Deidara sorriu de canto.

Ó! Uma praça! -Tobi apontou.

Nossa, mas que praça… Gigante! -Deidara.

Vamos, senpai! -Tobi o puxou pela mão novamente.

TOBI! -Deidara.

Ah.. é! Rsrs. -Tobi o soltou coçando a cabeça, rindo de sem jeito.

Hrum. -Deidara andou adiante.

A Praça era realmente muito grande, era quase como um parque, havia até um laguinho no centro dela. Haviam muitas pessoas jogando nas mesas de pedra, haviam famílias contemplando o dia e até fazendo piqueniques, crianças correndo por todos os lados, estava cheia. As muitas árvores e moitinhas espalhadas faziam a beleza do lugar.

É bonito, né?! -Tobi.

É. -Enquanto Deidara falava, alguns meninos passaram por entre as pernas deles. -E-ei! Cuidado ai! Hm.

Não derrube o meu senpai! -Tobi.

Os meninos correram se desculpando. 

Aff! Hm. -Deidara.

Um menino, um menorzinho começou a andar ao lado deles, de Deidara especificamente e olhava para eles sem desviar.

Ah… Tá tudo bem?! …Menino? -Deidara se sentiu desconfortável com aqueles olhos enormes e brilhantes. -Ah… Tobi?! 

Tobi ergueu as mãos e levantou os ombros sacudindo a cabeça em negação. 

Deidara olhou novamente para o menino de canto, o vendo em silêncio olhou para frente.

Oi menininho! Onde está sua mãe?! -Tobi parou na frente do menino e se apoiou nos joelhos para olhá-lo mais de baixo, isso forçou tanto Deidara quanto o menino a pararem. 

A criança permaneceu calada apenas olhando para Tobi.

…Acho que ele não fala senpai. -Tobi ergueu as costas colocando as mãos na cintura.

Deidara encarou o menino calado, o mediu, reparou em suas vestimentas sujas e puidas. O pequeno olhava para cima, para os olhos do loirinho. 

Esse menino não é daqui. -Deidara.

Quê? Como sabe senpai?! -Tobi.

Os pés dele. Estão totalmente empoeirados e cheios de bolhas, ele andou muito. Provavelmente veio pela rota das pedras, essa vila é arborizada demais para seus pés estarem com tanta poeira. Hm. -Deidara.

O senpai é observandor. -Tobi.

O garoto olhou para o saco com o outro espetinho do Loiro.

Deidara tirou os bolinhos do saco e viu os olhos do menino brilharem. Estendeu a mão e entregou a ele. Sem fazer cerimônias, a criança tomou o alimento e comeu depressa. O artista continuou olhando para ele de cima e sentiu pena, lembrou-se de sua cidade natal, da guerra e do tanto de órfãos que ela deixava todos os dias. 

Tobi já comeu os dois. -Tobi.

Não é bom que ele coma muito. Hm. -Deidara continuava olhando-o, pegou uma garrafinha d'água que trouxera consigo e deu a ele, que a tomou como se roubasse de sua mão.

O menino então correu para longe deles. Os dois ficaram em silêncio por breve momento e depois se olharam.

O senpai teve compaixão. -Obito.

É apenas uma criança. Hm. -Deidara.

…-Tobi.

Eles seguiram pela praça. 

O dia está bonito hoje não acha, senpai? -Obito.

Ué… Vai falar com essa voz agora?! Hm. Aqui. -Deidara.

Rsrs. Não há ninguém nocivo por perto… gosto da sua cara quando escuta ela. -Obito.

Hm. -Deidara levantou o rosto "desdenhando", na brincadeira, do que ele havia dito. 

Uuuuhhh! Olhe! Eles parecem estar se divertindo, vamos lá ver! -Tobi apontou para um grupinho, em sua maioria haviam senhores, eram seis homens. Jogavam cartas em quatro, os outros dois esperavam sua vez, mas discutiam com o jogo como se estivessem nele, os dois akatsukis se aproximaram para observar o jogo, ficaram de canto porém, de certa forma próximos.

Ei! Vocês aí! Querem jogar?! -Um dos senhores perguntou.

QUEROO! O Tobi quer, o Tobi aqui! -Tobi.

