História A vida de Deidara - Akatsuki: Convivências

Dias no presente…

 

Acorde ele! -Tobi.

Não quer que isso termine logo? -Monge.

Tobi fica de pé. -Acorde ele logo! ...Faz dois dias que ele está assim, precisa comer, beber água, ir ao banheiro. Anda!

O monge respira fundo e tira as mãos da cabeça dele, o acordando. Deidara começa a se mexer e sua cabeça dói muito. 

Calma! Calma! Estou aqui! -Tobi o envolve com uma manta, para cobrir sua nudez.

Minha cabeça! -Deidara não conseguia nem abrir os olhos direito, se encolheu de lado.

Estou aqui! Estou aqui! -Tobi sussurrava através da máscara. Ele o abraçou.

O monge olhou a situação com estranheza, afinal agora já sabia que Deidara havia tido relacionamentos com rapazes. Deduzia que o mascarado e ele também e isso o incomodava. 

Vou levar você para o quarto! -Tobi o segurou para erguê-lo. 

Aarrh! Minha barriga, minha barriga! Hm. Eu preciso ir ao banheiro. Está doendo. -Deidara.

Certo! Vamos eu levo você! -Tobi.

O monge ficou sozinho na sala e abriu a caixa ao lado, olhou em silêncio o que tinha dentro.

 

M-me deixe aqui, hm. Me deixe sozinho. -Deidara.

Tobi o segurava por trás para que ficasse de pé, pois suas pernas estavam bambas e ele estava tonto ainda. -Deixe de ser orgulhoso, eu ainda estou deixando você segurar! 

Hm! Não iria segurar para eu mijar! Eu não ia deixar! -Deidara.

Se fosse preciso. -Tobi.

Me solta! Me solta! -Deidara se debateu irritado.

Tobi o soltou e ele quase caiu, suas pernas pareciam não obedecer, então o Uchiha lhe segurou novamente. -Está vendo aí! ...Pare de ser orgulhoso.

Hm! -Deidara se pôs a fazer suas necessidades. -... Tobi…

Hm? -Tobi.

Está olhando por cima do meu ombro?! -Deidara estava bravo.

… -Tobi.

PARE DE ME OLHAR! -Deidara.

Olha só! Vai molhar a parede eu vou ter que limpar depois! Não se mexa assim, senpai. 

NÃO ME OLHE MIJANDO ENTÃO! -Deidara.

Está mirando errado, senpai! Hahaha! Droga, vou ter que limpar isso! -Tobi.

TOBIIIIII! -Deidara.

 

Depois disso, Tobi o colocou na banheira com águas relaxantes, ele tomou um banho rapidinho, mas seu semblante era de muito incômodo por estar sendo observado pelo companheiro. Por fim, Obito lhe deu um Kimono e o fez sentar-se em uma cadeira de balanço na entrada desta casa, ela ficava dentro do Kamui, então tudo o que viam eram blocos roxos e escuridão ao longe. 

 

Aqui, senpai! -Tobi trouxe chá e legumes em um prato.

O loiro começou a comer e a beber devagar. -Tobi… Disse que iria me contar quando eu acordasse. Hm.

Tobi olhou para as janelas e tirou a máscara em seguida, ele estava sentado na mureta da entrada, de frente para o companheiro. Respirou fundo e prosseguiu. -Bom… Você se explodiu, usou a c0 e todos da cidade viram, Sasuke…

Quê? C-como assim? Como eu usei a c0?! Estou aqui! Hm. Olhe! Como… explique direito! Hm. Eu sei que não usei, não teria como.

Tobi baixou a cabeça, fez uma pausa, sabia que o outro não iria gostar. -Você… usou um clone… E-Eu fiz você usar um clone. 

Você o quê?! -Deidara se inclinou para frente, sua fúria era tanta ao ouvir aquilo que seus olhos pareciam possuir fogo. 

O-olha. E-Eu posso explicar. -Tobi.

Deidara começou a bufar.

Foi lindo senpai! Eu achei espetacular. Todos acharam, na cidade vizinha, nas três vilas vizinhas. Eu juro! -Tobi.

Deidara fechou os olhos buscando paciência pois estava fraco e sabia que não poderia fazer nada naquele estado. -Como fez isso? 

...Eu manipulei você com um genjutsu… Passei uma corrente de chakra para seu corpo conseguir fazer um clone… E o clone… Só terminou o que você pretendia fazer. Eu o peguei e o trouxe para cá. -Tobi.

