História About Dream. - Quem é você?

POV LAILA.

Depois de ver  Liu conversando com Chen eu não sabia mais em quem confiar, a primeira coisa que eu fiz foi pegar o meu carro e sair o mais rápido possível dali, fui ir para minha casa, quando chego lá a um segurança me esperando, digo para ele ir embora porque já tinha dispensado serviço de do seu chefe.

Quando entro no meu apartamento eu fico andando de um lado para o outro, pensando que eu não deveria ter acreditado no Liu quando o conheci, é óbvio que alguém que aparece do nada não é confiável. Eu comecei a pensar de onde havia surgido aquele cartão, era quase que improvável aquele cartão aparece assim do nada  na minha mesa e no para-brisas do meu carro em um hospital, eu até tinha visto o mesmo cartão em outros carros, mas só que era realmente estranho aquele tipo de cartão em um hospital. Quem realmente é o Liu?

Depois de um tempo que cheguei e fiquei pensando em tudo aquilo, ouço um barulho na porta e lá está Liu.

- O que você está fazendo aqui? — vou para trás do sofá, agora há um sofá entre nós e eu não consigo encara-lo sem sentir medo.

- Laila, deixa eu explicar. — ele levanta a mão em forma de rendição.

- Eu não quero explicação de nada, eu quero que saia da minha casa. — falo quase gritando é apontando para porta.

- Por que você mandou o segurança embora?  — se aproxima devagar dando a volta.

- Porque eu quis, porque eu não quero mais nada de você, porque eu não confio mais em você. Agora saia. — dessa vez tento um pouco mais firme, tiro meu celular no bolso. — Se você não sair agora eu irei ligar para polícia.

- Por favor, me deixe explicar. — ele diz se afastando.

- Explique, mas fica longe de mim.

Eu sinceramente não acho que exista explicação para isso, mas eu o deixo explicar, eu quero avaliar o que ele vai dizer para saber o quão grandes será mentira, porque depois disso eu não posso mais confiar no Liu.

ESPECIAL - POV LIU.

Eu entrei no hospital para procurar pelo Chen, deixei a Laila no carro, mesmo sabendo que o plantão dele acabava durante a parte, preferi me certificar de que ele não estava por ali, olhei por todo o hospital e não o encontrei, fui até o setor de admissão do hospital para saber se ainda estava funcionando naquele horário para acompanhar a Laila até lá e estava, na volta para o estacionamento encontro Liu, o acompanho até o elevador e depois volto correndo para acalmar a Laila, eu sei que ela viu nós dois conversando .Deixe me explicar, eu conheço Chen a algum tempo, antes de namorar a Laila ele namorou a prima, Yna, mas eu não cheguei a conhece-lo quando ele a namorou, eu apenas o conheci depois, depois que ela desapareceu.

- Oh, Liu? – ouço aquela voz que não ouvia a muitos anos. – É você mesmo? – ele sorri para mim.

- Chen, como vai? – sorrio e o único pensamento que tenho naquele instante é trancar a Laila no carro, clico no botão de alarme.

- O que está fazendo aqui? – ele pergunta e eu começo a me afastar do carro.

- Vim vê-lo.

- Me ver? – parece surpreso.

- Vamos tomar um café. – falo indo em direção do elevador da garagem. – Eu quero te falar sobre o novo sistema de segurança que criei, você com certeza vai gostar. – aperto o botão do elevador.

- Sério? Realmente, tenho pensado em mudar o sistema de segurança. – ele fala como se estivesse pensando.

- É mesmo? – o elevador chega e nós entramos.

- Sim, minha namorada logo ira vir morar comigo, eu quero que ela se sinta mais segura. – Que namorada? Ele fez o que fez com a Laila e está namorando?

- Ah, eu esqueci meu celular no carro. – coloco a mão na porta do elevador e ele trava. – Pode ir, te encontro na cafeteria? – falo saindo do elevador.

- Sim, sim. Vou pedir dois cafés gelados. – e a porta se fecha.

Corro até o carro, a Laila já deve ter pensado tudo de ruim, eu não consigo imaginar o que está se passando na cabeça dela nesse momento. Desativo o alarme e abro a posta, Laila me olha incrédula, eu não precisava desse olhar, mas ao mesmo tempo a entendo.
Digo para ela ir embora que depois explico, mas eu duvido que ela vai querer alguma explicação.

Fico um tempo no hospital com Chen e ele falo com ele sobre o novo sistema, eu cuido da segurança da casa dele desde que ele saiu da casa dos pais, eu sei todos os códigos, como sair e entrar naquela casa, desativar cada alarme, isso pode facilitar muitas coisas mais para frente, depois de um tempo o enrolo dizendo que tenho que cuidar de outras coisas no hospital e ele vai embora, eu pego um taxi já que a Laila foi embora com o carro e vou direto para casa dela.

- O que está fazendo aqui embaixo? – pergunto a Kwan.

