Quê? -Toru arregala os olhos.
Deidara se senta direito em sua frente e desvia os olhos corado. -É… rsrs. Quer namorar comigo? Hm.
… -Toru parece perplexo.
Deidara percebendo sua demora em responder, olha para ele. -Então… Eu meio que… Tô esperando você responder, hm.
A-ah… P-por quê… por que está dizendo isso? Está apaixonado? -Toru.
Bom… -Deidara fica sem jeito, passa a mão no pescoço. -Eu acho que sim. Eu… Gosto muito de você. E de ficar com você. Hm. E… T-temos muita coisa em comum, nós fomos os únicos que estudamos sobre arte, estratégias de guerra e política. Hm… G-gosto que seja inteligente e transmita calma, hm. -Ele fica vermelhinho.
… -Toru.
Eu… gosto de sentir o cheiro do seu cabelo quando dormimos juntos e gosto quando nossas peles se tocam… hm… Estou meio sem graça, rsrsrs. -Deidara solta risinhos.
… -Toru.
…E… acho que estou apaixonado mesmo, hm… Eu posso agradar você, para comemorar eu podia fazer carinho nos seus pés. -Deidara.
Não! -Toru puxou os pés rápido.
Ah… tá bem, não precisa ser nos… -Deidara.
Não, eu disse Não! -Toru.
Tudo bem… Não precisa ser massagem. -Deidara.
Não, Deidara! A resposta é não! -Toru.
Deidara espera uns segundos tentando assimilar. -Como assim?! A resposta para o quê?
Não! A minha resposta é não! ... Não quero namorar com você. -Toru.
… -Deidara fica com o semblante triste na mesma hora. -Mas… Por quê? -Ele fala baixo.
… -Toru olha para o lado e demora a responder. -Isso não… Eu não gosto de você a esse ponto.
...Mas… Disse que estava… disse que tinha se apaixonado. -Deidara.
Não era ao ponto de namorar. Eu… Olha, eu disse a você que não me importo com as pessoas, e mesmo assim quer namorar comigo? …Por mais que eu goste de você, eu não hesitaria em te matar. Nem sei se eu choraria. -Toru.
Deidara sentiu como se seu coração fosse jogado fora e pisoteado. Toru fica sem graça por rejeitá-lo.
Mas sentia ciúmes. -Deidara fica com olhar perdido.
…Podemos continuar nos… ajudando, como fazemos… Sabe, um ajuda o outro a relaxar e a ter afeto. Não acha? -Toru.
Ah… -Sua voz fica embargada. -Claro... rsrsrs.
Não fique triste! -Toru o puxa e o faz deitar em seu peito. -A vida é assim mesmo, um coração partido mais uma vez não vai te fazer mal, pelo contrário… Você vai começar a entender que "amor" não são todas as pessoas que dão sorte de ter. E nós… Pelo nosso histórico, deveríamos nos contentar com a satisfação carnal… É o máximo que pessoas como nós estão dispostas a dar.
Deidara deitou no peito com os olhos bem abertos, ele não esperava ser rejeitado, Toru parecia gostar muito dele, o que fez com que ele acabasse se apaixonando.
Deidara… prometa uma coisa para mim! -Toru levanta a cabeça dele para olhar em seus olhos. -Você vai se divertir e se importar consigo mesmo!
Pare com isso! Hm. -Deidara se solta dele e fica meio emburrado.
Estou quebrando seu coração da forma mais gentil que alguém pode fazer. -Toru.
Deidara fica de costas para ele. -Está zombando de mim? Hm.
Não! Quero que me escute… Ninguém vai amar você de verdade. Olhe para sua vida… para as nossas vidas, ninguém fará isso por mim também… Estamos em um caminho sem volta, com pessoas más ao nosso redor o tempo todo. Sofrerá menos se se contentar com os prazeres carnais e deixar de acreditar em romances. -Toru.
Deidara se levanta e o deixa falando sozinho.
Deidara! ...Aff! -Toru.
