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História Aceita ter um filho meu? - Os dois a sós...


Escrita por: Kurako

Notas do Autor


Hoooola, como estão nessa quarentena? Espero que se cuidando.

Boa leitura!

Ps. Essa casa fica em Tokyo msm pelo menos apareceu na pesquisa 😅

Capítulo 9 - Os dois a sós...


Fanfic / Fanfiction Aceita ter um filho meu? - Os dois a sós...

Capítulo IX 

Em tempo recorde Yaoyorozu havia mobiliado a casa que foi comprada em dois dias. O lugar não era excepcionalmente grande comparada a riqueza dos alfas ali presentes, porém era de bom tamanho para agradar ao lúpus e de certa forma, sabia que agradaria ao ômega esverdeado. Afinal, Todoroki sabia bem, que se escolhesse um lugar muito luxuoso Izuku se sentiria ainda mais deslocado nesse novo convívio que já estava para acontecer.

- Tenho certeza que seu ômega vai gostar, fiz o possível nessas condições, mas certamente está agradável. – salientou a única mulher presente.

- Obrigado. – se limitou a dizer, estava realmente agradecido com a amiga, entretanto estava ainda mais distraído com o “seu ômega” da frase anterior. Ah, como ele queria poder chama-lo assim.

- Você precisa de ajuda com a mudança? – perguntou o alfa de óculos.

- Não. Eu aproveitei que meu pai esta viajando para a Coreia do Sul e já trouxe as minhas coisas, agora só falta o Midoriya vim, e creio que não há muito que ele possa trazer. – era triste pensar nisso, mas se o ômega quisesse, ele lhe daria tudo que precisasse e isso incluía todo o seu afeto.

- Ok, meu amigo, nós estamos indo então. Você ficará aqui mais um tempo? – Iida indagou.

Com um aceno o bicolor contestou e se despqediu dos amigos, na verdade já havia contado tudo para sua irmã, que apesar de apreensiva, falara que o ajudaria no que fosse preciso, inclusive se ele precisasse de dinheiro, afinal só tinha dezenove anos, e por mais que os alfas fossem independentes aos dezoito, ambos sabiam que seu pai poderia lhe causar algum problema, tendo em vista que a lei japonesa só aprovava a maior idade aos vinte.

Sabendo disso, Fuyumi, se ofereceu para pagar a casa, afinal, a alfa era dona da sua própria rede de ensino construída com o dinheiro da herança que recebeu da sua mãe, seu pai jamais poderia alegar nada, todavia Shouto pensou da mesma forma, comprara a casa com o dinheiro que nunca havia mexido até então. E como a casa – ainda que em uma boa vizinhança – não havia sido tão cara, lhe sobrara o suficiente para alguns anos sem apertos.

Suas esperanças estavam nas alturas. Enquanto caminhava pelos cômodos, pensava em como seria feliz com seu ôqmega naquele lugar, sim, seu ômega, faria de tudo para que fosse, queria construir com Deku a família que nunca teve, queria acima de tudo que o lobo de Izuku o aceitasse como seu alfa e a oportunidade – ainda que fatídica – que a vida o estava dando, era mais do que bem-vinda para conquistar o outro. Amanhã estaremos os dois a sós aqui. Desligou a luz da cozinha e seguiu para seu quarto, onde tomaria um banho, confirmaria por mensagem a hora de busca-lo no dia seguinte e por ultimo dormiria se sua ansiedade deixasse.

[...]

Quem tinha cara de morto-vivo era Midoriya, o jovem não conseguiu pregar o olho um minuto se quer na noite anterior, passava e repassava ideias de como colocar sua vida nos trilhos novamente. Seus inúmeros pensamentos o levaram a conclusão de que não havia muito o que se fazer, não era como se dinheiro caísse do céu e ele não poderia ser mais grato pela ajuda que todos o estavam dando.

No mesmo dia que voltaram da praia, pela nqoite, depois que voltou do breve encontro com o seu antigo locatário, Uraraka apareceu na casa de Ashido com as peças de vestuário que havia prometido. Não era muita coisa, mas já era de grande ajuda, por mais que as peças em sua maioria tenham ficado grandes em seu corpo. A moça estava com uma feição um pouco distante, como se seus pensamentos estivessem longe e embora o esverdeado ainda tenha tentado a interrogar preocupado, ela desconversou alegando cansaço. O que poderia ser certo, já que realizou três pequenas viagens em apenas um dia, se contasse a volta da praia.

