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História Abstinence - Nothing


Escrita por: repxtation

Notas do Autor


Boa leitura e POR FAVOR, LEIAM AS NOTAS FINAIS!

Capítulo 43 - Nothing


Fanfic / Fanfiction Abstinence - Nothing

Detroit, Michigan.

Cinco anos após a prisão de Julieta.

Atualmente.

POINT OF VIEW JUSTIN BIEBER

— Por que não acabamos com isso? – Christian pergunta e Ryan gargalha, enquanto eu trago meu cigarro e travo a arma.

— Acha que encomendamos essas armas para bonito, Beadles?

— Jura? – Assentimos. — Droga! Eu mal ando dormindo, Austin parece que é hiperativo, o menino não para um segundo.

— Ainda bem que Tristan é tranquilo.

— É, mas está com oito anos. Oito anos, Bieber! Logo vai entrar na adolescência.

— Cara, quem diria que Chris e Justin teriam filhos primeiro que nós dois, Chaz. – O outro assentiu.

— Jurei que eu teria filhos primeiro que Bieber.

— E ele seria o último. – Ryan completou a frase de Somers e soprei a fumaça, tendo que concordar com os idiotas, realmente nem eu esperava por isso. Conheci Tristan quando tinha apenas quatro anos e logo estaria fazendo nove. Ele já estudava e era ótimo na escola, quieto, tirava notas altas e nenhum professor reclamava dele.

— Amanhã é o dia em que Julieta sairá da prisão, está pronto?

— Sim, e sei que ela também. – Respondi á Christian.

— Porra! Passar cinco anos presa!

Soltei um suspiro.

— Ei, você fez o que pôde por ela. – Ryan disse, colocando a mão no meu ombro.

— Se eu tivesse realmente feito mais, ela não teria ficado cinco anos naquela merda.  

— Você fez mais do que a família inteira dela. – Chaz disse e tive que concordar.

As únicas vezes que foram vê-la foi porque pedi, era uma forma de ter notícias dela e Julieta se sentir bem. Lucy, sua mãe, e eu não erámos os melhores amigos. Na verdade, ela foi um dos motivos de eu querer ir para Los Angeles. Toda vez que nos cruzávamos, Lucy fazia questão de jogar em minha cara que eu era o culpado pela prisão de Julieta, assim como eu também devolvia dizendo como ela foi capaz de esquecer a própria filha atrás das grades.

— Blair se culpa por não ir vê-la.

— Todos se culpam.

— Eles vão encontra-la na saída do presídio. – Christian disse.

— É, depois de terem a esquecido lá dentro.

— Vai ir vê-la? – Assenti.

— Mas vou fazer questão dela não me ver. Sei que não seria o seu sonho de consumo. Julieta deve me odiar hoje em dia.

— Hoje durante a festa, vou atrair a Madison e quando subir para o quarto, quero que estejam prontos.

— Mas e a fonte dela?

— Eu rastreei Madison por longos meses, a fonte dela está no Canadá e é uma amiga de infância, Ryan irá para lá e dar um jeito na garota. – Chaz disse e assenti.

— Ela vai estar bêbada o suficiente para esquecer até o próprio nome, não quero Madison mais em Los Angeles, por isso iremos a tirar da cidade. Durante todo caminho ela estará drogada, para não decorar o percurso e ficará em um galpão. É lá onde tudo irá acontecer.

— O que vai fazer, Justin?

— O que eu deveria ter feito á muito tempo.

— Vai mata-la?

Guardei a arma na mala, apenas não precisando responder Ryan para ele entender que sim, eu iria acabar logo com isso. Fechei a mesma, guardando em algum lugar.

[...]

As luzes piscavam, aquela era uma das maiores e melhores festas que eu já havia dado. Isso é o que comentavam. Minha casa estava aberta para toda Los Angeles, ouvia a música ensurdecedor invadir meus ouvidos e fazer com que meu coração saltasse tão fortemente que poderia tocar em meus ossos. Arrumei o colarinho da minha camiseta social branca, dobrando a manga até o cotovelo e coloquei as mãos no bolso, pensando que em todas as festas eu apenas desci com uma única mulher. E desta vez, estaria descendo sozinho, como todas as outras sociais que havia dado. Vi em meu Rolex que estava na hora e saí do meu quarto, parei na ponta da escada e abri um sorriso, ao ouvir as pessoas gritarem meu nome e uma luz guiar cada passo meu enquanto eu descia.

