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História About You - About a lie


Escrita por: HANA_NIM

Notas do Autor


Mais um plot jogado lá no grupo EXO fanfics que eu vi e não consegui me segurar, tive que escrever isso aqui, manas :')

Basicamente a fic é baseada no post de um menino no facebook falando sobre como ele namorou outro cara por seis meses no Habbo Hotel sem saber porque os dois se faziam passar por garotas. O resto é história.

Boa leitura!

Capítulo 1 - About a lie


 

 

Baekhee e Yura haviam se conhecido jogando Habbo Hotel, um jogo aparentemente inocente que te permitia criar um avatar online e se comunicar em um ambiente virtual com outras pessoas. Era uma ferramenta divertida e perfeita para se fazer amigos para pessoas introvertidas na mundo real. Contudo, no ambiente virtual não haviam conversas cara a cara, ali você poderia ser quem você quisesse. 

A amizade entre as duas garotas havia começado como qualquer outra, porém, com o tempo e com todos os gostos em comum que compartilhavam, as conversas foram se tornando cada vez mais longas e as horas passadas conectadas àquele jogo, uma falando com a outra passavam sem elas nem mesmo se darem conta. Elas compartilhavam do mesmo senso de humor, possuíam piadas internas e um poder de entender uma a outra perfeitamente com poucas palavras. Faziam apenas poucos meses que se conheciam através do jogo, mas Yura e Baekhee se sentiam como amigas de infância, ou pelo menos era aquele sentimento que elas tinham, era aquele tipo de intimidade que possuíam. 

E melhores amigas contam tudo uma a outra, certo? 

Yura fora a primeira pessoa a saber que Baekhee era lésbica. A outra garota que sabia ser mais velha havia lhe confessado certa vez durante uma das longas sessões de conversa logadas no jogo. E desde então nada mais fora o mesmo. A amizade tão profunda não fora mais a mesma. 

Porque ela evoluíra para algo maior. 

Toda aquela intimidade que possuíam, a cumplicidade, aquilo continuou, entretanto, os sentimentos não eram mais os mesmos. Eles havia se aprofundado. Não eram mais simplesmente fraternais. 

De repente, naturalmente, automaticamente, o relacionamento de ambas as garotas evoluiu para algo sem nome, mas tão forte quanto a amizade que antes compartilhavam. 

Não era mais apenas no Habbo Hotel que Baekhee e Yura se comunicavam, não estavam mais confinadas à tela do computador, era também por mensagens de texto, mantendo contato pelo celular durante todo o dia. 

Era natural, uma já fazia parte da rotina diária da outra. E foi apenas natural também que em algum momento elas dessem um nome aquele relacionamento que elas mantinham. 

Fora como nos velhos tempos, com as duas garotas se falando pelo chat do Habbo Hotel, em um quarto virtual particular todo decorado para a ocasião, que Yura pedira Baekhee em namoro. 

Era apenas virtual, mas os sentimentos eram verdadeiros, as conversas que tinham, os segredos que partilhavam, o desejo sentido. Era tudo de verdade. 

Quem visse de fora poderia não entender, mas bastava Baekhee e Yura entenderem o que sentiam uma pela outra. E aquilo era a única coisa que importava. 

E assim se passaram seis meses. Seis meses de namoro entre as duas garotas, um namoro à distância, virtual, mas latente no que dizia respeito aos sentimentos. 

Bonita história, não? 

Seria, se tudo não passasse de uma farsa, ou de um pequeno detalhe que fazia toda a diferença: Yura, na verdade, nunca existira e era Park Chanyeol, um garoto de 17 anos que estivera por trás da personagem feminina durante todo aquele tempo. 

Não, Chanyeol não era um cretino. Quer dizer, talvez só um pouco, contudo, ele nunca esperava que sua relação com Baekhee, ou melhor, a de Yura e Baekhee fosse chegar àquele patamar em algum momento. 

A outra garota o compreendia tão bem, gostava das mesmas coisas que si, o garoto não via nada em errado manter sua verdadeira identidade oculta quando Baekhee parecia tão à vontade conversando com Yura. E quando ela admitiu sua sexualidade... Chanyeol não conseguiu simplesmente arranjar coragem para lhe contar a verdade.

E só foi piorando. 

Porque aquilo que mantinham não era mais apenas amizade, as conversas não eram mais leves de conteúdos banais, Baekhee gostava de algo que Yura tinha a lhe oferecer, o problema era que Yura nem mesmo existia para começo de conversa. Mas não era como se Chanyeol não tivesse correspondido a cada uma das provocações da outra garota mais velha. Porque ah... Com o tempo ela se mostrou uma grande provocadora. 

