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História Abstinence - Freedom


Escrita por: repxtation

Notas do Autor


OLÁ, AMORES! O capítulo ficou bem maior do que eu esperava, mas espero que gostem. Boa leitura :)

Capítulo 39 - Freedom


Fanfic / Fanfiction Abstinence - Freedom

Um ano depois...

POINT OF VIEW JULIETA SMITH

Algumas pedras pressionavam minha pele, as palmas das mãos no chão e os respingos de suor tocavam a areia ardente. Meu corpo rastejava pelo chão fervente, fazendo agachamento.

— 48... – Murmurei, buscando fôlego. — 49... 50!

Levantei, limpando as mãos no macacão e Colleen jogou a garrafa d'água para mim, tomei a mesma sentindo doer de sede. Fechei a garrafa, caminhando para perto de Avery que estava ensinando alguns golpes para Courtney. Observei seus movimentos, fechando meus pulsos em punho e colocando em frente ao rosto.

— Sim, exatamente isso Smith.

— Eu aprendi algumas coisas alguns anos.

— Solitária, não é? – Assenti.

— Ou você aprende ou apanha. – Concordou, Avery continuou ensinando algumas coisas para derrubar alguém e voltei para os meus treinamentos, cumprimentando algumas detentas no caminho.

— Qual é, Smith?! Chega mais!

— Como estão? – Perguntei para Andrea.

— Suave e você?

— Tô de boa.

— Tá' ligado na novata?

Apontou para uma menina loira de olhos azuis, que acabara de chegar e ajeitei minha bandana preta, assentindo.

— Disse que conhece seu ex, o Bieber.

— Mesmo? – Assentiu e passei a língua entre os lábios. — Espero que ela não esteja aqui por conta dele.

— Que nada! Usava drogas, mas já dormiu poucas e boas com ele.

— Bom para ela. – Dei de ombros, me despedi dela e seu grupo, cumprimentando Nicki rapidamente que sorriu a me ver e dei um pulo, segurando no ferro e fazendo o levantamento.

— Eu amo ver você se exercitando.

Gargalhei, respirando fundo e cruzei meus pés, usando meus músculos para erguer meu corpo acima do ferro e descer, enquanto contava cada exercício.

— Por quê?

— Você, de nós, é a que mais tenta se manter em forma Smith.

— Eu quero que esses anos tenham valido a pena em alguma coisa. – Rosnei, buscando ar pela boca e travando a mandíbula.

— Isso é raiva, garota, raiva acumulada. – Avery disse, tragando um cigarro. — O ódio não vai te levar á nada, Julieta.

— Eu não tenho ódio, Ave, eu tenho mágoa.

Caí no chão, após fazer os 50 levantamentos. Deslizei o feixe do macacão, amarrando suas mangas em minha cintura para prender e finalizei meu alongamento, quando abri minhas pernas e segurei no chão para ter equilíbrio, fazendo um espacate arrancando gritos das meninas. Tentei manter minha respiração tranquila, forçando meu corpo a curvar-se e tocar na areia fervente e apertei minhas pálpebras, aguentando por segundos contados por Alessia e fiquei de pé, após terminar. Os pingos de suor umedeciam minha camiseta e segurava meus fios avermelhados nas costas. Sentei na arquibancada, entre as pernas de Courtney que soltou meus cabelos e começou a trança-los.

— Eu estou apaixonada por seu cabelo vermelho!

Ri disso, há cinco meses o loiro já não me causava tanto efeito como antigamente quando me olhava no espelho, Andrea tentou pintar seu cabelo e não completou com sucesso, então atingi os meus cabelos de vermelho escuro.

— Terminei! – Toco em meus cabelos, notando que ela fez duas tranças da raiz, como boxeadoras. — Nos últimos meses você anda malhando tanto e lutando que agora caiu perfeitamente em você.

Gargalhei, a abraçando.

— Smith? O chefe quer falar com você! – A nova policial, Shiver, uma mulher dos cabelos castanhos e olhos azuis, chamou e corri até ela, percebendo sua típica expressão irritada. — O chefe fala muito com você, não acha?

— Reclame isso com ele que me chama. – Dei de ombros, debochando.

— Vocês não me enganam.

— Sinto muito Shiver, se Hayes nunca te deu a devida atenção. – Quando chegamos perto da porta de Sebastian, ela me empurra violentamente, contudo não caio. Bateu na porta e Hayes abriu, avaliando-me das pés a cabeça.

— Obrigada, policial Shi...

— Shiver!

— Sinto muito, Shiver. – Gargalhei, o deixando confuso e ela bufando de raiva. Entrei em sua cela, Hayes retirou as algemas e segurou em minha cintura. — O que tanto ri?

— Você é muito sonso ou se faz perfeitamente. – Balanço a cabeça, ele franziu o cenho e percebi que era a primeira opção. — Shiver está caidinha por você, Hayes, desde que chegou.

— Não! Ela é apenas educada.

Bufei.

