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História Aceita ter um filho meu? - Beijar não arranca pedaços


Escrita por: Kurako

Notas do Autor


Hoooola! Pequenas considerações antes da leitura.

1 - se tiverem dúvidas pode perguntar, só assim pra eu perceber que deixei algo faltando na história.
2 - Eu shippo mais ToshinorixAizawa, mas esse relacionamento é necessário pro Izuku desencanar um pouquinho.

É isso; Boa leitura!

Capítulo 18 - Beijar não arranca pedaços


Fanfic / Fanfiction Aceita ter um filho meu? - Beijar não arranca pedaços

Capítulo XVIII 

Fazia um tempo que estavam andando, vezes ou outra os olhos esmeraldinos eram pegos em flagrante observando o outro. Já haviam feito suas preces e agora somente observavam o local, o Santuário de Atsuta era mesmo impressionante. Porém, por mais que estivesse apreciando a visita ao templo, o alfa não podia evitar se distrair sempre que Midoriya estava imerso em suas explicações sobre a história do lugar ou quando simplesmente ficavam calados e os olhos furtivos do rapaz pairavam sobre si.

- Essa é a Kusanagi. – apontou para a espada em exibição. - Há mais de quatro mil relíquias aqui, mas essa é mais famosa e talvez a mais importante, já que foi um dos motivos da criação do templo, quando esse objeto sagrado foi trazido para cá. Vem, quero tirar uma foto no Nobunaga-Bei. – puxou o rapaz mais alto.

- No muro de barro?

- Mas é claro, foi o próprio Oda Nobunaga que o doou, como gratidão por sua vitória na Batalha de Okehazama.

- Você sabe muito sobre a história daqui.

- Eu sempre gostei de ler, quando ia à escola, ficava quase sempre na biblioteca e quando os livros de ficção meio que acabaram, passei aos de história nacional. Desculpa se te incomodo falando tanto. – coçou a nuca sorrindo amarelo.

- De forma alguma, suas explicações são simples e interessantes, daria um ótimo professor ou guia turístico. Mas a melhor parte é poder ter o privilégio de ouvir sua voz, Midoriya. – sorriu sem mostrar os dentes.

- Eu... Hum... Você está com fome? – desconversou para esconder seu constrangimento.

- É verdade, quase é hora do almoço, vamos a algum lugar? – seguiu o ritmo do pequeno.

- Podemos passar em algum lugar e comprar comida para viagem? Minha mãe deve voltar logo e precisará de ajuda com o jantar de hoje.

- Como preferir.

Ao voltarem a andar, dessa vez para fora do local, tudo que Todoroki queria era poder sustentar a mão de Izuku, não que não tivesse coragem, apenas tinha medo de que o menor não gostasse, afinal, era sua cidade e talvez ele se sentisse desconfortável caso encontrasse alguém conhecido. Se redeu por hora, ainda tinham uns dias para isso.

[...]

- Gosto daqui, seu quarto é tão aconchegante. – falou se sentando na cama.

- Aposto que o seu deve ser enorme e com certeza mais confortável. – mexia em suas roupas tentando escolher o que usar pela noite.

Certamente o quarto do meio-ruivo era maior e em termos de mobília poderia ser considerado melhor, mas não possua calor humano, muito menos personalidade, era apenas um local onde o lúpus ia para passar a noite, sendo assim, não havendo diferença de um hotel.

- Prefiro esse. – moveu os ombros, sentindo aquela dorzinha novamente.

- Desculpa por isso. – sussurrou se aproximando.

Vendo que o dicromático não tinha entendido, completou:

- Seu braço está doendo porque dormi em cima. Me desculpe. – sentou de frente para o outro.

Todoroki sabia que não adiantava dizer que não se incomodava e que na verdade era uma sensação boa, saber que lhe doía porque o outro havia passado a noite ao seu lado, todavia isso não seria suficiente para retirar a cara triste de seu ômega.

- Não é nada demais, mas eu aceitaria uma massagem, talvez ajude a circulação sanguínea. – sugeriu.

Piscou algumas vezes com seus grandes olhos redondos, assimilando o que teria sido dito e por mais que estivesse sem jeito, se aproximou do outro colocando suas mãos no suposto local dolorido, logo aplicando certa pressão.

Era bom ver a tamanha concentração do esverdeado, Shouto percebera que não importava o que o ômega fizesse, ele sempre parecia dar o seu melhor na ação.

Colocou uma mão sobre a do outro que estava em seu braço, interrompendo-o assim, consequentemente atraindo sua atenção para seu rosto.

- Sabe, Midoriya, eu realmente poderia te beijar agora. – entrelaçou seus dedos com o menor, evitando que esse se afastasse. - Mas não se preocupe, não vou te forçar a nada, só farei isso quando você quiser, só me deixa ficar assim um tempo.

