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História A vida de Deidara - Inesperado


Escrita por: Aurora-girl

Notas do Autor


Genteeeee como de costume, hihihi não revisei o texto. Mas ó! Falei proces confiarem. Agora, vamos lá!

Capítulo 147 - Inesperado


Três dias depois da guerra, Deidara queria ir até o local onde tudo ocorreu, porém, certamente seria visto ou reconhecido, então não partiu da vila em que estavam, acordou já pelo meio dia, não conseguiu dormir direito a noite. Resolveu voltar para sua casa na vila onde estava, interrompendo a viagem. Se Obito tivesse que encontrá-lo seria lá. Voou pelos céus o mais rápido que pôde. Era já três da tarde e ele estava sentado na cadeira de casa, no meio do silêncio ainda não havia comido nada.


Por que a história tem que se repetir? -Falou baixo consigo mesmo, mas sua voz era triste e seu olhar perdido. 

Estava tentando manter a calma para não perder a sanidade. Não queria chorar, não queria admitir para si que Obito poderia estar morto. Sempre que a lembrança da conversa sobre o Tsukuyomi e a morte do amado vinham a sua mente ele as expulsa. 


Resolveu ir ao centro da vila e comer algo, mas deixou a refeição pela metade, comprou uma garrafa de saquê e voltou para casa. Bebia silenciosamente olhando para o nada, sua mente o torturava desde então. 


Pensamentos de Deidara:

Ele não morreu… Não pode estar morto! …Isso… Isso não pode acontecer… Porque se ele morreu…E-eu… eu… -Deidara deu uma golada firme. - Por favor! Por favor, Obito! Volte para mim! …Não faça isso… Você também não! -Ele deu outra golada, já estava tonto e via tudo rodando, tinha perdido a noção da hora.


Disse que voltaria! Hm… -Sua fala era embolada, mesmo assim carregava dor. -Tobi! TOBI! …Não me faça chorar de novo, seu maldito! 

Ele esticou a mão para pegar a garrafa no chão e quase caiu, a virou se uma vez, terminando ela. Agora parecia que o teto estava no chão e o chão no teto, era como se estivesse girando de fato, as coisas pareciam dançar e ele não parava de repetir o nome do amado em suas falas emboladas.  


Tobi…Tobi! …Tobi, TOBI! Tobi, Tobi, Tobi! …Tobi…Obito… Tobi… Obito, Obito, Obito! …Obito, Tobi. Tobiobito… bito… O, o, obito. -Deidara.


Ei! Porque me chama tanto? -Obito falava com amor, estava sem máscara.

Deidara olhou para a porta, Lá estava a silhueta do amado, com um manto preto e capuz, mas sua visão rodava tanto que não sabia dizer se era uma alucinação ou era real. 

Tobi..to? -Deidara.

Você não costuma beber, o que há? -Obito se aproximava com passos calmos. 

Você é… Real? -Deidara se inclinou para trás.

Obito parou e tirou o manto negro, deixando que caísse ao chão.


Tobi? -Deidara tinha a voz falha, se levantou correndo e caiu no chão.

Sou eu. Rsrs, parece que você… -Obito.

Tobi!? -Deidara passou a respirar muito rápido tentando ficar de pé. 

Ei, se acalme! -Obito se abaixou.

TOBI! -Deidara se jogou em cima dele cambaleante, Obito o segurou. 

Os olhos do loirinho se esbugalharam com o toque. -V-você… É real. 

Sou! Ainda sinto um pouco de dor mas… -Obito falava quando foi agarrado pelo pescoço, sentia o rapaz tremer. Apertou os olhos e o amado em seus braços. 

Sem cerimônias, os olhos de Deidara escorreram e alguns soluços foram ouvidos. O Uchiha sentiu a dor dele. O medo de ter perdido alguém importante era algo que mexia consigo, não tinha como não sentir.

Ei! O chorão aqui sou eu! -Obito sussurrou.

Eu achei que estivesse morto! Hm. -Deidara fungava.

