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História A Vila da Noite: Era Gastrea - As Crianças Amaldiçoadas: Passado


Escrita por: Shannaro_Kun

Notas do Autor


Olá!

Demorei praticamente 3 meses para postar o capítulo, o que eu realmente tento não fazer, mas ultimamente esta ficando meio difícil arranjar tempo para escrever a Fanfic, geralmente consigo escrever uma parte do capítulo por semana e tento ver se está tudo do jeito que eu quero e fazendo sentido para não deixar pontas soltas.

Por isso eu estou optando por desenvolver mais os conteúdos dos capítulos e demorar um pouco para postar, do que simplesmente dividir o capítulo em várias partes e enrolar no desenvolvimento da Fanfic.

Espero que gostem!

Capítulo 9 - As Crianças Amaldiçoadas: Passado


Antes: 

— Essa não... Será possível um ataque terrorista? - Pensou Jack tateando a maçaneta com força, abrindo finalmente a porta.

Agora: 

Do lado Oeste... 

Foi tudo muito rápido, duas senbons atravessaram os vidros da janela, acima da cabeça de Kai, o shinobi de Yorugakure arregalou os olhos ao escultar barulho de vidros quebrando e em seguida um grito curto e doloroso. 

Kai levantou a cabeça lentamente, seus olhos se voltaram diretamente para a janela quebrada, um fleche de sangue espirrou e lentamente caiu do céu, manchando a testa de Kai. 

Kai rapidamente saltou contra o parapeito da janela e chocou-se com a cena. Kuro Katashi estava caído no chão ao lado da cama, seus cabelos negros estavam espalhados e seus olhos estavam sem vida. 

Kai olhou para o corpo de Kuro incrédulo, indo até o mesmo com um Shunshin. Encostou os dedos indicador e médio no pescoço do mesmo, tentando achar sua pulsação, e constatando sua morte. 

Jack entrou no mesmo instante, arregalou os olhos. Jack aproximou­-se de ambos olhando para o corpo de Kuro um pouco perplexo, e depois encarou Kai com uma face nada boa. 

— C-como deixei isso aconte... cer...?! - Murmurou Kai olhando o corpo do homem caído. 

Jack ao menos teve tempo de pensar, ao notar o estado de seu subordinado, ele estava estático ao lado de Kuro, sua respiração estava acelerada, ele suava e tremia.  

— Não faça isso. Não se lamente. -  Pediu Jack calmamente. - Você deve saber, ao se lamentar, falharas na suas futuras decisões. Estas decisões poderá lhe tirar outros. - Acrescentou Jack olhando Kai que estava próximo do corpo de Kuro.  

Kai olhou seu sensei. 

— Tem razão... - Concordou Kai seriamente. - Eu sou um shinobi... e eu ainda tenho uma missão para cumprir! - Admitiu Kai levantando lentamente.  

Ao mesmo tempo em que Kai levantava, uma senbon voou em direção a eles.  

Ela veio de fora da janela quebrada. 

— Cuidado, Kai!!! - Gritou Jack exasperado. 

Jack em um movimento rápido se jogou em cima de Kai, os dois caíram no chão. Kai arregalou os olhos surpreso ao ver a senbon cravando na parede a sua frente.  

— É… um ato de terrorismo? - Perguntou Kai. 

— Provavelmente. - Respondeu Jack. 

Jack ajudou Kai a levantar.  

Os dois rapidamente direcionaram suas atenções para fora da janela. Jack fechou os olhos e puxou duas kunai lançando-as para fora. Houve um grito curto, e em seguida, um jato de sangue. 

Ao mesmo tempo, as duas sombras do lado de fora da janela caíram. 

Exatamente como Jack esperava. Era um Jutsu de titereiro (manipulador de marionetes). Usaram as cordas de chakra para controlar os bonecos que eram as sombras do lado de fora da janela e tinham planejado atacar Kai por trás quando virou-se para enfrentá-los. Era realmente um truque previsível. 

Kai ao menos esperou e saltou pela janela analisando o local enquanto criava um arco e flecha de chakra.  

Haviam dois shinobi camuflados à espreita no andaime de aço de uma construção em andamento. Eles eram provavelmente observadores, shinobi que eram guardas para o franco-atirador e que também deveriam manter um olho nos arredores. Kai os viu voar em pânico quando notaram sua abordagem. 

Kai girou seu corpo e atirou duas flechas. 

Se livrar dos observadores antes de atingir o atirador era a prática usual, a fim de se livrar dos protetores do atirador. 

As flechas os acertaram em cheio e os dois corpos caíram.  

Kai ao menos pisou no chão e já havia localizado o atirador. Mas, era exatamente por isso que o atirador entrou em ação apenas um segundo tarde demais. 

Bem diante de seus olhos, uma kunai estava correndo em direção a ele com velocidade supersônica. E a velocidade era praticamente igual ao de uma liberação de Futon ou Raiton. 

— Tsc... Raiton: Shikoku!!! - Kai murmurou disparando sua flecha de Raiton.  

O raio foi disparado para cima, ele dividiu-se em quatro setas, que logo foram com tudo contra o atirador que estava no céu sorrindo diante de seu ataque ''certeiro''.  

Jack que olhava a cena pelo quarto, viu quatro flashes acertarem o atirador que caiu com tudo no chão.  

[...] 

Do lado Sul... 

Nonõ estava do lado de fora do quarto de Aino quando de repente escultou barulho de algo caindo no chão. Entrou no quarto apressadamente e se deparou com Aino com as mãos nos olhos apoiada na comoda de seu quarto, enquanto um retrato de seu pai e seu irmão estavam caídos no chão. 

— Aaarrggg! Meus olhos! - Grunhiu Aino ofegante. 

— Aino! - Exclamou Nonõ se aproximando da jovem. - Você está bem, Aino-chan? - Perguntou Nonõ preocupada. 

— Nonõ!? O que faz aqui? - Exclamou Aino virando o rosto. Ugh... Aaahhh...  Awww!!! - Grunhiu Aino quase caindo, mas Nonõ lhe segura olhando a face de Aino que estava um pouco suada, mas o que lhe assustou foram os olhos vermelhos. 

— Seus olhos estão vermelhos...?! - Murmurou Nonõ surpresa. - Será possível um... Sharingan? Não, não o Sharingan é um Doujutsu exclusivo do clã Uchiha de Konoha e possuem três tomoe... No caso dela só esta na cor avermelhada. - Nonõ analisou a situação. 

— Sim, é uma aberração... - Aino comentou. 

— Não pelo c-contrário....!? - Nonõ iria rebater, mas o grito de dor de Aino a calou. 

De repente o a porta do quarto abriu e o jovem Ano entrou no quarto. O olhar dele passou sobre Nonõ e depois parou nos olhos de sua irmã. 

— N-nonõ.... Aino. - Ano diz surpreso ao encontrar Nonõ. 

Nonõ o olhou um pouco confusa.  Aino arregalou os olhos, mas logo endureceu sua expressão se tornando fria. 

O olhar de sua irmã era sério, ele apenas abaixou a cabeça e mordeu o lábio inferior. 

— Voltou a doer, não é mesmo, Aino? - Murmurou Ano.  

Aino grunhiu de dor. 

— C-claro que n-não... por que? Por que está dizendo isso? - Aino forçou um sorriso. 

Nonõ a olhou e abaixou o olhar, era claro o conflito entre os irmãos.  

— Eu sei que está sofrendo.... eu posso ver... Não tente esconder de mim! - Esbravejou Ano irritado, socando a parede. 

Aino o encarou seriamente. 

— Não se intrometa! Isso não é assunto seu!!! - Esbravejou Aino forçando as vistas. - Ugh! - Grunhiu Aino dando um passo para trás.  

Nonõ encarou os dois. 

