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História Abuse Me - Pérolas em meu caminho


Escrita por: LoboBebado

Capítulo 4 - Pérolas em meu caminho


       As semanas passaram-se rapidamente;os dias e noites rastejaram pelos vãos presente entre meus dedos,feito a mais fina areia da mais límpida praia.As injúrias de Yibo quase não era mais expelidas,e,para minha possível sorte,este já quase não passava seu tempo em casa.
A noites de fria solidão era aplacada pelos medicamentos não receitados,quais,gradativamente,desvaneciam minhas fundas olheiras. Seus efeitos colaterais eram de grande notoriedade,como:Dura abstração,carência de ânimo,escassez de assunto,ausência à realidade.
Sentia-me um pleno zumbi.
A iluminação artificial presente na sala de soro piscava sobre meus globos feitos vívidas estrelas,e,o véu de debilidade cobria-me feito uma perfeita nebulosa.
Minhas pálpebras travavam árdua guerra com o letargia engolida durante a metade de uma semana inteira.Meus dedos apertavam-se ao couro esverdeado da poltrona tomada por mim;havia atrevido-me à me sentar sobre a mesa pois não havia muita movimentação na sala,e,também,por já chegado ao auge de minhas pernas,elas já não me sustentavam mais.

Vá para casa,Seung Yeon... —Auscultei certa voz ao longe,era-me um tanto quanto familiar.

Resmunguei algo indecifrável e balancei minha cabeça em repetitivos movimentos negativos.

—Faltam-lhe apenas uma hora,sabe que não fará falta alguma..O movimento está controlável,esta é sua chance. —Continuou.

Torci meus lábios e abri meus olhos para que pudesse chocá-los com a silhueta de um outro enfermeiro.Apertei ainda mais meus dígitos às extremidades duras dos braços daquela poltrona,e fiz menção em levantar-me.

 

—Pelo menos descanse em seu carro,por minutos,e volte depois.Isso não contará como abandono.. —Não compreendia toda aquela benevolência,mas anui com a ideia infringível.

Eram pérolas em meu caminho,ou apenas o humor aquoso à cristalizar meus olhos por meio de uma necessitada nutrição de córnea?.Eu sabia muito bem que não era este que desabara por meus cílios,porém,preferi me enganar.Aproximava-me do automóvel cinza,quase trombando com o maldito carro negro,qual tomara a vaga,já denominada minha,mais uma vez.
Rosnei lânguido e dirigi-me em direção ao meu carro.Mas,em meio ao curtíssimo caminho,ambas as pernas babearam,tornando-se gelatinas.Assim,levando-me ao chão.
A colisão não fora sentindo,mas a melodia de "High Hopes",qual era emitida de um pequenino estabelecimento dentro do amplo estacionamento,parecia-me um tanto mais alta.

                                                                 Por que não uma canção mais alegre?. Acabei por pensar comigo.

—Acho que alguém está a fugir do trabalho,hm?. —Poderia dizer que meus ossos congelaram-se,caso a  timbre fosse sequer semelhante ao de algum dos médicos quais eu conhecia.
Meu corpo fora virado,e,sob o embaço presente em ambos os globos lacrimejados,pude avistar a silhueta de Sung Joo.

                                                         Ah,Sung Joo..Não poderia-me aparecer em melhor hora.

—Você está pa-

—Eu preciso descansar.. —Balbuciei débil,arrastando minhas falanges sobre o solo pedregoso do estacionamento.

—Esperava uma relutância de sua parte,bem como:”É apenas um passageira gripe,solte-me.” —Ouvi-o sorrir soprado antes de levantar-me com certa facilidade. —Você está..exorbitantemente magro. —Comentou enquanto apertava vigorosamente as laterais de minha cintura.
Desvencilho-me fugazmente das mãos atrevidas do dito cujo.

—Pois eu discordo. —Espalmei minhas roupas e suspirei,agregadamente.

Fuzilei-o de cima à baixo e arqueei o sobrolho.

—Não me diga que entrou em novo coma alcoólico?.  —Questionei genuinamente curioso.

—Ah,não,não..Eu apenas vim visitar uma amiga.Como não a achei,vim até esta lojinha comprar algumas guloseimas. —Sorriu simpático,como sempre.

Senti-me enciumado por algo tão módico.Desviei meus olhos sob um arfar melancólico,para,só então,retribuir o amistoso esboçar.

—Eu sinto muito não tê-lo encontrado.Bom,eu preciso mesmo descansar,meus minutos estão contados!. —Brinquei careta e expressei-me da maneira mais divertida o possível.