— BIEBER, BIEBER, BIEBER, BIEBER!

— Quem é o Rei de LA? – Perguntei e gritaram meu sobrenome. Abri os braços, passando a língua entre os lábios e cumprimentei algumas pessoas assim que desci. Algumas mulheres vieram em minha direção, sorrindo, contudo apenas fiz sinal de que não estava afim.

Pedi uma bebida para o barman, que entregou um copo de vodca para mim e virei, sentindo passar rasgando. A música mudou, para algo mais sensual e quente. Isso fez a galera gritar, sorri tomando um gole da minha cerveja, após pedir. Entre a multidão passou Madison, usando um vestido preto de seda com uma fenda e saltos alto, seu pescoço cravejado de diamantes e usando um anel de causar inveja nas mulheres. Ela sabia que por onde passava causava alguns tipos de sentimento: Raiva, luxúria, inveja, medo, excitação ou no meu caso, ódio. Seu sorriso era enorme quando parou em minha frente, usando os presentes que eu havia lhe dado e segurei sua mão, aproximando-me dela. Minha boca encostou em seu ouvido.

— Gostou do presente?

— Se gostei? Eu amei, querido. Não sabia que era tão generoso. – Ri disso.

— Eu não sou. – Gargalhou e entreguei um copo de uísque para ela. — Está pronta, Madison?

— Para o quê? – Franziu o cenho e ri ainda mais.

— Para a sua noite, baby. Essa festa é para você. Unicamente. – Ela sorriu, mostrando estar contente com isso.

Eu sabia que era disso que Madison gostava. Do mundo em devoção aos seus pés. Ela gostava da maldade que proporcionava nas pessoas e saber que tinha uma festa para ela, seria como comemorar seu reinado e suas vitórias. Realmente, a festa era unicamente para Madison. Mas em minha observação, seria para comemorar sua morte. E o melhor de tudo, era vê-la beber sem saber disso, festejando e rindo. Piedade não existia entre nós. Não era segredo para ninguém. Gostávamos de adrenalina, de ver a morte de pertinho e principalmente, testar os limites um do outro. Por que, no tempo em que namorávamos, era isso que fazíamos. Não tinha preço foder loucamente sobre a cama cheia de dinheiro, após o serviço completo com sucesso. No entanto, a ideia de hoje transar com Madison me fazia querer atirar em alguém, talvez ela. Madison tinha uma beleza estonteante e um corpo fodidamente incrível, seios fartos, pernas longas e uma bunda arrebitada. Porém, toda vez que eu olhava uma mulher tentava procurar algo de Julieta nelas, e isso me deixava com sangue nos olhos, por que não existia.

A minha mulher era única.

Entreguei para Madison minha cerveja e ela gargalhou, virando completamente fazendo muitas pessoas gritarem. Puxei-a pela mão, nos levantando para a área VIP e algumas pessoas usavam cocaína, o que fez Madison enlouquecer e se juntar a eles.

— Prepare uma para mim!

— Vá fundo, você é a dona de tudo.

Seus olhos azuis brilharam com isso, a frase fez com quê uma descarga de endorfina espalhasse por seu corpo. Madison começou usar cada droga que tinha ali, como sempre fez. Sentei no sofá, ao lado dos caras, que observavam a mulher se matar e pedi para uma das garotas, que estavam servindo bebida, mandar uma garrafa de tequila para Madison.

— Pode deixar, Sr. Bieber. – Mandou uma piscadela, dando-me as costas enquanto rebolava. Balancei a cabeça, rindo.

— O que foi, cara? Enjoou de buceta?

— Ele é viciado só em uma. – Gargalharam e bufei.

— Eu vou fazer 30 anos, seus merdas.

— O que isso tem haver? Idade nunca foi um problema. – Ryan perguntou.

— Eu não quero mais nenhuma mulher. Eu quero a Julieta.

— Você quer casar? – Christian perguntou, arregalando os olhos e peguei a cerveja da sua mão, bebendo e não respondendo. Eu queria tudo ao lado de Julieta. A conheci quando tinha apenas 25 anos e ela, 17. Agora tudo seria diferente, estávamos mais velhos e mais maduros, contudo a cada dia minha loucura nela dobrava. Hoje eu iria fazer 30 anos e ela, 23. Perdeu parte de sua vida por minha causa e mesmo assim, não conseguiria a deixar ir. Por que era egoísta demais permitir que outro homem a fizesse feliz.