Obito se sentou e o fez sentar em seu colo, secava o rosto do jovem. -Quanto saquê bebeu? Aquela garrafa grande inteira? Você comeu? 

Eu te amo! Eu te amo! Te amo! Te amo! -Deidara tornou a se agarrar ao pescoço dele. 

Você não está bem! Vamos deitar um pouco?! -Obito.

NÃO! NÃO! -Deidara.

Vou estar com você! Não precisa gritar. -Obito.

Deidara não o soltava, e assim Obito lhe carregou até o quarto o deitando na cama. 

Quando estiver melhor, vai tomar um banho. -Obito.

Deidara pegou no sono fácil, fácil!, Estava exausto acordo somente na manhã seguinte, às seis.

Levantando assustado, olhou para o lado e se viu só, repousou a cabeça no travesseiro outra vez, estava de ressaca. Respirando fundo depois de alguns segundos de reflexão, se sentou frustrado.


Era apenas uma alucinação afinal… hm. -Ficou de pé desanimado e entrou direto no banheiro, tomou um banho breve e saiu de lá cabisbaixo. 


Sente dor de cabeça? -Obito.

Deidara ergueu o rosto de uma vez, não acreditava no que via, era real! Obito de fato estava ali e fazia a refeição da manhã, estava sem camisa.

Tobi! -Deidara cobriu a boca.

Não diga que está bêbado ainda?! Rsrs. -Obito.

Deidara sorriu e seus olhos marejaram, então correu até ele e o abraçou, pulando em sendo segurado no colo, o Uchiha lhe apertou. 

Desculpe preocupá-lo. -Obito.

Deidara apertou os olhos com o rosto escondido no pescoço dele, sentia cada parte que conseguia tocar com apreço, sentiu seu cheiro e seu calor, e o pulsar de sua artéria do pescoço, sentia a respiração e seu chakra. Ficaram em silêncio por um tempo. Obito beijava a cabeça dele. 

Tobi. -Deidara foi se soltando devagar.

Sim! -Obito sorriu.

ONDE ESTAVA O SEU MALDITO APARELHO? -Deidara.

E-ele… Foi destruido. -Obito encolheu o pescoço, ainda o segurava no colo, não tinha os braços livres.

DESTRUÍDO? SABE O QUANTO EU ME PREOCUPEI AQUI? ACHEI QUE ESTIVESSE MORTO! -Deidara gritava bem no rosto dele.

D-desculpe! -Obito.

Deidara o abraçou com amor e o beijou na boca. 

Agora me ponha no chão! Hm. -Deidara.

Obito obedeceu. E eles se olharam.

Achei que tinha morrido! Hm. -Deidara estava sentimental, sua voz mostrou que queria chorar.

Desculpe! -Obito.

Seu olho! Onde está o rinnegan? -Deidara.

Eu o perdi durante a luta, te contarei tudo quando… -Ele ainda falava quando foi interrompido.

EU APERTEI AQUELE MALDITO BOTÃO POR QUASE DEZ MINUTOS! MALDITO! -Deidara socou a barriga dele. 

Aarrhh! -Obito previu mas permitiu, seria pior se ele ficasse intangível. -A-agora é a-a parte que você m-me beija de novo? Aarhh. -Estava meio curvado. 

Deidara o beijou na boca outra vez, sem o tocar tanto, afinal o outro estava meio curvado. 

V-você, foi f-forte. Hrum. -Obito se recompunha, falava do soco.

Deidara o abraço outra vez e deitou o rosto no peito descoberto dele, ouvia seu coração. -Obito!

Hm. -Obito.

Me ama? Hm. -Deidara.

Se eu não te amasse, não estaria aqui. E não levaria esse soco. -Obito.

Deidara fechou os olhos, era bom senti-lo. 


Eles comeram a primeira refeição do dia e ainda eram sete e meia. Eles não falaram muito, mas trocavam olhares a todo momento. Era bom ver que se ama vivo. Uma chuva forte caiu, e os dois se deitaram de conchinha. O Uchiha acariciava lentamente o braço do menor, do ombro à mão. 


