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História About My Prince - Chapter four


Escrita por: lornaxx

Notas do Autor


Boa leitura anjinhos ❤

Capítulo 4 - Chapter four


Olho para ele da  cabeça aos pés e depois volto meu olhar para Meredith.

— Claro.— Coloco minha mão sobre a sua e vamos até o centro do salão.

Suas mãos ao redor de minha cintura fazia eu sentir seu corpo se chocando contra o meu. Minhas mãos ao redor de seu pescoço, dava para sentir alguns fios de seus cabelos.

Olho para a porta e vejo os guardas, rapidamente a imagem de Andrew vem a minha mente. O cheiro que eu inalava de Shawn me lembrava que aquele perfume poderia ser o de Andrew. Aquele corpo se chocando contra o meu... Podia ser o seu. Todas as memórias vieram como um flashs me fazendo urrar por ele internamente. 

Nesse momento eu escondia rosto no ombro de Shawn, não o conhecia mas sentia que ali podia me esconder, de tudo.

Meus olhos se enchem de lágrimas e sem minha permissão elas caem. E apenas uma desencadea todas as outras que acabaram por cair sobre o ombro de Shawn.

Sua mão subiu até meus cabelos e seus dedos pareciam dedilhar cada fio de meu cabelo, como cada corda de um violão. Como se fosse um permissão para que eu chorasse... E eu fiz. Chorei e deixei com que as lágrimas molhassem sua roupa e meus solucos ficassem mais claros em seus ouvidos.

— Você quer sair?— Assinto com a cabeça e sou guiada por Shawn. Eu não via nada, minha cabeça continuava soterrada em seu pescoço me escondendo.

— Alteza.— escuto uma voz masculina do meu lado direito mas não levanto o rosto.

— Nós teremos que ir para o jardim. Podem abrir os portões.

— Sinto muito, alteza, mas não posso permitir que o senhor e a princesa saiam.

— Eu realmente não quero ser rude mas... De acordo com o que eu sei, eu não preciso de sua permissão pra ir ao jardim do palácio. Mas você precisa da minha permissão e da permissão da minha família e da família da princesa. Então eu ordeno a abrir essa porta.— sua voz parecia tão convicta que soava mais claro que minha própria respiração.

Escuto o barulho do portão se abrindo e o fofo do gramado afundando meus saltos. 

Sou direcionada por Shawn  para algum lugar o qual eu não sabia, por estar com minha cabeça enterrada em seu pescoço.

Ele se afasta de mim e permanece com apenas uma de suas mãos na minha costa.

— Sente-se.— o príncipe aponta para um banco bem a nossa frente e assim nós dois fazemos.— O que lhe deixa tão apreensiva a ponto de chorar?— seus olhos encontraram os meus e pareciam tão afetuosos.

— Não é nada, a verdade é que estou cansada.— forço um sorriso enxugando algumas lágrimas.

— Bom, eu irei lhe fazer uma pergunta é você só precisa dizer se concorda ou não. Ok?— assinto e ele complementa.— É uma pessoa? Alguém que você amou?— eu olhava para aqueles castanhos olhos que me observavam e fui vencida pela sua sinceridade.

— Sim... Não conte pra ninguém isso é um segredo, que por a caso eu não deveria lhe contar.— digo baixando o olhar.

— E quem era ele?

— Um guarda.

— Um guarda? 

— Sim.

— E onde ele está?— sinto as lágrimas ameaçarem cair e respiro fundo.

— Eu não sei. Não sei se ele está preso, morto, sem nada para viver. Eu não sei.— coloco a mão no meu rosto.

— Então ele não está mais aqui?

— Não, meu pai e minha mãe nos encontraram e meu pai levou ele... Desculpa estar te falando do homem que eu amo, quando na verdade esse homem deveria ser você.

— Não, eu não posso forçar uma pessoa que me conheceu a dois dia a me amar. Isso é estranho.— ele fala de um jeito engraçado o que me faz dar um risada.

Um silêncio toma conta do momento e algo rapidamente me veio a cabeça para falar.

— E você já amou alguém?

— Não, não sei o que é amar. Mas tenho certeza que um dia vai acontecer. O amor pode ser passageiro ou eterno. Você pode passar o resto da sua vida ao lado de uma pessoa, mas ainda assim ter o seu amor de adolescência como uma amor extraordinário. Ou passar a vida toda com aquela que você sempre quis. O amor pode aparecer te todas as formas, através do ódio, tristeza, felicidade, mas ele sempre vem.

— Victoria!— Julie vem correndo até nós.— Todos estão procurando vocês dois no andar de cima. E se seu pai descobrir que você está aqui fora esta hora cabeças vão rolar.

— Tá vamos.— nós três passamos pelo portão correndo. Eu e Julie correndo o mais rápido que o salto permitia.

Chegamos na frente da porta do salão e eu arrumo minha postura levanto o queixo e abro um sorriso.

Lanço um olhar pra Shawn e vejo que ele fazia o mesmo.