Durante a festa, levantei e chamei Madison para dançar. Ela cambaleou e passei o braço por sua cintura, ajudando-a a ficar em pé e ela gargalhou, ficando de costas para mim e rebolando, esfregando a bunda no meu pau. Agarrei seu quadril, isso a deixou animada o suficiente para se virar e tentar me beijar, porém virei o rosto e agarrei sua bunda, colando-a para perto de mim, quebrando qualquer contato e encarei Madison nos olhos, que estava inerte ao que acontecia na festa e balançou os quadris, rebolando lentamente tentando me provocar. Sua coxa ficou no meio das minhas pernas e beijei seu pescoço, ela afastou seus cabelos me dando liberdade e com uma das mãos vagas, coloquei em sua coxa por dentro do vestido, tocando em sua vagina por cima da calcinha. A fazendo gemer.

— Você sabe que quando dizer sim, eu vou te foder até dizer chega. – Mordi o lóbulo de sua orelha.

— Sim, Bieber, sim!

Afastei-me dela e segurei sua mão, a guiando pelas escadas e Madison gargalhou, entrando no corredor e fiquei atrás dela, a segurando pelo quadril e beijando seu pescoço, mordendo sua orelha e minhas mãos tocando seu corpo. Ela entregava-se cada vez mais e quando a empurrei na parede, dando impulso para entrelaçar suas pernas em minha cintura e meus dedos mastigarem a polpa da sua bunda, Madison já havia caído na rede. Abri a porta do quarto, fechando com o pé e a joguei na cama, ficando por cima dela e suas pernas abriram-se para mim, passei meus dedos por sua buceta sentindo-a úmida e rocei meus lábios no seu.

— Me beijei, me beije Justin! Por favor!

Aproximei meus lábios do seu e Madison fechou os olhos, ao deleite do meu toque, no entanto, a única coisa que fiz foi gargalhar e a prender debaixo das minhas pernas. Ela abriu os olhos, as íris azuis desmontando confusão.

— Acha mesmo que eu te beijaria? Ou transaria com você, Madison? – Gargalhei, segurando seus pulsos acima da cabeça.

— Que porra está fazendo?

— Relaxe, docinho. A noite é uma criança. – Madison me fuzilou com os olhos, gritando de raiva e apertei com força meus dedos ao redor do seu pulso, pegando a seringa na cabeceira e injetei em seu pescoço. Cerca de segundos seus olhos fecharam e ela soltou um suspiro pesado.

Charles e Christian entraram no quarto, parando subitamente ao ver Madison inconsciente.

— Você fodeu ela antes de matar? Cara, isso é crueldade até para mim. – Beadles disse e revirei os olhos.

— Não, apenas precisava atrai-la para cá. – Passei meus braços por suas costas, a jogando por cima do ombro e os rapazes continuam me fitando. — Vão ajudar ou ficarão me olhando?

Se mexeram, abrindo a porta e Chris foi na frente, entramos na cozinha saindo da casa pelos fundos e tinha algumas pessoas, mas parecia estar chapados demais e de qualquer forma, era a minha casa. Coloquei Madison no porta malas, fechando o mesmo e entro no carro, sentando no banco motorista e os caras pegam seus veículos, dirigindo logo atrás de mim.

Não demorou muito para chegarmos em uma casa, abandonada, após passar Los Angeles. Estaciono na frente e retiro Madison de dentro, carregando-a sobre o ombro e Chaz abre a porta, me guiando até o portão da pequena casa e aponto para a cadeira, ele coloca no centro do quarto minúsculo e escuro, deixo Madison sentada, amarrando seus braços e suas pernas, assim, por último, cobrindo sua boca para não gritar.

— O que faremos agora?

— Falem com Ryan, quero saber se ele já deu um jeito na fonte de Madison e podem voltar para a festa. Dela cuido eu. – Respondi encarando a mulher adormecida.

— Devo me preocupar com ela? – Ri disso. — De qualquer forma eu não iria, o que ela vai ter, é o que merece.

— Tudo que eu fizer é por que Madison merece, caso contrário não estaríamos aqui. Relaxe, prometo não deixa-la fora do normal.