Obito. -Deidara.

… -Obito escutava atento.

Como foi? …Como foi tudo? Hm. -Deidara se virou para ele.

O Uchiha baixou os olhos e começou a lhe contar. No fim estavam sentados, de frente um para o outro. 


E então… Como foi que sobreviveu? -Deidara.

Durante toda a guerra meu clone estava lá… O que foi formado a partir de um Zetsu, assim como o seu. 

Ele usou o Izanagi?! -Deidara.

Não… Trocou de lugar comigo. No momento em que eu seria atingido… Ele foi perfurado em meu lugar. -Obito falou com pesar.

E então? E você? E eles? Vocês não estavam em outra dimensão? -Deidara.

Ele me jogou no Kamui e eu… Eu desmaiei tentando sair de lá, estava sem chakra, abri muitos portais em dimensões que não eram minhas. Não sei quanto tempo fiquei desacordado, mas… Eles conseguiram, conseguiram. -Obito.

E como sabe? Hm. -Deidara.

As memórias do meu clone… Elas… -Obito.

Voltaram para você. -Deidara.

Sim, mas… -Obito.

Mas…? -Deidara.

Eu vi a Rin. -Os olhos do Uchiha marejaram, mas ele não chorou.

Deidara sentiu por ele, segurou firme sua mão, Obito sorriu de canto e pôs o cabelo dele atrás da orelha e contou como foi a conversa com Rin.

E depois? -Deidara.

O pedaço da minha alma que estava no clone… Bom, é difícil de explicar, mas basicamente… entrou no corpo de Kakashi e… -Obito.

Fez o quê? -Deidara.

Entrou no corpo dele, sabe… Tipo possessão, e com a ajuda dos dois sharingans ele conseguiu fazer um susano'o e eles venceram Kaguya, no final ela e Zetsu foram selados. 

E depois? Hm. -Deidara.

…Esse foi o fim, não vi mais nada. A parte da minha alma, acho que morreu. -Obito.

… -Deidara.

Daí eu, me recuperei, comi alguns enlatados que estavam lá no kamui e voltei… Mas já estava tudo terminado, Naruto e Sasuke venceram. -Obito.

Naruto? …Sasuke. -Deidara olhou para baixo. 

Sim… Ambos salvaram a todos. Incluindo você e eu. -Obito.

… -Deidara.

Não… Não quero pedir para que perdoe ninguém, mas por favor… Considere isso. -Obito falava de Sasuke. 

… -Deidara ficou muito incomodado, mas consentiu com o pedido, e não mencionou que sabia do fato que Sasuke havia entrado para Akatsuchi no período em que Obito era o líder, não queria brigar, então essa foi uma das raras vezes em que o loiro engoliu seu orgulho. 

Obito acariciou o rosto dele.  

Uma droga você não ter ficado com nenhuma bijuu! Hm. -Deidara cruzou os braços.

Rsrs. Não precisamos delas. -Obito.

Hm. -Deidara.


A manhã se passou. Já pelo meio dia, o Uchiha cortava os legumes, estava preparando o almoço, ainda sem camisa, mas agora com avental amarrado a si. 


E como está a cabeça? -Obito.

Está doendo ainda. Nunca mais vou beber desse jeito, hm. -Deidara estava sentado lendo o livro das rotas de arte que seu amado havia lhe dado, estava com um saco de gelo na cabeça. 


"Toc, toc, toc!"

Espera por alguém? -Obito.

Não, mas deve ser a vizinha, ontem ela me pediu que lhe ajudasse a pegar alguma coisa pesada hoje. Deve ser ela, hm. Mas precisava ser na hora do almoço? Mulher mesquinha! Hm. -Deidara.

Enquanto Deidara reclamava, Obito foi até a porta, esperando que fosse a mulher, porém ficou estático e calado, mal piscava, ficou imóvel olha do quem estava à porta, e de igual modo a pessoa também estava. Notando o silêncio, Deidara estranhou, olhou para trás, mas de onde estava sentado não dava para ver, apenas conseguia ver a claridade da porta aberta. 