O heterocromático colocou sua mão livre para acarinhar a bochecha alheia com seu polegar enquanto seus demais dedos seguravam a fina nuca, gradualmente seus olhos se fecharam e suas testas de uniram. Era uma sensação de tranquilidade incrivelmente calorosa, amava e amava muito aquele rapaz, como não imaginava ser capaz em tão pouco tempo, porém isso só se confirmava no simples fato da presença dele ao seu lado ser o suficiente para a mais plena satisfação.

- Meninos, cheguei! – se afastaram no susto.

Olhando o relógio na parede, constataram que já era quase o fim da tarde.

- Mãe, eu poderia ter ido fazer essas compras. – falou assim que entrou na cozinha, vendo a mais velha colocar as sacolas sobre o balcão.

- Eu achei que vocês ainda estariam passeando, preferi ir direto ao supermercado, já que era caminho. Todoroki-kun, pega essa assadeira para mim? – apontou para uma prateleira mais alta no armário.

O lúpus podia notar como a mulher parecia sorrir demais para si, entretanto julgou ser algo de sua pessoa, ela parecia ser realmente hospitaleira e provavelmente estava bastante animada para apresentar o namorado ao filho. Deu – mentalmente – de ombros.

Izuku se apressou em perguntar qual o cardápio da noite, tratando em seguida de começar a deixar os ingredientes prontos para a beta apenas cozinhar. O bicolor disse que ajudaria e embora não soubesse ferver uma água, sabia montar uma mesa como ninguém, sendo assim o responsável pela arrumação adequada da louça e talheres.

- Pode ir tomar banho primeiro, Todoroki-kun. – o ômega falou, vendo apenas um assentir com o menear de cabeça do mais alto.

Assim que ficara sozinho com sua mãe, logo indagou:

- Desembucha, Inko-san. – terminou de enxugar os últimos utensílios que havia usado.

A mulher sorriu ladina, como uma criança que havia sido descoberta. Segurou a mão de seu filho e caminhou até às banquetas do balcão.

- Eu ouvi sem querer a conversa de vocês mais cedo. Quando cheguei fui chama-los no quarto e acabei ouvindo o que o Todoroki-kun falava. – sorriu divertida.

- Ma-Mãe! – corou imediatamente.

- Meu filhote, por que você não beijou ele? – viu as orbes redondas tão parecidas as suas dobrarem de tamanho. - Você está deixando uma oportunidade e tanto passar. Meu bem, beijar não arranca pedaços. – alisou a bochecha avermelhada.

- Não estamos namorando, já te expliquei que ele está apenas me ajudando. – disse rápido.

- Sim, e ele também me disse que gosta de você, o que fica bem claro com a forma que ele te olha. Meu filho, pensei que os jovens de hoje não precisassem namorar para dar uns... como é? Amassos! – lembrou animada da expressão que era usada pelos enfermeiros mais novos do hospital.

- Mãe! – quase um grito. Até sua mãe parecia se divertir o deixando constrangido.

- Eu falei com o Toshinori, ele é psicológico sabe, ele disse que esse medo de sentir dor na hora das relações sexuais é normal, e que provavelmente, de forma inconsciente, você acabou retraindo o seu lobo, não deixando ele se desenvolver para esse lado.

O ômega estava chocado, como sua mãe poderia saber disso? Ele nunca havia falado para ninguém.

- Me perdoe, criança, quando eu estava arrumando o seu quarto a alguns meses atrás, acabei vendo um de seus cadernos mais antigos, achei que só teriam coisas de sua infância escritas e pela curiosidade, li um pouquinho. – sorriu sem graça.

- Eu... Eu n-nã-o... Está tudo bem. Não me importo.

- Nunca imaginei que você pudesse ter escutado minha conversa com a Mitsuki. Meu filho, eu estava falando do meu relacionamento com seu pai, quando nos casamos, eu não tinha conhecimento de nada e ele também não, é óbvio que daria errado, ele não me machucou porque quis, foi acidental, e seu pai ficou quase sem querer me tocar depois disso. Tive que fazer um grande esforço para tentar recuperar sua autoestima.

O ômega sorriu, lembrando de algumas histórias que sua mãe contava sobre seu pai ser meio sensível. Talvez houvesse puxado isso dele.

- É normal a primeira vez ser um pouco desconfortável, porém, quando existe confiança no seu parceiro, tudo fica bem. Mas entenda, não estou dizendo que você deve transar com o Todoroki-kun ou algo do tipo, só se quiser, claro. Só digo, que você deve viver mais de acordo com sua idade. Não se preocupem tanto comigo, estou bem. Faça o que tiver vontade e aproveite sua juventude. – beijou sua testa e lhe abraçou. - Agora vá se arrumar. Toshinori deve estar chegando.

