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História Abnormal Lovers - Longa madrugada


Escrita por: Buntaichou-Zoe

Notas do Autor


oi meus amores

Espero que curtam esse capítulo :3

Daqui pra frente acho que postarei de 4 em 4 dias, mas não se preocupem darei meu melhor u.u para não demorar tanto .

Capítulo 3 - Longa madrugada


Fanfic / Fanfiction Abnormal Lovers - Longa madrugada

Chegando ao seu destino, Levi estacionou o carro e o desligou. Tinha em mente que  demoraria ali por pelo menos algumas horas, ainda mais se tratando dela. 

Deu alguns passos em direção a porta. Tocou a campainha ,e aguardou. Nada. Insistiu novamente e revirou os olhos ao ouvir barulhos estranhos vindo de dentro da residência dos Zoe. "Animais?" Se perguntava agora batendo na porta. 

— Ei quatro olhos, já que você não vai atender estou indo embora!  

— Espera Levi eu já estou indo! 

Enquanto aguardava Levi notou Reiner e Bertholdt passando na rua. Os dois acenaram e Levi apenas assentiu com a cabeça. Para alguém que tinha ficado horas na enfermaria, eles pareciam bem melhores do que ele esperava. 

Quando Hanji finalmente abriu a porta, subitamente o moreno se viu com um papagaio pousado em seu ombro direito. 

Levi franziu a testa. 

— Que foi, tava cagando? 

— Também, mas não foi o que demorou. Foi tudo culpa desse rapaz aqui! Ele escapou da gaiola e deixou todos aqui bem agitados, não é Einstein? — disse ela enquanto apanhava cuidadosamente o pássaro com as mãos. 

— Seus pais sabem que a casa deles foi transformada em um zoológico? — questionou Levi ao constatar a incrível variedade de animais ao adentrar na casa. Peixes, um lagarto, cachorros, gatos, uma chinchila. Havia muito mais, porém ele achou melhor parar de prestar atenção naquilo pois já estava pensando em procurar ajuda ou ligar para alguma instituição de animais. 

— Bom, eu acredito que sim. Mas Levi o que faz aqui a essa hora? Aconteceu alguma coisa?— disse Hanji observando o relógio de parede, marcavam 23 horas em ponto. 

— Eu quero sua opinião sobre isso — lançou a garrafa para as mãos da garota. 

— Não me diga que essa é... 

— Sim é uma das garrafas suspeitas, você pode descobrir o que tem ai não é Hanji? 

— Moleza. Vou levar umas quatro horas mas vai valer a pena, você vai ver! — disse vibrante enquanto empoleirava Einstein de volta a sua gaiola. 

— Esse bicho fala?  

— Sim, mas ele só diz a verdade ha ha ha ! 

— Sei... então sabe falar... Quatro olhos. — Tentou Levi interagir com o papagaio enquanto Hanji entrava em seu pequeno laboratório. — Quatro olhos retardada.— aguardou.— Quatro olhos de merda? — sem sucesso .—  Hmp.. parece que ele é retardado como você. 

— Eu disse que ele é verdadeiro Levi!  

— Verdadeiro, que idiotice. — se jogou no sofá ao lado. 

Observou o ambiente a seu redor. Estava empoeirado. Aquilo era um crime para seus olhos. Levi fez uma expressão de irritação e começou a deslizar os dedos pela mesa de centro, estava coberta por uma camada fina de pó. Aquilo foi a gota d´ água para o moreno. Esticou as mangas da blusa, determinado. 

 

— Ei quatro olhos! Vou limpar isso que você chama de casa está bem?  

— Mesmo se eu disser não, você vai mesmo assim não é? — Hanji suspirou sem tirar os olhos do trabalho já iniciado. 

Levi iniciou sua "missão". Começou pela sala, depois seguiu para cozinha e os cômodos superiores. Nem mesmo o laboratório de Hanji foi poupado. Ele limpou com todo cuidado para não incomodar a morena em seu trabalho. 

Exausto, voltou ao sofá entediado por mais uma vez não ter o que fazer enquanto aguardava por Hanji. Resolveu pegar um livro qualquer da estante para passar o tempo. Entretanto, ao abrir uma foto caiu por entre suas pernas. Ao que lhe parecia era uma foto das últimas férias de Hanji. Ela estava na praia ao lado dos pais com a cara mais azeda que ele se lembre de ter visto a morena fazer em sua presença. Usava uma camiseta larga, e um short curto, o qual finalmente revelara suas pernas. Eram pernas longas, bonitas e torneadas. 

Levi revirou os olhos. 

— Mais que quatro olhos retardada! Não tem nada de errado com as penas dela... hmp... são até bonitas... — disse Levi enquanto observava a foto mais de perto. 

— Quatro olhos retardada ... — repetiu Einstein. 

— Oh...então você não é tão idiota assim.... finalment- 

— Quatro olhos retardada... pernas bonitas!  

— O quê? 

 — Quatro olhos retardada pernas bonitas! 

— Oi cala boca seu pássaro de merda! Tá distorcendo tudo que eu disse! — disse indignado. 