Manipulou a minha arte… Corrompeu… a minha arte! -Deidara estava transtornado.

A-ah, calma! Olha! Ainda tem um fiapo de cenoura ali, ó, não vai comer? -Tobi apontou para o prato. 

Deidara jogou a bandeja longe e pulou encima dele, o outro apenas deixou para que ele não se machucasse. Mas segurou seus pulsos e seu corpo. Sua voz mudou e ele falou mais sério. -Deidara! Para! 

VOCÊ ESTRAGOU MINHA OBRA PRIMA! -Deidara se debatia. 

DEIDARA! -Tobi falou grosso como Madara. 

VOCÊ NÃO ME INTIMIDA! HM. CORROMPEU MINHA MAIOR CRIAÇÃO! ELA ERA ÚNICA! ÚNICA! -Deidara gritava no rosto dele.

VOCÊ É ÚNICO! -Obito gritou de volta.

O loiro se calou bufando. Tobi o encarou bravo. 

Hm… Você se sente superior. -Deidara.

Tobi segurou o rosto dele com força o fazendo olhar para seus olhos. -Eu disse que nunca aceitaria sua morte… Eu não quero viver aquilo de novo. -Tobi se referia a Rin. 

Eu não sou a Rin! -Deidara puxou o rosto.

Não! Não é! ... Você é o Deidara! -Tobi o soltou, o deixando com braços livres. 

 … -Deidara desviou os olhos, estava muito irritado. 

… -Tobi.

Tem sorte que estou debilitado. Hm. -Deidara.

Tobi o observa com ternura. -Eu te amo! 

Deidara mal o deixa terminar de falar e lhe dá um tapa que vira seu rosto para o lado. Depois começa a bufar de raiva. Obito põe a mão sobre o rosto ainda virado e não faz nada, apenas recebe aquela descarga emocional. 

Sabia o quão importante para mim era aquilo. -Deidara.

… -Tobi.

E o que está fazendo comigo aqui? Eu quero ir embora! Hm, anda, me tire daqui! -Deidara o segurou pela roupa e o sacudiu de leve. 

Tobi olhou bem fundo em seus olhos e tentou o manipular com o sharingan. Mas isso só piorou a situação, pois o loiro estava bem atento a ele, e seu olho treinado não permitiu que isso acontecesse, o deixando ainda mais furioso. Deidara se pôs a tentar lutar de verdade com ele, gritava e tentava o agredir. Obito não queria que se machucasse, e sabia que agora o loiro estaria irredutível a qualquer conversa. Então o apagou com um pano banhado de sonífero. E segurando adormecido nos braços. Obito se sentiu muito mal por estar fazendo aquilo com ele. 

 

Aqui! Vamos continuar! -Tobi, já mascarado, colocou o moço na maca novamente e tirou seu kimono. -Por favor! Vamos terminar isso o quanto antes! 

Certo! -O monge logo pôs a mão em sua cabeça e voltou ao processo. 

 

Passado…

Um ano depois da entrada de Deidara para akatsuki, já havia se destacado bastante entre seus companheiros, e eles reconheciam seu valor e sua utilidade. Sasori e ele passaram a conversar muito sobre os mais variados assuntos. O shinobi da Areia, no começo desdenhava do jovem, mas com o tempo, reconheceu que o moço era muito inteligente e estudado, conseguindo conversar muito bem sobre política e matemática em usos militares, fazendo com que Sasori o considerasse. Em combate, impressionou bastante o companheiro também. O fazendo olhar suas habilidades com respeito. Sasori não se sentia mais incomodado com a presença dele, ele não admitia, mas gostava de ter uma companhia como a dele. Obviamente discutiam muito sobre o ponto de vista dos dois sobre arte, devido às divergências, muitas das vezes brigavam e Sasori tentava o ferir. Deidara sabia como se esquivar de suas investidas e ria quando conseguia tirar ele do sério, afinal, Sasori sempre se gabava de não possuir sentimentos, então nesses momentos o loiro lhe mostrava que possuía sim.  Os dois, assim como as outras duplas, possuíam uma rotina de treinos em conjunto, para que em batalha, suas habilidades se completassem. 

 

D-danna! Arh! -Deidara estava exausto deitado no chão, com os braços e pernas abertos e esticados, cheio de lama. O lugar ao redor está cheio de crateras devido às explosões. Muitos pedaços de marionetes também. 