— PAREM JÁ COM ISSO!!! - Nonõ gritou séria, assustando os dois irmãos que se calaram.   

Os dois se olharam por um momento. 

— Aino, esses olhos... Eu posso dar um jeito nisso! - Disse Nonõ sorrindo. 

Nonõ apenas recebeu um olhar negativo de Aino. 

— Sou médica. - Argumentou Nonõ, Aino urrou de dor. 

Aino abaixou a cabeça. 

— O que é? Vai falar que eu sou uma aberração também? - Esbravejou Aino irritada. 

Nonõ deitou Aino na cama. 

— Não pelo contrário... Eu quero te ajudar! - Nonõ informou Aino, depositando a palma de sua mão direita sobre os olhos de Aino, o chakra esverdeado se fez presente. 

Ano arregalou os olhos surpreso. 

— Esses olhos vermelhos... Alguém da sua família já tinha?  - Perguntou Nonõ enquanto tentava ter algumas informações. 

Aino pareceu ficar tensa com aquela pergunta. 

— .... Eu... eu não sei tá legal!!! - Esbravejou Aino. 

— Tem alguma lembrança do seu passado? - Perguntou Nonõ tentando mudar um pouco o rumo da conversa. 

Aino relaxou um pouco. 

— Minha mãe... eu não lembro muito dela... Apenas a voz... - Respondeu Aino suspirando pesadamente. 

Nonõ olhou a face de Aino, demonstrava tentar se lembrar de alguma coisa que remetesse a sua mãe, mas Nonõ notou a dificuldade.   

— Sua mãe... O que aconteceu com ela? - Perguntou Nonõ seriamente. 

Aino mordeu o lábio inferior. 

— Minha mãe.... - Murmurou Aino engasgando com a própria saliva. 

Ano deu um passo para frente e fechou os olhos....  

Flash Back On: 

Um Gastrea Cão saltou a trás deles causando uma tremenda onda de choque, sua pelagem era de uma tonalidade marrom. Ele também tinha uma coloração preta ao redor de sua boca junto com dentes e garras de navalha, seu olhar era de quem estava preparado para matar, um poderoso instinto animal... agressivo.  

O jovem herdeiro da pequena cidade que estava um caos arregalou os olhos, surpreso e horrorizado, enquanto via sua mãe ser levantada pela boca do enorme Gastrea com brutalidade.  

— Pare! A minha mãe ainda...?! - Gritou o jovem se debatendo, enquanto via o Gastrea quebrar os ossos de sua mãe com a enorme boca.  

O corpo de sua mãe ficou mole...  

A única cena que ele se recordava, era de sua mãe sendo comida brutalmente pela enorme boca do Gastrea, enquanto o sangue fora espirrado pelos ares e manchado o chão.  

Flash Back Of: 

— .... Morreu ao descobrir que eu tinha o Vírus Gastrea. - Completou Aino segurando o choro. 

Nonõ se surpreendeu. 

— Ela já nasceu com o vírus...?! - Pensou Nonõ surpresa. - M-me desculpe... eu não sabia que era um assunto... tão delicado.... - Murmurou Nonõ se desculpando. 

Aino enxugou as lágrimas que desciam de seus olhos fazendo um pequeno percurso por suas bochechas.  

— Deve estar se perguntando.... Por que eu não me transformei em um Gastrea? - Aino disse, prendendo a atenção de Nonõ. -  Bom, o que o papai diz, é porque eu tomei muitos remédios na minha infância e devido a minha força de vontade. - Respondeu Aino em um tom debochado. 

Nonõ constatou ali que Aino realmente sabia que seu pai estava mentindo, mas não queria confronta-lo. 

— Terminei... - Comentou Nonõ retirando a palma de sua mão dos olhos de Aino. 

— Ei, Aino... você tá bem? - Perguntou Ano se aproximando. 

Aino abriu os olhos lentamente e eles tinham voltado a cor normal. 

Ano abraçou a irmã. 

Nonõ sorriu. 

[...] 

Lado Norte... Área Externa...  

A visão de Saiyuki estava focada no local, conhecido como a ''Área Externa'' ou muitas vezes chamado de ''Território Amaldiçoado''', o local estava em uma condição defeituosa, com estruturas de demolição e pavimento rachados proeminente em vários locais.  

A escombros de edifícios demolidos acumula-se em cima de casas e edifícios. A área em si contém energia eléctrica zero, postes de luz desequilibradas e cercas instáveis.  

O céu como sempre estava escuro e sem nenhuma estrela. 

— Bom, aqui é minha ''casa''. - Disse Tsuki sorrindo. 

Saiyuki olhava tudo ao redor... Um pouco surpresa... 

— Você outra hora perguntou: Por que é assim? - Comentou Tsuki se lembrando do sorriso melancólico de Saiyuki ao perguntar aquilo. - Por onde devo começar? - Resmungou Tsuki batendo o pé. 

Uma jovem de longos cabelos azuis-claro que se separaram em seus ombros, olhos verdes e pele pálida. Usando uma capa preta e por debaixo da capa uma regata branca, junto com uma calça marrom esfarrapada e um chinelo de madeira desgastado, a jovem saiu em meio ao prédio destruído. 

— Trazendo visitas, Tsuki? - Indagou a jovem seriamente.  

Tsuki e Saiyuki olharam para trás surpresa. 

— K-kisara-senpai!? - Exclamou Tsuki surpresa.  

Saiyuki notou o olhar de Kisara sob seu corpo. 

— Ela é uma garota da cidade... O que faz aqui, veio nos matar e livrar a humanidade? - Indagou Kisara ativando seus olhos vermelhos, Saiyuki deu um passo para trás e puxou sua katana. 

— Se vier pra cima de mim, com toda certeza não excitarei. - Afirmou Saiyuki seriamente. 

De repente mais quatro garotas apareceram ao redor de Saiyuki. 

— MALDITA! Como ousa apontar sua espada para Kisara-sama?! - Gritou a jovem de pele clara, estatura média e corpo esbelto, olhos violetas e cabelo preto. Seu cabelo era reto e se estendia até os ombros, com franjas que cobrem suas orelhas e emolduram seu rosto. Usa um quimono todo preto com uma cinta em volta da cintura. O lado direito de seu quimono é parcialmente rasgado.  

— PARE COM ISSO, MIDORI! - Gritou Asaka seriamente. 

— U-uma garota.... da cidade? - Murmurou uma garota  de cabelo loiro surpresa. - Será que ela morde? - Perguntou a jovem empolgada. 

A jovem se aproximou, ela aparentava ter em torno de 14 anos, pele clara de estatura média, com olhos castanhos, cabelo liso, loiro. Seu cabelo desce até a cintura, além de possuir uma franja que desce até os ombros emoldurando os dois lados de seu rosto. Ela usa apenas um vestido verde esfarrapado. 

— Afaste-se dela Yuzu-chan, é perigosa assim como os outros. - Avisou uma jovem menina, aparenta ter 13 anos, possui um fino, mas feminino rosto, pele clara, olhos azuis, cabelo vermelho sem cor e longo, usa um poncho marrom esfarrapado.  

— Poxa Uka-chan! Eu apenas quero brincar um pouco com a visitante! - Insistiu Yuzu juntando as duas mãos com uma carinha de pidona.  

— Guarde isso para depois. - Disse uma jovem de longos cabelos pretos seriamente. 

Ela aparentava ter uns 16 anos, possui pele morena, estatura média e corpo esbelto. Seu cabelo é longo preto, assim como seus olhos. Usa uma roupa marrom claro rasgada, composta por uma saia e um top, conectado com uma única tira através de seu abdômen.  

— Eu... eu estou com fome... Asaka-chan. - Informou Yuzu babando.  