— Quatro olhos retardada pernas bonitas ! — repetia a ave sem parar despertando um pouco de ira em Levi. 

— Verdadeiro uma ova.... 

Hanji adentrou na sala, com algumas anotações e a garrafa em mãos quando reparou na cara de puro desprezo de Levi para Einstein. 

— Quatro olhos retardada pernas bonitas! 

— Grrr seu... Hanji não é o que parece. — um quase imperceptível rubor surgiu no rosto do moreno.  

— Ha ha ha  só vocês dois mesmo. — Hanji gargalhou tanto que quase derrubou as coisas que carregava nas mãos. — Bom, não precisa ficar sem graça Levi.  Einstein mistura as frases as vezes.  Mas o que você andou dizendo pra terminar nisso hein seu pervertido? Aposto que estava falando da Petra pro meu bebê! — sarcástica. 

— Tsk você não tem cura sua anormal! 

— Calma, irritadinho eu trouxe algo que você vai gostar! 

— Conseguiu descobrir o que tem ai? — curioso. 

— Um pouco mais que isso! 

— Vamos beber algo enquanto você me conta. 

 

Ambos se dirigiram a cozinha. Hanji pegou o último sachê de chá preto que restava no armário . Seu pai tinha o mesmo gosto que Levi, e ela agradecia internamente por não ter que preparar café as 3 horas da madrugada. Levi não era o tipo que bebia qualquer coisa. Ela por sua vez se contentou em achar uma caixinha de suco de laranja em meio a pequena bagunça na geladeira. 

— Pois bem... — Levi deu um pequeno gole ao chá.— pode começar a falar. 

— Bom primeiro, eu examinei o conteúdo da garrafa. Tinha Picossulfato sódico. 

— Fale minha língua quatro olhos. 

— Laxante, quantia suficiente para mandar uma pessoa pro banheiro em uns 5 segundos mais ou menos. 

Levi franziu o cenho. 

— Continue. 

— Eu não posso dizer quem foi, mas posso te explicar como o laxante foi parar lá dentro. — relatou a morena com um sorriso de canto. 

— Como? 

—  Com uma seringa. Se você reparar melhor tem um furo bem minúsculo perto da parte de cima do rótulo. Mesmo se a água vazasse por aqui seria muito pouco, e poderia ser confundido com o suor da garrafa gelada.  

— Realmente... essa pessoa sabia o que estava fazendo...   

— De uma coisa é certa. É um de nós. 

— Alguém da nossa escola? 

— Os únicos que poderiam ter entrando no estoque dos clubes são os membros e seus líderes, mas acima de tudo...— Hanji fez barulho ao sugar até a última gota do suco com o canudo. — Essa pessoa sabia das câmeras de vigia estavam quebradas. 

Levi ficou pensativo. Se Hanji estivesse mesmo certa sobre aquilo, então o responsável por aquele incidente poderia estar entre eles. Mas quem poderia estar tão desesperando para cometer tal idiotice? Seria apenas uma brincadeira, ou aquilo poderia a vir a se repetir? 

 

 

 

— 

 

 

Não muito distante dali, Petra se preparava para dormir enquanto corava ao reparar em uma marca em seu pescoço. Tinha ficado acordada até tarde assistindo sua série favorita. O telefone tocou, assim que a ruiva tinha colocado a cabeça sobre o travesseiro fazendo a mesma pensar em ignorar. Mas poderia se tratar de algo urgente já que seus pais estavam fora naquela noite, mesmo com o corpo relutante ela atendeu com sua costumeira calma. 

— Alô ? 

— Petra Ral? 

— Sim, ela mesma, com que eu falo? 

— Um amigo. 

— Amig- — Petra pensou quem seria idiota o suficiente para incomodá-la aquela hora da madrugada, só lhe veio um nome em mente — Auruo é você seu imbecil? 

— Levi Ackerman está com Hanji Zoe neste exato momento. 

—I-Isso é impossív- 

— Impossível? Porque não pergunta a ele?  

Petra pensou em responder, mas deligou logo em seguida. A ruiva pensou em simplesmente dormir e esquecer, porém decidiu averiguar. 

Assim que ligou, Petra foi prontamente atendida. 

 

— Petra? Aconteceu alguma coisa? 

— Não, está tudo bem. E você... está tudo bem, onde está? 

— Estou na casa da quatro olhos. Trouxe a uma das garrafas para confirmar o que tinha, não iria conseguir dormir sem saber. Amanhã eu te explico o que descobrimos... você está bem mesmo? Quer que eu vá te ver? 

Petra sorriu. Ela não sabia se tinha ficado feliz por ele ter lhe dito a verdade, ou pelo fato de saber que estava disposto a ir até sua casa aquela hora da madrugada. 

— Eu te amo sabia? 

— Eu também. Deveria ter trazido você, aqui tem um zoológico e um pássaro retardado, mas achei que estivesse cansada. 

Petra riu. 