Obito?! -Deidara.

O silêncio perdurou, e o loirinho deduziu que o namorado havia saído para ajudar, largando a poeta aberta. 


Maldito Uchiha! Custava fechar a… -Deidara se levantou e caminhou até lá reclamando, mas se deparou com Obito olhando sem desviar para Kakashi Hatake, que estava a sua porta.

Deidara ficou sem reação a princípio, se colocou para o atacar mas Obito segurou firmemente seu braço.

Não! -Obito.

Deidara olhou confuso para o Uchiha, que não soltou seu braço.

Será que posso entrar? -Kakashi. 

… -Obito.

O que quer aqui? Hm. Como achou a gente? hm. -Deidara olhava para o lado de fora, procurava por shinobis escondidos.

Não há ninguém além de mim! Vim sozinho! 

… -Deidara olhava desconfiado.

Obito soltou o braço do loiro.

Gostaria de conversar… Obito… Será que posso entrar? Serei breve. -Kakashi.

Não! -Deidara.

Pode! -Obito.

Deidara olhou para Obito. O Uchiha lhe ignorou e abriu passagem para Kakashi. 

Deidara ficou inconformado. O Shinobi da folha entrou.

Pode se sentar no sofá, estou fazendo almoço. -Obito.

Deidara fechou a porta.

Desculpe vir sem avisar. E chegar na hora do almoço. -Kakashi se sentou no sofá que ficava de frente para a parte da cozinha, que era no mesmo ambiente.

Deidara sentou-se no sofá que ficava de costas para Obito e de frente para Kakashi, o encarava sem desviar, com os braços cruzados e a expressão firme. O de cabelos brancos o ignorava, mas às vezes olhava para ele. O Uchiha continuou cozinhando. 

Não se preocupe, há arroz suficiente para todos. -Obito.

Ah, eu não vim com a intenção de comer. -Kakashi.

Não se preocupe! -Obito.

Desde quando viraram amigos? Hm. Você não comentou nada disso comigo. -Deidara não tirava os olhos de Kakashi nem para falar com Obito. 

Nenhum dos dois respondeu nada. 

Eu… Fiquei com algumas lembranças suas…. Ou melhor… Do seu clone. Foi assim que achei essa casa. -Kakashi.

Os dois nukennins abriram bem os olhos. 

…Que tipo de lembranças? -Obito estava receoso.

A conversa que teve com seu clone quando ele acordou… A localização dessa casa… E seus sentimentos sinceros de arrependimento… Mas eu não sabia… Que Deidara da Pedra estava vivo… Nem que ainda eram comparsas. -Kakashi.

A akatsuki acabou! Não há mais nenhuma organização em que estamos envolvidos… Nem pretendemos criar outra, ou nos associarmos a alguma. -Obito.

Então… Estão juntos por conveniência. Entendo. -Kakashi deduzia.

Por que está fazendo perguntas? Hm o quê veio fazer aqui? OBITO! Por que está falando coisas para ele, não sabemos nada de suas intenções. -Deidara estava bravo.

Não se preocupe, Deidara. As coisas mudaram muito na guerra. -Obito.

Então agora são amigos? -Deidara olhou para trás pela primeira vez.

Obito nada lhe respondeu.

Somos! -Kakashi.

Deidara tornou a encará-lo. 

Somos amigos… Mas não deu tempo de afirmar isso durante a guerra… Afinal, ele morreu. -Kakashi.

Todos ficaram silenciosos.

Não precisa me encarar tanto. -Kakashi.

Hm. -Deidara.

Está pronto! -Obito serviu primeiro Deidara. -Venha! Deidara! 

O loiro se levantou desconfiado e se sentou à mesa.

Em seguida serviu a Kakashi e a si mesmo. E os três se sentaram diante da pequena mesa redonda, havia três cadeiras certinho. Comiam olhando uns para os outros, mas Kakashi não comia por conta da máscara.