A-ah, não queremos atrapalhar os senhores, hm. -Deidara.

Quando ficou tão educado? -Tobi sussurrou.

Cala a boca, Tobi! Hm. -Deidara sussurrou de volta.

Venham! Venham, não se acanhem! Jogamos sempre com as mesmas pessoas, venham dar uma diversificada no nosso jogo. -Um dos senhores 

O senpai primeiro! -Tobi o empurrou.

Deidara fez caras de raiva para ele, mas não podia gritar.

Senpai é?! Você é mais velho que ele? Não parece. -Senhor.

Trabalhamos juntos. Hm. -Deidara.

O Tobi é apaixonado por ele. -Tobi.

Deidara ficou comicamente envergonhado. -QUÊ? -Não acreditou que ele disse aquilo.

Os senhores olharam estranho para o maior.

P-pelo trabalho dele, pela forma que ele f-faz, arte. -Tobi.

Ah, então são artistas. -um dos mais jovens comentou.


Os dos Akatsukis jogaram por um pouco mais de uma hora, de fato se divertiram, Deidara sorriu bastante, ambos deram gargalhadas, e por um instante, Obito se sentiu vivendo a vida de outra pessoa, era uma vida boa, ele mal se lembrava a última vez que gargalhou na companhia de outras pessoas. 


Arh! Chega! Para mim já deu. Eu vou para casa. -O senhor mais velho resmungou se levantando.

É, acho que para nós também, não é Tobi? Hm. -Deidara.

É! É! Precisamos ir. -Tobi.

Ah, que ótimo! É bom que vocês me acompanham, aarrh! Eu to com uma baita dor nas costas. -Senhor.

Quê?! -Deidara olhou para Tobi como quem pedia para inventar uma desculpa. 

A-ah… -Tobi.

Arhh! Eu tenho que levar todos aqueles sacos até em casa, mas não é muito longe. Venham! -Velho.

Deidara ficou parado olhando Obito.

Tobi olhava ele e o velho, ele e o velho. 

Vamos rapazes. -Velho.

E-estamos indo! -Tobi apressou o passo e seguiu o senhor. 

Deidara revirou os olhos e os seguiu.


É mas vocês já viram de perto os Cata-ventos? Deveriam. -Velho.

Eles caminhavam junto ao homem, Obito carregava cinco sacos e Deidara três. 

Nós estavamos indo. Hm. -Deidara.

Ah, não se preocupem, minha casa está próxima. -Velho.

Sem problemas! O Tobi gosta de ser gentil. E gosta do senpai, hihihi! -Tobi.

TOBI! -Deidara.

Hrum… Você parece mesmo gostar desse seu, senpai. Mesmo ele sendo mais novo que você. -Velho.

Não dê ideia para ele, ele é um idiota! Hm. -Deidara.

Por que trata mal seu companheiro? Não deveria desmerecê-lo, ele parece se espelhar em você. -Velho.

Eu não o Trato mal, hm… É só que ele… Ele é inconveniente. Hm. -Deidara.

Puxa vida, senpai! Gosta de falar mal do Tobi. -Tobi.

Hm. -Deidara.

Rsrsrs. -Velho.


Ah! Muito obrigado! Esperem aqui sim! Vou pegar algo para vocês. -Velho.

Eles estavam na varanda da casa do senhor.

Não! Não precisa. Não queremos nada! Hm. -Deidara.

Xiiu! Xiiiu! Eu já volto. -O velho entrou.

Aff! -Deidara.

Relaxa senpai! Ele vai nos dar docinhos! -Tobi.

Hm. Como sabe? -Deidara.

Tenho experiência nisso, rsrs. -Tobi.

Deidara aguardou calado, Obito também, mas o velho demorava.


Que foi? -Deidara.

"Que foi" o quê? Não disse nada. -Tobi.

Tá me olhando de rabo de olho, hm. -Deidara.

Eu sempre olho. -Tobi se virou completamente para ele e se aproximou. 

Deidara estava sentado na mureta que a varanda possuía. -Toobii! -Ele sussurrou. -Pare de querer demonstrar afeto agora! Hm. Estamos na casa do velho. 

