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História A vida é Difícil! - Inusitado


Escrita por: HQueenElla

Capítulo 20 - Inusitado


Fanfic / Fanfiction A vida é Difícil! - Inusitado

Complexo Hospitalar do Distrito de Naniwa – Tia Ella POV’S ON

O casal estava perplexo.

Mikan havia dormido em cima da maca depois de tanto chorar, a situação inteira não foi fácil. O médico sabia que dar notícias assim também era desagradável, era como dizer na cara dura que uma criança que mal descobriu sobre seus poderes, matou gente inocente sem saber o que estava acontecendo.

Deixava um gosto muito amargo na boca...

— Nós temos várias subcategorias dentro de uma categoria de cada individualidade. Usando de exemplo a própria Criação, ela é uma individualidade que te dá a capacidade de criar algo através do seu corpo. -explicava Higarashi- Momo-san consegue criar seres inanimados, a heroína Jokerbox consegue criar elementos da natureza, mas Mikan nasceu com uma resseção genética muito rara nesse tipo de poder.

— ...

— Ela cria moléculas de elementos químicos em geral, o que significa que ela pode criar qualquer coisa. Seja elemento da natureza, objeto, até um ser humano.

— O quê? -Momo ficara pálida de choque-

— E aí entra a parte mais perigosa. -Higashi suspiro- Este tipo de criação acaba potencializando as outras duas individualidades que ela também possui. Já que podendo criar moléculas, se Mikan estiver usando fogo ou gelo, ou até mesmo usando os dois simultaneamente, o poder da criação pode ser usado para gerar mais moléculas que compõem ambos os elementos. Através de sua sensibilidade, ela consegue “prever” o que pode acontecer futuramente apenas criando moléculas de forma acelerada dentro de seu próprio corpo, ajudando sua mente e seu tato a sincronizarem numa velocidade absurda, causando assim, uma providência via sensibilidade e intuição das partículas corporais.

— Deuses...

— Até sair o laudo das causas da explosão que gerou o incêndio no Hospital Imperial, sugiro que não digam nada para ninguém e menos ainda, pra ela. -olhou a pequena Yaoyorozu dormindo- Mas pelo que analisei de tudo o que ela me disse, Mikan sabia que um dos dutos de gás da cozinha do hospital, estava com vazamento e talvez, por instinto de querer ajudar, ela sem querer acabou ativando a individualidade da criação e potencializou o poder de fogo só por imaginar o acidente acontecendo.

— É muita informação... -os dois respiraram fundo, assim ficava difícil-

— Sei que é complicado absorverem tudo de cara, mas o melhor que posso fazer por essa criança agora, é um treinamento mental para aprender a manter o controle de tudo o que cria e imagina, caso contrário... Vocês terão um trabalho absurdo e surreal para lidar com esse superdote de poderes. Além do mais, o teste de QI da Mikan passou de 130.

— EH?!

— Com esse nível de inteligência, fica ainda mais perigoso não ter controle.

— ...


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*


Residencial Yaoyorozu I

Ringo estava observando a neta a dormir tranquilamente no quarto de Momo, sorriu amena e suspirou forte, deixando a porta encostada e olhando o genro bastante cansado pelo tanto de coisas já passadas num único dia.

— Como ela está? -a heroína o encarava preocupada, acompanhando o andar lento do mais novo.

— Com certeza, muito assustada. -Shouto suspirou- Três poderes de uma vez só e ainda por cima, um deles potencializa os outros dois...

— A Momo está bem?

— Ficou chocada, mas está tentando olhar pelo lado da Mikan.

— É difícil de engolir... -Ringo encarou o chão por um momento- Quero dizer, ela só têm seis anos e já corre o risco de ser acusada por homicídio. Isso é muito...

— Errado?... Tem razão.

. . .

Os dois bufaram cansados, foi por pedido do pediatra que trouxeram Mikan de volta para casa, ela ficaria bem menos estressada que no hospital. Shouto continha alguns hematomas no corpo devidos a queda quando desmaiou, porém, sua preocupação maior era a criança já adormecida no quarto.

Sentiu o celular vibrando no bolso e pegou com calma, ficando surpreso com a ligação. — Midoriya?!

— Todoroki-kun, você está bem?! Eu soube o que aconteceu no Hospital Imperial, a Yaoyorozu-san estava internada lá, não é?

— Sim, mas ela está bem, não aconteceu nada grave.

— Tem certeza? E os bebês?

— Estão bem, eles foram evacuados antes dos outros pacientes, então sequer correram risco de vida.