Yuzu colocou as mãos no chão, olhava Saiyuki como se ela fosse um pedaço de carne. Saiyuki manteve o olhar sério, enquanto o direcionava para Yuzu. 

Asaka deu dois passos para frente, ficando ao lado de Yuzu.  

Uka fechou os olhos com medo. 

— Essa não... - Murmurou Uka com medo.  

Asaka estava com a mão na cintura, estufou os seios fartos e fechou os olhos. Aquilo era um sinal de sua irritação.    

Ela abriu os olhos. 

— PARE DE PALHAÇADA, YUZU! - Gritou Asaka desferindo um poderoso soco no rosto de Yuzu. 

Yuzu ao menos teve tempo de reação, o punho de Asaka foi contra o seu rosto criando uma pequena, mas poderosa onda de choque, fazendo o corpo de Yuzu ser lançado em direção a um prédio que estava a 2 metros de distancia.    

Saiyuki arregalou os olhos surpresa ao ver o prédio rachar em vários pedacinhos.  

Em meio aquela cortina de fumaça uma silhueta de criança parecia caminhar na direção das jovens meninas. Ela mexia o pescoço e o braço o barulho de ossos voltando ao lugar era tudo que Saiyuk ouvia, um pouco surpresa. 

— C-com um simples soco... E-ela conseguiu quebrar os dois braço, quatro costelas e romper vários órgãos internos?! - Pensou Saiyuki olhando Yuzu caminhar tranquilamente. - E o pior... a garota ainda está viva?! - Pensou Saiyuki surpresa. 

Yuzu caminhava lentamente com um sorriso no rosto. 

— Essa doeu Asaka-chan! - Comentou Yuzu com a mão na nuca. - Eu apenas queria brincar com a amiga da Tsuki-san. - Disse a menina sorrindo. 

Asaka cruzou os braços e virou a cara emburrada.  

— Ela apenas é mais uma que esta vindo aqui querendo nos matar, ou se esqueceram dos outros que vieram? - Esbravejou Asaka seriamente.

Tsuki ficou pensativa... 

Flash Back On:

— Tori-kun estou com fome!!! - Exclamou a menina.  

Saiyuki arregalou os olhos surpresa.  

— O q-que?! É apenas uma c-criança...?! - Murmurou Saiyuki surpresa.  

Tori olhou Saiyuki e depois olhos a jovem menina.  

— Tsuki-chan devolva o bolinho da minha cliente, por favor! - Ordenou Tori seriamente.  

Os cidadãos que estavam ali presentes direcionaram olhares de desprezo para Tsuki que abaixou a cabeça. Saiyuki não se intimidou e puxou de seu bolso um saquinho de balas.  

— Não se preocupe Tori, eu pago pra ela! - Disse Saiyuki sorrindo, Tsuki arregalou os olhos surpresa e envergonhada. - E aproveita e toma essas balas. - Disse Saiyuki oferecendo suas balas para a jovem.  

Tsuki fez menção de pegar as balas quando sentiu um forte aperto em seus cabelos.  

— TE DAREMOS UMA LIÇÃO, PARA NUNCA MAIS ROUBAR AS PESSOAS! MENINA DEMÔNIO!!! - Gritou um policial jogando Tsuki no chão. 

Saiyuki e Tori arregalaram os olhos surpresos ao verem Tsuki cair de cara no chão.  

— AAIIII!!! - Gritou Tsuki ao sentir o extremo impacto.  

Tsuki tentou levantar com extrema dificuldade, seus olhos estavam com lágrimas...  

— VAI APRENDER QUE NÃO SE DEVE MEXER COM HUMANOS! - Gritou o policial prestes a acertar um soco em Tsuki.  

Saiyuki rangeu os dentes e levantou exasperada.  

— Não acha que está pegando muito pesado, quero dizer ela é apenas uma criança... - Murmurou Saiyuki sorrindo de canto. 

O policial virou encarando Saiyuki.  

— Você é amiga dela? - Debochou o policial.  

Em questão de segundos Saiyuki desfere um forte soco no rosto do policial, lançando-o longe.  

O corpo do policial sai voando.  

Flash Back Of: 

''Você é amiga dela?'' 

— A Saiyuki é diferente.... Ela me salvou do oficial que queria me bater e me deu comida. - Tsuki levantou a cabeça encarando Asaka nos olhos. 

— V-você salvou a Tsuki de se meter em confusão?! - Perguntou Midori surpresa, Saiyuki apenas assentiu com a cabeça.  

— Talvez você seja um pouco diferente dos outros... - Murmurou Asaka encarando Saiyuki. 

— O q-que quer com a gente? - Perguntou Yuzu dando um passo para trás incerta.  

Saiyuki olhou para cima, a lua pareceu brilhar.... Ela viu a imagem de sua mãe sorrindo. 

“Eu quero fazer uma aldeia onde todas as crianças estejam rindo despreocupadamente. Embora eu saiba que não será fácil” 

— O Mundo Shinobi entrará em crise, uma nova ameaça está acontecendo ''A Ameaça Gastrea''. Yorugakure não sabe exatamente quando ele começou a se manifestar, mas faz praticamente um ano e dois meses que pessoas estão sendo infectadas por um vírus que chamamos de ''Vírus Gastrea'' ainda não temos a cura. Preciso apenas de informações sobre vocês... - Disse Saiyuki seriamente.  

— Cura? Você disse cura? - Perguntou Kisara dando um passo para frente. 

— Certas pessoas quando são infectadas por esse vírus, começam se transformam graças a velocidade de erosão do vírus Gastrea, vocês conseguem manter a taxa de erosão menos de cinquenta por cento e por isso conseguem manter a forma humana. - Explicou Saiyuki se lembrando das informações que sua mãe lhe passara. 

Flash Back On: 

Seu corpo estava ensanguentado e ferido.  

— M-me ajude... Eu preciso.. ver.. a minha... filha na escola... - Murmurou o homem se aproximando de Sayuki que deu um passo para trás surpresa.  

— O senhor sabe o que aconteceu com você? E com essa vila? - Perguntou Saiyuki olhando o homem.  

As perguntas levaram-o a refletir sobre suas palavras, posteriormente, olhando para o seu próprio corpo e perceber o que está acontecendo.  

— Por favor... diga a minha filha que eu a amo... - Pediu o homem com as mãos na cabeça atordoado. - Eu... eu... SOCORROOOOOOO!!! - Gritou o homem caindo no chão.  

Saiyuki estava com lágrimas nos olhos ao ver a foto da filha do homem cair de seu bolso.  

— S-sim... senhor... - Sussurrou Saiyuki deixando uma lágrimas escorrer de seus olhos.  

Flash Back Of: 

— Vocês são basicamente a salvação do Mundo Shinobi Atual. - Saiyuki disse seriamente. 

Asaka, Midori e Yuzu riram alto. 

— A brincadeira já acabou, não é mesmo gracinha? - Asaka avançou pegando Saiyuki pelo pescoço. - Nós somos a salvação da humanidade? Pare de caçoar da gente!!!!! - Esbravejou Asaka apertando o pescoço de Saiyuki. 

— Largue ela, ASAKA-CHAN!!! - Gritou Tsuki ativando seus olhos vermelhos. 

As duas se encararam.  

O clima de repente ficou pesado, com apenas a pressão do chakra de uma pessoa ali as duas garotas ficaram quietas. Kisara direcionou seu olhar para Asaka que tremeu soltando Saiyuki que caiu de bunda no chão, ofegante. 

— Gaahhh!!! - Tossiu Saiyuki com as duas mãos no chão e a cabeça abaixada. 

— A Humanidade nos odeia! E isso tudo é culpa daquele homem... - Murmurou Kisara, olhando o mar a sua frente. -  Kuro Katashi! - Kisara disse com total desdem.  