Obito ignorou o que ele disse e se colocou diante dele, quase entre suas pernas e sussurrou com sua voz. -Eu não pude te amar a tarde toda. 

Toobiiii! -Deidara sussurrava lhe empurrando de leve.

Obito tocou os cabelos dele. -Não tô me controlando hoje. 

É, eu notei! Daqui a pouco o velho chega aqui, hm. -Deidara.

Obito o encarava amorosamente, tocou sua coxa enquanto alisava seu cabelo.

Aqui! -O velho lhes teouxe um saco de doces.

DOCES! -Tobi.

O homem percebeu que ambos estavam mais próximos que o normal e ficou com olhar confuso.

É tudo para o Tobi e o senpai?! -Tobi.

…É… O que estavam fazendo? -Velho.

Nada! Obrigado! -Tobi arrastou a máscara para o lado e beijou o topo da cabeça do senhor, pegou o saco de balas e correu segurando a mão de Deidara, lhe puxando. -Obrigado! 

...

Hehehehe! -Deidara não parou de rir enquanto corriam. 

Eles correram até virarem a esquina.

Hehehehe! -Deidara.

Rsrsrs! Do que ri? -Tobi.

Você! Rsrs! Você é tão retardado de Tobi que eu sinto vontade de matar você! -Deidara.

Rsrs. DOCEEESS! -Tobi.

Tá, chega! Eu prefiro o Obi.. -Deidara ainda falava quando Tobi cobriu sua boca.

 Rsrs. Desculpe! -Deidara.

Você vai ser punido! -Obito sussurrou. 

Assim eu vou ficar animado. Hm. -Deidara sorriu maliciosamente.

Obito também sorriu por baixo da máscara.

Vamos aos cata-ventos agora? -Obito.

Vamos! Hm. -Deidara.

Deidara estava feliz, estava realmente aproveitando aquele dia, era como se também não tivessem problemas, como se não fossem procurados, ele esqueceu do mundo e de suas responsabilidades naquele dia, era apenas ele e Obito. Ambos seguiram para as colinas da Vila onde ficavam os Cata-ventos e enquanto se distanciavam daquela esquina, Zetsu os observava e se esvaía no chão, lentamente.


É até que legal! Mas não tem emoção, não tem nada! Hm. -Deidara contemplava as construções eólicas. 

Ah, senpai! Os Cata-ventos são bonitinhos, olha como giram em sincronia. -Tobi.

Eles estavam sentados na grama, haviam poucas pessoas espalhadas por ali, bem distantes umas das outras, eram colinas largas, não havia ninguém ao redor deles. 

Deidara admirou a paisagem, o sol que estava para se pôr em exata uma hora.

Tobi abriu o saco de balas e passou a comer enquanto apreciava a brisa que passava por seus cabelos e trazia o cheiro do outro para seu nariz. O maior olhou lentamente para ele, que se encontrava agora com as vistas fechadas, o vento passava por seu cabelo jogando alguns fios contra o rosto, sua franja levantava e também cobria, bagunçadamente, parte de seu rosto. As pupilas do Uchiha se dilataram instantaneamente.


Pensamentos de Obito:

Rin… Eu encontrei… Eu encontrei alguém… Ele me libertou… Eu aprendi… Eu me arrependo de tanto… Eu… Quero estar vivo! Quero estar vivo com ele… Nos ajude! …Rin! 

Deidara abriu os olhos, mas estava apreciando o ambiente, olhava para os Cata-ventos girando, para as nuvens que se apressavam e o céu azulzinho que os cobria.

Bela vista... Não acha? Hm. -Deidara falou sem olhar para ele, continuava com os olhos brilhantes no horizonte.

É! -Obito não enxergava mais nada além do rapaz de cabelos esvoaçantes. Estava com cara de bobo, mas não dava para ver por conta da máscara.

O que foi? -Deidara olhou para o tal que lhe encarava quase sem piscar.

Você é lindo! -Obito não se demorou a responder.

Rsrs. -Deidara ficou se achando, voltou suas vistas para os Cata-ventos e parecia se perder em pensamentos.

O que foi? -Tobi.

Realmente nunca… Nunca ficou com outra pessoa?! Você me olha de um jeito meio bobo, Rsrs. -Deidara.