— Homens. – Revirei os olhos. — Ela sempre está te olhando, demonstrou ciúmes com nós dois juntos e já ouvi falando sobre você com outras guardas.

— Mesmo? – Sorriu e eu assenti. — Não ligo, eu quero apenas você.

Desviei do seu beijo, soltando-me dele e sentando na poltrona em frente a sua mesa.

— Mas eu ligo! Deveria dar uma chance para ela.

— O que? – Perguntou perplexo. — Não!

— Isso está passando dos limites, Sebastian. Policiais já estão desconfiando de nós dois. Acha que não comentam isso? E que eu saiba, é contra as regras ter relações com as detentas. – Ele arqueou a sobrancelha, esperando onde eu queria chegar. — Eu não sou mulher para você.

— Já conversamos sobre isso, querida.

— Não, não conversamos. – Hayes bufou, bagunçando os cabelos. — Não podemos mais ficar juntos, Sebastian.

— Se pensa que iremos nos afastar, está enganada. – Descansei as costas na cadeira. Respirei fundo. — Eu sei as consequências e estou disposto a arriscar tudo.

— Tudo por mim? Eu sou presidiária, você... – Deixei a frase no ar. — Você é o chefe do presidio. Consegue ver um futuro aqui? Por que eu não. Mesmo que eu saísse, não aceitariam você ficar com uma ex detenta.

— Por que insiste em falar isso de você? Eu entendi, você é presidiaria! Agora me pergunte se eu ligo? – Aumentou seu tom de voz.

Fiquei de pé, caminhando para perto dele e segurei seu rosto com as duas mãos, mantendo-me a centímetros dele.

— Quando você passa tanto tempo entre paredes fechadas, percebe o quanto pode ser descartável e eu não quero gostar de você mais do que deveria. – Seu olhar murchou. — E eu jamais me perdoaria se, o suor que você deu por isso, fosse jogado fora por causa de um romance. Acredite em mim, quando digo que não valho a pena.

— Cale a boca. – Rugiu, segurando meu pulso. — Cale a boca, Julieta.

— Não, Hayes. – Me afastei. — Me chame se realmente precisar de mim, se não colocar um ponto final nisso, eu coloco.

— O que quer dizer?

— Acabou. – Ele parecia ter levado um soco, eu sentia dor em dizer isso, mas precisávamos acordar para a realidade. Hayes não poderia me proteger para sempre e muito menos ficarmos juntos, estávamos em cadeias diferentes da sociedade e mesmo que eu admirasse seu sentimento e sua coragem, não poderia deixar que tudo que ele tinha fosse jogado no lixo. Se ele não tivesse a força para nos separar, então eu teria. Engoli á seco.

— Você não pode estar falando sério.

— Deveria dar uma chance para aquela policial, sair mais vezes e ver sua família. Você merece ser feliz com alguém de verdade. – Sorri, dando de ombros.

— Baby, olhe para mim! – Seus passos foram rápidos em minha direção, minhas costas chocaram-se contra a parede quando seus lábios pareciam estar pertos demais. — Por que está fazendo isso comigo? Eu sei que gosta de mim. Vamos dar um jeito, Julieta. Como sempre fizemos.

— E até quando? Mais 11 anos? Quanto tempo mais vai passar até você enjoar de mim e querer ter um futuro? E perceber que eu não posso te dar isso? Eu não posso nem me dar um futuro! – Soltei uma risada, sentindo meus olhos marejarem.

— Se eu tiver que esperar 11 anos por você, eu vou. Desde a primeira vez que te vi me encantei, Julieta. Enfrentamos poucas e boas nesses anos, não vai ser agora que eu vou te deixar. E não vai ser agora que iremos desistir. – Balancei a cabeça. — Eu...

— Não termine isso, Hayes. – Pedi de maneira rígida. — Não diga isso.

— Eu te amo, Julieta. – Fechei meus olhos, baixei minha cabeça, soltando um suspiro pesado. — Mesmo que não me ame, eu te amo e sempre irei te amar.

— Não, você não ama. – Neguei.

— Então me diz o que é? – Fiquei em silêncio, sem saber o que responder.

— Eu não sei, tudo bem?

Suas mãos rodearam meu pulso, ele colocou minha palma sobre o seu peito coberto por uma camiseta branca, eu sentia seu coração saltar debaixo da minha mão e balançar tão rapidamente que poderia rasgar sua carne.

— Eu sei que pode sentir ele. – Engoli á seco. — Eu sei o que sinto. Eu nunca amei uma mulher como você. Não sei se isso irá mudar um dia, que eu saiba não. Porém, eu quero viver isso, não importa como.

— Me diga isso novamente em um ano, vamos ver se você terá coragem. – Avisei e ele riu, abraçando-me fortemente enquanto enterrava meu rosto em seu pescoço.