Ela sabia como lhe enlouquecer com poucas palavras, apenas descrevendo o próprio corpo, as próprias sensações e, mais para a frente, como ela se tocava pensando em Yura, aquilo tudo era demais para a sanidade do adolescente. E ele não sabia mais como parar. Chanyeol se vira viciado em Baekhee, naquela mentira. 

Baekhee sequer poderia desconfiar que quando Yura falava a respeito de si, de seu próprio corpo curvilíneo e feminino, que tudo aquilo não passava de palavras vazias de um adolescente excitado do outro lado da tela. Mas, novamente, Chanyeol não fazia por mal. 

Em algum momento o adolescente realmente começou a gostar de Baekhee e se a única forma de continuar com a garota fosse aquela, se fazendo passar por uma garota, seria daquela forma que continuaria se comunicando com ela. 

Não que aquilo tivesse se tornado mais fácil em algum momento. 

 

Baekhee: Eu estou tão molhada, Yura-yah. E é por sua causa.

 

Sexting. 

Aqueles eram os piores e melhores momentos para Chanyeol. Pois Baekhee lhe falava umas coisas que lhe enlouqueciam, ela lhe excitava sem precisar falar muito, como por exemplo, naquela mensagem que ela lhe mandara repentinamente no meio da aula. Definitivamente a garota o pegara desprevenido. 

 

Yura: Unnie, eu estou em aula 

 

Oh merda, aquele não era um momento oportuno ao todo. 

Não durante uma aula de Química onde o professor ranzinza e carrasco parecia ter um apreço especial por lhe usar como vítima. E se Chanyeol já não entendia nenhuma daquelas fórmulas complicadas na lousa, depois daquela mensagem e das imagens que surgiram em sua mente seria simplesmente impossível focar sua atenção em qualquer coisa que não fosse no seu sangue que começava a – muito inconvenientemente – bombear mais intensamente para uma região em específico do seu corpo.

 

Baekhee: Você vai mesmo me ignorar em um momento desses? Eu estou tão carente 

 

Era o que diziam as novas mensagens que chegaram, fazendo o celular de Chanyeol, escondido entre as apostilas, vibrar sobre a mesa e o coração do adolescente parecer querer sair por sua boca. Tanto pela excitação que o tomava sem sua permissão quanto o medo de ser pego pelo professor. 
 

Yura: Eu realmente não posso falar agora, unnie

 

Ok, uma rápida explicação. 

No começo era realmente meio ridículo para Chanyeol, como um garoto, se referir a outra garota como "unnie", porém com o tempo acabara se acostumando com aquela personagem que desempenhava e com tal nomenclatura. 

Mas em momentos como aquele, aquele termo tomava uma conotação totalmente diferente. 

 

Baekhee: Você sabe que eu estou me tocando pensando em você agora, não sabe? 

 

Agora Chanyeol sabia. E podia imaginar a cena perfeitamente. A garota nua, com toda a pele leitosa exposta e os seios em evidência, com os mamilos rosados durinhos se destacando, e então a mão delicada se tocando no ponto mais íntimo. 

Porra, aquilo não fazia bem para sua sanidade. Nem para seus hormônios de adolescente. 

 

Baekhee: Tão gostoso, Yura-yah

Baekhee: Eu queria que fossem seus dedos aqui dentro de mim 

 

Chanyeol queria, ele queria muito saber disfarçar suas reações para aquelas mensagens, mas aquilo estava muito além de suas capacidades. O garoto suava frio em sua cadeira, com os olhos já naturalmente grandes arregalados a cada nova mensagem que surgia em sua tela. 

 

Baekhee: Na verdade, eu queria que fosse sua boca aqui 

Baekhee: Sua língua me deixando ainda mais molhada 

Baekhee: Você faria isso por mim, dongsaeng? 

 

Aquele foi estopim para Chanyeol.

Para o inferno aquela aula, aquela toda explicação tediosa maldita e a mania de carrasco daquele professor, foi isso que o adolescente pensou enquanto andava rapidamente em direção à mesa dele em passos rígidos e tensos. 

– P-professor, eu preciso realmente ir ao banheiro. 

Humilhante. Definitivamente humilhante. Mas necessário e urgente. 

Mas o professor implicante nem mesmo ponderou respeito de seu pedido, parecendo se compadecer de seu estado todo trêmulo e suando frio, o concedendo a permissão. Não que ele pudesse imaginar de alguma forma o motivo da pressa de Chanyeol. 

Com certeza não passava por sua cabeça que eram as mensagens especialmente picantes que Baekhee decidira lhe enviar e um pau duro dentro das calças. 