N-não… Tem algum problema nisso? T-tem algum problema comigo? -Obito se sentia inseguro consigo mesmo.

Não! Não há nada de errado com você… Gosto de como me olha, hm... E você faz muito bem. -Deidara sorriu com certa luxúria.

Obito então se sentiu validado, entendeu o que ele quis dizer. 

Rsrs. Mas por que isso agora? -Obito.

Ah… Só perguntei… Sei lá, você é livre, poderia ter saído com mulheres. Hm. -Deidara.

Obito baixou a cabeça. -Ah… Eu tinha um único objetivo, vivi, dormi e acordei por ele. 

Akatsuki? -Deidara.

…Mais que isso. -Obito.

… -Deidara.

… -Obito.

E não tem mais? Hm. -Deidara.

… -Obito.

Recebendo o silêncio como resposta, o rapaz entendeu que era aquele segredo. Tornou a olhar o horizonte, o sol que estava mais baixo ainda deixando o lugar amarelado. 

Saiu com quantas pessoas? -Obito.

Rsrs. Algumas. -Deidara.

Algumas? -Obito se surpreendeu.

Eu já disse isso, não? -Deidara.

Não me lembro. -Obito.

Hm. -Deidara levantou os joelhos e os abraçou. 

Por que saiu com "algumas"? …Estava procurando um amor? -Obito.

Nem tudo é sobre romances, Tobi… Hm. Eu fui como um velho bêbado que vive para uma das três proibições ninja. -Deidara.

Sexo?! -Obito.

Rsrsrs, é… Mas… Sei lá, eu nem sempre pensei assim. Hm. -Deidara.

E o que houve para agir assim? -Obito.

…Peguei o gosto pela coisa, hehehe. -Deidara.

Rsrs. -Obito.

Mentira… Na verdade foi uma mulher… Eu era apaixonado por ela, completamente. Foi a primeira pessoa que beijei… Conheci o sexo por ela, rsrs. Eu tinha dezesseis anos. Hm. -Deidara fez breve silêncio. 

Você era muito novo. Não teve receio? -Obito.

Muito, rsrs. Eu senti muita vergonha na primeira vez, minhas mãos tremiam, eu não sabia o que estava fazendo. Hehe. Mas ela era mais velha, ela sabia muito… Eu comi na mão dela. Achei que fossemos ficar juntos… A maldita tinha marido e filho. Hm.

Quê?! -Obito ficou surpreso. 

Eu fiquei desiludido. Ela tinha me enganado, eu jamais teria ficado com ela se soubesse… tentei me afastar mas não consegui. Pedia para ficarmos juntos ela me enrolava, nunca passei de um sexo no escritório dela, hm. -Dei apertou os dedos com raiva da lembrança amarga. -Q-quando comecei a dizer que ficaria com ela mesmo assim, que estava na hora… Ela começou a me rejeitar e dizer que sexo era só sexo, que beijinhos eram apenas isso. Não deveria dar tanto valor ao sexo assim. Aquilo acabou comigo. Hm. Duas semanas depois ela morreu em combate. 

…Ficou triste? -Obito.

Se fiquei triste? Hm, eu me acabei de chorar por aquela maldita. Eu fiquei na merda. Mas depois passei a ser igual a ela… Comia umas cinco moças da Vila rotineiramente, e se não tivesse fugido de lá teria pego mais hm. Virei um babaca. -Deidara.

Senpai?! -Obito colocou a mão na frente da boca. -Cinco?! No mesmo período?

É, rsrs. Estava começando a me trazer problemas essa vida. Hm. -Deidara.

E rapazes? Como começou? -Obito.

Rsrs. -Quer mesmo conversar sobre minha vida sexual? Hm.

Hehehe, é que você não disse que ficou com rapazes na Pedra. -Obito.

Rsrsrs. Porque não fiquei… foi depois, naquele mesmo ano, no final dele. Rsrsrs! Bom, depois que fugi de Iwagakure me juntei algum tempo depois com um grupo… e um dos garotos, rsrs. Ele se interessou por mim, eu ficava constrangido e achava impensável, mas… Rsrs. Estou sem jeito, rsrs. Bom… Ele foi me conquistando, eu fiquei confuso e quando vi estava apaixonado. -Deidara.