O loiro faz um pássaro de argila e vai bem alto no céu. Deita em suas costas e lembra-se de sua vida na pedra. Reflete sobre as palavras de Toru e lembra-se do casamento de seus pais, e de cada momento que presenciou o amor deles. Deidara chora calado, olhando as estrelas. Seus pais se amavam tanto, e ele sempre acreditou que esse era o "normal" da vida. Passou a se lembrar de Ema e do quanto ele a amava e da dor que ela lhe causou o usando e morrendo em seguida. E agora mais uma vez ele teve seus sentimentos rejeitados e seus carinhos negados. Seu coração adoeceu. Depois de uns dias internalizando as palavras de Toru, ele se demonstrou mais duro e sem paciência. Já não estava tendo intimidade com Toru. E passou a ser soberbo para mascarar suas frustrações, deixando seus colegas muita das vezes se sentindo inferior.
…
C-calma! Calma! Hm. -Deidara.
Taka puxava seu cabelo, o agarrando por trás e deslizando seu corpo no dele, o prensando contra uma árvore, Taka beijava a nuca dele com ferocidade.
Eu quero, Deidara! -Taka.
O quê? -Deidara respirava rápido.
Eu quero! -Taka.
Quer o quê? Hm. -Deidara virou para ele.
Depois de uns três dias que Toru e o loiro se afastaram, Deidara começou a provocar Taka e eles voltaram a se pegar escondido de todos.
Quero… Ir até o final. -Taka.
Não! Não! Eu não gosto disso. Hm. -Deidara.
Mas você nunca fez. Por favor! Eu deixo você fazer em mim depois. -Taka.
Taka… -Deidara.
A gente nunca foi até o final. -Taka.
Mas é que não temos nada… De verdade. Hm. -Deidara.
Confie em mim! -Taka segurou em seu queixo e olhou em seus olhos. -Isso não é para ser algo especial. É só… Sexo.
Mas… Aqui não. Hm. -Deidara.
Vai deixar?! -Taka fica empolgado.
E-eu não disse que iria deixar… Podemos tentar, hm. -Deidara baixa os olhos.
Vamos no seu pássaro, o que acha?! -Taka.
Deidara não estava certo se queria fazer aquilo. Os dois passaram em uma loja de óleos e compraram um frasco. Hajime os viu, mas se escondeu.
…
Vai! Posso ir? -Taka.
E-espera! Espera! Hm. -Deidara respirava fundo estava deitado na frente dele.
Não precisa disso tudo. -Taka estava de joelhos.
Passa mais! -Deidara.
Mas eu já passei bastante, tem até na minha barriga… Anda, estou saindo do clima. -Taka.
Não me apresse, merda! Hm. -Deidara.
Desculpa! -Taka.
… T-ta! …Vai! Tenta. -Deidara tinha seu coração acelerado.
Tava foi devagar encostando nele e tentando entrar.
Aarrh! Não! Não! Para! -Deidara.
Deidara eu nem coloquei nada, só estava abri… -Taka.
Mas doeu, tá! Hm. -Deidara.
Você tem que relaxar. -Taka deita sobre ele e começa o beijar.
…
Tá, vai! Tenta de novo! Hm. -Deidara.
Certo! -Taka ficou de joelhos novamente, abriu as pernas dele e olhou.
Aí! Você não disse que iria ficar olhando, hm. -Deidara fica constrangido.
Eu preciso olhar, né?! -Taka.
O de cabelos negros tenta mais uma vez devagar as Deidara o pede para parar novamente. Na terceira tentativa, Taka entrou de uma vez.
TAKAA! AARRH! -Deidara agarrou o chão de argila, estavam dentro da boca de um pássaro.
Xiiiuuu! Calma! -Taka tentou se mover.
TAKA! N-não.. não se mexe! -Deidara sentia muita dor.
Respira! Rsrs, isso aconteceu por que você está tenso. -Taka.