Saiyuki arregalou os olhos no mesmo instante. 

Flash Back On: 

Kuro o olhou seriamente.  

— Como vocês já devem saber a criminalidade aumentou bastante de uns tempo pra cá... Graças aqueles demônios de olhos vermelhos. - Disse Sr Kuro irritado. - Estão acabando com a minha cidade, roubando os moradores e ainda por cima elas vão roubar minha fortuna. - Revelou Sr Kuro olhando o talismã dourado em seu pescoço.  

Nonõ ergueu a sobrancelha.  

— Elas? - Perguntou Nonõ na dúvida.  

— Sim, são jovens meninas que furtam as pessoas da minha vila. Como eu disse são demônios que vão nos matar!!! - Exclamou Kuro exasperado.  

Saiyuki riu debochadamente.  

Todos a olharam surpresos por tamanha ousadia.  

— São meninas? O senhor todo poderoso esta deixando meninas confusas acabarem com a paz dos moradores! Pra mim já deu, eu vou embora!!! - Esbravejou Saiyuki levantando e caminhando até a enorme porta que dava lugar a saída.  

Flash Back Of: 

Saiyuki arregalou os olhos ao se lembrar daquilo. 

— O que ele... O que ele fez?! - Perguntou Saiyuki confusa.  

— Aquele homem é um ordinário!!! Há um ano e seis meses atrás, após um grande ataque na cidade feito pelos Gastreas no qual ele nomeou como ''Conspiração Amaldiçoada'', foi ''comprovado'' que nós tivemos envolvimento com o incidente da morte de sua mulher e de milhares de pessoas.... Após a ''Conspiração Amaldiçoada'' ele criou uma ''Lei'' cuja a proposta era a retirada de todas as crianças amaldiçoadas da cidade. - Contou Kisara fechando os olhos. 

Flash Back On: 

O local era a praça da cidade reservada para discursos, a noite estava bela, as luzes iluminavam o pequeno palco onde um homem estava prestes a fazer o seu discurso, este homem era Kuro. 

Eram tantas pessoas reunidas na praça em frente ao castelo, homens e mulheres, meninos e meninas, as pessoas de todas as idades e classes estavam todas reunidas em uma grande, confusa multidão, esperando seu líder começar a falar. 

Todos eles usavam as mesmas entusiasmadas expressões febris em seus rostos, por mais que tivessem passado por um período de luto, seus olhos ainda brilhavam ferozmente com devoção. Suas vozes misturadas, murmurando em louvor e exaltação, enquanto esperavam. 

Quem via a bela lua ali presente nem imaginava que há alguns semanas atrás ela estava avermelhada.  

Kuro usava um longo casaco preto similar ao design que os Iluminados usavam, mas o seu estava coberto de incontáveis enfeites coloridos, bem como grandes fivelas de prata. E ainda por cima, as mangas eram bordadas com cobras prata correndo pelo seu antebraço. 

Lentamente, o homem levantou o braço direito no ar. Instantaneamente, todos os aplausos selvagens se calaram. Kuro fechou os olhos, como se ele se sentisse satisfeito com esta reação, um pequeno sorriso na sua boca. Ele respirou profundamente, em seguida, abriu os olhos e começou a falar. 

— Primeiro de tudo, eu gostaria de expressar os meus agradecimentos a todos vocês que se reuniram aqui. - Sua voz era profunda e pesada, calmante de se ouvir. - Passamos por coisas ruins esse tempo. o meu dever é proteger a nossa cidade de todo o mau que se aproxima... Eu falhei com vocês ao deixar o mau se instalar em nossa cidade. - Kuro disse calmamente.  

Todo mundo estava ouvindo em silêncio absoluto. Conforme as palavras do homem pararam, uma estranha atmosfera peneirava no silêncio da multidão, como se cada centímetro da praça estivesse sob controle do homem. 

— Com o ataque dos Gastreas, eu recebi um chamado de Deus, com esse chamado eu e o Conselho da Cidade decidimos criar uma lei, a lei cujo as crianças dos olhos vermelhos nos protegeram de qualquer mau do exterior. Eu aprovo aqui a Lei dos Anjos de Olhos Vermelhos! - Kuro exclamou e todos os cidadãos gritaram seu nome em aprovação.   

Kuro levantou a mão direita, e a multidão aquietou novamente. 

— Todos que tiverem um anjo de olhos vermelhos levem-nos no centro de treinamento! Eu cuidarei deles como se fossem meus filhos e eles cuidaram da nossa proteção pelo lado de fora!!! - A voz do homem era penetrante e exalava uma confiança absurda. 

A jovem Kisara olhava a sua mãe e seu pai sorrirem.  

— Papai, mamãe... Como assim ''cuidaram da nossa proteção pelo lado de fora''? - Perguntou Kisara confusa. 

— Você terá a honra de trabalhar e morar junto com o Kuro-sama! - Seu pai disse empolgado.  

— Querido, isso é realmente uma boa ideia... Er... Quero dizer, ela é apenas uma criança. - Afirmou sua mãe indecisa. 

— Nossa filha está sendo chamada, esta é a vontade de Deus, ele irá guiar a nossa filha... O Kuro-sama cuidará dela e ela poderá nos visitar uma vez por mês, essa é uma oportunidade incrível, não é mesmo filhota?!!! - Seu pai disse empolgado. 

A menina olhou sua mãe que não estava convencida e depois direcionou seu olhar para seu pai.  

— .... S-sim.... papai.... - Concordou Kisara abaixando a cabeça. 

Flash Back Of: 

— Depois disso eu fui para o tal ''centro de treinamento'' e lá eles nos trataram como lixo.... - Murmurou Kisara seriamente. 

As meninas abaixaram a cabeça... Cada uma tinha a sua recordação. 

Flash Back On: 

Corpos, corpos, corpos. Era uma montanha de corpos, tanto quanto os olhos podiam ver. E não havia nada como uma expressão de calma/tranquilidade, todos ainda eram corpos, expressões preenchidas com dor. 

As meninas estavam suxas, suadas, com fome e esgotadas. Tinham uma bola de ferro presa em uma das pernas e mesmo assim continuavam em pé naquela sala escura. 

Algumas estavam caídas no chão quase morrendo. Outras já não viam a luz brilhar.  

De repente o homem apareceu na arquibancada, ele olhou ao redor notando as crianças caídas. Um homem de jaleco e uma mulher também de jaleco estavam ao seu lado. 

— No começo estávamos com mais de 500 crianças, sendo otimista sobreviveram aos treinamentos no máximo 50 crianças. - Disse a mulher seriamente. 

— O aconselhável a se fazer é jogar todas estas crianças em algum lugar e acalmar a população. - Disse o homem seriamente. 

Kuro deu um passo para frente e olhou ao redor mais uma vez, e com um simples e tenebroso sorriso disse: 

— As coloque em uma área isolada da cidade e digam para o povo que elas são mensageira enviada por Deus para purificar o mundo. - O homem disse indo embora. 

O silencio prevaleceu... 

Corpos... 

Sangrando... 

Corpos.... 

Sem vida.... 

Crianças.... 

Perdidas... 

Crianças sem vida.... 

A jovem Kisara arregalou os olhos, esta era a realidade, depois de tantas batalhas naquele local e de quase perder a sua própria vida, ela percebeu o quanto a humanidade era terrível e desprezível com elas...  

Pobres crianças Amaldiçoadas. 

— Eu... eu ainda... irei mata-lo... - Murmurou Kisara caindo com tudo no chão. 

Seus olhos se fecharam aos poucos e ela então finalmente viu a luz em meio aquela escuridão. 

Flash Back Of: 

— .... Tivemos que lutar entre si... Muitas morreram no teste, as que sobreviveram foram jogadas para morrer aqui e foi ali que eu percebi o quanto aquele homem era desprezível... Eu jurei mata-lo. - Disse Kisara abrindo os olhos. 