Namorou ele? -Obito.

Não, rsrs… eu tentei, mas ele me deu maior forão, hm. -Deidara. 

Queeeeeê? Como ele pôde dizer não a você?! -Obito.

Hehehe. Bom! Rsrs. Daí fiquei com o lider do grupo para fazer ciúmes e amaciar meu ego também, poxa eu fui rejeitado, rsrs. -Deidara.

Hehehe! Você é muito orgulhoso. -Obito.

Eu sou mesmo. Hm. -Deidara.

Pera ai?! …Aquele cara da missão… -Obito.

É-é, o Taka… -Deidara.

Hum. -Obito cruzou os braços.

Você também conheceu o primeiro. Hm. -Deidara.

Eu? -Obito.

Sim, lembra da missão do bebê, que você ficou com ciúmes daquele riquinho feudal? Hm. -Deidara.

Aquele cara? Aquele que você dormiu com ele né, parecia uma mulherzinha. -Obito desdenhou.

Hehehe, ele era a minha mulherzinha, hahahha. -Deidara.

Baka! -Obito sentiu ciúmes.

Hehehe, esqueça isso. Não quero continuar falando sobre. Hm. -Deidara.

…E isso fazia você feliz? -Obito.

…É claro que não… E-eu queria um relacionamento como o dos meus pais… Eles… Rsrs. -Deidara se calou com amargor. 

Obito respeitou seu silêncio. E os dois apreciaram o vento em seus corpos novamente e os últimos raios de sol que ainda esquentavam. O mais velho se debruçou para perto dele e se pôs a ajeitar os fios dourados que bagunçavam em seu rosto. 

Deidara olhava ao redor, não havia ninguém. Apenas três pessoas no cata-vento da outra colina e mais duas em outra. 

Se eu disser que não quero deixar você, estarei sendo grudento? -Obito ainda ajeitava os fios dele.

Deixe meu cabelo! Ele não vai ficar parado, está ventando. -Deidara tocou a mão dele para o parar, porém foi delicado e não o forçou.

Sendo assim, Obito não o soltou, mas encarou aquilo como se o outro o alisasse. Ambos se olharam e o coração de Deidara acelerou. 

Estou ouvindo seu coração. -Obito.

Deidara corou. 

Rsrsrs, está coradinho, rsrs que fo… bonito, rsrs. -Obito.

Pare! -Deidara ficou sem jeito e deu um leve tapa na mão dele. 

Está se apaixonando por mim, senpai? Rsrs. -Obito.

Baka! -Deidara virou o rosto.

Um silêncio se fez e o Uchiha tocou a mão dele sutilmente. Deidara sentiu um calor como uma chama, como um fogo no meio de seu próprio corpo, virou o rosto e olhou para o outro novamente, só dava para ver um de seus olhos naquela máscara, mas ele sabia o desenho perfeito de sua face e conseguia imaginar. 

Eu… -Deidara.

… Você… ?! -Obito.

O coração do Loirinho acelerou novamente. -E-estou estranho. -Ele desistiu de falar o que sentia.

… Eu o beijaria agora. -Obito.

Deidara fez silêncio o contemplando. Obito fez o mesmo, mas a visão que tinha era ainda mais bela que a do outro. O silêncio fez o de cabelos curtos sentir a mesma chama dentro de si, eles entrelaçaram os dedos de uma das mãos. 


Pensamentos de Obito:

Se eu disser que o amo, vou sufocar ele… Não posso dizer isso o tempo todo. Ele não me ama o suficiente para isso… Mas ele vai… Terei paciência! Já tive para muitas coisas. Sinto que estou o conquistando.


Não! -Deidara.

Não?! Não o quê? -Obito.

Não seria… -Deidara.

… -Obito não entendeu.

Sua pergunta… Não! …Não seria grudento… dizer que… -Deidara.

Não quero deixar você! -Obito subiu a mão e tocou o rosto dele. 

Deidara tocou a máscara e depois segurou a mão que o acariciava, seus olhos brilharam e suas pupilas dilataram. 

Eu… A-acho que… E-estou gostando… mais do que esperava. -Deidara.

Obito estava atento. -D-do que está falando? 

Deidara não estava conseguindo dizer. 