— Ah, que bom saber! -o suspiro aliviado do amigo o fez sorrir um pouco- E como estão as coisas? Eu imagino que a explosão tenha te deixado assustado, certo?

— Midoriya, você pode me encontrar agora?

— C-claro! Eu também preciso falar algo com você, Todoroki-kun!

— Então, em meia-hora, no parque da cidade.

— Certo!


*

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*


Parque Municipal de Osaka

Era nostálgico e agradável estar na companhia de Izuku, Shouto sempre podia contar com ele para tudo que lhe acontecesse e vice-versa.

— Você está bem, Todoroki-kun?

— Bom... eu não sei.

— O que houve lá?

— Eu descobri algo muito ruim sobre o incêndio no hospital, então, não sei como reagir direito.

— Foi um motivo tão sério assim?

— Midoriya... -ele respirou- Foi a minha filha que causou aquilo.

— ...

— ...

— Então... ela herdou sua individualidade do fogo?

— Não só ela, mas a do gelo e a da criação também.

— EH?!

— Diferente da Momo, a Mikan pode criar moléculas de elementos químicos e potencializar o poder do fogo ou do gelo de forma simultânea.

— ...

— Isso acontece quando sua sensibilidade está no ápice, ela simplesmente transborda suas emoções e a partir de uma pequena ideia, cria um aglomerado de partículas que compõem outros elementos, desse jeito, ela pode multiplicar o poder de fogo, de gelo, criar outros elementos naturais e não naturais. Pode até criar outros seres vivos.

— Mas... ela é...

— Uma criança... -bufou cansado- Isso não tem graça.

— Eu sinto muito, Todoroki-kun...

— Geralmente crianças nascem com poderes fáceis de lidar, mas...

— Nascer com uma Agaphe é muito complicado.

— Sim...

. . .

— Todoroki-kun...

— Sim?

— Não importa o que vier a partir de agora, mas sempre que a Mikan precisar, eu quero que lembre quem foi a pessoa que te ensinou a ser o herói que você é.

— ...

— Não somente o herói dos outros, mas o herói dela. O herói do qual ela se orgulha todos os dias, o maior exemplo de segurança e justiça...

— Midoriya... -os olhos discromáticos ficaram perplexos pelo sorriso determinado e cúmplice do amigo. Izuku bagunçara o cabelo bicolor dele e riu alto-

— All Might certamente diria isso para nós!

— ...

— Então não se preocupe, está tudo bem!

. . .

O sorriso doce e agradecido do Todoroki foi o mais bonito daquele fim de tarde, olhando o céu entre um fino laranja misturado a um azul marinho belíssimo e algumas estrelas despontando o início da noite, agora tinha certeza do que fazer.

— Tem razão...

— Ah, aliás, eu queria te perguntar uma coisa.

— O quê?

— Como é ser pai?

— Bom... -pensou- acho que você só vai saber quando tiver filhos.

— ...

— Espera aí...

— ...

— Midoriya...

— ...

— Não acredito... -a boca quase foi ao chão- Você vai ser pai?!

— Ahn, vou... -corou intensamente- Foi meio que sem querer.

— Não dá pra fazer um filho sem querer, Midoriya.

— EU JURO QUE FOI SEM QUERER! NÃO QUERIA SER PAI ATÉ CHEGAR NOS TRINTA ANOS!

— O que diabos você fez?

— Ahn... acho que eu esqueci de usar preservativo.

— ...

— ...

— Vai te catar, Midoriya. -uma resposta típica de Shouto. Pelo menos, parte dos problemas já não pesava tanto.


*

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Complexo Hospitalar do Distrito de Naniwa

Momo estava observando algumas flores que foram postas em seu quarto, os lírios eram bonitos e graciosos, sorriu docemente e ajeitou as costas nos travesseiros.

Viu a porta ser aberta e encontrara os olhos do marido, ficando ainda mais feliz por vê-lo ali. Sabe bem que Shouto está segurando todas as pontas de todas as coisas recentes desde seu parto, então é óbvio que não poderia ficar brava com ele caso o visse se irritar.

— Hey, Shouto, foi você que pediu para colocarem lírios no meu q- ela não pôde terminar de falar, teve que se ocupar em corresponder o beijo dele.

Havia gentileza, firmeza e sutileza no toque, ambas línguas não tinham pressa em deixarem de ter contato.

Momo não entendia mais nada, mas preferiu não entender, talvez, ele só estivesse precisando de um pouco de sua atenção...

E seria ótimo se Shouto pudesse ficar ao menos cinco minutos curtindo isso.

 

 

 

 



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