—Dá próxima vez vamos juntos. — deu um longo bocejo.— Mande um beijo pra Hanji, eu vou indo dormir, estou morrendo de sono. Só queria saber se estava bem. Bom... boa noite Levi! 

— Boa noite Petra, durma bem. 

A ruiva desligou aliviada. Porém o telefone tocou novamente. 

— Alô? 

— Então confirmou o que eu disse? 

— Olha aqui Auruo se queria me irritar você conseguiu! Como já deve saber seu fofoqueiro, sim ele estava com a Hanji! Mas estava investigando sobre o incidente de ontem, coisa que um preguiçoso como você nem se ofereceu a fazer! Nem parece ser membro do Grêmio! — recriminou Petra. 

— As pessoas dizem muito quando estão irritadas. Boa noite Petra Ral. 

— Hein? Como assim... 

Petra já não tinha certeza se era mesmo Auruo falando. Foi estranho. Contudo, como sempre foi do feitio do amigo fazer esse tipo de coisa, ela preferiu menosprezar aquilo e voltou para a cama. 

 

 

 

— 

 

 

Levi ligou o carro para retornar para casa.  

 

— Boa noite quatro olhos ... e...obrigado pela ajuda. — disse ele antes de bater a porta do carro. 

— Você me agradecendo? Deve ser um milagre! — irônica. 

Levi revirou os olhos. 

— Ah Levi! 

— Hum? 

— Obrigado...eu gostei de jogar de novo. Foi divertido! — sorriu a morena. 

— Você só não está no time porque tem merda na cabeça. Aliás, você tem pedido muito dinheiro emprestado. Porque está sempre quebrada? — perguntou curioso. 

— O clube de biologia está com poucos integrantes agora, e estamos sem orçamento. Eu tenho que comprar tudo por conta própria... instrumentos para experimentos e rações para os animais. Você pode dizer que eu não precisava gastar tanto com o clube mas... eu amo  aquele lugar... é patético eu sei... — suspirou desapontada e silenciou. 

— Enfim, você está sustentando dois zoológicos.— Levi a olhou de canto. Pensou .— Eu não tenho escolha. Escute quatro olhos, venha até o Grêmio na segunda. Vamos resolver isso.  

— Oh e não se esqueça do meu anpan! Isso é o mais importante! 

— Cala a boca.  

— Não seja caloteiro! Você não sabe o quão "séria" eu posso ser. — gritou Hanji observando o moreno saindo com o carro. — Caramba...ele nunca faz as coisas do jeito mais fácil... — pensou alto antes de adentrar novamente em casa. 

 

 

 

— 

 

 

Levi chegou em casa por volta das 3:55 da manhã. Guardou o carro e percebera as luzes ainda acesas. Entrou com naturalidade, mesmo notando ser encarado pelos olhos do tio. 

— Você chegando tarde? Isso é realmente surpreendente, achei que você fosse o mais ajuizado dessa casa! — disse Kenny irônico.    

— E você? Porque está aqui? Te expulsaram do FBI? — replicou. 

— Tsk, estou de folga moleque. Ah a propósito, pega uma cervejinha pro seu tio querido! 

— Não conte com isso. — Levi lançou um olhar severo para o tio antes de subir as escadas. 

— Ótimo Kuchel, você morreu mas deixou uma cópia sua aqui na terra. — murmurou Kenny pegando os documentos ao seu lado. Se tratavam de um caso que ainda não havia conseguido solucionar. — E agora como eu convenço esse pirralho de merda a me ajudar com isso... ele é realmente bom nessas coisas. —  disse esticando as pernas sob a mesa de centro. 

 

 

— 

 

 

Levi tomou um banho de aproximadamente 10 minutos. Deitou na cama, e se preparou para dormir quando ouviu a porta do quarto bater. Suspirou. Não houve reação de sua parte. Decidiu ignorar, enterrando a cabeça no travesseiro. Ouviu novamente o barulho, mas dessa vez, acompanhado por uma voz conhecida. Era Isabel. 

 

— Mano Levi, você está acordado? 

— Não, eu não estou.  

— Sabe... é que...eu... eu posso dormir com você! 

— Hã? — disse o moreno abrindo os olhos azuis com dificuldade. — Você é burra? Claro que não. Você tem seu quarto não tem? Então vá dormir! — foi a resposta de Levi. 

— Mas...mas mano o Farlan me fez assistir um filme de terror horrível e... e agora eu não consigo dormir...— disse choramingando. 

— Maldito Farlan! Vem cá sua burra! — gesticulou ele para que ela deitasse na cama.— Se babar no meu travesseiro vou chutar sua bunda! — cobriu a garota com o lençol. 

— Pode deixar mano. Boa noite. — Isabel bocejou e deitou antes que Levi desistisse da ideia. 

— Hunm. — Isabel você acha que eu deveria ...dormiu? — percebera que a garota já ressonava a seu lado.  

 

Levi acariciou os cabelos da irmã, e se virou de costas. Apenas por hora, seria melhor esquecer as dúvidas que pairavam sobre seus pensamentos. 

 


Notas Finais


E então o que acharam?


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