…Diga! -Obito sussurrou.

Você… Você tem sido… -Deidara baixou a cabeça. Seu coração acelerou novamente. 

Senpai!? -Obito ergueu gentilmente a cabeça dele o fazendo encarar seu olho.

Eu acho que… -Deidara.

O Uchiha trocava olhares com os lábios e os olhos do loirinho, mas nada podia fazer, estava mascarado.

…Acho que tenho sentimentos… -Deidara.

Sentimentos?! -Obito.

Sentimentos… Verdadeiros… Por você. -Deidara sussurrava.

Obito baixou a mão que segurava o rosto dele, parecia não acreditar no que ouvia. 

CUIDADO! -Deidara chutou o peito dele o empurrando para longe enquanto se esquivava de uma Kunai com um papel bomba amarrado, a Kunai raspou o braço do loirinho. O papel bomba fez uma pequena explosão, eles estavam distantes um do outro, cada um foi para um lado. Ambos se posicionaram, estavam cercados por ninjas da Pedra, havia cinquenta shinobis, todos estavam bem posicionados. 

Deidara reconheceu os uniformes e emblemas de cada departamento, havia entre eles ninjas sensitivos, Usuários de doton do alto escalão, ANBUS e um Shinobi em especial. 


Há quanto tempo, Deidara! -Kitsuchi. 

Deidara olhou com surpresa. 

Está surpreso com a emboscada ou comigo? Parece muito a vontade passeando, estava se divertindo? -Kitsuchi olhou para Tobi. O que era aquilo? Um encontro romântico? 

Muitos dos shinobis riram.

Hm. -Deidara se mostrou altivo. -E como vai sua filha?! Kurotsuchi, Ainda fala de mim? Hm. 

Todos se calaram, Kitsuchi fechou a cara. Os boatos que os dois haviam sido pegos aos beijos por Onoki no dia em que o garoto fugiu, percorreram toda a Vila, e muitos aumentaram dizendo que ambos namoravam escondidos, com o histórico amoroso do shinobi naquela época, aquilo era como um insulto. E Kitsuchi suspeitava que o loirinho havia feito mais do que apenas beijos com sua filha, o que não era verdade.  


AGORA! -Kitsuchi juntou as mãos as batendo uma na outra e do chão subiram várias colunas em um piscar de olhos, subiram. 

Uma fumaça absurda se ergueu por todos os lados era difícil enxergar. Obito corria com os braços para o alto no meio deles, como um idiota, para se aproximar do parceiro.


Hihihi, Deidara senpai vai explodir vocês no meio dessa fumaça! -Tobi.

Bom, há essa altura, já era para ter explodido, nem que seja uma bombinha, não acha? -Kitsuchi.

Obito parou no meio da fumaceira enquanto os shinobis passavam por seu corpo para lá e para cá tentando lhe acertar. Os ninjas se surpreendiam e se perguntavam por que ele não era atingido.


Senhor, ele não…. 

Não sabemos o que há.

O que ele é?! 

Kitsuchi olhou para Tobi que estava parado olhando para ele.

Seu moço… Onde está meu senpai? -Tobi.

Obito ficou tenso, realmente Deidara apenas "sumiu" e nada mais foi ouvido dele. Mas o Uchiha reparou que outros quinze homens já não estavam ali também. A tensão se dava pelo fato de que Deidara não seria pego tão facilmente sem fazer suas Explosões, onde estava ele? 

A poeira começou a se dissipar e quatro blocos de pedra lisa foram vistos todos com ferros fincados a eles e três shinobis usuários de Raiton se revezando em cima de cada bloco para mantê-los eletrocutados por meio dos ferros. 

O quê?! -Tobi abriu bem os olhos. Aquilo eram cadeias e Deidara deveria. Estar em uma delas. Não explodiu nada pois foi surpreendido por usuários de Raiton.


Não! -Obito sussurrou consigo.

Está parando. Ataquem! -Um dos shinobis falou.

Sua intangibilidade estava começando a falhar, cinco minutos intangível é pouco tempo quando não se pode ir embora com Kamui.


Notas Finais


Calma! Calma! Não me bate! Confie na autora-Sama .. CONFIE EM MIM 🥺🥺🥺


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