— Você chorou?— Julie sussuro.

—  Minha maquiagem tá borrada?

— Só aqui.— passa a mão no canto do meu olho e se afasta fazendo um ok com a mão.

Shawn abre a porta e ao entrarmos pude ouvir suspiros e cochichos no salão.

— Finalmente vocês chegaram!— minha mãe se aproxima de nós. Olho pro lado e vejo apenas Julie.

— Mãe, será que possa falar com a senhorita por um segundo?— pergunto segurando seu braço.

— Claro, querida.— a direciono para o canto do salão e cerro os olhos.

— Vai ter coroação? Alianças? Isso não era só no casamento?

— Do que você está falando, Victoria. É óbvio que a coroação é no casamento, assim como as alianças. Quem lhe deu essa informação?

— Não importa agora.— lhe respondo friamente.

— O que houve?

Olho pro fundo do salão e vejo que algumas meninas e Julie conversavam.

— Vou falar com minhas amigas.— aceno para ela com a cabeça e vou em direção às meninas.

A noite toda se passou e eu ficava sempre ao lado de Julie. Às vezes olhava de canto de olho para Shawn e o via sorrindo, uma gargalhada e as vezes trocavamos olhares. Mas não olhares com segundas intenções, mas como se ele me confortasse.

Depois do fim da festa  vou até meu quarto e com a ajuda de minhas criadas tiro a roupa e tomo banho.

Coloco minha camisola branca e pentio os cabelos. Me deito na cama e me viro de um lado pro outro, meu coração pesava. Me sento na cama e vou até  pendurador onde tinha meu roupão.

Pego minhas pantufas e subo mais umas duas escadas indo até o escritório de meu pai. Não importava a hora. Se ele não estivesse no escritório, estaria no quarto, que era logo ao lado.  Eu iria acorda-lo e tirar essa dúvida.

Bato na porta de seu escritório e escuto  entra.

— Posso falar com o senhor?

— Sobre?

— Eu posso falar com o senhor?— meu pai baixa a vista e concorda com a cabeça. — Como ele está?

— Seja clara, Victoria. Existem muitos​ homens. Quem é ele?

— Andrew Lodge. O guarda que eu beijava enquanto você me encontrou.— falo e  meu pai tira seus óculos.

— Não quero falar sobre este guarda com você minha filha. Não agora.— ele tentava manter a calma eu o conhecia bem demais para mão perceber.

— Mas eu quero! Você o levou e me deixou sem respostas! Se você é o rir que diz a todos seja o pai que deveria ser! Deixe seu título pelo menos por cinco minutos. Não lhe peço que deixe seu reinado, mas que entenda que eu sou sua filha e tenho sentimentos!— eu estava com tanta raiva que podia jogar tudo o que tinha em cima da mesa, não fiz isso mas bati na mesa. Chamando a atenção do meu pai.

— Sentimentos? E que sentimentos são esses?

— Amor, coisa que parece que você não sabe mais o que é!— grito e meu pai se levanta da cadeira.

— Amor? Por um guarda?!

— E se você fosse ele? Se minha mãe fosse princesa e você apenas um guarda? Iria abrir mão do amor, do beijo, carinho dela porque você é um guarda?!— as lágrimas caiam de raiva. Estava cansada de chorar por tristeza.

— Não me compare aquele sujeito. Ele é um descarado, traiu a minha confiança!

— O QUE VOCÊ FEZ COM ELE?!— eu gritei tão auto que até eu mesma me assustei. Nunca tive coragem de enfrentar meu pai.

— ELE ESTÁ MORTO!—meu corpo só cedeu. Meus olhos vidrados no do meu pai. Eu tremia de raiva, de dor.

— Você pode ser o rei, pode ser meu pai. Mas eu sei de coisas que podem acabar com tudo o que você é em segundos.— saio de sua sala e vou andando em passos firmes e largos até meu quarto.

Cheguei e me sento na cama, eu chorava tanto, era como se uma parte de mim fosse tirada. Alguém bateu na porta.

— Não quero ninguém aqui.— respondo rouca e soluçando.

— Está tudo bem?— sua voz soou através da porta e eu a reconheci o mais rápido do que eu esperava: Shawn.

Abro a porta, eu não tinha ninguém ali. Apesar de tudo Julie sempre foi contra meu amor por Andrew e sempre me dava uma bronca. Já hoje quando falei com Shawn, seus braços me aqueceram, sua voz me entendia. Ele me parecia tão familiar, eu queria tanto alguém que me entendesse e hoje ele me entendeu. 

Me jogo em seus braços sentindo seus músculos definidos e ele retribui, rodeando meu corpo, seus dedos fazia carinho em minhas costas e em meu cabelo.

— Ele morreu...— sussuro.

— Shh. Não diga nada, pode chorar. Você não tá sozinha, acabamos de nos conhecer mas amanhã é um novo dia. Nada disso vai ter acontecido.


Notas Finais


Tchau anjinhos ❤


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