Cala a boca seu merdinha! E SAI DEVAGAR DESSA… merda! Hm. -Deidara.
Hehehehe! -Taka saiu devagar.
Deidara colocou a mão no rosto e fazia expressão de dor.
Você não deixou eu fazer nada. -Taka.
Deidara se encolheu de lado.
Rsrs. Ah, não fique assim. -Taka.
Não.. não vou ficar, mas só depois de comer a sua bunda! Seu merda! Hm. -Deidara.
Hahahaha! Ah, não vai não! Rsrs. -Taka.
Por que foi de uma vez? Hm. -Deidara ainda estava encolhido de lado.
Por que estava demorando, se eu fosse de uma vez, você iria se acostumar depois. -Taka.
Odeio você! -Deidara fecha os olhos e relaxa o corpo.
Tá Legal… deita de frente, deixa eu compensar você! Rsrsrs. -Taka pôs o menino de frente e desceu o rosto em seu corpo.
Para de rir! Hm. -Deidara.
…
Quando voltaram, Hajime estava no corredor em choque.
Hajime! Hajime! O que foi? -Taka o sacudiu.
Deidara estava ao seu lado.
Samumaru… a vó. -Hajime.
O que tem? O que houve? ... Responde! -Taka.
Samumaru nos traiu… Tentou entregar Toru. -Hajime.
Onde está Toru? -Deidara.
O que aconteceu, onde eles estão? -Taka sacudia o garoto.
Samumaru lutou contra Toru… Tentou o capturar para lhe entregar como recompensa à família Feudal rival à dele… Eles lutaram, eu ajudei Toru.
Samumaru está onde? -Taka.
-Matei ele. Taka está lá dentro no quarto. -Hajime.
Menos mal. -Deidara.
Hajime deixou lágrimas escaparem.
O que foi, Hajime? -Taka.
A vó… Sinto muito! -Hajime abraçou Taka.
Os outros dois ficaram perplexos.
O que houve com a vó? Hajime? Hm. -Deidara.
Ela não aguentou ver … Seus netos brigando… Gritou muito durante nosso combate na floresta… e quando viu Samumaru morto ela… Ela não aguentou perder mais um… Sinto muito, muito mesmo! Eu a amava. -Hajime chora bastante.
Deidara vai ao quarto, Toru estava lá lendo um livro e o corpo da mulher estava na cama.
Até que enfim voltaram. -Toru parecia entediado.
Vovó Dai! -Deidara se ajoelhou diante da cama dela e fechou os olhos, depois se colocou de pé e a cobriu com um lençol. -Como ela morreu exatamente? Não vejo feridas nela.
Ela infartou quando vou Samumaru morto. -Toru continuava lendo.
Deidara arrancou o livro das mãos dele e jogou longe.
Que isso?! -Toru.
Ela morreu, tenha um pingo de respeito. Hm. -Deidara.
E o que estou fazendo? -Toru.
Mostrando desinteresse por alguém de amava você como neto. -Deidara.
E eu sou muito grato por isso. Mas ela morreu.
Dai! -Taka entrou no quarto com pesar.
Eles fizeram um ritual fúnebre para ela ali mesmo, e Hajime derreteu o corpo dela com o ácido. Eles partiram dali no mesmo dia. Calados, os quatro sobrevoavam algumas vilas. Quando foram atacados. Logo contiveram a situação, sabiam que estavam atrás de Toru.
Nos dias que se seguiram, o grupo estava muito estranho, não havia mais quem fizesse a comida, então como líder, Taka estava fazendo. Hajime se sentia culpado, Toru e Deidara não se falavam e eles foram perseguidos por mais de cinco outros grupos, estavam exaustos.
Deidara usou Doton para criar uma pequena caverna, Toru a revestiu com sua grama e Hajime colocou gotas de ácido ao derredor do local. Diante de uma fogueira eles dormiram. No dia seguinte, outra vez, mais dois grupos procuravam por Toru, e eles estavam ficando irritados. Descobriram o valor da recompensa pela cabeça de Toru e se espantaram. Eles se escondem em um templo para passar a noite.