Não vai comer? Hm. -Deidara.

Estou esperando esfriar. -Kakashi. 

Hm. -Deidara revirou os olhos e se levantou. 

Onde está indo? -Obito o seguiu com os olhos.

Pegar suco, vai querer? -Deidara mexia na geladeira.

Vou. -Obi de ainda olhava para ele. 

Pergunte se seu amigo quer. -Deidara.

Você… -Quando Obito olhou, Kakashi já havia comido tudo. -Q-quer suco? 

Aceito! -Kakashi.

E assim Deidara voltou, não surpreso com o ocorrido, afinal, Tobi fazia isso sempre no começo.

E então? Qual o motivo da sua visita? -Obito.

…Gostaria de conversar somente com você. -Kakashi. 

Deidara olhou de canto para Obito, o encarando sério, como quem dizia "Você não vai ter a audácia de fazer isso!" 

Sinto muito! Mas não posso esconder nada dele. -Obito.

…Vocês tem um trato, eu imagino. -Kakashi.

Todos se calaram, e os dois terminaram de comer. 

Se for sobre mim… Pode falar na frente dele. -Obito.

… -Kakashi.

Entendo… -Obito.

Vejo que recuperou seus braços. -Kakashi.

Hrum. -Deidara virou o rosto para o outro lado. 

O que veio fazer aqui? -Obito.

Kakashi olhou para baixo. -Gostaria de fazer algumas perguntas e… Espero que me responda com total franqueza. Mesmo que não seja algo que me agrade. Por favor! Isso é um pedido. -Kakashi.

Tem a minha palavra! -Obito.

O que fez por mim na guerra… Por nós… É digno de confiança… Você morreu como um herói outra vez… E outra vez está vivo depois da morte… E agora que está vivo eu preciso saber… O que pretende, Obito? 

Um breve silêncio a de fez. 

Com toda franqueza… Se teme por algum novo ataque à Folha ou ao mundo shinobi, não espere por isso! Não da minha parte! Não tenho mais nenhuma pretensão de guerra ou de fundar nova organização criminosa. Eu ainda não tenho meus planos de vida tão claros, mas viverei pacatamente… Tentando fazer o bem. Essa é a verdade. -Obito.

Kakashi via sinceridade nos olhos de Kakashi. -E ele? Pensa do mesmo modo? …Por que o protege? 

Ele não me protege, hm. -Deidara.

…Deidara… Não precisa se preocupar com ele. Não vai atacar a Folha! Eu garanto. Viveremos do mesmo modo. -Obito.

Como pode afirmar por ele? -Kakashi.

Obito olhou para o Loirinho e se demorou a responder. -... Deidara e eu…

TOBI! -Deidara notou que ele iria contar.

Obito olhou para ele. 

Hrum. -Deidara.

O Uchiha tornou a olhar para Kakashi depois de receber uma séria encarada. 

Deidara e eu s… -Obito foi novamente interrompido.

OBITO! Por que está confiando nele? Hm. -Deidara não queria que ele soubesse. 

Por que ele confiou em mim… Por favor! -Obito.

Hm. -Deidara virou o rosto para a janela, estava de braços cruzados.

Outro silêncio se fez.

Deidara… E eu… Namoramos. -Obito.

Kakashi abriu bem os olhos, ficou sem reação.

Deidara corou, continuou calado olhando pela janela.

Kakashi baixou as vistas, olhava para os próprios pés. 

Então… Não precisa se preocupar com ele… Afinal ele também está morto. -Obito.

Claro… Ah… Claro. -Kakashi ainda digeria a informação. 

Kakashi-san… Não se preocupe conosco! Evitaremos causar o mal… Pretendo viver com ele… Então, a maneira dele de viver estará conjunta com a minha. -Obito.

Um silêncio constrangedor se fez ao final dessas palavras. 

Eu… Vim lhe entregar algo. -Kakashi.

Obito aguardava curioso. 