Chanyeol se apressou até o banheiro masculino mais próximo, agradecendo aos céus por ele estar vazio naquele momento, e se trancando na primeira porta que vira pela frente, mandando a higiene ao inferno ao sentar-se na tampa do vaso sanitário fechado, descendo as calças e finalmente livrando seu membro que pulsava apenas com aquelas poucas palavras e estímulos. Baekhee lhe enlouquecia.

 

Yura: Eu já estou sozinha 

 

Fez questão de avisar. 

 

Yura: E você sabe que eu faria qualquer coisa por você, unnie

 

E não era mentira. Chanyeol faria cada um daquelas coisas que prometia a outra com prazer, principalmente se fosse fazer com que a garota gozasse, lhe arrancando gemidos femininos e arrastados. 

Elas nunca haviam conversado por ligação, áudio ou vídeo, e de certa forma Chanyeol era grato por Baekhee nunca haver lhe pedido algo do tipo, pois então aí sua farsa estaria perdida. 

 

Baekhee: Eu sabia que você era uma boa menina, Yura 

Baekhee: Você sabia o quão excitada eu fico ao imaginar o seu gosto? Onde você gostaria de sentir minha boca em você, dongsaeng? 

 

Ah... Chanyeol tinha uma boa ideia de onde gostaria de sentir a boca da garota em si. A ereção dolorida entre suas pernas, para ser mais exato.

 

Yura: Você ainda pergunta, unnie? Eu queria tanto sentir sua boca me chupando, sua língua dentro de mim 

 

Pelo menos era isso o que o adolescente havia aprendido nos filmes pornográficos lésbicos que havia assistido. As atrizes gemiam tão alto quando as parceiras faziam aquilo com elas, definitivamente devia ser algo bom, pois só de assistir parecia realmente excitante. 

E quando Chanyeol tocou a própria ereção pela primeira vez com aqueles pensamentos em mente teve de se segurar para não gemer com aquele toque. Sentia seu comprimento pulsando forte a cada movimento apressado que fazia em seu membro que se lambuzava pelo líquido pre seminal que escapava pela fenda em abundância. 

 

Baekhee: Você iria gozar na minha boca como uma boa menina, dongsaeng? 

 

Baekhee nem mesmo imaginava o quão próximo de gozar a pessoa do outro lado da tela estava. Mesmo que a outra pessoa não fosse exatamente a garota de cabelos longos e negros e de seios fartos que imaginava. Chanyeol havia sido bem inventivo a respeito da aparência de "Yura". 
 

Yura: Eu estou quase gozando, unnie 

Baekhee: Uh, você também está se tocando, Yura-yah? Você está bem molhada? 

Yura: Sim, unnie

 

Porra, Chanyeol estava mesmo muito sensível. Só mais alguns estímulos ou qualquer provocação a mais de Baekhee e acabaria gozando realmente. 
 

Baekhee: Não goze antes de mim, Yura. Eu estou quase chegando lá, dongsaeng

Baekhee: Meus dedos estão todo melados, Yura 

Baekhee: Eu queria que você pudesse sentir o meu gosto também 

 

E aquela imagem mental pintada na mente do adolescente foi demais para seus hormônios conseguiram resistir por muito mais tempo. 

Chanyeol puxou a barra da camiseta do uniforme até os próprios lábios e a segurou ali, deixando o abdômen exposto e voltando a se tocar com avidez, em um vai e vem rápido, com todas aquelas imagens que Baekhee havia feito se pintar em sua imaginação como inspiração, sentindo o baixo ventre repuxar na sensação do orgasmo que se aproximava. Ah, faria tantas coisas com aquela garota se tivesse a chance. Ela o provocava tanto, entretanto, nunca achava que conseguia a responder a altura. Não quando tinha de esconder o próprio sexo para se comunicar com ela.

Sua vontade era de dizer o quanto tinha vontade de colocá-la de joelhos e fazê-la engolir cada centímetro de seu pênis duro, até ver seu rosto delicado avermelhado pelo esforço, ver sua boca pequena deslizando por sua extensão e a língua umedecendo seu comprimento. Queria dizer o quanto gostaria de sentir na pele seu interior quente, se ela estava molhada como dizia estar, e como a preencheria gostoso, em um vai e vem frenético até que ambos gozassem. Não que já não estivesse perto do orgasmo por si só. 

E quando ele veio, veio arrebatador. 

O adolescente teve de morder com força o tecido entre os lábios para não deixar nenhum som escapar sem sua permissão, se derramando contra seus dedos que ainda ensaiaram movimentos leves em seu membro até toda aquela sensação alucinante do ápice se esvaísse completamente. O suor brotava de suas têmporas e sua respiração estava ofegante, entretanto, era de satisfação o sentimento geral que lhe tomava. E um sorriso sacana lhe tomou os lábios ao ler a mensagem da garota na tela. 
 