Assentiram, antes de sair fechando a porta. Peguei uma cadeira, sentando em frente de Madison e pensando no que poderia fazer com ela. Esperei cerca de duas horas quando ela começou a acordar, Madison soltou um muxoxo abrindo os olhos e os arregalou, assim que deparou-se em sua situação e comigo.

Sorri.

— Olá, Madison. – Tentou gritar, contudo saiu abafado. — Desculpe, não estou entendendo, o que disse?

Disse novamente.

— Sabe que uma vez perguntei para Julieta o porquê de ela nunca ter se vingado de Taylor, o namorado que a expôs, e sabe o que ela me disse? – Madison respirava descompensadamente. — Ela dizia que acreditava no karma, por que sabia que tudo que um dia fizeram com ela, voltaria. Uma hora ou outra. E a minha mulher tinha razão. Eu fui o karma de Taylor, quando o matei. E serei o seu, Mad.

Ela balançou seu corpo violentamente, tentando se soltar enquanto explodia de raiva. Ri disso, sentindo o gostinho da vitória. Peguei uma faca afiada, grande e pesado, brincando com a sua ponta e tombei a cabeça para o lado, avaliando a vítima e pensando que diabos faria com o rostinho bonito de Madison.

— Eu prometi que jamais deixaria alguém machucar a minha Julieta. – Andava em círculos, ao redor da mulher. — Eu sofri sim quando conseguiu colocar ela na prisão, porém corri atrás e consegui solta-la. E a cada ano, meu ódio aumentava Madison.

Gritou novamente.

— E sabe o que eu fiz? Me aproximei da minha rival. E fiz ela acreditar que eu estava tão vulnerável que não poderia devolver, mas devolvi. E você vai sentir na pele tudo que eu senti, querida. Poupe sua voz, amor, vai precisar.

Segurei seus longos cabelos, passando a faca de qualquer maneira pelas mechas claras cortando-as, Madison gritava através da fita ao ver seu cabelo cair e sem querer, mas querendo, acertei a lâmina em sua bochecha fazendo escorrer sangue. Cravei a faca na coxa esquerda de Madison, sentindo o cheiro da sua dor.

— Foi mal, deixei cair. – Debochei.

Acendi um cigarro, colocando entre meus lábios e trago, sobrando no rosto de Madison. Seguro sua nuca, fechando minha mão em punho e acertando sua bochecha, ela gemia de dor.

— Julieta, por culpa sua, na solitária recebeu choques por alguns policiais. E ela apanhou bem mais do que você, mas não se preocupe, eu também odeio injustiças. – Dei de ombros, ligando o bastão de choque elétrico e coloco em sue pescoço, vendo Madison tremer brutalmente sobre a cadeira e seus olhos revirarem. Tirei, a fazendo respirar profundamente, mas antes que pudesse aliviar-se, coloquei de novo.

E de novo.

Novamente.

Quantas vezes fosse preciso.

Larguei a arma de choque sobre a mesa, pegando um bastão de baseball.

— Você já me viu jogando, sabe que eu sou ótimo. – Fiquei em posição de um batter, acertando nas costelas de Madison, seus olhos claros esbugalham-se e ela ofega, é possível ouvir o som da madeira chocando-se com seus órgãos quando isso se repete consecutivamente, sem parar. — STRIKE!

Vibro, jogando o bastão e pegando, girando no ar e mando uma piscadela para Madison, as íris azuis são mergulhadas pelas lágrimas, quando eu atinjo seu abdômen várias vezes, até perder a consciência de existia um limite.

— Que tal um home run? – Mordi meus lábios, a raiva me contaminando e me sinto cego de ódio.

Você sabe que eu sempre gostei do fogo. – Sussurrou. — E eu a fofinha estamos ligadas, faça algo comigo que eu farei com ela. Me queime e ela terá marcas. Me mate e nós duas andaremos de mãos dadas com o capeta! Me toque novamente e ela sentirá toda a dor que eu sentir. Entendeu?

Madison cuspiu sangue, que mesmo com a fita em sua boca, transbordou pelos cantos e sentia as gotículas de suor escorrerem pela minha testa. Aquilo estava me deixando motivado, mas com sentimentos ruins. Mas foda-se. Eu não era uma boa pessoa e muito menos tinha sentimentos bons. Julieta era a única coisa que me fazia querer ser uma boa pessoa e Madison conseguiu tirar isso de mim. Se ela gostava do fogo, então eu mostraria que as marcas das queimaduras poderiam ser cruéis.