Sua semana havia sido atarefada, ele havia sido orientado que deveria entrar o próprio com o pedido do seguro, e bem... burocracias não eram fáceis. Ele sabia que todo o processo demorariam pelo menos uns três meses, já que ainda não haviam identificado a causa do incêndio.

Por falar em incêndio, Midoriya ficou surpreso ao visitar sua antiga casa, não havia sobrado nada, afinal o foco teria iniciado no apartamento ao lado do seu, fazendo com que assim o seu andar fosse o mais afetado. Não teve como conter as lágrimas ao ver tudo carbonizado, sorte sua que Mina estava presente o apoiando.

Outra grande sorte, ou melhor, outra pessoa a qual era imensamente grato, era o dono da biblioteca que trabalhava, Tokayami era um beta gentil, que apesar de novo, já administrava o negocio familiar com sua esposa Tsuyu, esta que assumiria o lugar de Midoriya até ele poder voltar a trabalhar, ela também havia dado folga a Mina para que ela acompanhasse o rapaz naquela segunda-feira.

- Já está pronto? – com a voz animada a rosada entrou no quarto onde Midoriya terminava de montar uma pequena bolsa. - Eu quero que me convide assim que estiver bem instalado. – se sentou na cama em um baque. - Nossa, você está péssimo. – soltou sem delicadeza.

- Não dormi muito bem ontem. – suspirou.

- Eu imagino, deve ser sufocante ter tido que dividir o quarto com meus irmãos.

- Oh, n-não, n-nã-o é nada disso, eles são divertidos e todos aqui me tratam super bem, eu... não sei. – depois de se retificar como pode, suas palavras morreram.

- Está preocupado com a mudança? – mudou o tom.

- Um-um pouco? - sorriu amarelo para a amiga sem passar nenhum convencimento.

- Você não precisa ir se não quiser. – a alfa se levantou e abraçou por trás o amigo que até então ainda estava ajoelhado no meio do quarto dobrando algumas peças de roupa.

- Não, tudo bem, vai ser por pouco tempo, e eu não posso mais incomodar vocês. – nates que ela retrucasse continuou: - Estou muito agradecido com tudo que estão fazendo por mim, Mina-chan, mas sei que é difícil para vocês também. – afagou o braço que ainda estava ao redor de seus ombros.

Com um longo suspiro, a alfa de olhos escuros o soltou, não poderia negar que sua casa já era demasiada pequena para todos os seus familiares, porém por esse mesmo motivo era que sabia que um a mais ou a menos não faria diferença e todos ali gostavam bastante de Midoriya.

- Vou sentir falta da sua comida. – fez cara de choro.

- Ah, então esse é o motivo de querer que eu fique? – se fez de indignado. - Não se preocupe, venho cozinhar para vocês sempre que quiserem. – sorriu por fim.

- Olha, não deixa meu pai ouvir isso não, ele com certeza vai querer, ninguém aguenta mais a comida da minha mãe. – riu soprado.

- Não sejam cruéis, eu gostei bastante do bolo de carne que ela fez. – defendeu a ômega matriarca da casa.

- Diz isso porque você comeu a única coisa que ela acerta fazer direito. – rebateu.

Ficaram conversando mais algum tempo até a campainha da casa indicar a chegada de alguém, Midoriya sentiu a barriga gela em nervosismo, sabia bem quem estava lá em baixo aguardando. Pegou sua pequena bagagem, negando a ajuda da amiga e desceu sentindo o corpo todo congelar ao pé da escada ao ver a imagem imponente do lúpus o esperando em frente a porta branca. Não saberia dizer desde quando a presença alheia passou a lhe parecer tão forte, mas de alguma forma agora era consciente disso.

Se despediu dos poucos presentes no local e partiu em silêncio, ainda perdido em pensamentos estranhos que foram subitamente interrompidos pelo outro avisando que haviam chegado. Desceu já maravilhado, a casa de muro baixo e cercas, cores neutras e sem portão, era simplesmente linda. Claro que agora ele teria que acrescentar dez minutos a mais de caminhada do que de costume, mas o que eram meia-hora quando se morava em um bairro de classe média tão bonito.

