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História Aceita ter um filho meu? - Coisas a se pensar...


Escrita por: Kurako

Notas do Autor


Hoooola, gente como já disse antes, é a primeira vez que faço algo com os lobos e tal, tô meio insegura, mas tentarei deixar a história bem amarrada. Porém caso percebam que em algum momento ficou faltando alguma explicação, por favor me avisem.

Terá sim as principais características do gênero, porém creio que cada autor tem seu próprio toque. É isso ^^

Boa leitura!

Capítulo 4 - Coisas a se pensar...


Fanfic / Fanfiction Aceita ter um filho meu? - Coisas a se pensar...

Capítulo IV

Sua cabeça estava repleta de pensamentos. As falas de seus amigos, a pressão de seu pai, até mesmo o jeito da sua irmã, era muita coisa a se pensar, entretanto sua concentração era nula, tudo girava entorno de um certo rapaz e de como conseguiria convencer Midoriya a ter um filho consigo.

Deitado com as pernas para fora da cama e sem ainda ter ido se trocar, olhou o novo contanto várias vezes, indeciso sobre a mensagem que deveria mandar, já era um pouco tarde e talvez seria de bom tom não o incomodar, no entanto quase foi acertado pelo próprio celular no rosto quando viu o nome em letras grandes na tela, indicando que havia realizado uma chamada; não teve tempo de cortar a ligação.

- Alô? - quase um muxoxo. A voz baixa e um pouco dengosa do outro fez seu rosto esquentar, não sabia se pelo agradável som que era aquela voz ou se pela vergonha de ter o acordado.

- Midoriya? – tentou manter o tom firme - Desculpa ter te acordado. – pediu sincero. - Eu ligo depois. – não seria mal educado novamente e desligaria sem uma resposta, mas tudo que ouviu foi um respirar pesado do outro lado. Resignou-se. - Boa noite.

- Aconteceu algo, Todoroki-kun? – o dicromático estava estático, não esperava pela interrogação do menor.

- Não, desculpe, sei que já é tarde, queria apenas me desculpar novamente por ter desmarcado o nosso compromisso. – aproveitou a deixa.

- Bem, sua voz me pareceu um pouco estranha, talvez chateado com algo. – o esverdeado estava sonolento, passara a noite lendo assuntos complicado e já estava no décimo sono quando percebeu o aparelho tocar. Embora não esperasse que fosse o alfa, sabia que este era sério de mais para lhe passar um trote no meio da noite, por isso ficou preocupado.

- Nada de mais, só um pouco cansado. – suspirou pesadamente se lembrando que além de ter aguentado a terrível festa, ainda teve que ouvir as falas horríveis de seu pai. Mas estava surpreso pelo pequeno ômega haver notado algo apenas em sua voz, era difícil alguém notar qualquer mudança em si.

- Fiquei preocupado pela forma como você saiu da livraria, achei que talvez algo tivesse acontecido, mas se é só cansaço, o ideal é que você vá dormir o quanto antes. – percebendo o que acabara de falar, corrigiu-se. - Oh, i-isto n-não quer dizer que estou falando para que desligue. N-Não é isso que quero passar. – estava envergonhado com sua falta de tato.

O meio-ruivo poderia até imaginar a cena das mãos pequenas se movendo rápido e da atitude desengonçada, talvez até as maçãs do rosto alheio um tanto rubras, rio baixinho e resolveu provocar um pouco mais o outro:

- Isso quer dizer que você quer falar comigo, Midoriya? – como se já não bastasse a sensação que a risada – contida – alheia lhe causasse, agora tinha que lidar com o calafrio no estomago que a voz grave chamando o seu nome diretamente em seu ouvido lhe havia causado.

- E-e-eu não me importo. – foi tudo que conseguiu proferir. Quer dizer, já estava acordado, não custava nada conversar mais um pouco.

- Sabe, hoje precisei comparecer a uma festa, talvez por isso me sinta tão cansado. – disse simplesmente.

- E você não gosta de festas ou só essa que foi ruim? – estranhou a interrogação.

- Por que pergunta isso? – rebateu.

- É... Como digo?... Quando você estava falando, parecia bem desgostoso. – Midoriya coçava a nuca sem jeito, embora o outro não o visse.

- Você é bom observando as pessoas. – não queria parecer prepotente de achar que o ômega só fazia aquilo consigo, ainda que estava admirado. Talvez fosse a primeira pessoa além da sua mãe e irmã que o notara dessa maneira. - Digamos apenas que não gosto de grandes aglomeração de pessoas.