Kakashi olhou para Deidara e confiou nas palavras de Obito, mexeu na bolsa que trazia consigo, colocou uma bandana sobre a mesa e a empurrou até Obito. 

É uma bandana de congratulações… Por seus méritos na guerra. Claro que não chega aos pés do que fez, mas… Você é um shinobi de Konoha! E essa bandana significa isso. -Kakashi.

Obito estava estático.

N-não precisa se preocupar, não quero que apareça, nem que se junte a vila outra vez, isso geraria muita discussão e você teria de ser julgado. Afinal, coisas passadas foram feitas, e bem… Você declarou a guerra. Rsrs. -Kakashi.

Rsrs. É! Eu não tinha nenhuma intenção de voltar. -Obito.

Rsrsrs… Mas, com els em esse código! Memorize-o! -Kakashi.

Para o que é? -Obito.

Bom… Quero contar com você! Mesmo que não atue como um shinobi da Folha, gostaria que… Nos entregasse informações caso saiba de algum evento ameaçador para Konoha ou para o mundo Shinobi. Então você usaria esse código para se comunicar comigo. Me mandaria a mensagem e a assinatura seria essa. Receberia também por cada informação. -Kakashi.

Obito olhava para o papel com o código. 

Claramente, você também teria privilégios. Sei que é poderoso, que é forte e seu… N-namorado também. Mas nunca se sabe do dia de amanhã. Pain, Madara, Kaguya.. Todos estes considerados invencíveis, e onde estão agora? …Então, caso algum dia seja pego por alguma das Vilas ocultas, ou governos, poderá pedir o auxílio de Konoha, como um cidadão de lá, eu prontamente me envolveria no caso. Isso claro, se você não for pego praticando crimes novos e sim por seu histórico de crimes passados, ou qualquer coisa do tipo. Mande um S.O.S de onde for que irei até você. -Kakashi.

Kakashi… -Obito não estava acreditando em seus ouvidos.

… -Kakashi. 

E a Tsunade? Ela sabe disso? -Obito.

Ela não precisa saber, ninguém precisa, a não ser que seja preciso. -Kakashi.

Mas… Como a folha atuaria nisso? Se algo ocorresse? O Hokage precisa dar as ordens. -Obito.

…O hokage está ciente. Tsunade não é mais hokage. -Kakashi.

Quem assumiu? -Obito.

Eu… Eu sou o Hokage agora. Rokudaime hokage. -Kakashi.

Tanto Deidara quanto Obito se mostraram surpresos. E viram que de fato, Kakashi confiou em Obito, afinal estava sozinho na presença deles, sendo o líder da Folha. 

Rokudaime. -Obito.

Serei hokage por você! E sempre que pensar em desistir, lembrarei que estou fazendo isso por você! … Então, posso contar com você, Obito? -Kakashi.


Os olhos do Uchiha marejaram mas ele se segurou.   

Veja só, rsrs. Conseguiu segurar as lágrimas?! Você mudou mesmo. -Kakashi mal terminou de falar e Obito derramou elas. -Droga! Falei cedo demais.

Pode! Claro que pode! -Obito secava o rosto. -Assim como Itachi protegia a vila das sombras da Akatsuki, assim protegerei Konoha! …Das sombras. 

Então você é o verdadeiro hokage! -Kakashi.

Obito não conseguiu segurar as expressões de emoção, nem suas lágrimas. 

Ah, por favor, Obito! Hm. -Deidara pegou os pratos e se levantou para os lavar. 

Estou tentando, tá legal! -Obito.

Não deveria chorar na frente desse aí! Hm. -Deidara.

Ele fez isso incontáveis vezes no passado. -Kakashi sorriu.

É, mas agora é um homem! Mas que vexame! Hm. Como ele vai confiar no seu poder? Com essa cara de chorão aí, vai achar que é bobo! Pare de chorar! -Deidara lavava a louça de costas para eles.

Ele é meio mandão, não é?! -Kakashi sussurrou com Obito.

E estressadinho também, mas só às vezes. -Obito sussurrou também. 