As meninas levantaram a cabeça.  

Saiyuki apoiou as duas mãos no chão.  

Seu olhar era firme. 

Um misto de raiva e pena tomou conta de seu corpo. 

—  .... Vocês... Como vocês podem proteger eles...?! - Perguntou Saiyuki fechando o punho direito. 

Midori desviou o olhar de Saiyuki para o rio que fazia a divisória entre a cidade e o território das Meninas Amaldiçoadas.   

— Nós nascemos lá... mesmo as pessoas nos odiando... Nós não queremos que tudo de lá seja destruído. - Declarou Midori suavemente. 

A determinação tomou conta do olhar das meninas.  

Saiyuki sentiu as lágrimas virem pelos cantos de suas ônix, fechou os olhos com força...   

Flash Back On: 

Os cidadãos que estavam ali presentes direcionaram olhares de desprezo para Tsuki que abaixou a cabeça. Saiyuki não se intimidou e puxou de seu bolso um saquinho de balas.  

— Não se preocupe Tori, eu pago pra ela! - Disse Saiyuki sorrindo, Tsuki arregalou os olhos surpresa e envergonhada. - E aproveita e toma essas balas. - Disse Saiyuki oferecendo suas balas para a jovem.  

Tsuki fez menção de pegar as balas quando sentiu um forte aperto em seus cabelos.  

— TE DAREMOS UMA LIÇÃO, PARA NUNCA MAIS ROUBAR AS PESSOAS! MENINA DEMÔNIO!!! - Gritou um policial jogando Tsuki no chão.  

Saiyuki e Tori arregalaram os olhos surpresos ao verem Tsuki cair de cara no chão.  

— AAIIII!!! - Gritou Tsuki ao sentir o extremo impacto.  

Tsuki tentou levantar com extrema dificuldade, seus olhos estavam com lágrimas...  

— VAI APRENDER QUE NÃO SE DEVE MEXER COM HUMANOS! - Gritou o policial prestes a acertar um soco em Tsuki. 

... 

— Ele não se machucou? - Perguntou Saiyuki olhando o pequeno bebê nos braços da mãe.  

A mulher de cabelos enrolados e loiros na altura das costas sorriu e suspirou aliviada.  

— Não... - Respondeu a jovem mãe. - Meu nome é Nii Chika e esse aqui é Chikako o meu querido filho. - Chika se apresentou as duas jovens.  

Tsuki sorriu, deu um passo para frente e esticou a mão direita na direção da criança que parecia querer dormir.  

— P-por favor não se aproxime... - Pediu Chika olhando Tsuki, seu olhar transbordava medo. - E-eu sou agradecida por você ter me salvado do monstro, mas não toque no meu filho, ele não pode se tornar um demônio. - Pediu Chika encarando Tsuki com desprezo.  

Tsuki apenas abaixou sua mão...  

... 

— Urushi... - Murmurou Saiyuki o olhando timidamente. 

— Haruno Yuki. - Disse Urushi encarando Saiyuki que e em um surto, por ele ter dito seu nome se afastou e acabou batendo a cabeça na mesa. 

— Aaaiii! - Gritou Saiyuki devido a dor, Urushi tentou vir ajudar. 

— Saiyuki você está bem? - Perguntou Urushi preocupado, mas Saiyuki quando viu que ele estava vindo pra ver se ele havia a machucado, teve outro surto e se jogou pra trás em afastamento e acabou caindo sentada no chão. 

A turma olhou a cena e começou a rir da cara de Saiyuki, menos Urushi, Yurui, Nonõ e Inoue que estavam preocupados com o estado da menina. 

— A NERD ÓRFÃO DE CABELO DE ALGODÃO DOCE CAIU DE BUNDA NO CHÃO HA HA HA HA!!! - Algumas pessoas começaram a rir do comentário do menino e sussurraram a mesma coisa. 

Saiyuki abaixou a cabeça e sentiu as lágrimas começaram a descer de suas ônix. Antes mesmo que o sensei se aproxima-se Saiyuki levantou e começou a correr para saída da sala.  

— YUKI-SAMA!!! - Gritou o sensei vendo Saiyuki atravessar as portas da sala. 

A cada passo rápido que Saiyuki dava era uma lágrima, não via para onde ia, apenas queria ir embora ver sua mãe. A verdade era dolorosa, todos não gostavam dela, por não ter pai e ser a ''protegida'' dos professores por ser filha da Yondaime Yorukage.  

Saiyuki estava quase na saída, quando tropeçou nós próprios pés e caiu. 

— Aaaiii! - Grunhiu Saiyuki assim que tropeçou e caiu de cara no chão. 

— Yuki-chan, meu Deus, você está bem? - Perguntou Urushi se aproximando de Saiyuki, e a ajudou a levantar.  

Saiyuki estava corada, as lágrimas a atrapalhavam um pouco.  

— SHANNARO! - Gritou Saiyuki deixando as lágrimas caírem, assim que sentiu o toque de Urushi em seu braço direito. - Uru-uru... shi... - Saiyuki não conseguia nem pronunciar seu nome devido ao choro. 

— Yuki, você não se machucou? - Perguntou Urushi com um semblante preocupado. 

Ele estava realmente preocupado com ela? Poucas pessoas se preocupavam com ela...  

— Na-­não, e-­eu... bem, hã, es-estou, be-­bem. Eu... eu preciso... ir... embora... - Disse Saiyuki tentando ir embora, mas Urushi a segura pelo braço com firmeza. 

— Você não vai! Eu briguei com todos aqueles idiotas que riram de você, o sensei está preocupado e a sua amiga também! Eu não posso deixar você ir! - Disse Urushi a olhando, mas Saiyuki estava virada. 

Saiyuki tremeu e virou encarando Urushi.  

— QUAL É O SEU PROBLEMA? EU NÃO PEDI PRA ME DEFENDER! POR QUÊ? POR QUÊ FEZ ISSO?? - Gritou Saiyuki irritada pela atitude do garoto.  

Urushi a olhou com firmeza.  

— Porquê você foi a primeira pessoa a falar comigo! - Respondeu Urushi seriamente.  

Saiyuki arregalou os olhos. 

Flash Back Of: 

— Por mais difícil que seja, eu irei parar este ciclo de ódio, isso é uma promessa, Shannaro!! - Declarou Saiyuki levantando, seu tom de voz era sério.  

— Como irá fazer isso? - Perguntou Kisara. 

Saiyuki abriu os olhos, olhando a água que refletia a lua.   

— Não me subestime! Eu nunca volto atrás na minha palavra. Este é o meu jeito ninja!! - Exclamou Saiyuki fechando o punho com um sorriso determinado. 

De repente as duas garotas escultaram um barulho baixo, olharam para o lado e entenderam.  

— Vocês.... me fizeram.... D-droga!!! - Tsuki segurou as lágrimas.  

Uma onda bateu nas estruturas do Território Amaldiçoado, fazendo a água cair sobre as garotas ali presentes.   

Uma estrela pareceu brilhar no céu, indicando que um laço avia se formado. 

[...] 

Ano e Aino arregalaram os olhos. 

— Hã? Do que você está falando? - Murmurou Ano confuso. 

— ... Seu pai foi... Assassinado.... - Jack falou abaixando o olhar. 

A notícia contada por Jack havia os pegado de surpresa. 

Nonõ e Inoue estavam lado a lado, Kai estava de cabeça abaixada, Jack mantinha um olhar tranquilo, mesmo com aquele clima tenso. Hiroíto estava com a mão direita apoiada no trono de cabeça abaixada. Soi chorava de cabeça abaixada. 

Aino deixou uma lágrima cair. 