— Vamos ver se você fica bonita pegando fogo, Madison. – Balançou a cabeça, chorando. — O que foi, boneca? Espera, deixe-me lembra-la: Você sabe que eu sempre gostei do fogo. Você me disse isso. Não seja tímida!

Acendi meu isqueiro, largando o bastão no chão e fui atrás dela, agarrando sua mão e colocando o fogo na ponta dos seus dedos.

— Faça algo com ela e eu farei com você. – Sussurrei. — A toque novamente e você sentirá toda dor que ela sentir.

Madison murmurou algo, aproximei meu ouvido dos seus lábios.

— Pode repetir?

Arranquei a fita de sua boca, ouvindo seus soluços preencherem.

— Foi mal, Justin. Eu só queria que dividisse seu império comigo, nunca pensei q-que realmente se importasse com ela. – Dizia com a voz sôfrega. — V-Você nunca se importou com mulher nenhuma, a não ser sua mãe e a Jazzy.

— Mas me importei e me importo.

— COMO EU IA SABER? – Gritou enfurecida. — Você sempre tratou todas como bonecas descartáveis. Ela era comum demais para alguém como você.

— Julieta é a mulher da minha vida. – Rosnei, a fazendo escolher seus ombros. — Ela me amou mesmo eu sendo um merda, ela me amou mesmo sem saber quem eu era. Ela nunca ligou para o meu dinheiro ou meu status.

— Eu te amei um dia, Bieber. – Neguei, gargalhando. — Eu te amei sim, como nunca amei outro cara. Mas você é um tremendo filha da puta cruel, sabe disso. É impossível te amar por muito tempo.

— Cale a boca!

— Você não é capaz nem de amar Tristan, você só ama a si mesma. – Ficou quieta. — Julieta enfrentou muita coisa ao meu lado, diferente de você que na primeira corria.

— Acha mesmo que eu aguentaria merda de um traficante? Quem está ao seu redor é atingido por causa de você! E eu não merecia pagar por isso.

— Vai para o Inferno, Madison! Não haja como se eu fosse o único vilão. Você nunca foi flor que se cheira, além do mais, existe mais pessoas que te odeiam do que eu. Eu sou um filha da puta quando quero, porém você é bem mais. – Dei de ombros. — Você mata crianças, Madison.

— Eu passo por cima de quem quer que seja!

— Você manda seus capangas abusarem de mulheres que debocharam de você, por uma merda de capricho!

— E daí? Mereceram!

— Então quer dizer que você merece também? – Perguntei em seu ouvido. — Se você fosse uma boa menina, Madison...

— O que vai fazer comigo? – Acendi o isqueiro. — ME SOLTA! SOCORRO!

— Vai ser rápido.

Sorri, jogando um pouco de álcool em Madison e coloquei o isqueiro perto dela, ouvindo seus gritos incomodarem meus ouvidos e fiz uma careta, assim que partes do seu corpo incendeiam. Cruzei meus braços, vendo Madison debater-se enquanto gritava de tão grandiosidade que seus pulmões poderiam explodir. Esperei as queimaduras ficarem evidentes, começou por seu braço e terminou na lateral do seu rosto, quando joguei água fria em seu corpo.

Ela gemia, em uma situação deplorável. Eu sabia o quanto Madison valorizava sua beleza, por que era a ferramenta dela. Atraia homens e simplesmente os matava senão dessem o que queria. Parte do seu lado direto estava queimado, enquanto os outros apenas avermelhado.

— Bom! Meu serviço acaba aqui, pelo menos por hoje. – Cortei um pedaço da fita, colocando em sua boca. — Tenha bons sonhos, Madison.

Dei as costas para ela, fechando a porta do portão e trancando a casa. Entro em meu carro, dando partida e de lá indo direto para Detroit, Tristan estava passando uns dias na casa de minha mãe e isso o distraia. Cheguei pela manhã, quase nove horas quando entrei em casa, ouvindo vozes na cozinha. Subi direto para o meu quarto, tirando as roupas pelo caminho e entro no banheiro, tomando um banho rápido para tirar os vestígios de sangue de Madison.

Visto minha camiseta cinza, terminando de me arrumar e vejo Tristan junto de minha mãe tomando café da manhã.