- Hum... Também não. Acabo ficando nervoso e quando estou assim falo de mais, pior que isso só quando resolvo pensar em voz alta e começo a cochichar do nada. – a risada que o alfa ouviu tinha um poder de acalmar o seu coração e por um segundo pensou em como seria bom vê-lo naquele momento. Balançou a cabeça como se afastasse tal pensamento.

- Acho isso terno em você. – soltou sem perceber, fazendo um esverdeado corar e o próprio alfa se constranger com a fala. - Agora que penso, é a primeira vez que conversamos dessa forma. – mudou de assunto.

- ... Ve-verdade – ainda estava com vergonha, mas não deixaria a conversa morrer. - Todoroki-kun, posso te fazer uma pergunta?

- Claro.

- Por que eu? Sei que já me falou mais ou menos o motivo, mas sinceramente não consegui entender. – esperava que finalmente suas dúvidas fossem sanadas e do outro lado, o mais alto viu aí sua oportunidade de talvez o convencer.

- Sei que nunca nos falamos durante todo o curso e sinceramente talvez nunca tivéssemos nos falado, porém quando meu pai veio até mim para me contar que deveria ter um filho, por algum motivo sua imagem veio a minha mente.

- Como assim? – aquilo estava ficando ainda mais difícil de entender.

- Digamos que, primeiramente, me chamou atenção o fato de um ômega tão inteligente, que tirava tão altas notas, andar sempre de cabeça baixa como se estivesse querendo ser invisível. – aquilo surpreendeu Izuku, agora sabia que o lúpus havia notado seu segundo gênero desde o início. – Também notei o quão simples você era, mesmo sendo um ômega bonito, nunca usou disso como muitos fazem.

Ok, agora era oficial, Midoriya tinha certeza que até suas madeixas verdes cederam lugar para o rubro de sua vergonha. Entretanto, ainda não parecia uma explicação suficiente e talvez por isso mesmo o bicolor continuou.

- Sinceramente não saberia explicar o porquê você foi a primeira e ainda considero a melhor opção. No entanto, eu me tornei curioso sobre quem era esse ômega, e quando notei, já passava bastante tempo te avaliando como uma possibilidade, até que resolvi propor um contrato.

O esverdeado suspirou, não compreendendo completamente o outro, talvez algumas coisas fossem difíceis de entender no momento, quem sabe no futuro não se tornariam mais claras, porém uma coisa ele teve certeza, o heterocromático não havia desistido de lhe convencer e por mais que agora conversando melhor, ele não parecesse alguém tão ruim, ainda não havia engolido a proposta descabida de lhe entregar um filho por dinheiro.

- Não entendi totalmente, mas acho que deveria me sentir elogiado de estar “na mira” do príncipe Todoroki-sama. – brincou o mais baixo.

- Oh, por favor, tudo, menos esse estranho apelido. – Midoriya riu alto. - Não faço ideia de onde as pessoas criaram isso. – suspirou.

- Acho que do seu jeito de agir e falar, sempre tão cordial e sério. Creio que até o jeito um pouco frio faz parte do seu charme. – riu contido.

- Me acha charmoso, Midoriya? – talvez se alguém ouvisse de fora, achasse que o meio-ruivo estivesse tentando seduzir o outro, mas nem ele próprio se deu conta que o tom de sua voz havia se tornando ainda mais baixo e grave que o normal.

- E-E-Eu a-acho que devemos ir dormir. Você precisa descansar, Todoroki-kun. – ele estava fugindo e Shouta percebeu isso, chegou até mesmo a achar fofo a forma gaguejada de sua frase.

- Você está certo, desculpa tê-lo mantido acordado por tanto tempo. Tenha uma boa noite, Midoriya.

- Boa noite, Todoroki-kun.

Desligaram por fim com mais coisas para pensar do que antes. O lúpus sentiu que precisava se esforçar para que de alguma forma pudesse convencer o baixinho a aceitar ter seu filhote, embora ainda não soubesse como faria isso. No entanto, tinha cada vez mais certeza que só poderia ser ele, ainda que não soubesse de onde essa certeza vinha.

Por outro lado, o olhos esmeraldas estavam mais abertos que nunca, não entendendo o que foi toda essa agitação em uma simples chamada, tinha medo que de alguma forma sua convicção fosse abalada. Precisava achar o quanto antes alguém e assim poder voltar aos seus tranquilos dias de anonimato.


Notas Finais


Bjs, até a próxima!


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