—Sung Yeon!. —Chamou-me assim que me virei.

Arqueei os ombros em conjunto,demonstrando descontentamento.

—Apenas Sung. —Repeti ríspido,olhando-o por cima dos ombros.

—Então,”apenas Sung”.Eu apenas queria lhe dizer que,bem,eu tenho duas sacolas refertas de doces e outras mais porcarias,e apenas uma boca. —Riu divertido,enquanto elevava as sacolas de maneira sugestiva.  


  O acanhamento acertara-me minutos depois;eu tinha devorado os doces e biscoitos dados à mim de forma animalesca.Limpei meus lábios e fuzilei o porta-luva do carro do maior,numa tentativa custosa de reunir coragem o suficiente para mirá-lo os olhos.
Ele estava boquiaberto,disto eu não tinha dúvidas.

—Eu-

—Não..Está tudo bem.Eu não estava com fome mesmo.. —Embargou-me em timbre incrédulo. —Você..aind-

—Não,eu estou satisfeito. —Fora minha vez de cortá-lo.

Substituímos as palavras por tímidos suspiros,bom,pelo menos da minha parte.Apertei meus pulsos entre minhas coxas,eu precisava mesmo correr para longe dali o mais rápido possível.
Um súbita risada fizera-me erguer os olhos envergonhados.

—Sabe o que eu acho engraçado?. —Perguntou recostando-se de lado no descanso de sua respectiva poltrona. —Um comercio aonde vende-se apenas porcaria chamar-se “Viva bem”.Sabe?.Normalmente este tipo de intitulação me traz à memória drogarias..Acho que estamos rente à um perfeito exemplo de inversão de valores. —Voltou a sorrir,após correr suas madeixas escurar para trás.

—Já eu acho hilário você,vez ou outra,roubar minha privilegiada vaga. —Rapidamente transmutei o sorriso aberto em uma feição de espanto.

—Foi exatamente o que eu pensei!.Esta vaga é ótima,tanto para deixa-la,quanto para invadi-la. —Esclareceu o óbvio.

Cedi um rápido e pequeno sorriso.Suas investidas eram notáveis,eu não as entendia.

—Eu não sabia mesmo que era sua.. —Em timbre calmo pareceu desculpar-se. —Caso soubesse,usaria-a mais vezes para que assim pudesse chamar sua atenção,mesmo esta sendo a base de rosnados e trincar de dentes. —Sorriu mudo,um razoável sorriso divertido.

—Rosnar para você seria a última coisa que eu faria. —Segredei simplista,não dando-me conta de que havia pensado alto.

O silêncio calou ambas as bocas,o desconforto afundou-me em preocupação.O mais velho entreabrira os lábios,mas logo fora impedido pelo rumor estridente de meu celular.Eu não recusara a ligação,e,por míseros minutos,tive uma veemente empatia com o sujeito ao meu lado.

—Sim?.

—Esqueceu-se de sua mãe?.

—Mãe?.

Nos entreolhamos,Sung Joo sorrira mais uma vez.

—Mãe..Eu realmente..

Apertei o torso de meu nariz,dando-me conta de que havia triturado qualquer outra coisa que não fosse trabalho,pílulas,e desalento.

 —Claro,claro.Não se preocupe,eu já estou rente ao seu carro.Que por acaso você não está nele,e,uau!.Quem é este ai,ao seu lado?.

Mirei Sung Joo de rabo de olho,antes de deparar-me com o automóvel bordô de minha mãe.A mulher acenava e lançava-me incontáveis olhares libidinosos.

—Não está traindo o Yibo,está?.Ou seria este ele?.Eu,porventura,estou à atrapalhar algo?.

—Mãe!.

Chamei manhoso em um fio de voz,fora mais uma suplica.Meu rosto queimava,e mal dei-me conta quando esta findara a chamada.

—Ah..Ela está se aproximando.. —Murmurei ajeitando-me no banco.

—Seria suspeito dizê-la que não estávamos fazendo nada?. —Questionou sério.
Tal pergunta me fizera pairar sobre o ar.

—Não sei,seria?. —Rebati introvertido,não ocultando nervosismo.

Mal dissera a resposta e a mais velha ali já estava a butucar o vidro.Ah,mas seu sorriso de orelha a orelha evidenciara sua mente suja.

—Acho que..comentar sobre só acarretaria à nós mais problemas. —Sung Joo emendou por fim.
A íris imota espelhava o sorriso impudico daquela que batia ao vidro do carro.
Seria este o pior dia de minha vida?.Não,eu tinha certeza que não. 



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