Eu não queria me magoar mais uma vez. Hayes me tratava como uma verdadeira dama, sempre que precisava ele estava ali por mim, me apoiando e me deixando ser frágil por mais um minuto. Eu gostei dele, atravessei o sinal imposto para esse relacionamento e desfiz barreiras por ele. Contudo eu sabia, haveria um momento em que ele iria ver alguém e esse alguém faria seu coração bater muito mais forte que eu. Então ele notaria que me amar não foi o suficiente para preencher seu coração como o outro alguém faria. Porém, eu já estava trabalhando em criar a armadura para quando descobrir que era descartável.

Seus lábios tocaram os meus e sua tranquilidade convenceu minha fúria de que estava tudo bem. Devolvi o beijo, passando meus braços ao redor do seu pescoço. O abracei fortemente, antes de sentar em seu colo, enquanto Hayes e eu conversávamos sobre coisas aleatórias.

— Por falar nisso, você não disse nada sobre meu cabelo.

— Eu amo todas as suas fases. – Ri. — Acho que o vermelho te deixou com uma impressão intimidante.

Soltei um gritinho, o fazendo gargalhar.

— Mesmo? – Assentiu. — Isso é bom, eu acho.

— Não vá aprontar, apenas tenha a impressão, por favor.

— Sabe que não precisa livrar minha barra, eu pagarei pelo o que fiz.

— Eu sei, mas não consigo ver a maldade que fazem com você.

— Aprecio isso. – Selei seus lábios. — Agora preciso ir.

— E onde precisa ir com tamanha pressa?

— Ha-Ha! – Debochei. — Eu soube que meu novo advogado chegaria hoje.

— E quem é? – Dei de ombros.

— Não faço a mínima ideia.

— Apenas passe mais um minuto comigo? – Pediu, com um semblante extremamente fofo.

— Um minuto? – Assentiu e eu ri. — Um minuto.

Sentei em seu colo, com uma perna de cada lado e suas mãos grandes e calejadas agarraram a polpa da minha bunda, quebrando qualquer distância que existia entre nós. Sinto meu corpo incendiar quando seus beijos molhados descem por meu busto e fecho meus olhos, quando Hayes puxa a barra da minha regata, puxando-a e jogando sobre sua mesa. Sento sobre o seu membro e Sebastian toma os meus lábios, sempre perdíamos o controle quando estávamos muito perto, ele levantou-se me segurando em seu colo e sinto o som de coisas quebrando, quando Hayes derruba os objetos sobre sua mesa me colocando sentada na madeira e tiro sua camiseta, puxando seus lábios novamente para os meus e entrelaço minhas pernas ao redor da sua cintura, gemendo com os rastros de fogo que suas mãos deixavam por meu corpo.

— Você vai me enlouquecer um dia, sabia? – Murmurou contra os meus lábios.

— Você já enlouqueceu, amor.

— Repete.

— Você já...

— Não, a outra parte, querida.

Abro um sorriso, mordendo o lóbulo da sua orelha.

— Amor. – Sussurrei e isso fez com que Hayes perdesse o controle. Suas mãos puxaram meu sutiã, arrebentando a alça e o tempo para protestar não surgiu, pois ele me deita sob a mesa e sua boca engole meu seio direito, enquanto sua língua áspera me fazia delirar. Mordi os lábios com força, reprimindo o gemido.

— Chefe Hayes? Tem uma visita para Smith! – Agarrei seus cabelos, ouvindo batidas na porta e a voz irreconhecível da policial Shiver. Bufo, tentando empurrar Hayes. — Chefe?

— Prometo que continuamos outra hora. – Sussurro sentando. — Você destruiu o meu sutiã!

— Ficará como lembrança para mim. – Sugou meus lábios em um beijo.

Vesti minha camiseta rapidamente. Ajeito meus cabelos, respirando novamente e ajudo Hayes a colocar as coisas sobre sua mesa. Ele abriu a porta e o olhar de Shiver, se ela fosse um super-herói, iria me destruir.

— Atrapalho?

— Não.

— Sim. – Hayes disse e dou uma cotovelada em seu abdômen, sorrindo falsa para a policial.

— Ele é louco. – Brinquei e estendi meus pulsos.

— Não precisa de algemas, Smith, sabe disso. – O repreendo com o olhar.

— Eu sou uma detenta, as normas são essas.

— E eu sou o chefe, eu dou as normas. – Mordo meus lábios.

— Deveria por essa daí na solitária. – Shiver disse e revirei os olhos, sem que ela visse.

— Mas eu sou inocente.

— Essas vadias nunca sabem quando devem ficar no seu lugar. – Entreabri os meus lábios, tomando um choque de perplexidade, antes de gargalhar.

— Uma mulher jamais deve ser chamada de vadia, independente do que ela faça. – Disse após parar de rir.

— Policial Shiver, mais respeito!

— Tudo bem, Hayes, não me incomodo em ser chamada de vadia. – A policial passou as algemas por meus pulsos e me tirou da sala com força, guiando-me entre os corredores.

— Jamais me desrespeite dessa maneira na frente do chefe! – Rosnou em meu ouvido. Evitei responder. — E da próxima vez, pelo menos disfarce que não deu para ele para ter privilégios.

— Oh, sinto muito policial Shiver, se morreria para estar no meu lugar.

