História A vida de Deidara - Sensações

Deidara foi para casa pensativo durante todo o caminho. Entrou pela cozinha, já estava tarde.

Onde estava? -Kohai se levantou ao ouvir o barulho.

E-estava… Lendo na biblioteca. -Deidara.

Hm… Mas. A essa hora está fechada. -Kohai.

É… estava no telhado. Hm. -Deidara.

E por que não veio para casa? Lesse aqui. Hm. -Kohai.

É… -Deidara caçou algumas frutas para comer. Se sentou na cadeira.

Kohai bebia água. 

Pai… Eu ouvi dizer… Que Ema tem marido… é verdade? -Deidara.

É… Como soube disso?. -Kohai.

O coração dele gelou. -A Kurotsuchi falou sem querer, hm. 

Bom. Isso não é segredo, só não é falado no meio do clã. -Kohai se sentou.

E por que não? Hm… Como ele nunca apareceu nas reuniões? Isso, é tão errado. Hm. -Deidara.

Bom… O marido dela é estrangeiro, e quando chegou para se casar com ela, bem… Ele desrespeitou os anciãos do clã, então eles mandaram Ema romper o noivado, pois não aceitariam alguém como ele, ainda mais sendo estrangeiro, mas ela queria casar-se mesmo assim… Então eles expulsariam ela, mas Ema é muito forte e poderosa, a Kekkei genkai nela é genuína, como você mesmo já viu, qualquer coisa que ela tocar por cinco segundos vira uma bomba, até a água e até o ar. Hm. -Kohai.

Até pessoas. -Deidara.

 Exatamente, até os inimigos, então ela não precisa de um material específico ou desenvolver muita coisa, por conta disso o clã não poderia ficar sem ela, então disseram que só não reconheceriam o marido dela nem sua descendência. Por isso ele não comparece, e ninguém fala nada, todos tratam como se ele não existisse. Nem ele nem o filho deles.

FILHO? -Deidara.

Por que está gritando? Hm… é eles tem um menino de 4 anos. -Kohai.

A cabeça de Deidara ficou mais bagunçada do que qualquer outra coisa, ele não conseguia mais prestar atenção direito em nada que o pai dele falava. 

Ela… Tem um filho. -Deidara.

É, eu sei que eles moram bem afastados do centro da vila, e o marido dela é mercador, ele exporta produtos. -Kohai.

E-eu vou me deitar, pai. Hm. -Deidara se levanta e sai da presença dele.

O Rapazinho se sente usado, está em choque e não pode dizer a ninguém. O grande problema é que ele ainda gosta da mulher. Agora entende o por quê dela dizer que todos os condenariam. O coração dele se parte e ele pega no sono com um nó na garganta. 

No dia seguinte ele acorda muito irritado e desatento, quebra um copo e reclama como um velho, seu pai nota, porém não fala nada. Ele sai e vai até o prédio principal da pedra, em busca de respostas. Ele entra na sala da capitã sem bater, porém, lá dentro estavam dois companheiros conversando com ela, 

Pode esperar um pouco, Deidara? -Ema.

Eu vou estar no terraço. Hm. -Deidara.

O menino sobe ao terraço do prédio, ninguém nunca estava por lá. Depois de minutos ela chegou, e notou o semblante dele, não era bom.

O que foi? Por que parece irritado? -Ema.

Você… Por que não disse que tinha… Marido? -Deidara.

Ema não demonstrou surpresa, fez breve silêncio e respondeu. -Bom… Teria ficado comigo se eu contasse? 

Não! É claro que não. Hm. Você é casada. -Deidara.

Exatamente, você não teria ficado, então eu não podia te contar. -Ema.

Arh! Como pode fazer isso? Eu… Eu gosto tanto de você. -Ele desvia os olhos, estes ficam marejados.

Amor… Amorzinho! -Ema se aproxima.

Não me chame assim! Hm. -Deidara fica de costas.

Ela se achega e o abraça por trás, ele não a enxota, mas permite. 

O que eu faço agora? Hm… Eu… Eu entreguei… Aff. -Deidara.

Ema beija a cabeça dele. -Eu também estou apaixonada por você, Deidara. Não precisamos parar. 

Como não, Ema? Isso é muito errado, hm… Imagine se alguém descobre. Sabe o problema? Hm… Eu… você! -Ele se solta e olha para ela. -Você tem um filho! De quatro anos! 

Ema continua tranquila. -Sim, eu tenho.

Ah, e fala isso com naturalidade? Hm… Você tem uma família! E eu… O que eu sou nesse meio todo? Hm. -Deidara.

Você é o meu amor. -Ema toca no rosto dele e chega perto. 

Ele emudece. 

Não acredita em mim? -Ema.

Você é casada! -Deidara.