Sasori dentro do Hiruko se aproxima dele. -Você ainda precisa melhorar esse Taijutsu! 

Cala a b-boca! V-você nem taijutsu usa! Hm. Aarrggg! Não sinto minhas pernas. -Deidara.

É devido ao veneno que o cortou. Você tem três minutos. -Sasori.

Deidara esbugalha os olhos. -ENTÃO ME DÁ O ANTÍDOTO! HM. 

Sasori sai de dentro da marionete e segura a ampola. Se abaixa olhando para ele.

Anda logo, hm… Eu quase não consigo mover meus braços. Hmrrrr! -Deidara.

 Só se você reconhecer que a arte verdadeira é a beleza eterna que dura para sempre. Dois minutos! -Sasori.

Nem em sonho! Hm. -Deidara levantou um pouco o rosto para fala. 

Bom… -Sasori fica de pé e lhe dá as costas. -Então morra com sua arte efêmera. 

SASORI! AARRH! -Deidara tentou se arrastar mas suas pernas não o obedeciam.

O ruivo jogou a ampola para trás e continuou andando na direção oposta ao jovem. Deidara com toda dificuldade se arrastou depressa e injetou a ampola em seu corpo, sentindo o alívio no mesmo instante. Com a cura, logo o moço se ergueu e foi de encontro ao companheiro que estava de frente ao rio o esperando.

Quando chegou, já foi tirando a blusa. -Você… Hm! -Deidara ficou sem palavras para usar.

Só estava treinando com você. -Sasori.

Fica me envenenado, toda vez, hm! -Deidara tirou as calças.

Deveria me agradecer. Meus venenos são os mais fortes que existem. E eu sei a cura para eles. Estou deixando seu corpo mais resistente a venenos, seu idiota. Ainda estou te ajudando. -Sasori ainda falava quando teve a cabeça atingida por uma bola de lama, sujando seu cabelo e pescoço. Ele olhou tedioso para Deidara.

Aí, segura essa bolota de lama aí! Não previu né? Cadê o ninja escorpião agora? Hm? Hahaha! -Deidara pulou nu, no rio.

Sasori passou a mão no pescoço e ficou irritado. Entrou no rio com as roupas mesmo. -Eu estava com a guarda baixa, não estamos mais lutando. 

Ah, é? E se fosse um inimigo? Ai, ai! O grande mestre Sasori, sendo atingido assim pelo inimigo, puxa vida. É lamentável, hm. -Deidara esfrega a cabeça.

Sasori levantou uma das sobrancelhas com os olhos baixo.

AAAAAHHHH! COBRA! COBRA! COBRONAAA! -Deidara teve as duas pernas enroladas debaixo d'água. Seu rosto era de pavor. 

Sasori não moveu um músculo, apenas o encarou. 

MESTRE SASORI! -Deidara afundou após essas palavras, foi arrastado dentro d'água e erguido de cabeça para baixo. -Cof, cof, cof! Aarrh! Cof, cof! 

Era o próprio Sasori que enrolou suas pernas com a corda de aço de seu abdômen. Trouxe o menino de cabeça para baixo, sem roupas e engasgado, para perto de si, olhando para cima. -Quem baixou a guarda agora? 

Cof! Cof! Cof! -Deidara ainda estava engasgado com a água, e a posição em que se encontrava não favorecia.

Olhe só para você! Parece um ratinho molhado… ai, aí! Rsrsrs! -Sasori não aguentou e sorriu. -"Cobrona"! Rsrsrs! 

Deidara parou até de tossir quando o viu rindo. Era algo raro. 

Quando Sasori percebeu que o jovem estava o encarando devido a estar rindo, o pôs na água novamente. -Nunca mais tente tirar sarro de mim. -Sasori começou a limpar seu cabelo.

Deidara estava com ar de risinho, tinha visto algo que poucas pessoas viram na vida. 

O que foi? -Sasori.

Você riu! -Deidara

Sasori revirou os olhos e ficou de lado para ele.

Aah! Nah, Nah, Nah! Não tente fugir! -Deidara foi para a frente dele.

Sasori fechou os olhos. 

Nem adianta fechar os olhos. Hm! Viu só! Você tem sentimentos e emoções. Eu sabia que sim. -Deidara.