Minhas costas bateram na parede ao meu lado e Shiver acertou um soco em meu rosto, acertando minha mandíbula e quando iria reclamar, ela segura minha nuca agarrando meus cabelos para atingir o cassetete em meu estômago. Gemo de dor, tentando respirar e ela me empurra, toda vez que paro subitamente para andar. Quando chegamos às cabines, procuro por minha mãe, um homem aparentemente com aparência de advogado ou os meus gêmeos, mas tudo que vejo é um homem de cabelos raspados, olhos dourados e uma aparência cansada.

O meu coração saltou.

As íris que um dia tanto amei, avaliavam-me e ele parecia inquieto. Shiver tirou minhas algemas, mas eu não me movi do lugar. A dor não era sentida, mas a mágoa sim. As lágrimas formavam-se em meus olhos, contudo não derrubei nenhuma. Engoli á força o bolo que se formou em minha garganta e travei a mandíbula.

— Justin? – Ele ficou de pé.

— Oi, baby.

Ele fungou, deixando lágrimas caírem e andei, ficando na frente da cabine.

— Justin? – Pergunto ainda sem acreditar.

— Sou eu, amor, sou eu. – Os dedos tocaram no vidro, Bieber parecia mais magro e seus olhos estavam fundos, as tatuagens que eram meu vicio continuavam bonitas, ainda parecia ser o meu homem.

Mas eu não era mais sua.

— O que faz aqui? – Franzi o cenho. Não me sentei na cadeira, fiquei de pé, quebrando qualquer contato que pudéssemos ter. — Por que está aqui?

— Eu precisava te ver, e-eu precisava ver você pessoalmente. – Sorriu triste. — Você está tão diferente...

— Você me abandonou.

Balançou a cabeça, freneticamente.

— Eu estou tentando, Julieta, eu prometo que vou tirar você daqui. – Ignorou o que eu disse. — Não tenha um dia que eu não sinta sua falta. E-Eu...

— Você me abandonou. Você comemorou como o velho Bieber. Você teve um filho. Você seguiu sua vida. – Cada palavra parecia uma lâmina em meu corpo. — VOCÊ ME ABANDONOU!

— Não, amor, não. Eu não podia vir! Isso era para o seu bem, acredite em mim.

Neguei, deixando as lágrimas que tentei abandonar, caírem.

— Não me procure mais, Justin. – Era difícil pronunciar as palavras com exatidão, quando o seu corpo todo parecia estar sangrando. — Esqueça que um dia existiu algo.

— Não, amor... Acredite em mim, por favor. – Dei as costas, evitando olhar para trás e engoli o choro, como a boa menina deveria ser. Bati na porta, vendo a policial Shiver esperando e estendi meus pulsos, ela não perguntou. Continuei ouvindo os gritos de Bieber pelo corredor.

Mordi o canto dos lábios, reprimindo as lágrimas que insistiam em voltar. Quando a policial Shiver largou-me no pátio, meus passos iam para direções que meu corpo não identifica, eu estava navegando como uma alma perdida e não sabia como reagir. Por tanto tempo almejei vê-lo, que agora tudo que senti ao ver seus olhos tão de perto foi à dor. Ele conseguiu me destruir com meras palavras e me nocautear sem me tocar. Sentei na arquibancada, deixando meu rosto cair nas palmas das minhas mãos e respirei fundo, controlando a respiração e procurando não surtar. Ouço as perguntas de Courtney e Alessia, contudo ignorei todas. Phoenix saberia o que me dizer e sabia que elas também, essas mulheres tornaram-se tudo para mim em pouco tempo e o que eu tivesse que enfrentar por elas, eu enfrentaria. Porém, neste instante, o meu coração me traia. Em tantos anos, Justin se mantinha sendo o amor da minha vida, mas ele nunca causara tamanho efeito nesses meses, ele era apenas uma lembrança antiga e agora, uma dura realidade.

— O que houve, querida? Conte-nos! – Court perguntou, acariciando meus cabelos.

— É... Q-Que... E-Ele... – Perdi a fala.

— PEGUEM A NOVATA! – Ouço gritos, olho para frente vendo algumas detentas em círculo e fito rapidamente Court e Alessia, vendo-as tão confusas quanto eu. — Medrosa!

— A gente faz algo? – Avery perguntou.

— Eu já passei por isso e não vou deixar mais pessoas passarem.

Levantei, cambaleando e ri disso. Corri em direção a roda, empurrando as mulheres para o lado e vendo uma das novatas, loira dos olhos azuis, sendo chutada por Jackson e Stevens.

— Ei, ei! Parem com isso, deixem a garota em paz! – Joguei-as para longe. Acertei um soco em Stevens, que caiu ao chão e fiquei em frente à garota. — Que droga está acontecendo aqui?

— Novatas precisam saber o seu lugar, Smith.