Mas eu quero estar com você… quero continuar com você. -Ema.

Não posso continuar com você assim… Sendo um… Sendo só sexo. Hm. Eu gosto mesmo de você. -Deidara.

E quem disse que você é só isso? -Ema o abraça. -Você é uma das melhores coisas que tenho hoje. Não quero deixar você! Por favor não me deixe Dei! 

...Mas Ema… Não posso ficar nessa situação. -Deidara.

Prometo que vai ser por pouco tempo… Vou dar um jeito. -Ema.

Ele olhou para o lado, pensativo, sua cabeça estava a mil. 

Vamos voltar para a sala! -Ema deu um beijo no canto de sua boca e desceu.

O menino esperou um pouco respirou fundo e foi atrás, eles fizeram sexo outra vez, mas o jovem não estava se sentindo bem nessa situação, quando acabaram, que ele se vestiu, depois que saiu, foi até uma praça arborizada e se sentou no chão perto das folhagens. Deidara gostava muito dela e não sabia lhe dizer não, mas sua mente o acusava muito e ele estava na esperança de que a moça deixasse o marido, mas sua sensatez lhe dizia que ela estava apenas dando desculpas para continuar assim com ele. Se sentia usado, estava realmente triste, ele havia se entregado, ela foi a primeira em tudo para ele, desde seu primeiro beijo e todo o resto. Mas agora, Deidara se sentia um alguém apenas para "dar uns beijinhos", enquanto ele fazia dela "sua garota". 

Alguns dias passaram e ele não conseguia dizer não às vontades dela, pois gosta em demasia da mulher e de sua companhia, mas percebia quão pobre de romance era aquela relação, onde o "amor" era feito em sua sala de trabalho. Ele nunca visitou sua casa, nem ela a dele. Tudo parecia não passar de sexo e conversas banais.

Ema… Precisamos conversar! Sobre… Nós. Hm. -Deidara entrou na sala novamente sem bater.

Ema estava preparando seus equipamentos ninja. -Olha Dei, agora estou saindo em missão, quando eu voltar, te prometo que vou ouvir cada questão sua sobre "não é certo" e blá blá blá rsrsrs. 

Não zombe! Hm. -Ele cruzou os braços irritado. 

Ela se aproximou e o beijou. -Eu já vou indo. 

Ele ficou ali parado vendo ela sair em missão, depois disso andou um pouco pela vila, seu coração estava pesado, então sentou em um banco qualquer de uma praça. Quando  percebeu Kurotsuchi estava no banco à sua frente lhe observando.

Kurotsuchi… -Ele notou que esta tinha cortado todo o cabelo.

A menina disfarçou. Deidara se levantou e foi até lá. 

Posso me sentar com você? -Deidara.

Ela se arrastou mais ao lado para lhe dar espaço. Ele se demorou a puxar assunto.

Fez uma mudança e tanto no cabelo… Estava muito bonito, por que cortou? -Deidara.

Precisava deixar algumas coisas para trás. -Kurotsuchi.

Hm. -Deidara.

… -Kurotsuchi.

...Me desculpe, sabe… Por ter dito que você não sabia nada… Meu pai me contou a mesma coisa que você, aquele dia. Então… Desculpe. Hm. -Deidara.

Não precisa se desculpar… Você não tinha culpa, não sabia. Ela te enganou… Sinto muito por você. 

… -Deidara.

Gosta dela? -Kurotsuchi.

… -Deidara.

Certo. -Kurotsuchi.

G-gosto. -Deidara.

… -Kurotsuchi.

Nós… arh. -Deidara.

Não precisa dizer nada. Está tudo bem. -Kurotsuchi colocou sua mão sobre a dele. 

Deidara olhou para sua mão e lembrou do que sentia pela menina, então olhou para seu rosto e viu a inocência, se arrependeu que não ter beijado a menina certa. 

Kurotsuchi… Me perdoe. Hm. -Deidara.

Pelo quê? -Kurotsuchi.

Por ter me afastado. -Deidara.

Não foi culpa sua, rsrs. -Kurotsuchi.

Eles se calam em sorrisos gentis. 

Sabe… Você ficou bem lindinha com o cabelo assim, eu gostei. Hm. -Deidara fez carinho nos fios dela.

Ela corou e bateu na mão dele. -Baka! 

O que foi? -Deidara.

Ela olhou para o lado.

… 

Kurotsuchi… eu preciso ir. Hm. -Deidara.

É, eu também. -Kurotsuchi.

Eles pararam um de frente para o outro e se abraçaram sem jeito.

Pensamentos Kurotsuchi:

Por que não eu, Deidara?.

Pensamentos de Deidara:

As coisas seriam mais fáceis se fosse ela, hm

 Bom, até logo! Hm. -Deidara.

Até! Irmãozinho. -kurotsuchi.