— Por que não está na escola? – Perguntei pegando uma torrada.

— Por que estavam organizando o baile de primavera. – Murmurou, mexendo em seu cereal.

— Já tem par?

Bufou.

— Pai, olha pra mim. Acha que uma garota iria querer ao baile comigo? – Riu e o avaliei, não havia nada de errado com Tristan. Tudo bem que ele era acima do peso, mas isso não interrompia nada. Ele tinha os olhos dourados e os cabelos castanhos, quase um chocolate e tinha bochechas rechonchudas.

— Você é lindo, querido. – Pattie disse, alisando seu cabelo.

— Opinião da família não vale. – Balancei a cabeça. — Eu convidei uma menina da minha sala e ela não quis ir comigo por que seria vergonhoso.

— Quem perdeu foi ela. – Dei de ombros. — Filho, você é gatão igual a mim e é muito inteligente, acredite, ela perdeu a oportunidade de estar com você.

— De qualquer forma prefiro ficar em casa. – Comeu o cereal.

— Você vai sim e vai com a mulher mais bonita dessa cidade. – Minha mãe acertou um tapa em meu braço. — O que?

— Quem?

— Você verá. – Levantei, dando um beijo no topo da sua cabeça e me despeço de minha mãe.

Faltavam alguns minutos para Julieta sair da prisão, Ryan estava ao meu lado no carro quando estacionei próximo a Prisão Máxima de Michigan e vi seus familiares chegando. Minha garganta se fechou e apertei meus dedos no volante, não sabendo como lidar quando a visse novamente, depois de um ano inteiro. Os portões se abriram e Julieta saiu.

O ar me faltou.

Ela calçava um jeans surrado claro, all star preto, regata branca e sua flanela roxa. Seus cabelos avermelhados estavam solto, batiam na metade das costas e uma flanela branca estava enrolada ao redor de sua testa. Senti meu peito se abrir quando Julieta caiu de joelhos na calçada, colocando as mãos no rosto e vi seus ombros mexerem-se violentamente, mostrando estar chorando. Eu podia ouvir seus soluços do automóvel. Engoli á seco, sabendo que ela estava naquela situação por minha causa. A vontade de correr até ela era incontrolável, apertei o volante com tamanha força que meus dedos empalideceram.

— Fique calmo, Bieber. – Butler me alertou. — Não é a hora agora de ela ver você.

— Eu preciso dela, Ryan. – Travei a mandíbula, segurando as lágrimas.

Seus olhos azuis eram inundados pelas lágrimas e me perdi neles, desejando tocar em seu rosto e abraça-la, para tirar toda dor que ainda restava na minha mulher. Julieta correu abraçando sua mãe, a sua voz preencheu meus ouvidos e foi impossível não sentir um choque passar por meu corpo, sentindo a necessidade de escuta-la para sempre. Desejei estar no lugar de seus amigos, que recebeu abraços demorados dela, um por vez.

— Mãe! Eu estou livre, mãe!

Sim, baby, você está livre. Você é livre agora. E nada tiraria isso dela. Muito menos eu. Respirei fundo, pensando em como o oxigênio ainda não fazia sentido como ela. Julieta era uma droga, quando a conhecesse, nenhuma reabilitação poderia tirar o seu vicio. Nenhuma anfetamina se comparava a ela. Eu provei da pior química que me fez ser irracional, mas amar. Nada me colocava no topo e me tirava dele como Julieta. E ninguém me fez entrar em um estado de abstinência como ela.

Seu sorriso abriu entre lágrimas e Blair a abraçou de lado, caminhando para os carros. No momento em que entrou no carro de sua mãe, eu senti novamente minha garganta secar e minhas veias incendiarem.

Girei a chave na ignição, dando partida e pisei fundo no acelerador.

— Ela te ama ainda. – Ryan disse, após um tempo, lendo alguns relatórios.

— A única coisa que Julieta sente por mim é mágoa.

— Como sabe?

— Eu nunca vou esquecer como ela me olhou aquele dia. Como se eu fosse a pior pessoa que poderia aparecer em sua frente. Ela não conseguia nem me encarar, Ryan. Parecia sentir... – Procurei a palavra certa, mas eu sabia bem a certa. — nojo.

— Nenhuma dor dura para sempre, cara. – Ri. — O que Julieta sentia por você era verdadeiro.