— Eu fui novata assim como todas vocês. Ou já nasceram dentro da prisão? Eu apanhei como ela e não desejo isso para ninguém. Somos um lixo! É isso que todos lá fora acham de nós. Lixos! – Gritei. Todas observaram atentamente. — Se não nos unirmos desde já, seremos tratados assim pela sociedade lá fora. Somos mulheres e não devemos rebaixar, desmerecer ou ficar contra a outra. Todas estão no mesmo barco furado. Ninguém é melhor que ninguém. Desde quando o tempo em cadeia significa poder? Respeitem umas as outras. Ou ninguém irá respeitar vocês!

— Tô com ela! E quem tem algo contra, vai ter que passar por mim. – Nicki disse, ficando ao meu lado. Andrea se juntou, assim como Courtney e Alessia.

— Se for pra brigar, que seja com vocês. – Avery cruzou os braços, caminhando para o nosso lado.

Stevens e Jackson deram as costas, reclamando e as detentas comemoraram.

— Abraço em grupo! – Disse as fazendo rirem, segundo grande parte das detentas, eu era uma pessoa de abraços, por qualquer motivo eu abraçaria alguém, mesmo que fosse um aceno rápido.

— Ei, qual é o seu nome? – Ajudei a novata a levantar-se, seu rosto estava sangrando e inchado. — Segure-se em mim.

— É Molly.

— Deixa-me refazer a pergunta: Qual é o seu sobrenome? – Ela passou seu braço por meu pescoço. — Aqui nós chamamos as outras detentas pelos sobrenomes.

Deixei-a sentada no banco, sendo avaliada por Avery.

— Molly Brown.

— Prazer, Brown. Meu nome é Julieta, Julieta Smith. – Mesmo com o rosto ensanguentado, ela levantou a cabeça e parecia estar em meio aos pensamentos.

— Você não parecia tão intimidante na foto. – Tossiu.

— Como?

— Eu dormi com o Bieber. – Procurou rastros de alguma emoção em meu rosto. — Trabalhei para ele como garota de programa, antes de começar a vender drogas.

— Eu ainda não entendi aonde quer chegar, Brown.

— Uma vez entrei numa sala, da casa de Bieber, acho que era o escritório dele e tinha uma coroa de esmeraldas, junto de algumas fotos de uma menina, ela parecia ser doce demais para ele. – Lembrei-me do meu aniversário, quando ganhei o presente mais inesperado. — Bieber havia me dito que era a rainha do seu império. Você.

Meu coração disparou.

Contudo, do mesmo modo que acelerou, murchou como uma rosa descuidada pelo tempo. Era como eu me sentia: Uma flor. Por meses fui regada, no entanto, a falta de cuidado e amor foram secando cada pétala minha, enfraquecendo suas pontas e ressecando sua pele.

— Era. – Soltei uma risada. — Não acredite em muito no que o seu chefe diz.

— Eu sei quando um homem ama alguém, Julieta. – Gemeu quando Avery limpou seu ferimento. — Eu sou uma prostituta, vejo homens que amam e não sabem amar. Eu vi, nos olhos dele, que Bieber morreria por você.

— Então sugiro que reveja seus conceitos, gatinha. – Sorri. — Ver o amor é fácil, quero ver demonstrar.

— SMITH? VENHA AQUI, AGORA! – Ouço o grito de Shiver, olho para ver ela me chamando na frente do portão que nos levava para dentro do presidio e me levanto, caminhando para perto da mulher ranzinza, ela estava acompanhada de Nathan e outro policial, que não havia identificado o nome.

— O que foi?

— Solitária! Dois dias. – Franzi o cenho. — Anda! Vire-se!

— E eu vou para solitária por quê?

— Por ter brigado com Jackson e por quase fazer uma revolução com as mulheres. Pelo visto a palavra ordem não está no seu dicionário! – Rugiu, puxando meus pulsos para prendê-los.

— Quase fazer uma revolução não é fazer! – Devolvi. — E eu não vou para a solitária por loucura sua!

A empurrei para longe, jogando as algemas no chão. Minha respiração pesou.

— Se eu for para essa merda, que seja por um motivo de verdade.

— O que quer dizer? – Perguntou Shiver, antes de eu fechar minhas mãos em punho e acertar em seu rosto, jogando-a no chão. — CINCO DIAS!

— LEVANTE-SE SHIVER! Quando eu estou com algemas você não é nada! – Gritei a segurando pelo colarinho do uniforme.

O policial Nathan fez um mata leão em mim, sufocando-me e passou as algemas por minhas costas. Sou empurrada com brutalidade, enquanto ajudam Shiver á erguer-se. Quando a porta metálica da solitária é aberta, o cheiro reconhecível por mim adentra as minhas narinas.

Dou passos, entrando no ambiente completamente fechado e minhas algemas são removidas. Fico de costas para a porta, escutando-a fechar-se, mas eu ainda sentia a presença dos policiais em minhas costas. Viro-me para olhá-los e Shiver, Nathan e o outro homem estão me avaliando de maneira debochada. Os guardas adoravam isso, fazer brincadeiras com as detentas, como uma forma de mostrar quem estava acima deles no topo da cadeia alimentar.

— O que foi, Smith? O medo bateu?