Sabem que posso ouvir você, não é?! Hm. -Deidara.

Rsrsrs! -Obito estava feliz.

 Não vou abandonar, você! …Não outra vez! -Kakashi.

…Sabe… Sabe que os meus crimes não serão nunca apagados, não é? -Obito.

Eu sei… Nem os meus. -Kakashi.

Obito chorou outra vez, Deidara se sentou ao lado dele e lhe deu uma toalhinha. 

S-seus olhos não precisam mais de colírio? -Kakashi.

A-ah, eu troquei de olhos algumas vezes. -Obito.

Ah… Certo. -Kakashi.

Bom… Eu preciso voltar! -Kakashi ficou de pé. 

Obito e Deidara também ficaram de pé. 

Volte quando quiser! Quero dizer…. bom… Vamos viajar e provavelmente não voltaremos para essa casa, mas… -Obito ficou sem saber o que dizer.

Me mande cartas! Sempre que quiser! -Kakashi caminhou até a saída.

Obito abriu a porta. -Claro! Te mandarei cartas. 

Por favor, não vamos perder o contato outra vez! Me mande cartas sempre… Mesmo que seja para dizer que me superou, rsrs. -Kakashi.

Rsrsrs. -Obito deu uma risadinha sincera e feliz. 

Deidara observava tudo. Estava feliz por ele, mas não demonstrou. 

Kakashi saiu. -Quando quiser que eu o responda, me dê a localização e enviarei cartas também. 

Está bem! -Obito.

Ah, e não use a bandana! É só… -Kakashi.

É uma condecoração, eu sei! Não insulte minha inteligência! -Obito.

Rsrs! Nos vemos a qualquer hora! -Kakashi.

Na próxima você cozinha! -Obito.

Kakashi afirmou positivamente com a mão enquanto lhe dava as costas e ia embora.


Os dois entraram e fecharam a porta.

Então… agora você é um shinobi das sombras da Folha… condecorado pelo próprio Hokage. Hm. -Deidara.

Está com inveja? -Obito.

Baka! Hahaha! -Deidara.

Obito agarrou o rapaz o erguendo. 

Ei! Ei! Acabei de comer! Me ponha no chão! Hm. -Deidara.

Obito obedeceu. 

E… Que história é essa que Itachi protegia a Folha estando na Akatsuki? Hm. -Deidara.

Exatamente isso! -Obito contou-lhe tudo que contou a Sasuke naquela vez. 

Deidara sentiu remorso por Itachi, e entendeu que naquela época fez o que fez para provavelmente proteger a folha, não o perdoou, mas compreendeu seus motivos, e reconheceu a honra dele. 


Dias depois, os dois partiram de viagem, seguindo a rota da arte do livro que Obito deu a ele. 


Onde vamos agora? -Obito vestia um chapéu como o de Deidara, agora não mais usava máscara, não em todos os lugares. Mas suas roupas continuavam pretas, vestia uma capa de colarinho alto, enquanto Deidara vestia o mesmo traje de viagem anterior. 


Vamos próximo à Kirigakure. Hm. Tem uma escultura viva lá, quero ver se é melhor que a minha, hm. -Deidara.

Nenhuma arte supera a sua! -Obito olhou sedutoramente para ele e o puxou para perto pela cintura, tentou lhe beijar mas o outro esquivou.

Hm. Não vou te dar hoje, não adianta! Hm. -Deidara.

Ah, que isso!? Por que não? -Obito.

Rsrs. -Deidara saiu andando.

Ei! Deidara! Aff! -Obito o seguiu. 

Pensamentos de Obito:

Eu vou te deixar com vontade! Você vai ver! 

Deidara o puxou repentinamente e o beijou com vontade. Estavam caminhando em um deserto.

Isso é covardia! -Obito.

Rsrs. Vamos! -Deidara moldou um pássaro e ambos subiram, indo pelos céus até seu próximo destino. 


Notas Finais


Ó! A fic não acabou viu! Tem maaisss, agiardem os próximos capítulos.


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