São apenas reflexos do passado e uma cópia do resultado da convivência com humanos… só isso. Eu já expliquei para você, não tenho sistema nervoso no meu corpo, não sinto nada nele. -Sasori.

É, mas nesse seu núcleo de carne aí, você sente! Eu tenho certeza disso. Hm. -Deidara.

Sasori o ignorou e saiu da água. 

Ei! Me espere! -Deidara saiu se vestindo. 

Eu não entendo por que tira as roupas. Quando as coloca ficam molhadas por causa de seu corpo. E ainda ficam sujas, se entrasse com elas, ao menos ficariam limpas… As vezes você me surpreende com sua inteligência, mas outras você é tão burro. -Sasori.

Rsrsrs! -Deidara se divertia com os insultos do companheiro. 

 

Eles caminharam de volta ao esconderijo. Entraram na caverna e juntos com eles chegava Hidan e Kakuzu. O de cabelos cinza estava totalmente queimado e gritando de dor. 

KAKUZUUU! ISSO DÓI! -Hidan.

Ande logo! É só entrar na água que já, já, você melhora. -Kakuzu.

Uuhh! -Deidara sentia empaticamente a dor dele. 

Sasori não esboçou nada. 

 Foram juntos até o quarto e tomaram um  banho decente, primeiro sasori e depois Deidara.

 

Deidara! Você deveria levar essas roupas logo para a lavanderia. Está ficando visualmente feio aqui. -Sasori sentou-se na cama com um pergaminho em mãos. 

É eu vou levar. Vou ir cozinhar e já levo… Aí… O que você acha de… -Deidara foi interrompido.

Não vou comer com você, Deidara, esqueça isso. Vai sujar todo meu corpo internamente, só para parecer que estou comendo. -Sasori.

Aff! Você é é um companheiro tão divertido assim. -Deidara pegou as roupas sujas. 

Você também não é! Na verdade você é bem incômodo. -Sasori olhava para o pergaminho o abrindo.

Deidara lhe deu língua e saiu do quarto. Colocou as roupas na lavanderia e foi para a cozinha, lá estava kisame, cozinhando em uma panela enorme.

 

Nossa Kisame, vai comer isso tudo? Hm

 -Deidara.

Não, neee! Estou cozinhando para mim e para Itachi-san. E por mais dois dias. -Kisame.

Deidara sentou no balcão. -Sua comida é tão cheirosa, Kisame. Chega minha barriga está roncando. Droga! -Deidara.

Pode comer do cozido se quiser. -Kisame.

Sério?! Aaah! -Os olhos do loirinho ficaram comicamente com corações. 

Rsrsrs! Mas terá de comer aqui na cozinha. -Kisame colocou a comida do jovem no prato. 

Claro! Farei companhia a você, Kisame! Hm. Deidara pegou o prato e levou para a mesa. 

Kisame colocou mais dois pratos, o seu próprio e o de Itachi, este vinha entrando na cozinha. No mesmo instante o loirinho fechou a cara e cruzou os braços.

 

Obrigado! kisame. -Itachi.

Não há de quê, nele! -Kisame.

Os outros dois se sentaram à mesa. Kisame ao lado de Deidara e Itachi em sua frente. 

O que foi Deidara-san? Não está boa? -Kisame sadia que o desconforto era por conta de Itachi, todos sempre sabiam. 

Itachi olhava para ele com calma e elegância, sempre ignorava o fato do rapaz ter ódio dele.

Não! Não é isso… Está muito boa. Hm. -Deidara ficou mais introvertido.

Os outros dois conversavam enquanto comiam, e Deidara observava. Disfarçando ele sempre ficava analisando o Uchiha, este sempre notava, horas fingia que não percebia e outrora encarava o loiro de volta. 

Eu terminei, muito obrigado, Kisame! Hm, estava muito bom. -Deidara falava entre os dentes.

Deidara! -Itachi.

Deidara olhou para ele surpreso por falar consigo. Eles quase não trocavam palavras. 

Eu fiz suco de melancia, está na geladeira do meio. Pode pegar. Está muito… -Itachi foi interrompido.

Não! Obrigado! Hm. -Deidara o interrompeu e virou as costas para ele, seguiu a lavar seu prato e um silêncio se fez no lugar até Deidara sair da cozinha.

 

Ele já deveria ter superado, nee! -Kisame.

Itachi olhava para o lado. -Ele é muito orgulhoso. 