— Eu não tenho medo de você. – Rosnei.

— Ah! Claro! Você apenas deixou Hayes te comer e ganhou proteção.

— Inveja, Nathan? – Sorri de canto.

— Cale a boca! – Sua mão virou com força em meu rosto, cambaleio, contudo me seguro na parede úmida. — Me respeite, sua cadela!

— Vai para o inferno!

Eles riram, segurando revólver, arma de chocolate ou cassetete. Engoli á seco, sentindo um filete de sangue abrir-se em meus lábios quando sou jogada no chão por Shiver, que acerta socos em meu rosto. Os policiais seguram-me pelos braços, impedindo de devolver e grito quando o choque da arma espalhou-se por meu corpo, a eletricidade queimou minha pele e fez meu sangue borbulhar. Gritei de dor, lembrando-me de como a sensação era familiar. Cuspi sangue, a partir do momento em que Shiver, Nathan e o outro homem acertaram chutes e pontapés contra o meu corpo e principalmente, o meu rosto. Gritei, arranhando o chão com as minhas unhas. Gritei sabendo que não seria salva.

Meu corpo estava tão danificado que eu não sentia com tanta intensidade as descargas elétricas, ouço as risadas profundas de Bastian e seus seguidores. A dor espalhou, múltiplas vezes mais intensa e mais forte. Cada átomo do meu corpo parecia carbonizar, minha cabeça estava sobre mil rinocerontes.

— S-So...

— CHAME PELO O SEU AMADO BIEBER! – Ouço os gritos de Vaughnn.

Perco o equilíbrio da cadeira quando meu corpo treme violentamente, sinto meus olhos revirarem e uma espuma líquida subir por minha garganta. Eu perco meus sentidos, implorando para que a dor acabe.

Arqueio as costas, ao sentir o contato do cassetete com os meus ossos. E não parou pela primeira vez.

— Você aprender qual é o seu lugar! – Shiver rugiu, quebrando sua arma de madeira em minhas costas.

Engatinhei, tentando fugir de apanhar ainda mais, contudo Nathan acerta um chute em meu estômago fazendo-me gemer. Minha visão estava turva quando me seguraram pelos braços, ergueram-me mesmo que minhas pernas não tivessem a força que deveriam ter. Os socos de Shiver em meu rosto são violentos, ela distribui entre minha face e o abdômen. Suas palavras de ódio rondam a minha mente, entorpecentes.

— Como se sente, Smith? Sabendo que é apenas um descarte de todos os caras que você ficou.

Gargalharam, suas risadas ecoando em minha mente. Deixei a cabeça cair, sentindo o sangue escorrer por minha boca. Meus cabelos soltaram-se, cobrindo o meu rosto. Os gritos já não saem com tanta intensidade como antes.

Dor.

— Quero ver você implorar, sua vadia!

— Vamos fazer algo com ela. Preciso ver essa cadela implorar.

O outro policial puxou meus cabelos, erguendo minha cabeça e Nathan junto de Shiver ficaram avaliando meu estado. Meu olho esquerdo se fechava, inchando e meu rosto havia recebido tanta porrada que eu não o sentia mais.

— Tire a roupa!

Tento pronunciar algo, minha voz está fraca.

— Vamos, Smith! Tire a droga da roupa! – Gritou Nathan, destravando sua arma e apontando para mim. Firmei minhas pernas, levantando a cabeça.

— Não. – Murmurei.

Sem misericórdia.

O choque passou como raio por seus olhos, antes da fúria lhe invadir.

— TIRE A DROGA DA ROUPA! TIRE ANTES QUE FIQUE PIOR PARA VOCÊ!

Trêmula, meus corpo mandava espasmos cruéis.

— Não.

— Como é? – Passou a língua entre os lábios.

— Ela está te desafiando, Nathan. Faça algo, cara! – Disse o outro homem.

Nathan se aproximou rapidamente, colocando o cano da arma em minha garganta e engoli á seco, o medo corroendo meus ossos como ácido. Dei um tranco em meu braço, soltando-me de Shiver e mordi toda a dignidade que ainda restava em mim. Abaixei meu macacão, ficando apenas de calcinha e regata.

— Vamos! Tire! Tudo! Quero ver tirar tudo.

Coloquei as mãos na barra da camiseta mancha por sangue, passando por minha cabeça e ficando com apenas uma única peça de roupa. O choro passou rasgando por minha garganta.

Meus poros transpiravam um sentimento:

Humilhação.

Quando Nathan me obrigou a tirar a calcinha, as lágrimas acumularam-se em meus olhos e toda a dor que eu sentia, deu lugar para a raiva. Eu tremia em descrença, quando os olhares me avaliavam como uma mercadoria e o ódio borbulhou em minhas veias quando o policial retirou sua cinta e acertou em minhas pernas, derrubando-me.

— Está com vergonha, Julieta? Não é você que abre as pernas para o chefe?

— Porra! Eu comeria ela até cansar.

Arfei quando acertou outra vez em minhas pernas.