- As obras começam semana que vem, mas não se preocupe, a casa está completamente pronta. – uma voz rouca bem próxima a seu corpo lhe trouxe a realidade.

- Obras, que obras? – perguntou de supetão.

- Da garagem, Yaoyorozu me sugeriu que eu derrubasse esse pequeno mudo para dar passagem ao carro e trocasse as cercas por um outro muro e colocasse portões automáticos. – explicou.

- Ah, entendi. Vai ficar legal. – se limitou a dizer enquanto seguia o alfa que caminhava a sua frente em direção a porta de entrada.

Por fora a casa era realmente linda, no entanto não fazia jus a seu interior, tudo era de extremo bom gosto, e por mais que o ambiente parecesse simples, Midoriya sentia que não deveria encostar em nada, não teria dinheiro para pagar caso quebrasse algo ali. E como se sentisse seu pequeno desconforto, Todoroki falou:

- Não se preocupe, não há nada caro aqui. – coqisa que era visivelmente mentira, bastava olhar para o tamanho da televisão pendurada na parede que caberia dois Deku’s deitados sobre ela. Ou talvez no ponto de vista do alfa aquilo não fosse caro? Nunca saberia dizer ao certo.

- Hum, e-eu, é... não sei como agradecer o que está fazendo por mim... mas eu não poderei pagar nem a metade do aluguel de um lugar desses. – se encolheu.

Midoriya ainda não havia nem mesmo ultrapassado a linha do pequeno corredor entre a porta e a sala, sua cabeça baixa e ombros caídos deixavam o dicromático sem saber o que fazer, bem, na verdade ele queria o abraçar, porém ainda não podia.

- Não precisa pagar nada, Midoriya, a casa me pertence, não é como se eu mesmo precisasse que você me pagasse algo. – percebeu a má escolha quando viu-o ainda mais cabisbaixo, tratou de se retificar em seguida: - O que quero dizer é que quem sabe, você possa me pagar de outra forma?

Agora ele estava encrencado, os olhos esmeraldas quase saltando fora do rosto charmosamente pintado com sardas, denunciava a incredulidade do outro diante da sua fala, no entanto só se dera conta do que havia dito quando a face a sua frente adquiriu uma colocarão avermelhada.

- Oh, n-não é isso! – foi rápido - Eu quero dizer que você pode me ajudar com as tarefas da casa, eu realmente sou péssimo com essas coisas. – abaixou a cabeça sem graça e coçou a nuca.

- Cla-claro, To-Todoroki-kun, mas ainda não acho que seja suficiente, e se eu ficar responsável pela compra da comida? – sugeriu levantando o dedo para denotar sua ideia.

- Tem certeza? Não precisa se preocupar com mais isso.

- Eu insisto. Me sentirei menos fardo assim.

A casa lhe foi apresentada, fazendo o jovem dos olhos esmeralda ficar completamente surpreso, além de linda e bem mobilhada – o que certamente daria um grande trabalho de limpeza – ela também possuía um bom espaço na parte traseira, algo que nos pensamentos de Deku, daria um lindo jardim um dia, e sim, ele se imaginou construindo esse jardim aos poucos antes de balançar a cabeça e se reprimir dizendo que sua estadia era temporária.

Quando entrou em seu quarto ficou surpreso pela cama de casal no centro do lugar, com lenções em tom bege assim como todo o ambiente, não precisava de tanto espaço, odiaria admitir, entretanto era pequeno, caberia até mesmo em uma das prateleiras do enorme guarda-roupa que jamais conseguiria preencher com seus quase nada de pertences agora. Havia também uma escrivaninha próxima à janela e essa sim seria útil, precisava ainda mais se esforçar em concluir a faculdade.

Sua vida não parecia que entraria no eixo tão cedo.


Notas Finais


Gente, posto a segunda parte amanhã, tá meio morno o cap, mas é porque como eu disse, quero construir a relação deles, não vão simplesmente acordar apaixonados do nada, bom, pelo menos não o Midoriya, Todoroki já era meio stalker a quase um ano 🤭

Bjs, até a próxima!


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