— Disse muito bem. Sentia e era. – A conversa acabou ali.

Eu não poderia deixar Madison sozinha, não sabendo que ela tinha cartas na manga. Fiquei apenas um dia na casa da minha mãe, apenas vendo Julieta pela janela do seu quarto e ela parecia estar fora de órbita, pensativa, como se algo estivesse fora do lugar e eu sabia como ela se sentia. Na verdade, tudo continuava no seu devido lugar, nós é quem havíamos mudado. Ao invés de dormir em sua cama Box, Julieta enrolou a coberta no chão e dormiu. Pela manhã, usou uma calça moletom cinza e a regata branca, correndo pelo quarteirão. Eu parti para Los Angeles assim que ela saiu.

Christian, Ryan e Charles estavam comigo, quando vi carros estacionados em frente à casa que eu mantinha Madison. Desci do veículo, destravando minha arma e chamando meus homens. Eles usavam armas pesadas, quando bastou um sinal para metralharem a casa, fazendo seguranças de Madison saírem da casa junto dela. Ela estava com outra roupa e parte do seu rosto estava coberto por uma faixa.

Enquanto nossos seguranças brigavam, ficamos cara a cara, seus olhos claros avaliavam-me perigosamente. Erámos rivais, dois predadores e para ambos, cada um era sua presa. Apenas teríamos que saber quem seria o mais fraco. Abaixei minha pistola prateada, dando passos em sua direção.

— Você vai pagar por cada cicatriz que me deixou. – Madison rosnou, com os olhos mergulhados em lágrimas de ódio.

Soltei uma risada.

— Engraçado você dizer isso... Tudo que vai, volta. – Ela gritou, tentando acertar um soco em meu rosto e seguro seu punho, torcendo e jogando-a no chão.

Madison fica de pé e antes que eu pensasse, ela prende suas pernas em meu pescoço jogando nós dois no chão e puxa meu braço, tentando quebra-lo. Gemo de dor e uso minha força para inverter nossas posições, ficando por cima de sua barriga e acerto socos em seu rosto, consecutivos, de direita e esquerda. Ela joga sua cabeça em meu nariz, solto-me de Madison vendo meu nariz jorrar sangue e tento estancar, presumindo que havia quebrado.

— Não vou nessa merda de torturar. A verdade é uma: Você mata, você toma o lugar. – Disse com a respiração pesada. — Adeus, Bieber.

Pego minha arma no chão, eu escutava sons de disparo em todas as direções. Quando iria mirar em Madison, sinto a bala de seu revólver atravessar meu ombro e grito de dor, a vendo cair de joelhos em minha frente com um tiro em seu abdômen. Coloco minha mão, impedindo de mais sangue sair e aperto minhas pálpebras, sentindo minha visão turva e vejo Madison cair, vendo sua respiração enfraquecer aos poucos.

O tiro não havia sido eu.

Olho para trás, tocando em seu pulso e vejo Ryan com a arma apontada na direção em que ela estava. Madison agarrou minha blusa, sangue jorrando dela e de sua boca, a hemorragia interna acontecia.

— Cuide d-dele... Cuide de Tristan. – Engasgou-se com o sangue. — E-Ele é a única coisa que eu tenho, c-cuida dele.

Assenti, não conseguindo pronunciar nada. Os seus batimentos cardíacos sumiram, aos poucos e ela apenas parou de respirar, de se mover e sofrer. Seus olhos perderam o sentido. Madison destruiu a minha vida, mas ao mesmo tempo me deu Tristan, o que ainda a tornava com sentido. Um peso foi tirado dos meus ombros. Quando fazemos justiça por alguém, somos carregados de ódio e quando completamos o que queríamos, tudo parece estar fora de órbita. Não há reação para isso. Não há grito de vitória. Não há comemoração.

Não há nada.

 


Notas Finais


Continuo ou paro? Gente, eu estava com muita dor de cabeça ontem, uma dor terrível de doer até os meus dentes e eu tinha escrito uma parte do capítulo, mas apenas concluí apenas hoje e aqui está. Espero que me desculpem e postei hoje para recompensar, espero que gostem. Obrigada pela paciência.

LINK DO GRUPO: https://chat.whatsapp.com/8WiFKLmuvFs4YBpqky2PRI
Quem quiser me perguntar algo: https://curiouscat.me/hailsystem

Com amor, Nikolle.


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