Midoriya beijou sua mãe no rosto e seguiu escada acima. Estava envergonhado, no entanto um pouco aliviado por ter ouvido tudo isso. Porém quando abriu a porta, deu de cara com o alfa vestindo sua camisa, ainda dando tempo de contemplar o abdômen um tanto definido do mais alto.

- Des-desculpa, devia ter batido. – abaixou o olhar.

- A casa é sua. – sorriu gentil.

- Vou tomar banho! – apressadamente pegou as peças que tinha deixado separado e antes que qualquer outra coisa fosse dita, saiu do quarto.

[...]

- Não bebemos. – Midoriya disse, negando o vinho que lhe era oferecido pelo loiro sentado a sua frente.

- Nem mesmo você, meu jovem? – se referia a Todoroki.

- Não, só completarei vinte anos em janeiro. – respondeu simples, e Izuku fez uma nota mental de que deveria perguntar quando era o aniversário do outro, a data estava bem próxima.

- É bom ver que são jovens responsáveis. Você criou seu filho muito bem, meu amor, e o namorado dele também parece ser um excelente rapaz.

O ômega alcançou tons incrivelmente vermelhos, Todoroki podia ver até a nuca de Izuku colorada. O esverdeado já tinha desistido de desfazer o mal entendido.

- Prazer, sou Yagi Toshinori. – cumprimentou o ômega com um aperto de mão.

Ele havia chegado com um enorme buquê de rosas vermelhas e uma garrafa de vinho que somente o lúpus mais jovem identificou como sendo cara, além de saber que o terno que ele vestia era de alta costura.

- Nossa, jovem, se ainda vivêssemos em alcatéias, sinto que você seria um líder muito forte. Se eu também não fosse lúpus, mostraria o pescoço a você. – riu alto e largamente. - Presumo que seja o namorado do Izuku-kun. – completou. Era um sujeito interessante.

O jantar seguiu animado, o alfa loiro era muito simpático, Midoriya podia ver quão bem ele fazia a sua mãe e isso obviamente aqueceu deu coração. Saber que sua ela tinha alguém que aparentava cuidar tão bem de si, lhe deixava mais tranquilo. O lúpus mais jovem podia sentir pelo cheiro que seu ômega estava feliz, e depois de todos os dias que o viu chorar, vê-lo assim era incrivelmente bom.

[...]

- Você parece contente. – o alfa falou deitando na cama e esperando o outro vir enquanto mexia no celular. Hoje dormiria próximo a parede e usaria o fato de não querer que ele caia, para lhe abraçar apertado durante toda a noite.

- Estou mesmo. Fazia tempo que não via minha mãe tão radiante. – se deitou. - Boa noite, Todoroki-kun. – deu um breve selo no mais alto.

Shouto arregalou os olhos, não imaginava em hipótese alguma que Midoriya fosse fazer algo assim. Porém seu lobo foi mais rápido e antes que o esverdeado cobrisse sua face com o lençol, levou as mãos ao rosto alheio.

- Se você fizer algo assim, acabarei não conseguindo me controlar. Não me provoque se for correr, Midoriya. – a voz grave fez o ômega se arrepiar, seu coração deveria estar bobeando seu sangue tão rápido, que podia sentir todo o corpo esquentar. Algo dentro do pequeno parecia se remexer.

- Minha m-mãe... E-ela me disse que de-deveria fazer o que sentisse vontade. E-eu... quis fazer isso. – era só um muxoxo, porém a proximidade ajudava a ser facilmente audível.

O alfa demorou um pouco a realizar em sua mente que o ômega estava dizendo que sentiu vontade de o beijar e, quando esse fato foi constatado por si, forçadamente deu um comando para que seu lado lupino se contivesse. Não queria assustar o outro.

- Isso quer dizer que eu posso te beijar agora? – testou a pergunta vendo o esverdeado assentir em resposta.

- Ma-mas não espere muito de mim. – disse afobado. - Eu não tenho experiência com essas coisas. – completou ainda mais envergonhado, tanto que seu cheiro estava cada vez mais forte, deixando o lúpus entorpecido.

- Não se preocupe, eu posso te ensinar. Vamos devagar, sim? No seu ritmo. – se aproximou ainda mais do ômega deixando beijinhos por seu rosto, como se testasse que ele não iria fugir.

Aquela seria uma das melhores noites de sua vida; ambos pensaram igualmente.


Notas Finais


1- Gente esse santuário existe e é lindo, pelo menos as fotos do Google hahah

2- Até o medo do Izuku é fofinho pra mim. Mas a mente humana é poderosa, então achei ser um medo possível.

3- Aaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhh e mais aaaaaaaahhhh eles vão ser ficantes agora. Tô surtando.

Bjs, até a próxima!


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