Eu não sei como você tem paciência para isso. Eu não conseguiria. -Kisame.

...Ele… Esse jeito de me odiar, me faz lembrar de alguém. -Itachi falava baixo.

Seu irmãozinho, não é? -Kisame.

Itachi sorriu de canto. -Ele me olha da mesma forma que Sasuke olha para as pessoas quando fala de mim. 

Com ódio, nee! -Kisame.

É… -Itachi.

Eu ainda não entendo como pode gostar que seu irmão o odeie se você o ama. -Kisame.

… -Itachi.

E não se incomodar com o comportamento de Deidara. -Kisame.

Seu comportamento hostil me faz sentir próximo ao meu irmão... Então não consigo odiá-lo, nem me incomodar. Pelo contrário. -Itachi.

Gosta? -Kisame pergunto com estranheza.

Não tente entender, será pior. -Itachi.

 

No quarto…

Deidara entrou com ódio nos olhos e resmungando, Sasori já sabia que provavelmente era por culpa de Itachi. 

 

Você já deveria ter superado isso. -Sasori estava sentado diante da escrivaninha com o pergaminho aberto.

Nunca! Ele… Arrh! Não gosto dele. Ele me humilhou. Hm. -Deidara deita na cama irritado.

Ó, vai limpar seu armário! Está escorrendo argila dali de cima e sujando o chão. -Sasori.

Tá, eu limpo depois. Hm. -Deidara se sentou, estava incomodado. -Quero conversar! Hm.

Sasori revirou os olhos e apoiou a mão no rosto. -Se for ficar falando do seu ressentimento com o Itachi, me poupe! Eu não vou ficar ouvindo. 

Não! ...Vamos falar de outra coisa. -Deidara.

Eles se calaram em assunto, mas Sasori decidiu puxar.

Quantos anos tem? -Sasori.

Quê? -Deidara.

É, quantos anos tem? Estou perguntando sua idade… Não queria conversar? -Sasori.

Deidara cora, Sasori não tinha o costume de iniciar uma conversa, ou se importar com a vida dele. -A-ah… V-vinte. -Ele mentiu, tinha 17. 

Só isso? -Sasori.

...E cinco! Vinte e cinco, hm. -Deidara não queria ser chamado de criança.

Mas seu rosto é muito jovem para vinte cinco anos. -Sasori se virou para olhá-lo.

O seu também é, para trinta e três, hm. -Deidara.

Deidara… Sou uma marionete, meu rosto não muda. -Sasori.

E daí? -Deidara.

Aff. -Sasori volta-se para seu pergaminho. 

Eles ficam em silêncio por um tempo.

Mestre Sasori! -Deidara.

Eu não tenho um minuto de silêncio perto de você! O que foi garoto? -Sasori.

Sente falta de alguém? -Deidara.

Não, de ninguém! Sou uma marionete. -Sasori estava com os olhos voltados para o pergaminho.

Você e sua desculpa… -Deidara ainda falava.

Eles receberam uma chamada mental de Pai, os solicitando no pátio principal, arrumados para uma missão.

 

Aah, mas eu nem descansei. -Deidara reclamou depois da Voz de Pain sumir. -Meus músculos doem.

Do que está reclamando? É só ficar sentado em seu pássaro. -Sasori se vestia.

Deidara trocou de roupa também e logo eles foram ao pátio.

 

No pátio…

A missão de vocês é acompanhar a filha do senhor feudal das terras dos campos de arroz. -Pain.

Na mesma hora o loirinho se lembrou de Toru. 

A função de vocês é acompanhar a caravana dela até as terras mais acima, onde será seu casamento. Vão permanecer lá até o casamento se concretizar, depois da noite de núpcias, onde será consumado, então poderão retornar. Ao chegarem no casamento, deverão usar trajes apropriados e coerentes com o evento. -Pain.

Pera aí! Vamos ter que ficar perto dela até ela… ela… e o noivo… -Deidara.

Sim! Nossa missão depende da consumação do casamento dela. -Pain.

Deidara corou. -Mas não vamos, não é? Hm. 

Provavelmente não. -Pain.

Ufa! -Deidara relaxou os ombros.

Só ouvir! -Pain. 

Quê? -Deidara.

 Agora, podem ir! As coordenadas, os nomes e todos os detalhes estão neste pergaminhos. -Pain entregou a Sasori.

Sasori se pôs a sair do esconderijo e Deidara o seguiu.