— Come, é apenas o brinquedinho do chefe mesmo. – A mulher disse, o veneno escorrendo pelo canto de sua boca.

Riram.

Eu não derrubei uma lágrima quando as cintadas continuaram por longos minutos, não implorei misericórdia e muito menos supliquei em por favor. Aguentei a dor em meus ossos, meus dentes tão doloridos por apertá-los para suportar as feridas. A porta abriu-se e fechou-se em seguida.

Eu sabia que estava sozinha.

Mas sabia, também, que haviam levado consigo a minha alma.

Encolhi em posição fetal no chão, gritando tão ardentemente que meus pulmões reclamaram, gritei até minhas cordas arranharem e deixei as lágrimas, que guardei, deslizar por meu rosto ensanguentado.

[...]

O freche de luz incomodou meus olhos, meus cabelos cobriam meu rosto o suficiente para proteger um pouco. Eu estava vestida com o meu macacão e minhas roupas, vendo a estatura alta de Hayes parar na frente da porta. Levantei, precisando do apoio da parede para me reerguer. Dou passos rastejantes, estendo meus pulsos quando parei em sua frente, esperando pelas algemas e Sebastian passa o braço por trás das minhas costas, guiando-me.

Eu não havia notado quando cheguei à enfermaria, muito menos quando sentei na maca. Tudo parecia silencioso para mim.

— Amor? Me diga o que aconteceu.

Ergui o olhar, Hayes segurou meu rosto com as duas mãos, avaliando-me com as órbitas preocupadas.

— Quantos dias se passaram?

— Três. Assim que eu soube fui te buscar.

Assenti, fazia três dias que eu não havia levantado do chão, comido ou bebido, muito menos falado. As palavras pareciam ser estranhas, a principio. Sebastian deslizou meu macacão, revelando alguns hematomas.

— Me diga quem fez isso, Julieta! – Seu tom era severo.

O olhei. Ficando em silêncio. Ele escovou meu cabelo pra trás da orelha, avaliando meu rosto melhor e vi a raiva passar por seus olhos.

— Por favor! – Pediu.

Fiquei de pé, o fazendo se afastar minimante e retirei minha regata, mostrando meus seios e deslizei o macacão, ficando apenas de calcinha e mostrando as marcas da cinta por meu corpo e outros machucados evidentes. A sua reação não me chocou, pelo contrário, quando Hayes socou a mesa e jogou objetos gritando de ódio, eu esperava exatamente por isso.

— O que quer saber, Hayes? – Perguntei depois de um tempo, ele estava de costas para mim, respirando ofegante como um animal assassino. — Quer que eu te diga que me prenderam na solitária, me bateram até sangrar e me deram choques? Ou quer que eu diga quando me pediram para ficar nua e me atingiram com a cinta?

— Quem fez isso? QUEM FEZ ISSO? – Gritou contra o meu rosto.

— Isso importa? – Abracei meu corpo. — Já aconteceu, Hayes.

— QUEM FEZ ISSO?

— Nathan, Shiver e outro policial. Satisfeito? Ou quer que eu diga o que me falaram?

Suas narinas dilataram-se.

— Apenas peça para uma enfermeira me ajudar, por favor.

— Eles vão pagar por isso!

— Eles só me mostraram ainda mais o meu lugar. – Respondi. — E vão usar isso contra você.

Seus lábios ficaram em linha reta, ele bagunçou os cabelos antes de dar um beijo em minha testa e sair. Quando a enfermeira entrou, seu olhar parecia assustado, antes de começar a me analisar. Fiquei cerca de algumas horas em observação, antes de ir tomar banho com Hayes me analisando, ele mais parecia perdido do que prestando atenção em mim. O sangue escorreu por meu corpo, fechei meus olhos ensaboando-me e lavei os meus cabelos, enrolei-me na toalha e ajoelhei-me na frente de Sebastian, segurando suas mãos.

— Você faz o máximo que pode por mim, Sebastian. – Tentei sorrir. — Isso iria acontecer, com você ou sem você.

— Sabe por que eu lutei esses últimos anos para ser chefe?

— Pela sua família.

— Também, mas principalmente por que sabia que poderia te proteger. – Segurou minhas mãos, apertando. — Eu faria a sua vida melhor aqui dentro, poderia amenizar sua dor.

Meus olhos inundaram de lágrimas.

— Obrigada por tudo! – Ele me puxou para sentar em seu colo e o abracei.

— Eu sei que você ainda não ama, mas quero que tenha certeza dos meus sentimentos por você e sabe como? – Neguei e Hayes tirou uma caixa de veludo do bolso, meu coração parou por frações de segundos. — Eu iria dar para você esses dias, quando soube que estava na solitária e sei que não pode ficar com joias, mas igual...

— O que é isso?

— Um anel. – Soltou uma risada. — Um anel de noivado.

— N-Noivado?

— Calma, respira. – Gargalhou. — Não podemos nos casar e sei que não se casaria comigo, então quero que ainda sim seja seu.

— Não, Hayes... E-Ele...