— Vocês... Vocês prometeram proteger a nossa família!!! Prometeram que nada iria acontecer com a gente!!! - Esbravejou Aino encarando os shinobis de Yorugakure. - E... e agora o MEU PAI... O MEU PAI ESTÁ... ESTÁ... MORTO!!!! - Gritou Aino caindo de joelhos no chão.

Kai fechou os olhos com força. 

Flash Back On: 

— É uma missão de Escolta e Investigação Rank B é alguém importante.  

— Importante, é sério? - Perguntou Nonõ olhando sua shisou.  

— Claro, pode se tornar uma missão Rank A caso encontrarem dificuldade.  

— Pode nos dar detalhes, Yondaime-sama? - Pediu Jack olhando a Yorugake.  

— A missão de vocês é irem até a nossa cidade vizinha em Yuki no Kuni, vocês terem de fazer a escolta da Família Kuro. - Sakura completou cruzando os braços abaixo do queixo.  

— Me desculpe mais eu ainda não entendi essa história muito bem... - Murmurou Inoue pensativa.  

— Família Kuro? - Perguntou Nonõ curiosa.  

— É uma família que tem alto poder financeiro em nossa cidade. Pelo o que sei, eles tem uma forte ligação com o Senhor Feudal do nosso pais. - Disse Sakura seriamente.  

— São apenas bandidos? - Perguntou Inoue.  

— Segundo as informações, eles os chamam de ''Demônios'' dos olhos vermelhos... Isso pode ter relação com os Gastreas que estamos enfrentando, esse é o principal fato de eu ter aceitado esta missão. - Disse Sakura sorrindo de canto.  

— O líder da cidade está com medo de bandidos no qual eles chamam de ''Demônios''? - Debochou Saiyuki cruzando os braços.  

Sakura rangeu os dentes.  

— Isso é tudo que eu sei, então não percam tempo! - Exclamou Sakura torcendo o lábio em uma careta de raiva.  

Nonõ arregalou os olhos.  

— Calada, Saiyuki! - Pediu Nonõ ao ver sua mestra fechar o punho. - É um pedido do Senhor Feudal, não se esqueça disso! - Argumentou Nonõ. 

Jack sentiu um frio na espinha com o olhar de Sakura.  

— Mais informações, Yondaime-sama? - Perguntou Kai não dando importância a situação ao redor.  

— Não temos muitas informações sobre o caso em questão, mas o objetivo dos criminosos é a Família Kuro... - Disse Sakura seriamente.  

Sakura jogou um papel na mão de Jack que pegou.  

— Hn? - Perguntou Jack erguendo a sobrancelha.  

Sakura levantou o olhar.  

— É a localização da Família Kuro... Peguem o próximo trem para Yukigakure. - Explicou Sakura olhando todos.  

— Sim, senhora!!! - Concordaram todos.  

... 

Foi tudo muito rápido, duas senbons atravessaram os vidros da janela, acima da cabeça de Kai, o shinobi de Yorugakure arregalou os olhos ao escultar barulho de vidros quebrando e em seguida um grito curto e doloroso. 

Kai levantou a cabeça lentamente, seus olhos se voltaram diretamente para a janela quebrada, um fleche de sangue espirrou e lentamente caiu do céu, manchando a testa de Kai. 

Kai rapidamente saltou contra o parapeito da janela e chocou-se com a cena. Kuro Katashi estava caído no chão ao lado da cama, seus cabelos negros estavam espalhados e seus olhos estavam sem vida. 

Kai olhou para o corpo de Kuro incrédulo, indo até o mesmo com um shunshin. Encostou os dedos indicador e médio no pescoço do mesmo, tentando achar sua pulsação, e constatando sua morte. 

Flash Back Of: 

Nonõ e Inoue olharam Kai.  

— Kai... - Sussurrou Inoue abaixando o olhar. 

Kai abriu os olhos se deparando com Ano saindo correndo.  

— Ano! Ano aonde você vai...? - Soi gritou preocupada.  

A porta abriu e fechou bruscamente.  

[...] 

Passos apressados, ele realmente estava distraído e com a cabeça em outro lugar... O seu pai vinha em sua mente e a única coisa que ele sentia naquele momento era dor. 

Quando ele esbarrou em alguém, que lhe segurou o impedindo que fosse de encontro ao chão. Ele olhou quem havia lhe segurado, e deu de cara com os olhos confusa de Saiyuki. 

— Ano? Por... por que está chorando? - Saiyuki murmurou confusa. 

Saiyuki o soltou lentamente. 

— O meu... arf... o meu pai... está... - Ano colocou as duas mãos na cabeça, Saiyuki via a dor no olhar de Ano. —morto, eu tenho certeza, foram elas!!! - Ano contou mostrando toda a sua raiva. 

Saiyuki arregalou os olhos surpresa. 

''Eu percebi o quanto aquele homem era desprezível... Eu jurei mata-lo''. 

— Não, não foi ela... Ela estava comigo o tempo todo. - Murmurou Saiyuki mordendo o dedão. 

— Cale-se, pelo menos uma vez! Que diabos você sabe sobre isso?! - Esbravejou Ano irritado. 

As lágrimas se fizeram presentes nos olhos de Ano, ele sentiu suas pernas fraguearem e caiu de joelhos no chão. 

— Foram elas! Os demônios! Eu tenho certeza! - Esbravejou Ano socando o chão. 

As lágrimas ainda caiam de seus olhos. 

Flash Back On: 

—  .... Vocês... Como vocês podem proteger eles...?! - Perguntou Saiyuki fechando o punho direito. 

Midori desviou o olhar de Saiyuki para o rio que fazia a divisória entre a cidade e o território das Meninas Amaldiçoadas.   

— Nós nascemos lá... mesmo as pessoas nos odiando... Nós não queremos que tudo de lá seja destruído. - Declarou Midori suavemente. 

Flash Back Of: 

— NÃO AS CULPE! - Esbravejou Saiyuki se exaltando. — Elas apenas querem proteger esta cidade!!! - Afirmou Saiyuki encarando Ano. 

Ano arregalou os olhos surpreso com aquela afirmação, mas logo se recuperou. 

— Proteger esta cidade?! - Esbravejou Ano encarando Saiyuki. — Elas... Elas são os Gastreas! Elas invadiram aqui e destruíram tudo! TUDO! E INCLUSIVA MATARAM A MINHA MÃE!!!! - Gritou Ano fechando os olhos com força. 

Flash Back On: 

Um Gastrea Cão saltou a trás deles causando uma tremenda onda de choque, sua pelagem era de uma tonalidade marrom. Ele também tinha uma coloração preta ao redor de sua boca junto com dentes e garras de navalha, seu olhar era de quem estava preparado para matar, um poderoso instinto animal... agressivo.  

O jovem herdeiro da pequena cidade que estava um caos arregalou os olhos, surpreso e horrorizado, enquanto via sua mãe ser levantada pela boca do enorme Gastrea com brutalidade.  

— Pare! A minha mãe ainda...?! - Gritou o jovem se debatendo, enquanto via o Gastrea quebrar os ossos de sua mãe com a enorme boca.  

O corpo de sua mãe ficou mole...  

A única cena que ele se recordava, era de sua mãe sendo comida brutalmente pela enorme boca do Gastrea, enquanto o sangue fora espirrado pelos ares e manchado o chão.  

Flash Back Of: 

Ano estava ofegante. 

A porta atrás dele abriu bruscamente, Ano olhou para trás e viu sua irmã estática. 

— M-minha mãe não.... morreu quando descobriu que eu tinha o Vírus Gastrea... - Murmurou Aino segurando o choro. — Minha mãe... me amava... ela realmente não quis me abandonar... - Sussurrava Aino estática. 

Ano arregalou os olhos, sua irmã lhe encarou. 