ISSO É TUDO CULPA SUA! TUDO CULPA SUA! -Taka.
PARA! ELE NÃO TEM CULPA! -Hajime.
SÓ POR QUE VOCÊ É UM FRACO? -Toru.
Do que me chamou? Ah! Agora você vai ver! -Taka empurrou Hajime e atirou Kunais contra Toru, que desviou, porém duas pegaram em seu braço.
VOCÊ TEM SORTE QUE DEIDARA E HAJIME ESTÃO AQUI! SE NÃO JÁ ESTARIA MORTO! -Toru.
Você está trazendo azar ao grupo, seu merda! Seu inútil! Só liga para si. Nós estamos gastando tempo para proteger você! -Taka.
Deidara segurava Taka. -Chega, Taka!
Você é ridículo! Tenho pena de Hajime. Não estudou, não sabe nada sobre mapas, rotas, nem estratégias, eu sou o cabeça desse lugar. Você deveria lamber meus pés, seu inútil! -Toru.
Taka tenta a todo custo se soltar, mas Deidara faz com que a argila o engula. Só assim as coisas se acalmam. Toru vai para fora olha o céu. O mestre das explosões solta o líder e Hajime lhe dá água.
Chame aquele garoto para cá, ou podem vê-lo lá fora. -Taka.
Deidara foi atrás de Toru. O encontrou sentado nos degraus, sentou-se ao seu lado, o silêncio os rodeava.
Não precisa estar aqui, sei me defender sozinho. -Toru.
Eu sei disso. Hm. -Deidara.
…-Toru.
…-Deidara.
Foi divertido… o Tempo que tivemos juntos. -Toru.
Deidara nem olha para ele.
Sei que ficou chateado com o "não"... Sinto muito. Bom, na verdade eu não sinto, mas… Se fosse comigo eu ficaria bem chateado. -Toru.
É… Está tudo bem. Hm. Eu… Também gostei de ter conhecido você. -Deidara.
Toru toca a mão dele de leve mas o outro desencosta. Toru olhou bem para as estrelas e respirou fundo.
Eu vou para casa. -Toru.
Quê? C-como assim? Mas.. hm, você vai ser preso. -Deidara.
A prisão domiciliar não é muito diferente de como minha vida era, agora adorei terei de ter mais vigilância. -Toru.
Não pode estar falando sério, assim do nada? -Deidara.
Não é do nada… Estão me caçando e vocês vão acabar morrendo ou me matando por conta disso, e eu não quero… Lá ao menos terei de tudo. -Toru.
... -Deidara.
Toru se levanta e o outro se ergue com ele.
Posso te dar um beijo? -Toru.
Ah… Toru… -Deidara.
Por favor! -Toru.
Deidara se segura mas depois se aproxima dele e se deixa ser beijado. Toru é delicado e passa as mãos na nuca dele, Deidara o aperta ao corpo, está com saudade.
Vou sentir sua falta. Hm. -Deidara.
Eu também. -Toru.
Eles se encaram e o mais velho se solta.
Vamos entrando?! -Toru.
Claro! Mas não comece a brigar de novo… Toru? -Deidara olha ao redor e só acha um pergaminho atrás de si. Quando toca nele, o papel se queima sozinho.
Lá dentro…
Onde está Toru? -Taka.
Toru partiu, voltou para casa através de um pergaminho. Hm. -Deidara parecia irritado.
Como assim? -Taka.
Desse jeito, foi embora. Hm. -Deidara.
Eles se calam.
Uma semana depois, eles estavam muito estranhos, o grupo estava tão reduzido. A metade tinha se esvaído. Taka e Hajime conversavam sobre coisas escondidas e saiam sozinhos, deixando deidara sempre de canto, e isso começou a irritá-lo, tanto que o jovem decidiu se separar dos outros dois, que por maior a insistência que tiveram, não fizeram Deidara mudar de ideia.
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