— Era da minha avó, passou para a minha mãe e é seu.

— Não. Eu não posso aceitar. – Ele era lindo, o anel mais lindo que eu já tinha visto. — Você dará ele a sua mulher.

— Esse anel eu darei á primeira mulher que amei. – Seus olhos sorriam. — Quando você sair daqui, me prometa que vai ser feliz.

— Hayes...

— Me prometa!

— Prometo. – Assenti, ele abriu meus dedos e entregou a aliança.

— Feliz aniversário, amor. Eu te amo. – Beijou meus lábios. — Pode fazer de colar.

— Obrigada!

O abracei fortemente.

[...]

— HAPPY BIRTHDAY TO YOU... – Assoprei as velas finais, apagando o fogo e bateram palma, gritando. Leslie, uma cozinheira do presídio, beijou o topo da minha cabeça. Sorri, sentindo meus olhos marejarem. — Happy birthday, Julieta!

— Obrigada, meninas, muito obrigada. Merda! Eu vou chorar. – Gargalharam. — Esse primeiro pedaço é para uma pessoa que tornou os meus dias melhores, suportáveis e alegres.

— Sou eu, podem dizer. – Alessia disse, jogando os cabelos escuros.

— Hayes! – Riram da expressão frustrada de Alessia. Entreguei o bolo para Sebastian, que estava na porta, afastado de todos e voltei para as meninas. — E agora... O segundo pedaço é para a mulher que eu amo com todo o meu coração.

— Estou preparada.

— Courtney!

— Vai se foder, Smith! – Ri de Alessia, a abraçando de lado e beijando sua bochecha. Entreguei o pedaço para ela e outro para Courtney, no caso de gerar briga. Servi muitas detentas, antes de me sentar e comer o meu pedaço de bolo que Leslie havia preparado com muito amor.

Eu estava fazendo 22 anos, em muitos estados eu era considerada maior de idade e poderia, finalmente, fazer tudo que eu quisesse e bem entendesse. Quatro anos inteiros atrás das grades, com marcas de brigas, olhos fundos de solitárias e um sorriso enorme. Mesmo que os hematomas continuassem em mim, mesmo que testassem minha dignidade e mesmo que me fizesse pisar sobre o meu caráter, ninguém poderia roubar minha essência.

— Smith! Visita para você.

Levantei em um pulo com a frase de Hayes e corri até ele, eufórica para saber quem seria. Sebastian me guiou pelos corredores e entramos em uma sala fechada. Apenas tinha um homem engravato, com uma expressão de causar arrepios, uma mesa e duas cadeiras. Olhei para Hayes, que pelo olhar dizia que tudo estava bem e a porta fechou-se atrás de mim, sentei na cadeira de ferro em sua frente e o esperei começar.

— Julieta Smith, me chamo Simon Rodriguez e sou advogado criminal. Eu estou trabalhando com o seu caso, á mandato de sua família e por meses estive trabalhando em provas concretas para tirar você da cadeia e fazer com que a justiça pague pelo erro gravíssimo que foi lhe prender injustamente.

Engoli á seco. Ele me avaliou, o Sr. Rodriguez, debaixo dos óculos de grau.

— Uau! E-Eu não esperava isso, para ser sincera. – Riu fracamente. — E teve sucesso com isso?

O Senhor Rodriguez colocou sua maleta de couro sobre a mesa, abrindo com um "crack" e revelando papéis e imagens. Ele colocou-as em ordem, mostrando-me cada uma.

— A mulher que matou Aaron Hill, tinha uma tatuagem um pouco abaixo do vestido e se não for avaliado com atenção, jamais perceberiam, mas eu sim. – Mostrou uma imagem de uma mulher de costas, na porta do quarto de Aaron e o zoom foi ao máximo, revelando o desenho um pouco acima do tecido negro, quase imperceptível.

— Verdade.

— Você não tem tatuagens.

Balancei a cabeça, negando.

— Além de que, havia digitais nas balas que mataram Aaron Hill e nenhuma bate com as suas na arma. Assim de fato, posso afirmar que não foi você. Por que, todavia, as impressões que diziam ser sua no revólver, estavam fracas demais para você ter segurado com a firmeza que deve segurar-se uma arma.

— M-Me desculpe, mas... Aonde quer chegar, Sr. Rodriguez?

— Eu pedi a reabertura do seu caso, Srta. Smith. E foi aceito.

Arregalei os olhos.

— Isso quer dizer que...

— Caso tudo se comprovar, você terá sua liberdade.


Notas Finais


Continuo ou paro? SIM, TEVE VISITA DO JUSTIN SIM CARALEO! Aniversário da sweetie Julieta, um quase pedido de casamento e muitas emoções. Espero que tenham gostado, por que eu amei. Aproveitem essa semana, obrigada por tudo e eu amo vocês!

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Quem quiser me fazer alguma pergunta: https://curiouscat.me/hailsystem
Outras histórias minhas: https://www.spiritfanfiction.com/perfil/smile_bieber_/historias

Com amor, Nikolle.


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