— SEU MENTIROSO!!!! - Gritou Aino empurrando o irmão e correndo entre o corredor, ela virou rapidamente fugindo das vistas de Saiyuki e principalmente de Ano. 

Ano abaixou a cabeça, a porta fechou mais uma vez e o silencio se fez presente no local. 

— Você me disse uma vez que estava pensativo, isso tem haver com ter que assumir as responsabilidades de seu pai? - Indagou Saiyuki colocando Ano contra a parede. 

A morte... a mentira... 

A mentira... a morte... 

Estavam vindo tudo de uma vez só, Ano já não conseguia mais lutar. 

Flash Back On: 

Em pé diante do trono do Chefe e também pai, estava o jovem herdeiro daquela cidade. 

— Sei que muitas coisas aconteceram em nossa família, sua mãe acabou morrendo, sua irmã foi para o hospital... Eu tenho uma missão que só você pode cumprir, me prometa que vai cuidar para que sua irmã nunca descubra o que aconteceu naquela noite. - Kuro lhe pediu seriamente. 

Ano arregalou os olhos surpreso. 

— Quer que eu esconda tudo o que aconteceu...?! - Ano franziu as sobrancelhas. Kuro assentiu em resposta. 

— Eu darei um jeito para afastar as Crianças Amaldiçoadas da nossa cidade... - Disse Kuro, mas Ano lhe interrompe. 

— A mamãe não iria querer isso, jamais! - Afirmou Ano exasperado. — Quando você diz afastar isso também envolve a Aino, não é mesmo? - Perguntou Ano seriamente. 

Kuro não continuou falando imediatamente e parecia pensativo, como se estivesse escolhendo cuidadosamente suas próximas palavras antes de retomar. 

— Sua irmã não é uma Criança Amaldiçoada e nem participou da ''Conspiração Amaldiçoada'' foram as outras! Certo, Ano? - Ao ouvir as palavras de Kuro, uma espécie complicada de expressão passou pelo rosto de Ano. 

— Sim... - Concordou Ano sorrindo. 

... 

Saiyuki encostou na porta de seu quarto. 

— Se eu te dissesse que estou em uma luta interna você acreditaria? - Perguntou Ano olhando a parede. 

— ­ Luta interna? Porquê? - Perguntou Saiyuki automaticamente. 

— ­ Muitos pensamentos... - Murmurou Ano sorrindo. - Er... Boa noite, garota Uchiha. - Disse Ano se afastando lentamente. 

Flash Back Of: 

— ­Do que você tá falando? - Desconversou Ano desviando o olhar. 

— Você sabe o que seu pai fez no passado... disso eu tenho certeza, mas a minha preocupação agora é sua irmã. Com licença! - Pediu Saiyuki deixando Ano no corredor. 

Ano olhou Saiyuki se afastar e abaixou a cabeça. 

— Foda-se tudo isso! Elas serão exterminadas! - Falou Ano irritado. 

[...] 

O chão embebido em sangue, roubava a firmeza de seus passos. A cena de seu pai morto lhe atingira com uma faca no peito. Havia lágrimas em seus olhos, correndo por seu rosto, caindo de seu queixo ou sendo degustadas em seus lábios. 

Ela se aproximou do corpo de seu amado pai, ele estava ali... 

No chão, com duas senbon cravadas em seu pescoço que ainda sangrava. 

Suas lágrimas voltaram com intensidade renovada e em algum momento, ela não mais sabia... 

Escuridão à cercava e ela desejou nunca ter de deixa-­la... 

O mundo era cruel e ela não queria encará­-lo... 

Seu pai estava morto... 

Mas ela também havia morrido com ele, quem a olhasse agora veria o quão frágil ela era, a tão famosa Kuro Aino, a Princesa de Yukigakure, abençoada por ser de uma família nobre, poderosa e tradicional, estar agora naquele estado... 

Deplorável... 

Anos de amor paterno e zelo, cheios de momentos tanto alegres quanto tristes, reduzidos a um corpo frio que logo mais seria baixado na terra... 

Ela estava morta. 

Por um momento viu a fina lâmina brilhar e sem pensar duas vezes pegou a mesma. 

Suas mãos tremiam. 

O sangue de seu pai escorria da lâmina e caia em sua roupa. 

Seus olhos não tinham mais brilho. 

Batidas na porta do quarto de seu pai a chamavam desesperadamente. 

Seria apenas um golpe e todo o seu sofrimento acabaria ali. 

A dor passaria. 

Batidas e mais batidas. 

A lâmina se aproximava cada vez mais de seu pescoço. 

Quando de repente a porta vai ao chão, ela reconheceu as pessoas entrando. 

Saiyuki foi a primeira a entrar e com um forte tapa em nas mãos de Aino, conseguiu tirar a senbon de suas mãos tremulas. Logo em seguida Soi se abaixou, e a abraçou fortemente enquanto chorava compulsivamente. Hiroto estava com a cabeça um pouco alheia a tudo que ocorria, apenas o seu olhar assustado predominava em seu rosto. 

Ano tremia com a cena de seu pai morto e por um segundo sentiu novamente o seu chão quebrar como se fosse uma tela de vidro sendo atacada por uma bola de demolição. 

Seus olhos estavam ficando vermelhos e esbugalhados. 

Ele tremia... 

Seu estômago embrulho e sua garganta ganhou um forte nó. 

Os shinobis de Yorugakure olhavam a cena com expressões neutras, a morte por mais difícil que seja era algo que eles conviviam a cada missão. 

Um companheiro... Um amigo... Um ente querido.... Todos quando tinham o seu destino tatuado pela veia shinobi correria o risco. 

Mas isto com toda certeza não era impedimento para Nonõ e Inoue se comoverem com a morte de um ''conhecido''. Saiyuki mordeu o lábio inferior enquanto olhava a senbon no chão. Kai abaixou a cabeça, já Jack olhava Aino chorar e Soi tentando conforta-la. 

— ... Estar sozinha... estar incompleta... Eu sei o que você deve sentir... O que a sua dor deve ser... eu entendo ela... mas... por favor... Não faça isso, Aino-chan. Você nunca vai estar sozinha, eu estarei com você! - Disse Soi chorando. 

Aino abaixou o olhar... 

Jack suspirou pesadamente e deu um passo para frente. 

— Kai! Hiroíto-san! Tirem Ano e Aino daqui, por favor! - Pediu Jack seriamente. 

Os irmãos se olharam e depois direcionaram o olhar raivoso para Jack. 

Hiroíto tocou no ombro de Ano o despertando de seu transe. 

— Hã....? - Sussurrou Ano abaixando o olhar, direcionando totalmente seu olhar sem brilho para o corpo de seu pai. Mas, logo em seguida decidiu ir para fora do quarto sem protestar. 

Kai olhou Aino e Soi, a última tentou levantar, mas Aino não se mexeu. 

— Vamos querida... - Pediu Soi calmamente. 

Aino apenas abaixou a cabeça. 

— Seria tão covarde tirar a própria vida? - Perguntou Aino sussurrando. — Por quem eu deveria viver? - Perguntou Aino secando as lágrimas. 

Kai deu um passo para frente chamando a atenção de seus companheiros. 

— Kai o que v-você... - Pensou Inoue mordendo o lábio inferior e desviando o olhar. 

— Hn... - Murmurou Saiyuki olhando de relance a cena de Kai caminhando até Aino. 

Kai abaixou-se ficando de joelhos na altura de Aino. 

— A vida é uma constante luta... Todos os dias que você acorda é uma nova batalha... Pessoas vem, pessoas vão... E por mais difícil que seja agora, aceitar a morte de um ente querido... Essa dor que agora parece insuportável, apenas se tornará saudade... - Murmurou Kai aproximando sua mão no rosto de Aino. — Você nunca estará sozinha, tem seu irmão, amigos e um dia terá sua própria família... Não deixe que o desespero te vença, vença o desespero! - Completou Kai sorrindo. 