Baekhee: Obrigada por me ajudar, Yura, você foi como sempre uma boa garota

 

Baekhee: Eu gozei gemendo seu nome, sabia?

 

Chanyeol não sabia, porém tinha aquela fantasia gravada a ferro em sua mente e o sonho impossível de um dia ver tal cena pessoalmente. Infelizmente, aquilo nunca se concretizaria. 

 

Yura: Eu também, unnie. Foi muito bom 

 

Uma mentirinha branca não faria mal, certo? Definitivamente não, não perto de tudo o que Chanyeol já escondia da garota. 

 

Yura: Agora eu tenho de voltar a aula, unnie, ou o professor vai desconfiar 

 

E o adolescente realmente precisava voltar, mesmo que tivesse a certeza de que não conseguiria prestar atenção em matéria nenhuma depois daquele momento tão íntimo com Baekhee logo pela manhã. 
 

Baekhee: Tudo bem, Yura 

 

Baekhee: E hey

 

Baekhee: Você sabe que eu te amo, não sabe?

 

Porra. E era em momentos assim que Chanyeol se via desafiado a deixar seu disfarce para trás e ser sincero pela primeira vez com a garota. 

Não era fácil fingir ser quem não era, mas era quando ela demonstrava carinho e afeto que tudo ficava um pouco mais grave. Porque envolviam os sentimentos sinceros da outra garota e ela não merecia ser tratada assim, entretanto, mesmo assim Chanyeol a correspondia. Era simplesmente complicado demais.

E, covardemente, mais uma vez o adolescente engoliu a própria coragem e voltou a vestir aquela máscara que já estava tão acostumado a usar. 

 

Yura: Eu sei. Eu também te amo, unnie

 

Suspirando Chanyeol se limpou e ajeitou as próprias vestes, com a consciência pesada, mas os pensamentos ainda focados nos momentos anteriores, contudo toda sua atenção voltou à situação atual quando saiu da cabine do banheiro e deu de cara com o reflexo de outro estudante desocupando uma das cabines vizinhas. 

Quando entrou havia se certificado de que estava sozinho, mas aparentemente o outro aluno estivera ali o tempo todo. O estômago de Chanyeol afundou em seu ventre de apreensão e medo de ter soltado algum gemido indiscreto, no entanto, ao fitar o olhar desinteressado – quase de desprezo – do outro no reflexo do espelho, aliviou-se ao perceber que estava a salvo. 

Porque ser alvo de Byun Baekhyun não estava em seus planos. 

O garoto ao seu lado era apenas alguns meses mais velho que si, entretanto, não eles não compartilhavam mais nenhuma semelhança além de ambos estarem no terceiro ano. Baekhyun significava tudo aquilo que Chanyeol mais desprezava, e olha que o adolescente era alguém muito tranquilo e totalmente contrário a inimizades. 

Não, Chanyeol não desgostava de Baekhyun só porque ele era o capitão do time de futebol, bonito, popular e namorava uma das garotas mais bonitas do colégio – na verdade, se passasse pela cabeça do garoto ao seu lado quantas homenagens no banho o adolescente já havia prestado a Taeyeon, provavelmente ele estaria ferrado – mas não, não era por nada daquilo. Chanyeol estava se lixando para o status. O que não gostava no garoto de cabelos castanhos e olhos afiados ao seu lado era sua personalidade e seu senso de humor cruéis. 

Parecia que Baekhyun sentia prazer e satisfação de tirar sarro e zombar dos mais desfavorecidos ou daqueles alunos mais deslocados, fazendo da situação deles apenas mais miserável com suas piadinhas inconvenientes. Babaca, homofóbico e egocêntrico. Aquela era a descrição perfeita para o Byun.

Então não, Chanyeol não gostaria que Baekhyun descobrisse o que estava fazendo ali na cabine às escondidas. 

Chanyeol se limitou a lavar suas mãos em silêncio, respirando aliviado ao ver o outro garoto sair do banheiro, só então sentindo o alívio o tomar por completo. 

Deveria começar a ser mais cuidadoso e parar de se deixar levar pelas loucuras de Baekhee. Mas, sinceramente? Chanyeol não se arrependia de nada daquilo. 

Definitivamente, Baekhee era sua maior perdição.

 

 

 


Notas Finais


Nunca escrevi nada parecido na minha vida, então se esse semi orange ficou uma porcaria me desculpem pelo vacilo KKKKKKKK

A fic vai ser curtinha e já já eu apareço com o próximo cap. Aliás, vai ter fic (longfic) especial de ano novo, então fiquem ligadinhos?

Comentários? Surtos? Pedradas?

Beijos e até o próximo <3


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