Cinza, concreto, fumaça, chaminés
Laranja, tijolos, sem reboco, casas sem rodapés
Quase não há cor
Quase não há vida
Marchamos junto com o progresso, respiramos ar puro de concreto
Fumaça, somos depósitos de dejetos
Cinza, cimento, eu aqui só lamento
Laranja, laranja, suco e suor
Quase não há cor
Quase não há vida
Há esperança? Talvez
Mas sem flor, sem beleza
Somente corpos vagos caminhando em direção ao seu destino automático
Sua morte.
Quase não há cor
Quem dirá que existe vida aqui?
Continue respirando, eles dizem
Mas como continuar a respirar,
Se é o próprio ar pesado que está a sufocar?
Quase não há cor
Quase não há vida
Mas ainda há esperança...
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