— Kai-kun você é demais!!! - Pensou Inoue com um sorriso fraco. 

Aino deu um pequeno sorriso que logo desapareceu, olhou seu pai por alguns minutos, depois direcionou seu olhar para o jovem que lhe consolou e entendia um pouco de sua dor, Kai. Acabou deixando mais uma vez as lágrimas rolarem de seus olhos acinzentados. 

— .... Obrigada... Kai... - Sussurrou Aino levantando a cabeça. 

[...]

Saiyuki contou tudo que sabia sobre o passado de Kuro para seus companheiros. Com o fim da grande história de Kuro, todos foram para seus quartos, foi decidido que o corpo de Kuro seria guardado a pedido de Nonõ que resolveu cuidar da autopsia sozinha. 

Inoue estava em seu quarto, ela fez um selo se comunicou telepaticamente com seus companheiros. 

— Estão acordados? - Perguntou Inoue. 

— O que foi Porca-chan? - Saiyuki perguntou com um tom de voz tranquilo. 

— ... Aquele homem... Eu nunca pensei que ele faria isso e até aceitável que um homem como ele tenha terminado daquele jeito. - Comentou Inoue balançando a cabeça negativamente. 

— Nonõ decidiu cuidar da autopsia sozinha, ela não irá dormir a noite toda. - Comentou Kai seriamente. 

— De verdade, eu não quero que ela se sobrecarregue muito... - Murmurou Inoue. — Foi um dia cansativo para todos. - Disse Inoue. 

— Tem razão, mas os nossos passos vão depender desta autopsia, não se esqueçam disso. Agora boa noite a todos. - Disse Jack dando fim aquela conversa. 

— Boa noite. - Disseram os membros do time. 

[...] 

Na noite seguinte... 

Saiyuki, Nonõ e Inoue estavam em uma grande sala equipada com microscópios, computadores, mesa de autópsia e divisórias verdes. 

O corpo de Kuro estava na mesa de autópsia. Nonõ havia terminado de curar o ferimento na cabeça de Kuro e tirado uma pequena amostra de seu sangue. 

Inoue e Saiyuki estava analisando pela tela de um computador o DNA de Kuro, graças a amostra de sangue, que Nonõ havia coletado e uma escova de dentes Kuro que Soi ''sem querer'' guardava de recordações passadas. 

— Os testes comprovaram as suas duas suspeitas Nonõ-san... - Murmurou Inoue olhando a tela. 

— Aquela kunai?! - Murmurou Saiyuki surpresa. — Estava envenenada... - Murmurou Saiyuki seriamente. 

Inoue olhou Nonõ, ela passava a mão com seu chakra verde em diversos lugares. 

Por um momento seus olhos pararam na região do pulmão. 

— Este veneno é refinado com metais pesados que fica nos músculos, queimou os pulmões e destruiu as células totalmente... Mesmo alguém com uma vitalidade avançada morreria. Este veneno age rapidamente no corpo da vítima, estou certa? - Nonõ afirmou seriamente. 

— E esse corpo é... - Murmurou Saiyuki olhando Kuro. 

Nonõ fechou o punho e socou o rosto de Kuro, a mesa foi ao chão criando uma pequena cratera e uma cortina de poeira tomou conta do local.

Nonõ, Saiyuki e Inoue direcionaram seu olhar a face do rosto de Kuro e depois se olharam por um momento. 

[...] 

Na sala de espera... 

— O resultado da autopsia confirmou minhas suspeitas, ele foi realmente envenenado... Mas o veneno era apenas para animar o corpo falso dele. Nós analisamos o DNA do corpo falso com a saliva de Kuro, por incrível que pareça conseguiram recriar o corpo de Kuro Katashi completamente, mas o DNA ninguém consegue mudar. - Explicou Nonõ seriamente. 

— C-como assim é um corpo falso?! - Jack exclamou surpreso enquanto levantava da cadeira. 

— Bom, Nise no Shitai é um Jutsu no qual um Ninja Médico consegue recriar o corpo de um indivíduo, por ser um Jutsu que é facilmente reconhecido serve apenas para distração. Mas, neste caso ele foi muito bem utilizado, criou um perfeito cadáver. - Informou Nonõ seriamente.

— O que diabos você está dizendo? - Indagou Kai irritado. — Eu vi a senbon vindo e o corpo dele caído no chão... Aquilo com toda certeza não foi um Genjutsu!!! - Esbravejou Kai socando a parede ao seu lado. 

— Aquilo não foi um Genjutsu, está longe disso. É apenas um Jutsu Médico sendo bem utilizado. - Corrigiu Nonõ seriamente. 

Saiyuki sentiu um estralo em sua mente com todas aquela informações. 

— Sensei... Aquele homem ainda está vivo e planeja algo... Algo grande que nem os filhos podem saber.... - Saiyuki afirmou com o dedo no queixo. 

— Eu sinto que ele forjou a própria morte... Não me perguntem o porque, mas é a pura verdade. - Afirmou Inoue seriamente. 

Jack direcionou seu olhar para a janela, mais especificamente olhava a lua. 

— Inoue... - Murmurou Jack sem olha-la. 

Inoue não lhe respondeu, apenas voltou correndo para sala de autopsia encarando o corpo de Kuro que estava jogado no chão no meio de uma cratera.

— O que vai fazer? - Nonõ perguntou desconfiada.

— Eu vou procurar memórias dentro de seu consciente. - Respondeu Inoue seriamente.

Inoue encostou a palma de sua mão na cabeça de Kuro...

Logo seu campo de visão foi completamente tingido por um oceano que se propagou em vermelho sob seus pés e então, fortes ondas gigantes começaram a surgir. 

A água lhe puxou e ela começou a afundar cada vez mais... 

Tentava voltar e não conseguia... 

Fechou os olhos com força e apenas viu um pássaro branco voando naquele céu vermelho.

Algo veio em sua mente...

'' Um pássaro branco voa em meio às folhas de árvores brancas... A floresta congelada talvez seja a chave... Sinta a presença de meu chakra e descobrirá a resposta da charada.'' 

Ela conhecia aquela voz...

Era ele... 

Inoue foi para trás ofegante, o suor escorreu de sua testa. 

Ela fechou os olhos...

— Encontrou algo? - Kai perguntou a olhando.

Inoue não lhe respondeu, parecia um pouco perdida em pensamentos. Jack tocou em seu ombro, lhe despertando. 

— Inoue... acha que consegue localizar o chakra dele? - Jack perguntou, aguardando uma resposta.

A Yamanaka se surpreendeu um pouco com o toque repentino de seu pai, mas logo confirmou com a cabeça lentamente. 

— S-sim!! - Respondeu Inoue confiante. 

Inoue se ajoelhou no chão, Saiyuki, Nonõ, Kai e Jack a olharam curiosos. Inoue mordeu o dedão e rapidamente desenhou um círculo e alguns símbolos em quatro quadrantes. Inoue fechou os olhos mentalizando a imagem de Kuro em sua mente e colocou as palma de suas mãos para baixo sob o círculo. 

— Kakushitsuijaku no Jutsu!!! - Exclamou Inoue abrindo os olhos, o círculo começou a brilhar com uma forte luz azul, assim como os símbolos dentro do círculo foram animados e vários números começar a aparecer dentro do círculo. — .... 31 ....... 64 ..... 83 ..... 97 .... Eu o encontrei!!! - Afirmou Inoue seriamente. 

Contínua...

 

 

 

 


Notas Finais


Então o que acharam?

A trama acabou dando uma reviravolta, não é mesmo?

Deixem suas opiniões ai embaixo por favor!


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