- Ela disse para eu ir embora, mas você disse que quando ela tivesse esses surtos não era para ouvir, então preferi ficar aqui embaixo, para evitar problemas.

- Ela está com alguém? – balança a cabeça negativamente. – Vou subir.

A cada andar que o elevador para antes de chegar no andar da Laila parece uma eternidade, mas ao mesmo tempo me faz pensar, ela sempre confiou tanto em mim, mas eu não tive coragem de contar a minha história a ela. Quando entro no apartamento ela fica assustada ao me ver, é a primeira vez que uma pessoa a qual eu tenho que proteger sente medo de mim, depois de um pouco de relutância ela me deixa explicar.

- Você não quer se sentar? – ela levanta uma das sobrancelhas e balança a cabeça negativamente. – Tudo bem, então eu sento. – me sento e começo a pensar em tudo o que eu tenho que falar. – Bom, eu conheci o Chen pouco antes dele começar a te namorar, ele namorou uma prima minha, seu nome era Yna.

- Era? – ela questiona e eu apenas concordo.

- Acredita que quando ela começou a namorar ele a minha tia ficou tão feliz que ligou para toda a família? “Ele é um bom garoto, de uma família tradicional”, o que isso quer dizer? Eu e Yna éramos próximos, mas depois que ela começou a namorar o Chen nós acabamos nos distanciando, não sei se por ele ou por ela mesma, depois de um tempo eu encontrei Yna em um shopping, ela estava usando blusas de manga comprida, mas ela sempre adorou mostrar os pulsos, ela gostava de exibi-los “Olhe oppa, pulsos bem magrinhos, consigo usar todas as pulseiras que eu quiser”. – falo tentando imitar o jeitinho dela, mas com certeza fracasso miseravelmente. – Eu nunca entendi o negócio dela com os pulsos.

- Você perguntou a ela por que ela estava vestida assim? – Laila sai de trás do sofá, mas se senta no mais afastado.

- Ela disse que estava um pouco doente, que sentia frio e por isso a blusa, mas eu não acreditei. Fiquei observando ela e o Chen de longe... – Laila me interrompe.

- Começou a segui-los, você quer dizer.

- Chame como quiser. – sou ríspido na minha resposta. – Então vi que ele tinha comportamento violento, as vezes em público, mas discretamente e Yna havia mudando bruscamente, seu jeito de se vestir e tudo mais, até que então eu tive que resolver umas coisas, eu ainda não tinha a minha empresa de segurança e tinha que fazer alguns trabalhos, não pude seguir ela durante alguns dias, foi ai que ela sumiu. – ao dizer “sumiu”, eu sinto um vazio dentro de mim e algumas lágrimas correm pela minha face.

- Liu, eu não sei o que dizer. – ela leva as mãos até a boca.

- Está tudo bem. – limpo meu rosto. – Depois disso eu me dediquei total e exclusivamente em conseguir montar minha empresa, fiz de tudo para me aproximar do Chen, eu precisava da confiança dele para que ele me contasse algo, então você apareceu, eu não tive contato direto com você enquanto vocês namoravam, mas quando a vi a primeira vez de costas jurei que era a Yna. – me levanto e Laila também, ainda está na defensiva. – Seus cabelos do mesmo comprimento que os dela, suas alturas iguais e até mesmo o corpo, quando a vi quis correr para abraça-la, mas logo vi que não era ela. – volto a me sentar, preciso que a Laila relaxe.

Termino de explicar toda a história para ela, ela ainda está na defensiva ao meu lado e não parece que irá mudar isso, não por agora. Ela pede para que eu vá embora e deixe as chaves da casa.

POV LAILA.

Depois de ver que Liu conhece Chen, ouvir as explicações de Liu, eu ainda não consigo ter a mesma confiança de antes, não que eu ache que ele á alguém que vai me ferir, mas eu fiquei com tanto medo e assustada com tudo aqui que opto por pedir para o Liu ir embora. Ele vai, mas diz que volta amanhã para conversarmos e que vai deixar o segurança caso eu precise, que irá ver um outro dia para eu voltar ao hospital, mesmo que não seja com ele. Minha cabeça parece que vai explodir com tudo isso, pego meu celular e há algumas ligações e mensagens, do Yoongi e das minhas amigas, Jane resolveu que vai definitivamente casa, fico rindo quando leio a mensagem dela. O celular toca na minha mão e eu quase o deixo cair.

- Oi, eu sei que está tarde. – é Yoongi, na sua voz dá para perceber seu constrangimento.

- Está tudo bem, eu não estava dormindo. – respondo e me jogo na minha cama.

- Foi ao hospital? Como foi?

- Meio agitado, mas não deu para assinar a demissão, acho que vou fazer isso quando voltar de viagem.

- Está tudo bem? Aconteceu algo? – parece apreensivo.

- Está sim. – respondo rindo, para tentar acalmar ele. – O que vai fazer manhã? Quer almoçar comigo?

- Eu tenho que ver, aonde iriamos almoçar?

- Na minha casa mesmo. – ele está rindo, só de ouvir a risada dele me acalmo.

- Está tudo bem, agora eu tenho que ir, só liguei para saber como estava. – que fofo, penso, parece um namoradinho. Namorado, essa palavra de novo.

- Estou bem, você também está?

- Estou. Boa noite. – ele se despede.

- Boa noite, beijos. – desligo sorrindo, é bom ter alguém que se preocupada com você.

Yoongi tem sido tão fofo, atencioso e eu não tenho palavras para descrever esse cuidado, eu queria realmente retribuir da mesma forma, mas às vezes parece que não há como fazer isso, acho que ele não pensa em uma relação à dois, um namoro ou algo assim talvez eu não demonstre que quero algo, não sei se iria querer, sinceramente.

POV YOONGI.

Fico com a cabeça martelando mesmo depois de ter falado com a Laila, por que no hospital foi agitado? O que ela não está contando? Será que aconteceu alguma coisa em relação ao ex dela? Levanto da cama umas mil vezes e vou até a cozinha, bebo agua, vou até a varanda, volto para sala, vou para o quarto e decido sair para dar uma volta, visto um casaco de capuz e calço tênis.

- Eu nunca pensei que você fosse um cara que saísse na madrugada para namorar, Yoongi. – quando passo pela sala Jin hyung está chegando.

- Hyung, eu não namoro, eu só estou sem sono. – respondo abrindo a porta.

- Ela ainda tira sem sono, realmente é uma boa namorada. – ele me zoa.

- Hyung, eu não... esquece. – fecho a porta.

Namorada? Por que ele não para com isso? Eu não acho que a Laila queira um namorado, um namoro agora seria uma coisa que talvez a deixasse mal, não deixar mal, mas talvez ela não esteja segura para isso agora e quem sabe não faça bem para ela, por ainda não estar totalmente recuperada. Ando até a cafeteria que a vi a primeira vez passando dentro de um taxi, isso me traz lembranças, até briguei com o Hoseok naquele dia. Entro na cafeteria e peço um café gelado, fico sentado no balcão mesmo pensando em tudo que vem acontecendo de um tempos para cá, eu vou para a tour, a Laila para o casamento da amiga, depois ela volta, eu ainda não estarei aqui, vou estar em tour ainda, por um bom tempo, espero que o Liu a proteja.
Será que esse tempo que vou ficar fora ela pode conhecer alguém? Claro que pode, minha mente retruca, então espero que ela seja feliz debato comigo mesmo, eu acho melhor resolver essa história de namoro.

- Boa noite. – a voz dela corta meus pensamentos como se fosse uma espada de samurai. – Eu quero um cappuccino gelado, por favor. – ela está usando uma jaqueta grande e boné com um caveira, eu acho que conheço esse boné.

- Esse boné é meu? – ela me olha com uma sobrancelha levantada.

- O que... – ela põe a mão na cabeça. – Acho que sim. – sorri e levanta os ombros junto, o sorriso parece de criança que aprontou, ela se senta ao meu lado.

- Está sozinha? – pergunto olhando em volta.

- Kwan está do lado de fora. - olho para fora da cafeteria e vejo o segurança do outro lado da rua.

Ficamos sentado ali conversando por horas, se houve algum problema parece não ter a abalado tanto ou talvez não seja nada tão grave assim, ela está rindo e tem leveza em seu sorriso, não parece mais carregar todos os problemas em seus ombros.
Eu estou feliz, feliz de ter encontrado ela fora dos meus sonhos, por estar aqui conversando, vendo o sorriso dela de perto, seu jeito, a forma como gesticula para falar e o quanto ela é expressiva.

- Eu tenho que ir, daqui a pouco dá a hora do nosso almoço e estamos aqui tomando café. – ela ri olhando no relógio. – Já passa das 3 horas da manhã, chegue na minha casa depois das uma da tarde. – ela se levanta e eu levanto junto, deixamos dinheiro no balcão embaixo dos nossos copos e saímos.

- Eu vou com você. – falo a acompanhando.

- Não precisa, sua casa é para o outro lado. – pela aponta.

- Como sabe? – pergunto, mas me arrependo no meu instante. – Deixa para lá.

- Está tudo bem, eu lembro de muitas coisas daquela noite, obrigada pelo que fez. – ela sorri. – E agora eu sei aonde você mora caso eu queira te levar depois que você beber e não poder dirigir.

- Por favor, esqueça isso. – falo rindo e começamos andar no sentindo da casa dela, o segurança está a alguns metros de nós, depois de alguns minutos andando lado nós damos as mãos, inicialmente é só segurando alguns dedos um do outro, mas logo depois nós estamos com os dedos entrelaçado. Eu não queria voltar nesse assunto de namoro, mas sinceramente, se namorássemos e fosse dessa forma, eu ia gostar, eu me sinto confortável ao lado dela e agora mais do que nunca parece que ela se sente da mesma forma.